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CURSO TÉCNICO EM
MECATRÔNICA (CE)
SISTEMAS DIGITAIS
Ementa:
Representação Numérica, Sistemas Digitais e Analógicos, Circuitos Digitais, Sistemas
Numéricos e Códigos, Portas Lógicas, Álgebra de Booleana, Circuitos Combinacionais, Flip-
Flops, Contadores e Registradores, Aritmética Digital, Circuitos Lógicos, Multivibradores,
Dispositivos de Memória, Dispositivos de Lógicas Programáveis (PLD) e Microprocessadores
Processo de Avaliação:
1º Bimestre: 20 pontos
Avaliações: Março – 08 pontos (trabalhos – AF)
Abril – 10 pontos (sem consulta – AF)
Abril – 02 pontos (participação em sala – AF)
2º Bimestre: 20 pontos
Avaliações: Maio – 06 pontos (trabalhos – AF)
Junho – 06 pontos (sem consulta – AF)
Junho – 02 pontos (participação em sala – AF)
Julho – 06 pontos (sem consulta – AF)
3º Bimestre: 30 pontos
Avaliações: Agosto – 13 pontos (trabalhos – AF)
Setembro – 15 pontos (sem consulta – AF)
Setembro – 02 pontos (participação em sala – AF)
4º Bimestre: 30 pontos
Avaliações: Outubro – 08 pontos (trabalhos – AF)
Novembro – 10 pontos (sem consulta – AF)
Novembro – 02 pontos (participação em sala – AF)
Dezembro – 10 pontos (sem consulta – AF)
Disciplina: Sistemas Digitais – Mecatrônica / Informática Industrial - Professor: Paulo Henrique Cruz Pereira i
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Varginha - MG - Curso Mecatrônica
ÍNDICE
I – SISTEMAS NUMÉRICOS..................................................................................................................................1
INTRODUÇÃO: ...................................................................................................................................................1
SISTEMA DECIMAL: .........................................................................................................................................1
SISTEMA BINÁRIO:..........................................................................................................................................1
SISTEMA OCTAL: .............................................................................................................................................3
SISTEMA HEXADECIMAL: ..............................................................................................................................5
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO SISTEMA BINÁRIO ............................................................................................................6
Adição Binária ...................................................................................................................................................6
Subtração Binária..............................................................................................................................................7
Complemento de 2: ............................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO: ...................................................................................................................................................9
PORTAS INVERSORAS (NOT): ...............................................................................................................................9
PORTAS OU (OR): .................................................................................................................................................9
PORTAS E (AND):................................................................................................................................................10
PORTAS NÃO OU (NOR): ....................................................................................................................................11
PORTAS NÃO E (NAND):.....................................................................................................................................11
Porta NOT: ......................................................................................................................................................12
Porta AND: ......................................................................................................................................................12
Porta OR:.........................................................................................................................................................12
PORTAS OU EXCLUSIVO – EXOU (EXOR): ......................................................................................................12
PORTAS EXNOR: ................................................................................................................................................13
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................14
RELAÇÃO BOOLEANAS ................................................................................................................................14
MAPAS DE KARNAUGH .................................................................................................................................15
IV - MULTIPLEXADOR: ........................................................................................................................................19
V - DEMULTIPLEXADOR:....................................................................................................................................20
VI – FLIP-FLOPS E REGISTRADORES.........................................................................................................21
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................21
TIPO R-S .............................................................................................................................................................21
TIPO D.................................................................................................................................................................23
TIPO J-K .............................................................................................................................................................24
TIPO T .................................................................................................................................................................25
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CONTADORES CRESCENTES.................................................................................................................................26
a) Síncronos:....................................................................................................................................................26
b) Assíncronos: ................................................................................................................................................26
c) Assíncrono com 4 flip-flops: ........................................................................................................................27
CONTADORES DECRESCENTES ............................................................................................................................29
a) Assíncronos: ................................................................................................................................................29
b) Síncronos:....................................................................................................................................................29
c) Contador Crescente/Decrescente: ...............................................................................................................30
VIII – MEMÓRIAS...................................................................................................................................................31
IX - MICROPROCESSADORES ..........................................................................................................................34
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................34
A Unidade Central de Processamento (CPU)..................................................................................................35
Memória...........................................................................................................................................................35
Dispositivos de Entrada e Saída (E/S ou I/0)...................................................................................................36
Vias de Dados, Endereços e Controle..............................................................................................................36
PROGRAMAÇÃO .............................................................................................................................................37
O Microprocessador SAP-1 .............................................................................................................................37
O Microprocessador SAP-2 .............................................................................................................................42
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................................53
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I – SISTEMAS NUMÉRICOS
INTRODUÇÃO:
Conclui-se que um certo conjunto pode ser representado por diversos numerais. O
numeral é a maneira de representar um conjunto de elementos, ao passo que o número nos dá
uma idéia de quantidade.
SISTEMA DECIMAL:
Exemplo:
Observe que o número 4 está numa posição tal que seu peso é igual a 2 e que o número 6
por sua vez tem o peso igual a zero. Então podemos concluir que o algarismo ou dígito,
dependendo do seu posicionamento terá um peso. Note que aquele situado na extrema esquerda
do número está sendo multiplicado pela potência de dez maior, ou seja, é o dígito mais
significativo (most significant digit – MSD).
Analogamente, o que está situado na extrema direita será multiplicado pela menor
potência, ou seja, é o dígito menos significativo (least significant digit – LSD)
NOTA: a) O princípio de posicionamento, que formula o expoente da base 10, pode ser
estendido a qualquer sistema numérico, ou seja, independe da base numérica em que está
representado.
b) Por ser o sistema padrão de uso (é o sistema que utilizamos em nosso dia-a-dia), o
sistema decimal não necessita de representação de base, a fim de simplificação de escrita.
SISTEMA BINÁRIO:
Como o próprio nome já indica, tem base 2 e é o sistema de numeração mais utilizado
em processamento de dados digital, pois utiliza apenas dois símbolos ou algarismos 0 e 1.
Também vale ressaltar, que em processamentos digitais, que o dígito 1 também é conhecido por
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nível lógico 1, nível lógico alto, ligado, verdadeiro e energizado. Já o dígito 0 poder ser nível
lógico 0, nível lógico baixo, desligado, falso e desernegizado.
Assim a cada posição de cada algarismo corresponde uma potência de 2, como foi
exposto para número decimal ao qual correspondia uma potência de 10.
10111(2) = 1 x 24 + 0 x 23 + 1 x 22 + 1 x 21 + 1 x 20 = 16 + 0 + 4 + 2 + 1 = 23
43 210
Ex.: 11011(2 = 1 x 24 + 1 x 23 + 0 x 22 + 1 x 21 + 1 x 20 = 16 + 8 + 0 + 2 + 1 = 27
MSB LSB
Ex.: 54 = ?(2 54 2
0 27 2
1 13 2
1 6 2
0 3 2
1 1 2
1 0
54 = 110110 (2
O segundo método de conversão consiste em, começando como número decimal a ser
convertido, extrair a maior potencia de 2 (menor ou igual) possível. Repetindo este processo
para o resto dessa subtração até que o resto seja zero. Concluindo, marque com o dígito 1 os
expoentes utilizados e com dígito zero os expoentes não utilizados.
Ex.: 54 = ?(2 64 32 16 8 4 2 1
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54 – 32 = 22 22 – 16 = 6 6–4=2 2–2=0
64 32 16 8 4 2 1
resposta = 1 1 0 1 1 0 (2
A conversão segue o mesmo processo binário para decimal já visto, utilizando a mesma
expressão, inclusive os dígitos após a vírgula em que as potências ficam com o expoente
negativo.
Exercícios:
SISTEMA OCTAL:
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A conversão de uma base em outra é bastante simples, uma vez que se trata da operação
inversa à já descrita, ou seja, basta converter individualmente cada dígito octal em três binários.
O número 1 equivale a 001(2), o número 3 igual a 011(2) e o número 7 vale 111(2). Portanto:
É feita pela combinação de três dígitos binários, como vimos, podendo assim ter todos
os algarismos octais:
Conforme vimos anteriormente, também neste caso devemos passar pelo sistema
binário.
Exercícios:
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SISTEMA HEXADECIMAL:
O sistema hexadecimal (hexa) foi criado com o mesmo propósito do sistema octal, para
minimizar a representação de um número binário que é o utilizado em processamento. Tanto os
números em hexa como em octal são os meios de manipulação do homem, porém existirão
sempre conversores internos à máquina que os converta em binário, com o qual a máquina
trabalha.
Analogamente, se considerarmos quatro dígitos ou bits binários, o maior número que se
pode ser expresso por esses quatro dígitos é 1111 ou em decimal 15, da mesma forma que 15 é
o algarismo mais significativo do sistema hexadecimal, portanto com a combinação de 4 bits ou
dígitos binários pode-se ter o algarismo hexadecimal correspondente.
Assim, com esse grupamento de 4 bits ou dígitos, podem-se definir 16 símbolos, o até
15. Contudo, como não existem símbolos dentro do sistema arábico que possam representar os
números decimais entre 10 e 15 sem repetir os símbolos anteriores, foram usados os símbolos
A, B, C, D, E e F, portanto o sistema hexadecimal será formato por 16 símbolos alfanuméricos:
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e F.
Basta converter cada dígito hexadecimal em seu similar binário, ou seja, cada dígito em
hexa equivale a um grupo de 4 bits.
Como podemos perceber para realizarmos a conversão nos demais sistemas basta
passarmos pela binária e/ou pelo sistema decimal.
Exercícios:
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Adição Binária
Caso 1: quando zero for adicionado a zero, o total será zero, ou seja: 0 + 0 = 0
Caso 5: quando realizarmos uma sucessão consecutiva de adição de três dígitos 1 termos o
seguinte: 1 + 1 + 1 = 11
Logo: 11100(2)
+ 11010(2)
110110(2)
Exercícios:
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Subtração Binária
Para subtrair números binários maiores, subtraímos coluna por coluna, pedindo
emprestado da próxima coluna mais alta quando necessário. Por exemplo, ao subtrair 101 de
111, procedemos assim:
111 (2)
- 101 (2)
010 (2)
Na coluna menos significativa, 1 – 0 é 1. Na segunda coluna, temos que pedir emprestado (vem
um) da próxima coluna mais alta; então, 10 – 1 é 1. Na terceira coluna, 0 (depois do
empréstimo) – 0 é 0. Na quarta coluna 1 – 1 = 0.
6.2.1) Exercícios:
Complemento de 2:
Os números de magnitude com sinal são fáceis de entender, mas eles requerem
demasiado hardware para adição e subtração. Isso tem levado ao uso amplo de complementos
para aritmética binária.
Para obtermos o completo de um número binário, basta inverter (trocar) os bits deste
número, ou seja:
__
A = 0111 (2) A = 1000(2) (leia-se A barrado)
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II – PORTAS LÓGICAS
INTRODUÇÃO:
Durante séculos os matemáticos sentiram que havia uma conexão entre a Matemática e a
Lógica, mas ninguém antes de George Boole pôde achar este elo ausente. Em 1854 ele inventou
a lógica simbólica, conhecida por álgebra booleana. Cada variável na álgebra booleana tinha
qualquer um de dois valores: verdadeiro ou falso. Após algumas décadas os engenheiros
entenderem que a álgebra booleana podia ser aplicada à Eletrônica dos Computadores.
Uma inversora é uma porta com apenas um sinal de entrada e um sinal de saída, o estado
da saída é sempre o oposto da entrada.
Simbologia:
A A
Tabela Verdade:
A A
1 0
0 1
Portas OU (OR):
A porta OR tem dois ou mais sinais de entrada (padrão 02 ou 03) mas somente um sinal
de saída. Se qualquer sinal de entrada for alto (nível 1 - fechado), o sinal de saída será alto.
Nível 1 B Saída
Simbologia: A
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Tabela Verdade:
A B C S
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 1
1 1 1 1
Portas E (AND):
A porta AND tem dois ou mais sinais de entrada (padrão 02 ou 03) mas somente um
sinal de saída. Se qualquer sinal de entrada for baixo (nível 0 - aberto), o sinal de saída será
baixo.
Nível 1 A B C Saída
Simbologia:
A
Saída
B
Tabela Verdade:
A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
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Exercícios:
As portas NOR apresentam as mesmas características das portas OR, com relação à
entrada e saída. Sua diferença esta no fato de ter associado a sua saída uma porta NOT, o que
inverte o resultado de S, ou seja, só teremos nível lógico 1 na saída quando todas as entradas
forem de nível 0.
Simbologia:
A S
De maneira análoga às portas NOR, as portas NAND nada mais são que portas AND
onde foram acrescentadas portas NOT em sua saída. Portanto, só obteremos nível 0 quando
todos as suas entradas forem de nível 1.
Simbologia:
A S
Talvez esta porta seja a mais importante de todas pois através dela podemos
implementar as demais:
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Porta NOT:
A S
Porta AND:
B S
Porta OR:
Tabela Verdade:
A B A B S
0 0 1 1 0
0 1 1 0 1
1 0 0 1 1
1 1 0 0 1
Exercícios:
Fazer as tabelas verdades para as portas NOT e AND implementadas com portas NAND
de 02 entradas.
Uma porta EXOR reconhece apenas quando houver um número impar de entradas em
nível alto.
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Simbologia:
Para figura (a) temos o circuito equivalente real e na fig. (b) temos a representação
convencionada.
Tabela Verdade:
A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Portas EXNOR:
Como mas demais portas, para obtermos uma porta EXNOR, basta adicionarmos ao
final de uma porta EXOR uma porta inversora, o que provocará a inversão dos resultados na
saída.
Simbologia:
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RELAÇÃO BOOLEANAS
O que se segue é uma discussão das relações básicas em álgebra booleana. Muitas destas
relações são as mesmas da álgebra comum, o que facilita lembra-las.
A+B=B+A A.B=AB AB = BA
Exercícios:
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c) Determinar o circuito lógico digital e tabela verdade para a seguinte expressão booleana:
_
S = BC + A (B + C)
A B C BC A B+C A(B+C) S
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
MAPAS DE KARNAUGH
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Vale apena ressaltar que a expressão booleana é escrita a partir da tabela verdade
perguntando-se quando obteremos a saída igual a nível 1, ou seja:
A simplificação consiste em reunir células adjacentes que possuam a mesma saída (1),
formando conjuntos denominados de subcubos e obedecendo às seguintes regras:
a) O número de células reunidas deve ser o maior possível, mesmo que para isso uma
mesma célula deve pertencer a dois ou mais conjuntos diferentes;
c) Uma mesma célula pode pertencer a subcubos diferentes para satisfazer o item A, mas
não fazer agrupamentos desnecessários (pelo menos uma célula tem de pertencer a um
subcubo somente); e
d) Deve-se formar tantos agrupamentos até que não reste nenhuma saída igual que não
tenha sido agrupada.
A expressão da saída se obtém dos subcubos formados. Cada subcubo define uma
função AND entre as variáveis que não mudam de nível lógico dentro do subcubo. Os diversos
subcubos obtidos no mapa formam uma função OR.
00
01
11
10
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Exercícios:
A B C S
0 0 0 1
0 0 1 0
0 1 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1
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Dec A B C D a b c d e f g LED
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0
1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1
2 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 2
3 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1 3
4 0 1 0 0 4
5 0 1 0 1 5
6 0 1 1 0 6
7 0 1 1 1 7
8 1 0 0 0 8
9 1 0 0 1 9
Obs.: 1) Os números que não estão sendo utilizados na codificação ABCD, não
interferem no resultado, ou seja, são condições irrelevantes (representados no mapa de
Karnaugh por um “X”). Tais condições de irrelevância devem ser utilizadas como sendo nível
lógico 0 ou 1, o que irá facilitar nas simplificações.
1) Cada segmento deve ser considerado como uma saída individual do nosso
circuito.
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IV - MULTIPLEXADOR:
O circuito multiplexador é o circuito que coloca na saída, o sinal presente em uma das
entradas selecionadas, segundo as variáveis de seleção.
Observando o esquema abaixo, podemos notar que nas entradas designadas por D0 a D3
(Data), são colocadas informações (0 ou 1), e em função das outras entradas chamadas de
seleção: A0 e A1 (Adress), é colocada na saída, a informação de uma das entradas (D0 a D3).
O número de entradas que pode ser selecionado para colocar suas informações na saída é
múltiplo do número de entradas que efetuam a seleção ou entradas de seleção.
D0
Entradas D1 Multi- Saída S
de D2 plexador
Dados D3
A0 A1
Entradas de Seleção
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V - DEMULTIPLEXADOR:
O circuito demultiplexador executa a função inversa de um multiplexador, ou seja,
coloca uma entrada, no caso de dados (D), em uma das saídas S0 a S3 em função das variáveis
de seleção.
D0
Entradas Multi- D1
de D plexador D2 Saídas
Dados D3
A0 A1
Seleção
Exercício: Fazer o circuito lógico digital para o multiplexador e demultiplexador dos exemplos
estudados.
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VI – FLIP-FLOPs E REGISTRADORES
INTRODUÇÃO
Representação:
E1 Q
_
E2 Q
Tabela Verdade:
Estado Q Q
1 – setado 1 0
0 - resetado 0 1
Com relação aos flip-flops existem quatro tipos: tipo R-S, tipo D, tipo T e tipo J-K,
todos construídos a partir de portas lógicas básicas.
TIPO R-S
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Tabela verdade:
0 0 QN QN Mantém
0 1 1 0 Seta
1 0 0 1 Reseta
1 1 np np Erro
Todo flip-flop também pode ser síncrono ou assíncrono, ou seja, com entrada controlada
por relógio (clock) ou não:
CLK R S QN+1
0 X X QN Representação: R Q
1 0 0 QN
1 0 1 1 S Q
1 1 0 0
1 1 1 Np
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CLK
TIPO D
Simbologia: D Q
CLK Q
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Circuito equivalente:
Tabela verdade:
D CLK QN+1
X 0 QN
0 1 0
1 1 1
TIPO J-K
Simbologia:
J Q
CLK
_
K Q
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Tabela Verdade:
0 X X QN Mantém
1 0 0 QN Mantém
1 0 1 0 Reset
1 1 0 1 Set
1 1 1 QN Complemento
TIPO T
Este tipo de flip-flop é obtido a partir do flip-flop J-K e é um dos mais utilizados,
principalmente em contadores e circuitos de contagem seqüencial, devido a sua característica de
dividir por dois o sinal de entrada.
Nível 1 J Q D Q
CLK
K Q CLK Q
Exercícios:
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VII – CONTADORES
Os contadores são circuitos construídos a partir de flip-flops, que, para uma seqüência
de pulsos em suas entradas, geram uma seqüência específica de pulsos de saída. A principal
aplicação é de contagem, divisor de freqüência e tempo (caso do relógio digital).
Contadores Crescentes
a) Síncronos:
Na figura anterior, o flip-flop A, por ter as entradas ao nível lógico 1, a cada pulso de
clock a saída complemento (0 1 ou 1 0), ao passo que o flip-flop seguinte depende do
pulso do flip-flop anterior para que a saída se complemente. A tabela verdade mostra o que
ocorre com as saída QA e QB a cada pulso de clock (na tabela o flip-flop é sensível a borda de
descida).
b) Assíncronos:
Neste caso cada flip-flop possui seu próprio clock, ou seja, a saída de um flip-flop é à
entrada de clock do flip-flop seguinte.
Na figura abaixo podemos verificar que como todas as entradas dos flip-flops estão ao
nível lógico 1, pelas características do flip-flop JK, a cada pulso de clock a saída se
complementa. A tabela verdade mostra o que ocorre com as saídas QA e QB a cada pulso de
clock. Pela tabela podemos ver também que o flip-flop é sensível a borda de descida. Para um
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nível lógico 0 para 1, uma vez que as entradas JÁ e KA estão ao nível lógico 1, mostrando
também que o flip-flop é sensível a borda de descida. No próximo pulso de clock, a saída QA
passa de 1 0. A saída do flip-flop B, QB então, do nível 0 1, no pulso de descida de QA.
Com o desenho elétrico digital acima, podemos analisar o que ocorre a cada pulso de
clock com cada uma das saídas. Constatamos assim, que a cada dois pulsos de clock temos um
pulso na saída QA e a cada dois pulsos de QA temos um na saída QB e assim sucessivamente,
sendo portanto cada flip-flop um divisor por dois. Na saída do primeiro flip-flop em QA, temos
um divisor por dois do pulso de clock, em QB por quatro, em QC por oito e assim por diante.
ENTRADAS SAÍDAS
N. CLOCK QD QC QB QA DECIMAL
1 0 0 0 0 0
2 0 0 0 1 1
3 0 0 1 0 2
4 0 0 1 1 3
5 0 1 0 0 4
6 0 1 0 1 5
7 0 1 1 0 6
8 0 1 1 1 7
9 1 0 0 0 8
10 1 0 0 1 9
11 1 0 1 0 10
12 1 0 1 1 11
13 1 1 0 0 12
14 1 1 0 1 13
15 1 1 1 0 14
16 1 1 1 1 15
A tabela verdade mostra, em termos numéricos, o que ocorre a cada pulso de clock com
as saídas de cada flip-flop. Pode-se observar que a cada pulso as saídas indicam, em binário.
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Conclui-se daí que os contadores geram uma contagem de pulsos na saída de uma
seqüência de pulsos de entradas. Também podemos observar que a contagem máxima que se
pode obter é em função do número de flip-flops, ou seja:
Contadores Decrescentes
a) Assíncronos:
Por ser um contador decrescente, inicia-se com todas as saídas ao nível lógico 1, a partir
do qual a tabela verdade mostra o que ocorre a cada pulso de clock.
b) Síncronos:
__
Nos contadores síncronos, são combinadas as saídas Q por meio de portas lógicas e
interligadas às entradas J e K. As entradas de clock estão sob o mesmo comando.
A tabela verdade mostra que a cada pulso de clock, as saídas se comportam da mesma
forma que o contador assíncrono.
A função das portas lógicas nas entradas J e K dos flip-flops poderá também estabelecer
uma seqüência diferente da normal; em resumo, pode-se exercer um controle sobre as entradas
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c) Contador Crescente/Decrescente:
3) Exercício: Fazer a tabela verdade para o circuito misto anterior de modo que ora ele atue
como contador crescente e ora como contador decrescente.
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VIII – MEMÓRIAS
Os microprocessadores usam dispositivos semicondutores para armazenar programas e
dados. Os mais utilizados são:
• Discos flexíveis
• Discos rígidos
• Fitas magnéticas
• CD-Rom’s
• Etc
1. Memória de Massa
2. Memória Semicondutora
Memória de Massa
SETOR
TRILHA
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Memória Semicondutora
a) ROM
b) PROM
c) EPRO
d) EEPROM ou E2PROM
e) RAM, sendo esta subdividida em: Estática e Dinâmica
a) ROM (Ready Only Memory): memória somente de leitura, ou seja, não conseguimos
gravar nada nesta memória. Possui as seguintes características: mascarada de fábrica, não
volátil e não apagável.
Apresenta como estrutura interna uma matriz de diodos:
Obs.: Não volátil: não ocorre a perda de dados na ausência de alimentação elétrica.
b) PROM (ROM Programável): programável pelo usuário somente uma vez, não volátil e
não apagável.
Apresenta como estrutura interna uma matriz de fusível: semelhante a matriz da ROM
porém os diodos foram substituídos por fusíveis.
c) EPROM (PROM Apagável): programada por pulsos elétricos, apagável por luz
ultravioleta, não se apaga parte da memória, elevada capacidade de armazenamento em
relação à ROM e PROM e não volátil.
Obs.: Quando se deixa esta memória sem a proteção (janela de vidro) em luz ambiente, depois
de um certo tempo perdemos parte dos dados gravados.
d) E2PROM: apagável e programável por pulsos elétricos, não volátil, para se apagar
necessitamos selecionar a posição da memória, baixa velocidade do ciclo de erase e save,
para se gravar novamente tem de apagar o que estava gravado anteriormente.
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• Estática: seu elemento de memória é Flip-Flop (devido a isto não existe o termo “apagar” a
memória), fácil acesso, estrutura matricial transparente, devido ao grande número de flip-
flop’s a possui uma placa grande e baixa densidade de armazenamento.
Coluna MOS-FET
CAPACITOR
AMPLIFICADOR SENSITIVO
Exercícios:
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IX - MICROPROCESSADORES
INTRODUÇÃO
A velocidade com que acontece a evolução da Informática poderia levar a crer que a tarefa do
professor de uma disciplina como a de Microprocessadores seria a de atualizar continuamente o material
apresentado aos alunos, para que estes ficassem a par das constantes inovações tecnológicas.
Esta idéia não resiste porém a uma análise mais profunda se é este o tipo de conhecimento dado
aos alunos que estão no meio do seu curso então dificilmente ele lhes será útil quando se formarem,
depois de alguns anos. Os conceitos fundamentais que norteiam o funcionamento dos
microprocessadores são, sob este aspecto, mais importantes do que os últimos lançamentos da indústria,
porque não mudam e serão úteis sempre. Por esta razão, o material aqui contido procura valorizar,
sobretudo, os conceitos independentes da inovação tecnológica. Da mesma forma, justifica-se a ementa a
ser trabalhada durante o curso, pois esta apresenta a simplicidade necessária para o devido aprendizado
do estudante.
A finalidade é fazer com que os alunos ao concluírem a disciplina, possam ser capazes de
entender o funcionamento de microprocessadores.
Este conteúdo a ser apresentado deve ser entendido como um guia para aqueles que pretendem
se aprofundar em livros específicos sobre um ou outro processador ou que irá cursar uma especialização
nessa direção. A densidade da exposição de cada assunto está num formato apropriado para o curso de
graduação. À medida que se avançam os tópicos, o aluno se aproxima de ter capacidades básicas para
trabalhar em um projeto profissional.
Existem três elementos fundamentais em um microprocessador, cada um executando uma tarefa
especial. Estes elementos são:
1. A Unidade Central de Processamento (CPU)
2. A Memória
3. Os Dispositivos ou Portas de Entradas e Saídas (I/O)
BARRAMENTO DE ENDEREÇO
MEMÓRIA
CPU
I/O
BARRAMENTO DE DADOS
BARRAMENTO DE CONTROLE
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1. Os Registradores
2. A unidade Lógica e Aritmética (ULA)
3. O Circuito de Controle
Memória
Os microprocessadores usam dispositivos semicondutores para armazenar programas e dados.
Os mais utilizados são:
• Discos flexíveis;
• Discos rígidos;
• Fitas magnéticas;
• CD´s / DVD´s;
• etc
Devido ao seu grau de importância estaremos estudando em detalhes este assunto mais á frente.
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• Via de Dados;
• Via de Endereço; e
• Via de Controle
Os dados trafegam a CPU, memória e I/0 através de via de dados. Estes dados poderão ser
instruções para CPU ou informações da CPU para portas I/0 e vice-versa.
A via de endereço é utilizada pela CPU para selecionar uma célula de memória ou um
dispositivo 1/0 através de um código binário.
A via de controle conduz os sinais de controle para a memória e para os dispositivos I/0,
especificando as direções dos dados em relação a CPU, o momento exato da transferência, o tipo de
operação, etc.
MEMÓRIAS
1. Memória de Massa
2. Memória Semicondutora
1. Memória de Massa
2. Memória Semicondutora
a) ROM;
b) PROM;
c) EPROM;
d) EEPROM;
e) RAM (SRAM e DRAM)
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As memórias DRAM possuem o adjetivo dinâmica devido ao fato de que seu conteúdo muda
com o tempo durante a operação de espera (armazenamento). Isto faz com que o projeto de memória
dinâmica seja mais complicado, mas chips modernos normalmente ocultam a complexidade do usuário.
A principal desvantagem das DRAM´s é o fato de que elas não são tão rápidas quando as SRAM´s. A
principal vantagem está no baixo custo por bit, tornando-as economicamente atrativas.
Com base na situação descrita anteriormente (custo x velocidade) a solução para esse problema
foi à introdução de um pequeno arranjo de memória local, chamado de memória cache. Que utiliza a
memória rápida SRAM. Para manter o custo do sistema razoável, o tamanho do cache é mantido
relativamente baixo em relação à memória principal (DRAM). Memórias cache são utilizadas como um
local de armazenamento temporário que pode ser utilizado pela CPU como se fosse a memória do
sistema.
CONTROL
PRINCIPAL
CACHE
DADOS DADOS
CPU
SRAM´s
DRAM´s
ENDEREÇ
A última característica importante deste tipo de memória tem haver com seu tipo de construção
modular, para as DRAM´s. Tal tipo de construção facilita aumentos futuros. Estes módulos são
chamados SIMMs (Single In-Line Memory Modules) ou as DIMMs (Dual In-Line Memory Modules),
dependendo de seus projetos.
PROGRAMAÇÃO
Nosso objetivo será dar uma pequena noção de programação em microprocessadores através da
linguagem ASSEMBLER (ou ASSEMBLY). Afim de que possamos entender como funcionam os
pulsos elétricos internos em um microprocessador e como o mesmo processa as informações, vamos
estudar o SAP (Simple As Possible) que é um microprocessador didático.
O Microprocessador SAP-1
O SAP-1 é um microprocessador que possui 8 bits para dados e 4 bits para endereçamento.
Pelo diagrama de bloco podemos verificar os 12 sinais de controle e sua designação são:
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• RAM = área de memória onde estará o programa executável. Não faz parte do conjunto, ou seja, fica
fora do microprocessador.
• C/S = controlador / sequencializador. Responsável pela temporização e geração das linhas de controle
do microprocessador.
• Registrado B = registrador
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Cp 8
4 La
PC A
Ep Ea
8
8
8 Su
Lm 4
REM +/-
Eu
4
8
CE RAM 8 8 B Lb
8
Li 8
RI RS Lo
Ei
4
4 8
C/S DSP
12
A fim de facilitar nossa compreensão iremos estudar o diagrama fasorial para instrução LDA
(Load Registrador A - carregar registrador A com conteúdo da memória no endereço determinado)
T1) Habilita Ep Contador de Programa (PC) coloca seu conteúdo no barramento Habilita Lm que
está no barramento vai para REM na descida do clock
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Portanto em T1 temos Ep = 1 e Lm = 0
T2) Habilita Cp na descida do clock o PC irá apontar para o endereço 0000 + 1, ou seja, incrementa de
uma unidade binária o PC.
Portanto em T2 Cp = 1
T3) Habilita CE e Li ao final de T3 temos RI com a instrução que a RAM liberou no barramento (fim
do eido de busca)
Logo em T3 CE = 0 e Li = 0
Obs Os tempos T1, T2 e T3 são idênticos para todas as operações da SAP-1 pois consiste no ciclo de
busca da instrução.
T4) Habilita Ei e Lm endereça a memória e o C/S recebe a instrução a ser executada gerando os sinais
de controle necessários
T6) NOP = nenhuma operação a executar, ou seja, todos os sinais de controle recebem pulsos que os
desabilitem.
Obs Vale lembrar da eletrônica digital que 1 =ativo e 0 = desativo mas se tivermos a indicação de sinal
barrado o raciocínio é oposto.
• Instrução LDA YYYY = esta instrução carrega o registrador A. com o conteúdo da RAM do
endereço (em hexadecimal) indicado.
A M yyyy
Código binário: 0000 YYYY
A A + Myyyy
Código binário: 0001 YYYY
A A - Myyyy
Código binário: 0010 YYYY
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Exercício 1: Descreva os tempos de instrução (T1 a T6) e monte a tabela da RAM para um programa
com as seguintes instruções LDA CH, ADD 7H, SUB AH, OUT HLT Sabendo-se que os endereços
possuem os seguintes dados: CH = 0100 0010(2), 7H = 0100 0000(2) e AH -- 0001 0010(2).
Exercício 3: O manual de programação de microprocessador diz que são necessários 13 estados para
buscar e executar a instrução LDA. Se o relógio do sistema (clock) tiver uma freqüência de 25 MHz
quanto tempo levará um ciclo de instrução?
Exercício 4: Sabemos que no SAP-1 a instrução ADD gasta 6 tempos para completar o ciclo de
instrução. Supondo que o SAP-1 tenha um cristal interno de 4,5 MHz, quanto tempo ele gasta para
executar ADD?
Exercício 5: Fazer um programa para que o SAP-1 execute a seguinte operação decimal:
5 + 4 - 6 e dizer qual o tempo necessário para realização de tal tarefa. Dado: f = 3,0 MHz e usar os
endereços DH, EH e FH para os dados, respectivamente.
Exercício 6: Fazer um programa para que o SAP-1 execute a seguinte operação decimal 5+4+3-6-2e
dizer qual o tempo necessário para realização de tal tarefa. Dado: f = 4,0 MHz e usar os endereços DH,
EH e FH para os dados, respectivamente. Construa a tabela RAM do programa em binário.
Exercício 7: Em uma tabela RAM temos na primeira linha a seguinte instrução LDA 6H e na linha 6H
temos 70 como conteúdo. Qual será o conteúdo da REM em T4 para a instrução SUB AH se esta
instrução estiver na linha 3 da tabela RAM?
Exercício 9: De quantas unidades podemos dizer que são constituídos um microprocessador? Com base
nesta informação quais são os blocos da SAP-1 que não pertencem a CPU?
Exercício 10: Cite quais são os blocos do SAP-1 que trabalham exclusivamente com os barramentos de
endereço e controle.
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O Microprocessador SAP-2
O SAP-1 é um computador porque ele, primeiramente, armazena um programa e os dados antes
de começar os cálculos e, então, executa automaticamente as instruções do programa sem a intervenção
humana. E, também, o SAP-1 é uma máquina primitiva Ele se compara com o computador moderno da
mesma forma que o homem das cavernas de compara com o homem moderno. Algo está ausente nele,
algo que pode ser encontrado em qualquer computador moderno,
O SAP-2 é o próximo passo da evolução em direção ao computador moderno porque inclui
instruções de salto. Estas novas instruções obrigam o computador a repetir ou omitir partes de um
programa. Como você verá, as instruções de salto abrem as portas para toda uma nova capacidade
computacional.
PC: contador de programa. Desta vez ele possui 16 bits, portanto ele pode endereçar de 0000H a
FFFFH, ou seja, de 0 a 65.535, em decimal.
RAM: área de memória onde estará o programa executável. Esta memória está dividida em 02 blocos:
uma ROM de 2K com endereços de OOOOH a 07FFH. Esta ROM contém um programa, o monitor, que
inicializa o computador ao ser ligado; interpreta as entradas do teclado e assim por diante. O restante da
memória é uma RAM de 62K com endereços de 0800H a FFFFH.
Registrador de Dados de Memória (MDR): é um registrador buffer de 8 bits. A sua saída alimenta a
RAM. O MDR recebe dados do barramento antes de uma operação de escrita e envia dados para o
barramento depois de uma operação de leitura.
RI: registrador de instrução. Como o SAP-2 tem mais instruções que o SAP-1, usaremos 8 bits em vez
de 4, para o código de operação. Um código de operação de 8 bits pode acomodar 256 instruções e o
SAP-2 possui 43 instruções, além de ser o padrão utilizado pelo 8080/8085.
C/S: controlador / seqüencializador. Responsável pela temporização e geração das linhas de controle do
microprocessador. Como o SAP-2 tem um repertório de instruções maior, o controlador-
seqüencializador tem mais hardware.
ULA e Flags: a ULA é a responsável pelas operações lógicas e aritméticas. Já o Flag é um flip-flop que
informa sobre uma condição variável durante a execução de um programa. O SAP-2 tem 2 flags, o flag
de sinal (S) que é setado quando o conteúdo do acumulador torna-se negativo durante a execução de
algumas instruções e o flag de zero (Z) que é setado quando o conteúdo do acumulador torna-se zero.
Registradores TMP. B e C: em vez de usar o registrador B guardar o dado que está sendo adicionado
ou subtraído do acumulador, usa-se um registrador temporário (TMP). Isto nos traz maior liberdade ao
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usar o registrador B. Além destes registradores, também temos o registrador C, o que nos dá uma maior
flexibilidade ao mover dados durante uma execução do programa.
Portas de Saída: o SAP-2 tem 02 portas de saída, numeradas 3 e 4. O conteúdo do acumulador pode ser
carregado na porta 3, que alimenta um display hexadecimal, ou para porta 4. Observe que o pino 7 da
porta 4 envia um sinal de ACKNOWLEDGE (reconhecimento) para o codificador hexadecimal. Os
sinais ACKNOWLEDGE e READY fazem parte de um conceito chamado handshaking (aperto de mão).
Codificador
Hexadecimal 8
de Teclado Acumulador
B
8
A 8
8 8 2
Porta 1 R
R ULA Flags
A
8 M 8
Porta 2 E 8
N TMP
T
16 O
8
PC B
D
E
16 8
REM 1 C
6
16
B 8 8
Memória 64K I Porta 3 Display Hexa
T
8 S
8 8
MDR
Porta 4
8
RI
C/S
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O ciclo de busca do SAP-2 é o mesmo de antes. Portanto, todas as instruções do SAP-2 usam a
memória durante o ciclo de busca porque toda instrução é transferida da memória para o registrador de
instrução.
Durante o ciclo de execução, entretanto, a memória pode ou não ser usada dependendo do tipo
de instrução que foi buscada. Uma instrução de referência à memória (IRM) é aquela que usa a memória
durante o ciclo de execução.
LDA e STA:
LDA tem o mesmo significado de antes, a única diferença esta no fato de termos de especificar um
endereço maior de memória, por exemplo, LDA 2000H Uma outra notação que pode aparecer esta com
relação ao código de operação ou instrução, também chamado de mnemônico (LDA. no caso) e o seu
operando (2000H).
STA (store accumulator) é um mnemônico para armazenar o acumulador Todas as instruções STA
necessitam de um endereço. STA 8100H significa armazenar o conteúdo do acumulador no endereço
8100H da memória.
2. INSTRUÇÕES DE REGISTRADORES
As instruções com referência a memória são relativamente lentas porque necessitam de mais de
um acesso à memória durante o ciclo de instrução Além disso, seguidamente queremos transferir dados
de um registrador para outro sem ter de passar pela memória.
MVI
MVl (move immediate) é o mnemônico para mova imediato Esta instrução diz para carregar
um registrador indicado com o byte que especificado Por exemplo MVl A.37H , seu resultado será:
A 37H
MOV
E o mnemônico de mova. Esta instrução diz para mover dados de um registrador para o outro.
Por exemplo: MOV A,B A B
ADD e SUB
Operam conforme anteriormente, ou seja, ADD B A A + B.
Para SUB teremos SUB C A A – C.
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INR e DCR
Muitas vezes desejamos incrementar ou decrementar o conteúdo de um dos registradores. INR é o
código de operação para incrementar. DCR é o código de operação de decrementar.
Por exemplo, INR A AA+1
DCR B B B - 1
O SA-P-2 possui três instruções de jump que podem alterar a seqüência de instruções dentro do
programa, ou seja, em vez de buscar a próxima instrução da maneira usual (seqüencial), o
microprocessador pode saltar ou desviar para uma outra parte do programa Estes saltos podem ser
condicionais (que dependem de uma dada condição) ou incondicionais (irão executar o salto
independentemente de qualquer coisa).
JMP (incondicional)
Salta para o endereço especificado Por exemplo, JMP 3000H.
2000H
2001H
2002H
2003H JMP 3000H
2004H
. JMP endereço (em Hexa)
.
.
3000H
3001H
3002H
CALL endereço
CALL 5000H
RET
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JM (condicional)
O SAP-2 tem dois flags o de sinal (S) e o zero (Z). Durante a execução de algumas instruções
estes flags serão setados ou zerados dependendo do que acontece com o conteúdo dos registradores em
execução. Se o conteúdo do registrador se tornar negativo, o flag de sinal será setado, se não, será
zerado, ou seja:
0, se A >= 0
S=
1, se A < 0
2000H
2001H
2002H
2003H JM 3000H
2004H
. JM endereço (em Hexa)
.
.
3000H
3001H
3002H
JZ (condicional)
De maneira similar á instrução JM (jump if zero), aqui teremos um salto em função do flag zero
(Z). Este flag é setado toda vez que o resultado do registrador em execução se tornar zero durante a
execução de alguma instrução.
0, se A <> 0
Z=
1, se A = 0
Obs.: Os flags de Zero (Z) e de sinal (S) são afetados todas vez que se utiliza uma instrução que os afete,
vide tabela de instrução.
JNZ (condicional)
JNZ significa saltar se não zero (jump if not zero). Ela manda o microprocessador saltar para o
endereço designado apenas quando o flag de zero estiver zerado (Z = 0), quando o flag zero estiver
setado (Z=1), não haverá o salto.
4. INSTRUÇÕES DE LÓGICAS
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Um microprocessador pode fazer lógica tanto como aritmética. A seguir, temos as instruções
lógicas do SAP-2
ORA ( OR Acumulador)
Significa fazer a operação lógica OR no acumulador juntamente com o registrador indicado
Utilizando o mesmo exemplo da instrução ANA, aqui teremos A=FDH= 1111 1101
5. OUTRAS INSTRUÇÕES
Iremos estudar agora o restante das instruções do SAP-2. Como tais instruções não pertencem a
nenhum grupo já estudado, elas foram reunidas aqui formando um grupo a parte.
NOP
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Significa não operar. Durante a execução de uma NOP, todos os estados T não fazem nada.
Portanto, não ocorre nenhuma alteração nos registradores, ou seja, esta operação gera somente um
retardo de tempo que irá ser determinado pelo clock do sistema.
HLT
Como já estudado no SAP-1, aqui ele também encerra o processamento dos dados.
OUT
Quando esta instrução é usada, o conteúdo do acumulador é carregado na porta de saída
indicada. O seu formato é:
OUT byte
IN
É uma instrução de entrada (input). Ela manda o computador transferir dados de uma porta
designada para o acumulador. Como há duas portas, você terá de indicar qual está sendo usada O
formato da instrução é
IN byte
RAL
RAL é uma instrução para relacionar o conteúdo do acumulador para a esquerda (rotate
accumularot to left). Esta instrução deslocará todos os bits do acumulador para a esquerda além de
mover o bit mais significativo (MSB) para a posição do bit menos significativo (LSB). Por exemplo: A
= 1011 0100, um RAL dará 0110 1001
1011 0100
RAR
Esta instrução provocará uma rotação para direita no conteúdo do acumulador. Desta vez, os bits
do acumulador se deslocam para a direita e o bit menos significativo (LSB) vai para a posição do bit
mais significativo (MSB). Por exemplo, a instrução RAR dará A = 0101 1010, para o exemplo anterior.
1011 0100
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ADD B 80 4 S, Z 1 AA+B
ADD C 81 4 S, Z 1 AA+C
ANA B A0 4 S, Z 1 A A and B
ANA C A1 4 S, Z 1 A A and C
CMA 2F 4 NENHUM 1 A A
DCR A 3D 4 S, Z 1 AA–1
DCR B 05 4 S, Z 1 BB–1
DCR C 0D 4 S, Z 1 CC–1
INR A 3C 4 S, Z 1 AA+1
INR B 04 4 S, Z 1 BB+1
INR C 0C 4 S, Z 1 CC+1
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ORA B B0 4 S, Z 1 A A or B
ORA C B1 4 S, Z 1 A A or C
SUB B 90 4 S, Z 1 AA–B
SUB C 91 4 S, Z 1 AA–C
XRA B A8 4 S, Z 1 A A xor B
XRA C A9 4 S, Z 1 A A xor C
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Exercício 1: Mostre o mnemônico (instruções) de um programa que carrega o acumulador com 49H, o
registrador B com 4AH e o registrador C com 4BH. A seguir o programa armazena o conteúdo na
posição 6285H.
Exercício 2: Converta o programa anterior para linguagem de máquina (código hexadecimal) e preencha
a tabela RAM iniciando o programa pelo endereço 2000H.
Exercício 3: Mostre os mnemônicos necessários para somar os números decimais 23 e 45. A resposta
deve ser armazenada na posição 5600H de memória. Além disso, a resposta incrementada de uma
unidade deve ser armazenada no registrador C. Também deverá ser mostrada a tabela RAM iniciando-se
pelo endereço 3000H.
Exercício 4: Faça um programa para gerar um loop de repetição o qual deverá gerar 3 giros e depois
finalizar a rotina.
Exercício 5: Converta o programa do exercício 4 para linguagem de máquina e preencha a tabela RAM
iniciando pelo endereço 5000H.
Exercício 7: Preencha a tabela RAM iniciando pelo endereço A000H para o programa anterior.
Exercício 8: O SAP-2 tem uma freqüência de relógio de 1 MHz. Isto significa que cada estado T dura
1µs. Quanto tempo é necessário para executar a sub-rotina abaixo?
MVI C, 46H
Again DCR C
JNZ AGAIN
NOP
RET
Exercício 9: Para o programa abaixo, pergunta-se: a) quantas vezes a instrução DCR c é executada (em
decimal)? b) Quantas vezes o programa salta para LOOP? c) Como podemos alterar o programa para
que o laço seja executado 210 vezes?
MVI C, 78H
LOOP DCR C
JNZ LOOOP
NOP
HLT
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Exercício 10: Escreva um programa que multiplica o decimal 25 com 7 e armazena a resposta em
2000H.
Exercício 11: Escreva uma sub-rotina que produza um retardo de 50ms, aproximadamente (tolerância de
5%), e monte a tabela RAM iniciando em 6000H. Para f = 1 MHz.
Exercício 12: Escreva um programa fonte que carrega o acumulador com o decimal 100, o registrador B
com o decimal 150 e o registrador C com a soma dos registradores A e B.
Disciplina: Sistemas Digitais – Mecatrônica / Informática Industrial - Professor: Paulo Henrique Cruz Pereira 52
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Varginha - MG - Curso Mecatrônica
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Disciplina: Sistemas Digitais – Mecatrônica / Informática Industrial - Professor: Paulo Henrique Cruz Pereira 53