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XADREZ E ENSINO BÁSICO

INTRODUÇÃO O avanço do xadrez vinculado a atividades escolares no Brasil - o xadrez


escolar - tem se apresentado como um importante instrumento educacional potencializador dos
diferentes saberes trabalhados no ambiente escolar. Docentes ligados à área esportiva ou
lógico-dedutiva começam a prestar atenção no xadrez escolar e mostram-se interessados em
atividades escolares que possibilitem uma prática diferenciada nas escolas. As atividades
educativas enxadrísticas começam predominamente em projetos escolares: muitos estados
têm nos seus municípios o xadrez escolar como componente da grade escolar para todos os
discentes (BANDARRA, 2004), fazendo surgir a necessidade de muitos professores se
aperfeiçoarem em capacitações e conceitos pedagógicos para compreender as reais
possibilidades emergentes do uso dos jogos de estratégia e tática no desenvolvimento mental
dos estudantes. Em face destas diferenciadas formas de se utilizar o xadrez escolar temos um
novo campo a ser explorado. Diante do crescimento do Xadrez Escolar e suas aplicabilidades
na educação, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) campus Litoral em parceria com o
Centro Interdisciplinar de Formação Continuada de Professores (CINFOP) da UFPR -
PROGRAD e a Prefeitura Municipal de Matinhos – PR, preocupados em desenvolver novas
tecnologias educacionais a serem inseridas no sistema educacional brasileiro, disponibilizaram
aos professores das escolas municipais de Matinhos - PR, através da “Semana Pedagógica de
Matinhos” a atividade “Xadrez e Ensino Básico”. DESENVOVIMENTO As atividades,
desenvolvidas no campus da UFPR Litoral, tiveram como objetivos, (i) apresentar o xadrez
como atividade de inclusão social aos docentes, (ii) apresentar a linguagem de códigos usada
no xadrez e (iii) ensinar os movimentos da peças de xadrez. Em sete de fevereiro de 2007, com
duração em torno de quatro horas, estimulouse, através de palestra e dinâmicas em grupo, a
integrar o professor com as ferramentas educacionais do xadrez. Para atingir o primeiro
objetivo mostraram-se, através de exposição de slides, possíveis competências do xadrez no
quadro educacional, diferentes inserções no ambiente escolar, retornos que o docente pode
esperar deste tipo de atividades por parte dos discentes e expectativas para a sociedade nas
atividades enxadrísticas. Os demais objetivos foram alcançados através das dinâmicas de
grupos onde os docentes das escolas foram separados em seis grupos e solicitados a
desenvolver as seguintes dinâmicas: Atividade 01: Decifrando os códigos; Atividade 02:
Evolução; Atividade 03: Caça ao tesouro. Os grupos se formaram a partir das cores iguais,
estas já previamente distribuídas aleatoriamente aos participantes no primeiro dia da semana
pedagógica. Auxiliaram nas dinâmicas componentes da Confederação Brasileira de Xadrez
Escolar (CBXE): Cleiton Marino Santana (diretor de pesquisa e desenvolvimento científico e
projetos), Marcus Vinícius Lobo (presidente da CBXE); e professores da UFPR Litoral:
Emerson Joucoski, Egon Walter Wildauer, Jackson Gois e Liliani Marilia Tiepolo. A seguir
descrevem-se as atividades realizadas. Atividade 01: Decifrando os códigos Essa dinâmica
teve como objetivo desenvolver a união do grupo, o raciocínio lógico e a aprendizado verbal
dos movimentos do xadrez. Montou-se um “código secreto” relacionando o abecedário a uma
linguagem cifrada que possibilitava desvendar cada letra do alfabeto, os participantes tiveram
que se unir e decifrar o código completo. Construiram-se frases secretas usando códigos (ver
Anexo A para exemplo de código cifrado): cada frase explica como se movimenta uma
determinada peça do xadrez (peão, bispo, cavalo, torre, dama ou rei). Cada grupo ficou com
uma frase secreta de uma peça de xadrez para que traduzisse dos códigos para as letras do
alfabeto. Os participantes apreenderam sobre os movimentos da peças e ao final da atividade
foi feita uma demonstração prática, projetada no datashow, dos movimentos de cada peça.
Atividade 02: Evolução Com o objetivo de aprender a relação dos valores das peças do xadrez,
dividiuse o espaço externo a atividade em seis grandes quadrados (grupos), cada um
representando uma peça do xadrez, sendo que no primeiro quadrado estava o peão, no
segundo o cavalo, em seguida o bispo, depois a torre, a seguir a dama e por último o rei. Todos
os participantes partiam do quadrado peão e evoluiam para o quadro seguinte (cavalo),
mediante a sorte do “tirar par ou ímpar”. O vencedor do próximo “par ou ímpar”, tirado entre os
que estavam no quadrado, avançava para o próximo quadrado (bispo) e assim
sucessivamente, para a torre, dama e finalmente o rei. Quem perdesse no “par ou ímpar”
retornava ao quadrado anterior. O participante que chegasse ao quadrado rei pontuava um
ponto à equipe, sendo que o grupo que tivesse mais pontos ganhava a prova. Atividade 03:
Caça ao tesouro Essa atividade teve como objetivo desenvolver o raciocínio e o conhecimento
das “coordenadas geográficas” do xadrez. A planta da UFPR Litoral foi quadriculada como um
tabuleiro de xadrez (8 linhas por 8 colunas) usando coordenadas com letras e números (ver
Anexo B). Cada grupo recebeu a planta da UFPR Litoral quadriculada e a localização do
primeiro quadriculado onde estavam alguns recortes de papéis contendo a localização das
outras “coordenadas geográficas”, isto é, as casas do xadrez. A equipe que encontrou todas as
pistas montava, com elas, um tabuleiro completo de xadrez e cumpria a prova. A equipe que
realizasse a prova no menor tempo era a vencedora. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO Os
professores puderam aprender os conceitos educacionais do Xadrez e sua implicação na
Escola, desenvolveram os movimentos básicos do jogo, aprenderam sobre os valores das
peças e também sobre as regras mais importantes do jogo, UnRegistered distribuiu-se para
todos os participantes tabuleiros de xadrez feitos de papel com as peças picotadas e montáveis
(ver Anexo C). Os tabuleiros foram confeccionados pela CINFOP e pela CBXE no trabalho de
parceria visando a distribuição deste material para os professores da rede pública municipal.
Cerca de 90% dos participantes apreciaram significativamente as atividades, isso só foi
possível graças a conscientização dos professores em desenvolver novas tecnologias
educacionais dentro das Escolas (ver Anexo D para fotos de alguns docentes participando de
oficinas). Mais informações sobre a Semana Pedagógica podem ser encontradas na referência
SEMANA PEDAGÓGICA. Bibliografia: BANDARRA, C. Congresso Internacional de Educação
reforça conceitos da Escola de Tempo Integral e inaugura Canal do Saber. Disponível em:
Acesso em: 16 jun. 2007. SEMANA PEDAGÓGICA. Semana pedagógica na UFPR reflete
sobre a inclusão escolar e surpreende ao apontar a amplitude social do tema. Disponível em:
Acesso em: 10 jun. 2007.
Autor: Cleiton Marino Santana

Fonte:
http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_12526/artigo_sobre_xadrez_e_ensino_b
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