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ABSTRACT:
This chapter reports a study conducted on the practice of formulation in legal family mediation, based on
interactional data gathered from a Brazilian family trial case. The study is qualitative, interpretive and
focuses specifically on the role of the mediator, while producing formulations. Theory on formulation is
drawn from conversation analysis, which is also the framework used to analyze the data. The results show
that formulation is used as the main mediation tool. It is used to avoid conflict in utterances and present
them under a new light. It is also used to check understanding, eliciting information from the involved
parties and drawing conclusions and inferences.
1) Introdução
O tema deste trabalho é o da intervenção de uma terceira parte, neutra – uma
mediadora – em uma situação de conflito no âmbito de um processo judicial em uma
vara de família. O cenário contemporâneo mundial vive uma efervescência de formas
alternativas (à justiça comum) de resolução de conflitos (FARCs), que parecem atender
mais às expectativas de justiça dos cidadãos. A justificativa para isso encontra-se, por
um lado, no afogamento do sistema judiciário tradicional, e, por outro, no alto custo de
um processo judicial. Nas FARCs, estudos reportam uma maior satisfação com a
justiça, através de uma participação mais direta na solução do conflito, ao invés de as
partes entregarem suas vidas nas mãos de um juiz (FOLGER & JONES, 1994).
Diversos países apresentam casos de sucesso das FARCs: EUA, França, Canadá,
Argentina, entre outros (SAMPAIO & BRAGA NETO, 2007). No Brasil, o trabalho do
juiz André Gomma de Azevedo (2009) é expoente, tendo o magistrado coordenado com
sucesso em todo o país a introdução da mediação no sistema judiciário brasileiro.
Na literatura de mediação, diversos autores chamam a atenção para as atividades
de recontextualizar, parafrasear e resumir como tarefas centrais na fala de mediação
(e.g. AZEVEDO, 2009; SAMPAIO & BRAGA NETO, 2007). As palavras de Azevedo
(2009, p. 142) ecoam esta importância:
Sempre que for transmitir às partes uma informação que foi trazida
por elas ao processo, o mediador deve se preocupar em apresentar
estes dados em uma perspectiva nova, mais clara e compreensível,
com enfoque prospectivo, voltado às soluções, filtrando os
componentes negativos que eventualmente possam conter, com o
1
Este artigo relaciona-se a dois projetos de pesquisa com o apoio da FAPEMIG: SHA-APQ 2129 e SHA-
APQ 01747-10.
objetivo de encaixar essa informação no processo de modo
construtivo.
Este tema tem sido tratado com muita relevância na literatura interacionista
através dos estudos sobre a formulação, definida como uma prática auto-reflexiva dos
participantes de conversa de “dizer-em-tantas-palavras-o-que-estamos-fazendo
(...) 2” (GARFINKEL & SACKS, 1970, p. 171). Em termos mais claros, as formulações [A1] Comentário: Original em nota de
rodapé?
são métodos dos participantes de interações para criarem inteligibilidade sobre o que [A2] Comentário: De acordo com as
referências, o capítulo começa na página
está sendo dito e feito pelos outros co-participantes. São propostas de interpretação da 338 e termina na 366. JÁ RESOLVI.
fala do outro, submetidas a quem a proferiu, para confirmação no próximo turno de fala.
Um exemplo clássico seria a formulação – “então você está querendo dizer X”, sendo X
o que foi entendido da fala anterior.
A partir da ótica interacionista e tendo em vista a centralidade da formulação
para a mediação familiar, esta pesquisa indaga: (a) o que se formula na mediação
familiar; (b) como a mensagem é formulada; e (c) qual é a finalidade da mesma.
2) A prática de formulação
A literatura interacionista sobre a prática de formulação é densa, refletindo a
importância e produtividade do tema no mundo social. Em uma visão panorâmica,
temos Garfinkel e Sacks (1972) como o texto fundador a respeito, sendo seguido por [A3] Comentário: Ou 1970 como nas
referências? RESOLVIDO,
Heritage e Watson (1979; 1980) e Heritage (1985), que acrescentam aspectos
descritivos importantes sobre esta prática, como se verá. [A4] Comentário: Que tal apresentar a
explicação aqui antes de passar para outro
momento da produção na área? É MESMO
A partir de então, podemos dividir a literatura em dois blocos. No primeiro, NECESSÁRIO? HÁ TODO UM
PERCURSO, TODO UM FIO DE
encontram-se trabalhos sobre formas específicas de formulação, como o O de Schegloff CONDUÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO
TEMA (AOS POUCOS,
CONTEXTUALIZANDO), QUE SERÁ
(1972), que investiga a prática de nomear, identificar e negociar indicações de lugares DESFEITO. VEJO ISSO COMO UMA
QUESTÃO DE ESTILO DE
na conversa cotidiana, chamada de formulação de lugar.; e o de Pommerantz (1986) e DESENVOLVIMENTO DE
PARÁGRAFO, E NAO COMO UM
Freitas (2009), que focam no uso de expressões enfatizadoras das descrições de estados PROBLEMA DE TEXTO.
3
No original: “Natural language provides to constructive analysis its topics, circumstances, resources,
and results as natural language formulations of ordered particulars of members’ talk and members’
conduct, of territorial movements and distributions, of relationships of interaction, and the rest”.
4
No original: “A member may treat some part of the conversation as an occasion to describe that
conversation, to explain it, or characterize it, or explicate, or translate, or summarize, or furnish the gist of
it, or take note of its accordance with rules, or remark on its departure from rules. A member may use
some part of the conversation as an occasion to formulate the conversation.”
eles estejam fazendo algo mais, a saber, o que estão fazendo é dizer-
em-tantas-palavras-o-que-estamos-fazendo (ou do que estamos
falando, quem está falando, quem somos, ou onde estamos, etc.)
(GARFINKEL & SACKS, 1972, p. 351 171 – grifo meu) 5. [A13] Comentário: Se o grifo é seu, por
que o trecho aparece em itálico no original
na nota de rodapé?
Em outras palavras, a prática de formulação é uma importante ferramenta prática [A14] Comentário: O quê?
5
No original: “[...] along with whatever else may be happening in conversation, it may be a feature of the
conversation for the conversationalists that they are doing something else, namely, what they are doing is
saying-in-so-many-words-what-we-are-doing (or what are we talking about, or who is talking, or who we Formatado: Fonte: Não Itálico
are, or where we are, etc.)”
elocuções sob uma nova interpretação. Desta forma, Heritage & Watson (1979)
apresentam três operações realizadas por formulações: a preservação, o apagamento e a
transformação, que podem ocorrer simultaneamente. Destaco daqui a questão da
neutralidade, importante para o contexto de mediação.
Heritage (1985) apresenta cinco características, que são i mais uma “peça” no
entendimento do que são as formulaçoes e como elas funcionam. O autor investiga o
contexto de entrevistas jornalísticas televisivas e a prática de formular perguntas no
turno de fala de entrevistadores, dirigidas a seus entrevistados. O autor mapeia cinco
características da prática de formular: (a) estimular a expansão da fala anterior em maior
profundidade; (b) promover a seleção de elementos do turno anterior para
avaliação/confirmação no próximo turno; (c) ser neutra, ao evitar comentário ou
avaliação das experiências relatadas; (d) elaborar cálculo inferencial das experiências
relatadas; e (e) acrescer algo ao que foi originalmente dito no turno anterior.
Novamente, surge a questão da neutralidade. [A18] Comentário:
REVISORES: Por que dedicar um
parágrafo à formulação jornalística se esse
No contexto de mediação no Brasil, tenho notícias de dois trabalhos. No âmbito não será o foco do trabalho? É preciso
indicar a relevância dessa inclusão para o
do Juizado Especial Cível de Relações de Consumo, Ladeira (2005) estuda a leitor.
“esclarecer e fortalecer estabelecer uma versão da história do conflito, sobre a partir da REVISORES: Favor apontar isso em seu
próprio texto para que os leitores possam
compreender o desenvolvimento das idéias.
qual se pautará transcorrerá a negociação” (p. 4). No segundo momento, a formulação
[A19] Comentário:
opera sobre as propostas de negociação, tornando-as mais plausíveis para a outra parte. REVISORES: Como há uma citação e a
indicação de um número de página se
Focando-se no PROCON, Freitas (2009) estuda como as formulações extremas Ladeira (2005) é uma comunicação oral?
3) Metodologia de pesquisa
A presente pesquisa é qualitativa, com foco na elucidação de processos de
construção de sentidos na linguagem, e considera a atividade científica uma prática
localmente situada de se representar o mundo, através da qual o torna visível (DENZIN
& LINCOLN 2000). Utilizo gravações, transcrição de dados, entrevistas, sessão
conjunta de análise de dados e notas de campo. Considero a realidade uma construção
contínua dos atores sociais, realizada no fluxo de eventos interacionais (BERGER &
LUCKMANN, 1966).
Apresento um estudo de caso (STAKE, 1995), de uma unidade social específica
– uma determinada vara de família de um fórum de uma cidade do Rio de Janeiro. É um
caso de mediação6, realizado em 2007, em que uma assistente social, Sônia, atua como
mediadora, no meio de um processo judicial de regulamentação de visitas, movido por
Amir, ex-marido de Flávia, para pleitear melhores horários para ver seus filhos. O juiz
em questão decidiu enviar o caso para um estudo social, e a assistente social resolveu
propor a mediação às partes, que foi aceita, cujos resultados foram devolvidos ao juiz
em um relatório final.7 No total, foram coletadas seis horas de gravação, distribuídas em
duas entrevistas de pré-mediação (EPM) e quatro sessões (conjuntas) de mediação
(SM).
Utilizo a convenção de transcrição da análise da conversa (SACKS,
SCHEGLOFF & JEFFERSON, 2003), que adota preferencialmente a fonte Courier
New, tamanho 10, por possibilitar melhor ajuste das sobreposições e disposição gráfica.
As gravações foram feitas com o consentimento de todas as partes, inclusive o do juiz,
sendo os nomes (de pessoas, lugares, empresas, etc.) fictícios.
A análise de dados será efetuada levando em conta a análise seqüencial proposta
pela Análise da Conversa Etnometodológica (SACKS, SCHEGLOFF & JEFFERSON,
2003), em que os turnos de fala são explorados na sua capacidade de duplamente
contextualizar a fala – um turno corrente sempre é uma resposta (ou uma reação) ao que
6
Divan e Oliveira (2009) utilizam os mesmos dados para tratarem do tema da neutralidade.
7
Os dados aqui representam um determinado momento histórico da prática de mediação judicial,
modificado hoje em dia em função da incorporação oficial de novas diretrizes sobre a mediação judicial,
consubstanciada em Azevedo (2009).
foi dito no turno anterior, ao mesmo tempo em que projeta uma dada expectativa quanto
ao que pode ser produzido no turno seguinte. As unidades de construção de turno Neste
procedimento, privilegia-se o aspecto êmico do contexto, levando-se em conta o que
está posto na fala dos participantes, em sua perspectiva.. [A21] Comentário: Favor expandir esse
parágrafo a respeito dos procedimentos de
análise.
4) Análise de dados
Devido ao escopo do trabalho, selecionei apenas um trecho para análise, oriundo
da entrevista de pré-mediação de Sônia com Flávia. É apenas uma única amostra dos
dados, mas o trecho é relativamente longo, com vários exemplos de formulação de
Sônia, o que permite uma análise mais detalhada do jogo interacional. Acredito também
que o caso é exemplar para mostrar a complexidade dessa prática neste contexto e a
relação entre mediação e formulação. Ainda possui a vantagem de ter sido selecionado
em torno de um mesmo movimento interacional – a discussão das dúvidas de Flávia
sobre a doença de Amir, que alega ter síndrome de pânico, e, por isso, não pode mais
trabalhar. A questão é se isso também afeta sua capacidade de cuidar dos filhos durante
as visitas deles em sua casa.
A interação, no total, dura 02:17 minutos. As setas à esquerda indicam focos de
atenção na análise, que recaem se volta principalmente sobre para as formulações da [A22] Comentário: Ou em todos os
casos?
mediadora. As diversas formulações da mediadora ocorrem em torno de um mesmo
tema e possuem uma macro-função – atuar no co-gerenciamento das impressões de
Flávia sobre o estado de saúde de seu ex-marido e o impacto disso para a relação pai e
filhos e para o pleito no processo. Podemos dividir a análise em três momentos, que
equivalem a mudanças qualitativas nas (re)formulações, conforme explicado nas
análises a seguir. Os três excertos são contíguos.
4.1) 1º momento
No primeiro momento, Flávia fornece os primeiros “insumos” que serão [A23] Comentário: Favor introduzir a
subseção.
trabalhados na formulação de Sônia a seguir:
4.2) 2º momento
O segundo momento de formulação é uma insistência, no próximo turno, de [A24] Comentário: Favor introduzir a
subseção.
uma resposta mais clara de Flávia para a mesma situação:.
a intenção de fala e formula uma acusação formal de Flávia a respeito de Amir, também
utilizando as operações de transformação, acréscimo e cálculo inferencial.
O turno de resposta é longo, sintaticamente desenvolvido como uma continuação
de sua própria fala das linhas 10 a 12 – note-se a conjunção aditiva no início do turno e
a expressão adversativa – “<e ao mesmo tempo” (linha 23) –, disjuntiva em relação à
fala de Sônia, ou melhor, não é uma resposta direta. Flávia evoca novamente a voz do
outro, no caso, a do pai de Amir, uma voz de autoridade e normalmente de confiança, o
que equivale a uma resposta desconfirmadora. Ao mesmo tempo, reabre a dúvida, digna
de ser checada, que comparece como conclusão no meio do turno – “então tem que
ver isso” (linha 28). É um turno de expressão de um conflito psicológico, um drama
pessoal, expresso em suas palavras subseqüentes, justificativas para esta posição, todas
centradas no seu temor em relação ao bem estar do filho com o pai (linhas 28-33).
De certa forma, a reformulação, elevada no grau de acusação, levou a um
reposicionamento de Flávia, um reenquadre da situação, nos termos de Goffman (1974),
deixando emergir seus sentimentos pessoais naquilo que importa para a mediação – a
relação com o filho e a sua segurança como mãe perante a capacidade psicológica do
ex-marido para com o filho.
4.3) 3º momento
Aqui, a mediadora reage a Flávia, em um longo, delicado e específico trabalho [A26] Comentário: Favor introduzir a
subseção.
de uma (segunda) reformulação:
5) Considerações finais
A análise empreendida aqui transformou pouco mais de dois minutos de
conversa em uma extensa análise de dados, colocando-os, assim, em uma lente de
aumento. Mostrei que a formulação é usada como uma ferramenta de discurso na
atividade profissional de mediação em uma vara de família, operando sobre um mesmo
objeto de discurso – as impressões de uma ex-esposa sobre o estado de saúde de seu ex-
marido.
As formulações da mediadora tiveram por objetivo pragmático atuar no
gerenciamento das impressões e das emoções a respeito deste tema, possibilitando
possíveis transformações de uma das partes – a ex-esposa – em direção a um futuro
acordo, no âmbito do pleito de um processo judicial. Nesse sentido, é uma mediação
que opera em dois níveis – o da questão prática de um acordo para a visitação dos
filhos, e o nível mais subjetivo da melhoria do eixo relacional entre ex-marido e ex-
esposa que possuem filhos em comum, como benefício (secundário?).
Na fala desta mediadora, a formulação esta prática evidenciou-se, sobretudo, [A33] Comentário: Favor tentar reduzir
a repetição lexical.
como uma forte atuação sobre a fala de outra pessoa, realizada pelas operações de
transformação e apagamento, com preservação de conteúdo via intenso cálculo
inferencial das intenções de fala. Nos três excertos mostrados, ocorreu, nesta ordem,
uma formulação, seguida de duas reformulações na fala da mediadora,. Através deste
processo, sendo as duas atividades não equivalentes, e com diferenças qualitativas, pois
houve um trabalho mais refinado de foi possível ser elaborada uma maior sintonia entre
as partes, cada vez mais caminhando para formulações desejáveis em uma e a mediação
mediadora pôde, então, desempenhar uma função central da entrevista – a emergência
de mapear pontos problemáticos para uma das partes em um processo e com vistas a
uma possível detecção de solução futura para de acordo. Nesse sentido, as formulações [A34] Comentário: O período é muito
longo e não muito claro.
tornaram os enunciados cada vez mais ‘limpos’ de ruídos, recontextualizando-os sob
uma nova ótica, a da negociação. Neste percurso, evidenciou-se também o recurso a
outras vozes e diálogo construído nas sucessivas falas de Flávia, que eram, na verdade,
também reformulações.
Destaco algumas implicações deste estudo para reflexão. A primeira, diz
respeito à contribuição para a discussão dos conceitos de neutralidade, tão caro à
mediação, e do tipo de mediação em questão. Em que bases poderíamos falar de uma
mediadora neutra aqui? Houve neutralidade? E imparcialidade? Estaríamos diante de
uma prática de mediação mista, como abordagem de solução de problemas e também de
transformação das partes que passam por uma mediação? Estaríamos diante de uma
mediação transformadora? Ressalto o alto valor argumentativo das (re)formulações na
vida cotidiana e a pervasividade desta prática na vida social.
Uma vez que a formulação é um índice por excelência de indexicalidade da vida
social, fica também a questão da sensibilidade ao contexto e o quanto as formações
estudadas foram realizadas de acordo com o caso específico dessa medianda, e o quanto
possui de generalização possível de ser transportada para outros casos e outros tipos de
mediação. A propósito, parece-me que há uma especificidade das formulações neste
contexto de mediação, em relação ao do PROCON – o de serem relações continuadas:
ex-marido e ex-mulher continuam sendo pai e mãe, com filhos em conjunto, para o resto
da vida.
Reafirmo, por fim, o valor de uma análise empírica, baseada em dados reais de
fala-em-interação, para se discutir temas tão centrais no mundo do trabalho, como o
fazer de uma entrevista de pré-mediação judicial. A pesquisa, em contribuição de
natureza aplicada, confirma a formulação como uma importante ferramenta de
mediação, através da análise com fina atenção para os detalhes da fala e coordenação
entre os participantes na vida social no aqui e agora de seus afazeres práticos.
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