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Um projeto
Gaia Creative + CIC ESPM
Copyright © 2011 Gaia Criative – www.gaiacreative.com.br (fund. 2009) / São Paulo; 83 páginas
Expediente
Conselho Editorial:
Cibele Silva, Gil Giardelli
Responsável:
Gil Giardelli
Realização:
Gaia Creative e CIC/ESPM
Edição e Revisão:
Cibele Silva
Pr odução de gráfica
Bruna Ramon
Diagramação:
Camila Carrano
ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO
+
A Gaia Creative é uma Empresa de Tendências, O Centro de Inovação e Criatividade (CIC)
que visa à inovação na Gestão do Conhecimento, ESPM proporciona o ambiente adequado
a Gestão da Inovação e é especializada em para pessoas interessadas em se tornarem
soluções tecnológicas para Relacionamento profissionais atuantes em um cenário
Digital, Redes Sociais, Campanhas de Email extremamente dinâmico onde inovação e
Marketing e Campanhas de Mobile Marketing. criatividade caracterizam cada vez mais as
atividades das marcas líderes. No CIC são
realizados os cursos do professor Gil Giardelli,
o #InovadoresESPM
Tenho orgulho de lançar esse livro colaborativo – volume I. É uma forma de humanizar
e aproximar uma parte dos alunos que passaram em tantas e distintas turmas que
tive a honra de lecionar e ampliar a visão do mundo digital.
Por mais paradoxal que possa parecer, para o estudioso do mundo digital, como
eu, o fato da “digitalização” do mundo, o que, naturalmente, gera grandes dúvidas,
para mim antes de abranger o surgimento delas, é importante entender por que elas
existem.
Tudo isso, no entanto, leva para um mesmo caminho, é o que chamo de “generosidade
coletiva”. Em redes sociais, por exemplo, é possível enxergar exemplos desta
afirmação, como quando pessoas recorrem ao Twitter para pedir socorro ou para
saber informações de familiares e amigos envolvidos em uma tragédia, como foi o
caso do último terremoto no Japão.
A criação colaborativa de conhecimento também pode ser vista em sites como o “Eu
Lembro” – em que se pode acompanhar se as propostas de determinado candidato
Esse e-book é uma maneira de demonstrar o quanto os alunos são ricos em conteúdo
e que tem a capacidade de produzirem conteúdo. Também contamos com textos de
participantes do #Interminas 2010, realizado pelo Imasters.
É com muita alegria que agradeço primeiro a Deus, que me deu força para cultivar
esse projeto, depois ao professor Gil Giardelli que me deu a honra de editar e cuidar
de todos os detalhes do projeto e por último, e não menos importante, aos alunos
que participaram colaborativamente com seus textos, suas ideias, sem vocês não
estaríamos aqui. Aproveito para destacar a pro atividade da Camila Carrano ao
diagramar o livro e fazê-lo com dedicação e amor, assim como todos os envolvidos
no projeto.
Agradeço a todos os propagadores desta ideia e já antecipo, meu muito obrigado, aos
próximos alunos do Gil Giardelli que participarão dos próximos e-books.
Abraços,
Cibele Silva
Analista de Mídias Sociais da Gaia Creative
Redes Sociais dos anos 80 e o que elas não podem fazer pela sua
2 empresa hoje! 16
Eduardo Ponce
12 A simplicidade da Inovação
Fabio Gobbo 39
13 Nós quânticos
André Nogueira 40
14 Itinerário da Inovação
Andrezza Leite 41
15 A inovação digital
Brunno Ferreira 42
Inovação Digital
20 Fabio Antunes 50
26 Inovar é Viver
Marcio Traguetta Alaminos 61
27 De geração em geração
Maria Sannini 62
As sensações da inovação
28 Mariana Nassif 64
37 Compartilhamento Social
Julio Cesar Da Cruz 79
38 Melhor amigo
Karina Bradley 80
39 Falando de novo
Ligia Chemin Le Talludec 82
Rosi Benini
A construção de uma marca é mais abrangente do que a criação de uma identidade visual
que a represente; construir uma marca é posicioná-la ideologicamente no mercado,
criando valores com os quais os consumidores se identifiquem emocionalmente.
A internet surge como um novo ambiente em que a marca deve se posicionar
estrategicamente para alcançar seu público: é o branding online.
Eduardo Ponce
Que diferença existe entre uma rede social dos anos 80 e das atuais aplicações via
Facebook e cia? Simples: a tecnologia.
O grupo era homogêneo! Moleques sem ter nada o que fazer em casa, iam para as ruas
procurar as mais diversas formas de entretenimento, geralmente da mesma região, é
a mesma COMUNIDADE.
Quando surgia algo novo e algum de nossos colegas aprovassem, era tiro certo! Dois
dias depois tava todo mundo com um igual, LEAD POR INDICAÇÃO!
Impressionante como as redes sociais sempre existiram. Por que todo mundo fala isso
como se fosse a última novidade? Algo de outro planeta e que nunca existiu? Claro que
a tecnologia veio a incrementar a coisa elevada ao duodécimo. No último Interminas,
Edney Souza lembrou bem que já na época das cavernas, vários homens se juntavam
em bando e a métrica utilizada era quantos homens daquela tribo seriam alimentados
através da caça abatida. Ataque planejado em grupo para sustentar um grupo ou
comunidade com características semelhantes.
Agora pare! Faça uma reflexão de quantas situações referentes a uma rede social você
já esteve inserido antes da chegada de redes como Twitter, Orkut e Facebook?
O uso inteligente das redes sociais pode trazer resultados extraordinários para sua
empresa, mas por si só, NÃO FAZ MILAGRE!
- redes sociais como Facebook ou Orkut não podem fazer você vender produtos de
qualidade inferior ou medíocres (aqui não há milagres, cuide da sua produção);
- uma rede social não irá revitalizar sua empresa falida (saiba como ser um bom
administrador e estrategista eficaz, tenha visão e faça rápidas implementações na sua
empresa);
- não irá melhorar seu site que tem uma péssima identidade visual;
- não irá fazer com que pessoas parem de falar mal de seus serviços e produtos, pode
até piorar a situação;
- uma rede social inevitavelmente irá estender seu canal de atendimento ao cliente.
Prepare-se para isso;
- uma rede social não irá transformar uma péssima estratégia de marketing para uma
eficiente;
- ela não é sobre empurrar e sim sobre como puxar (você tem uma excelente oportunidade
de conhecer seus clientes e prospects);
- não irá trabalhar em seu lugar: mãos à obra e cuide da sua empresa e dos seus
clientes;
- não necessariamente irá reter seus clientes (tente deixar sua página da rede social
com conteúdo relevante, seja inteligente, seja diferente).
Portanto faça bons produtos, foque no atendimento, personalize seus canais, conheça
seus clientes, hábitos, atitudes. Foque no mundo real e depois vá para o mundo digital
e aí quem sabe faça uma estratégia digital através de uma de suas ferramentas que é
a rede social.
Israel Ribeiro
Nas MPE os indicadores do dia-a-dia prevalecem sobre os de longo prazo, logo essas
organizações tendem a olhar para os impactos na hora de tomar uma decisão. Também
não dispõem nos seus quadros de profissionais que tenham condições de analisar
alternativas possíveis na hora de tomada de decisões importantes e estratégicas.
Assim, a grande maioria as MPE não conseguem organizar e sistematizar informações
sobre as influências das variáveis ambientais que afetam os segmentos nos quais
estão inseridas.
Há uma crença que pessoas que têm maior predisposição para participar de redes
caracterizam-se por assumir uma atitude de confiança e otimismo visto terem
consciência de que pertencem a algo maior e que suas ações repercutem em outras
pessoas e podem influenciá-las e até transformá-las.
Vinícius Sacramento
Talvez em 2006 você nunca tenha ouvido falar em mídias sociais, ou social media.
Dificilmente nunca tenha ouvido falar em uma hoje. Em três anos, o mundo evoluiu
muito mais do que nos últimos 300: falamos em tempo real com amigos no Japão,
consultamos o mapa daquela viagem - inclusive com o transporte coletivo a ser usado
para chegar lá - pagamos contas, compramos comida pela internet e até o seu próximo
emprego pode estar a um clique. Com a difusão da informática e da internet, quem
hoje não tem um perfil no Orkut? Ou ainda que não tenha repassado um e-mail com
aquelas correntes que supostamente dariam alguns centavos a alguma criança malaia
com disfunção cardíaca congênita psicológica? Atire o primeiro emoticon quem nunca
entrou no MSN!
Pois é, a lei da selva chegou aos mouses sem fio e monitores de LCD de nossas casas. Ou
lan houses. O crescimento exponencial dos estabelecimentos que alugam computadores
em troca de quantias módicas assusta, não só pela voracidade em que acontece, mas
pela quantidade de serviços oferecidos. Você, com certeza, conhece mais lan houses
do que hospitais, escolas, museus... E nesses tempos em que o consumidor está em
qualquer lugar, a qualquer hora, procurando as suas ideias, ignorar as reclamações
dele é quase como dizer: “vai e compra no meu concorrente ali da esquina”.
Não dá mais pra não entrar nas mídias sociais. Entre agências de sapos, leões e
abelhas, algumas se especializaram no chamado marketing de guerrilha, tão agressivo
e invasivo quanto o próprio nome diz. Hoje em dia, uma das frases que mais se ouve
entre os aficionados por redes sociais é “qual é a sua arroba?” A explicação é simples:
os usuários do Twitter são identificados pelo apelido precedido do sinal gráfico. Ou seja:
você pode ser simplesmente @fulanodetal. Ou, se tiver um tempinho disponível, pode
bancar @OCriador e brincar um pouco de ser Deus. Mas e a sua empresa? Alguns cases
só comprovam a decadência de certas marcas: a Lojas Cem é a única das grandes redes
do varejo brasileiro que nem perfil no microblog do passarinho azul tem. A empresa
tem lojas no Rio, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, mas ignora o resto do mundo ao
não oferecer comércio pela internet, nem um telefone como SAC.
Vale lembrar que a americana Dell faturou entre 2007 e 2009 mais de US$ 2 milhões
(mais de R$ 3,5 milhões) só com o Twitter. Tudo bem, o que é 1 milhão de dólares por
ano para a gigante dos computadores? Pouco. Mas a sua empresa pode faturar ótimas
quantias estabelecendo as estratégias certas de cativar um consumidor cada vez mais
exigente. Basta um fio de cabelo mal penteado no seu comercial para que 2 mil geeks
digam que a sua empresa deu um “#fail”. E aquele barraco que você armou na porta
da casa do seu ex-namorado pode ser um dos vídeos mais acessados no mundo em
poucas horas. E aí? Como você interage com o seu cliente? Será que o valoriza da
forma certa? Manda-me um toque no @vinnysacramento. E não se esqueça: em 140
caracteres, tudo pode mudar. ■
Thiago Moura
Estima-se que, no próximo ano, a chamada geração Y, geração da internet que surge
a partir da década de 80 até meados da década de 90, representará a maior fatia
na composição populacional mundial. Adicionalmente, cerca de 96% dessa geração
utiliza alguma mídia social. Outro dado que demonstra a grandeza desse raciocínio é
que se o Facebook – site de relacionamentos social - fosse um país, ele seria o quarto
maior do mundo.
A conclusão que chegamos é que as pessoas nunca puderam falar e ser ouvidas
como nos dias de hoje. Pessoas comuns, que nunca teriam a chance de ver seu rosto
estampado na “grande mídia”, ocupam um lugar nas mídias sociais, mostrando as
diferentes realidades coexistentes. Quem nunca ouviu falar da Stefhany do Cross Fox?
Exemplo de uma iniciativa popular, feita de maneira amadora que, na contramão dos
modelos tradicionais de produção e divulgação de conteúdo, ganhou repercussão
nacional e espaço em emissoras do porte da Rede Globo.
Mídias sociais, portanto, não é um mero modismo. O Google é muito mais do que uma
simples ferramenta de buscas. O Orkut não é uma bobagem de adolescentes. O Twitter
não é um bicho de sete cabeças. O LinkedIn é a nova ferramenta de contratação no
mundo corporativo. E talvez a ‘banda de garagem’ do seu vizinho seja a sensação do
momento no MySpace. Mas se você nunca ouviu falar de tudo isso, é melhor correr pra
web, e não correr dela. Lá sempre terá um wiki, um post, uma comunidade ou algum
internauta engajado que ajudará você a compreender toda essa nossa conversa. ■
Mariana Anselmo
O Interminas 2010 reuniu mais uma vez alguns dos mais influentes profissionais
atuantes no Brasil, na área da internet e mídias digitais. As discussões foram diversas.
Em quase todas, porém, havia uma preocupação em dizer que o potencial das mídias
digitais (e não virtuais, como afirmou @interney) está na promoção de relacionamentos.
O que faz da internet o novo fenômeno de comunicação é justamente o fato de ela
proporcionar uma comunicação de mão dupla, como disse Pablo Ibarrolaza. O que
se sabe é que as interações devem ser o foco de todos os planejamentos e todas
as ações definidas que façam uso de mídias digitais. As interações só acontecem
verdadeiramente quando mensagens e informações fazem sentido para o grupo que
dialoga. Aliás, o ponto auge da palestra do @renedepaula foi justamente a discussão
de que não existe mágica. De acordo com ele, “quanto mais a tecnologia faz parte das
pessoas, mais importante é entender as pessoas, e não a tecnologia”. Isso significa que
pesquisas sociológicas e culturais se tornam fundamentais para um bom resultado.
Foi por aí também que caminhou a palestra de @kenfujioka. De acordo com ele, os
planejadores digitais precisam ser jardineiros. Precisam estar atentos às relações que
são formadas durante o processo da campanha e a tudo que acontece. Tendo os usuários
o controle nas mãos, é imprescindível que exista um monitoramento constante e que as
estratégias possam ser construídas e reconstruídas. Enquanto os palestrantes falavam
sobre a força de entender os relacionamentos acima das tecnologias, as ideias acima
das mensagens, o público presente confirmava as afirmações. O Twitter promovia muito
além de perguntas aos palestrantes, como foi proposto pelos organizadores do evento.
A hashtag #Interminas conseguiu virar trendtopic brasileiro nas primeiras horas. Não
por menos, através da ferramenta social, o público transmitia as palestras para aqueles
que não estavam presentes, aumentavam seu networking, expressavam sentimentos
que iam da veneração às apresentações ao “por favor, alguém aperta a tecla sap”.
Eram pessoas, acima de tudo, produzindo e replicando conteúdo e, principalmente,
Vinícius Sacramento
Desde que o mundo é mundo, novidades fazem sucesso. E grandes sucessos inspiram
negócios maiores ainda. Há cerca de 5 anos, as empresas despertaram para o potencial
das mídias sociais, que crescem a cada dia. Tanto em quantidade de redes, quanto
em acessos. Em 2006, o Twitter tinha apenas 21 usuários, a maioria do seu próprio
staff. Hoje, são mais de 100 milhões de usuários em todo o mundo, sendo a terceira
maior rede social do planeta. A maior delas hoje é o Facebook, com mais de 400
milhões perfis. Se fosse um país, o Facebook seria o terceiro mais populoso do mundo,
perdendo apenas para China e Índia. O site, que já passa de seis anos de atividade, é o
segundo mais visitado do mundo - perde apenas para o Google.
Não raro, há empresas com suas próprias redes sociais, ou que criaram redes de nicho,
direcionadas especialmente ao seu público. No Brasil, a companhia aérea Azul criou
a “Viajamos”, onde os usuários trocam informações sobre destinos, dicas de viagem
e concorrem a passagens aéreas, dependendo de sua participação. No esporte não
é diferente: o Flamengo – time de maior torcida do país – possui duas redes para
torcedores: a “Flagol” e a “Cidadão Rubro-negro” – esta última, oficial e gerida pelo
marketing do clube.
A Coca-Cola recrutou a seguradora Allianz para fazer uma rede social dentro de outra:
no aplicativo “Bola Social Soccer”, os jogadores podem construir seu estádio e gerir
seu próprio clube de futebol, dentro do Facebook. A inspiração foi o brasileiríssimo
“JogaCraque”, que roda no Orkut. E como não falar do “Farmville”? O jogo onde se cria
uma fazenda inspirou vários outros, até nos concorrentes do Facebook. Já são mais de
90 milhões de usuários em menos de um ano.
E há quem use as redes sociais para o bem e para o mal. No Twitter, para ajudar usuários
a escapar das blitzes da Lei Seca, foi criado o @LeiSecaRJ. Os criadores se definem
como “um serviço de utilidade pública”, tendo auxiliado milhares de motoristas durante
as enchentes que atingiram o Rio de Janeiro em abril de 2010. A polêmica se dá pelo
fato de que informar localização de blitzes é crime, e o perfil já foi alvo de representação
do Ministério Público.
Como diria Hélio Basso, diretor operacional da agência de mídias sociais Ideia S/A,
“2010 é ‘O’ ano das redes sociais. Quem souber pegar essa onda, vai se dar bem, e
quem não souber vai ficar para trás”. A frase não poderia estar mais correta: as novas
redes criaram um mercado, e surgiu um novo profissional: o analista de mídias sociais,
responsável por monitorar marcas nas redes e gerir os perfis das empresas. Saber
se relacionar virtualmente com o cliente é importante e, em alguns casos, critério de
escolha do consumidor. E é fundamental aprender a surfar para não ser engolido pelo
“tubo” dessa onda. ■
Fernanda Quintão
Uma das coisas mais legais de um evento como o Interminas, é que a gente acaba se
deparando com visões (de mundo, de negócios) diversas das nossas. E como não é
possível – ainda – fechar os ouvidos, mesmo que você fique tuitando sobre o sapato
do palestrante, ALGUMA coisa do que ele falou vai acabar entrando na sua cabeça. E
então, depois de 7 ou 8h de palestras, o que ficou? Valeu à pena?
Não é novidade nenhuma falar que qualidade vale mais que quantidade. Desde muito
novinha eu escuto isso e acredito que não seja muito diferente com a maioria das
pessoas. Só que em nosso cotidiano, só nos cobram números: na faculdade, você só se
forma se tiver uma nota acima de X e pelo menos Y% de freqüência. No trabalho, você
tem que cumprir 8h diárias. E o cliente quer saber quantas pessoas falaram dele no
Twitter, quantas clicaram em tal link e por aí vai. Sabemos que não são esses números
que vão medir a satisfação das pessoas. O que importa de verdade é O QUE elas dizem,
mas parece que nem todo mundo percebeu isso. Temos que educar nossos clientes,
mostrar que aquele monte de números não significa nada: “Falem mal, mas falem de
mim” é uma coisa TÃO século XX.
Mas é tão fácil a gente se deixar levar pelo caminho mais curto, óbvio e superficial. O
Homem-Aranha é muito mais divertido que a Princesa Leia – você realmente levou em
consideração todos os aspectos de cada personagem que o Simon mostrou? Como já
foi dito em outro evento, “Cuidado com o hype”! Não vai ser fácil apresentar esse novo
mundo aos nossos clientes e mostrar a eles que o melhor caminho é também o mais
difícil. Vamos precisar de profundidade, de ir além do que se vê.
No segundo semestre nós vamos participar das movimentações das eleições. Muitos
dos que estavam no Interminas vão estar ligados diretamente às campanhas e terão
a faca e o queijo nas mãos, para colocar em prática o discurso da qualidade, mesmo
sabendo que a eleição é um processo quantitativo. Por mais que a legislação brasileira
esteja confusa e atrasada diante dos recursos tecnológicos, não é legal (sem trocadilho!)
procurar brechas ou tirar vantagem da lentidão dos julgamentos e dos valores baixos,
se comparados ao orçamento de uma campanha das multas previstas. É claro que
é possível alcançar bons resultados agindo com ética e fazendo um trabalho que
realmente valha à pena. Não é moralismo, é papo sério: Vamos deixar os barracos e o
jogo sujo para o BBB.
Não é uma eleição que vai resolver todos os problemas dos Estados ou do país. Mas a
mudança na forma de agir dos envolvidos pode se refletir, aos poucos, em cada pessoa.
Nós somos animais e aprendemos pela imitação. Que tal mudarmos nossa atitude nas
eleições, com os nossos clientes, e mesmo no nosso dia a dia, ao invés de ficarmos
esperando os outros mudarem? Pode parecer utópico, mas se cada um que fizer isso
estimular outras [nem que sejam seus seguidores no Twitter] a fazerem o mesmo, aos
poucos tudo pode melhorar. Quem tem consciência desse poder tem a obrigação
de tentar mudar as coisas. E isso não tem nada a ver com a internet. Como dizia
o @dpadua, “Tecnologia é mato, o importante são as pessoas”. ■
Elaine Rodrigues
Com o boom da era digital e suas ferramentas como o Twitter, Facebook, Orkut,
MySpace entre outras, a vida pessoal torna-se ainda mais exposta em toda a rede.
Contudo, se as informações descritas lá forem bem gerenciadas isso pode até trazer
benefícios, mas também pode gerar graves conseqüências, principalmente no
ambiente profissional.
Bom senso é a palavra de ordem. Porque é preciso ter mente que as informações
disponibilizadas na internet estão em um espaço público e, que podem, sim, ser
acessadas por qualquer pessoa, incluindo o seu superior.
Tudo isso trouxe à tona o questionamento sobre a relação existente entre as esferas
pública e privada da vida de um cidadão. Seria correto que uma empresa dispensasse
um funcionário apenas pelo fato de discordar de alguma de suas ações? Eu creio
que não. Mas, desabafos em ambientes virtuais que digam respeito à organização,
onde trabalha ou aos seus parceiros, denegrindo a imagem de ambos, podem gerar
demissão por justa causa. Isso, inclusive, está de acordo com a lei brasileira, desde
que o colaborador tenha infringido regras apresentadas anteriormente ou que a
Entretanto, a discussão aqui não deve ser sobre o que é certo ou errado quanto ao
monitoramento realizado por parte das empresas. A questão é que mesmo sem a
intenção da companhia de controlar o conteúdo, as informações geradas na internet
são disseminadas e podem chegar aos ouvidos de um profissional que tenha o poder
de decidir sobre sua permanência ou não no cargo que ocupa.
Por isso, a dica é pensar em maneiras de evitar situações prejudiciais, tanto para
as empresas quanto para os profissionais. Alguns cuidados básicos que podem ser
tomados para que isso não ocorra:
- Reconheça que a presença das mídias sociais na rotina da maioria dos funcionários
é uma realidade. Por essa razão, busque elaborar um código de conduta explicativo
quanto às informações que podem ser ou não divulgadas;
- Oriente sua equipe quanto aos cuidados que devem tomar, pois os colaboradores
devem entender que carregam consigo a imagem corporativa;
- Esteja sempre aberto para dúvidas relacionadas a esse tema e não trate o assunto
como algo que não pode ser discutido dentro da empresa.
Para os profissionais
- Não esqueça que o mundo inteiro pode ter acesso ao que escreve e que sua imagem
está em jogo;
- Tenha uma conversa com seus superiores sobre o que pode ou não ser divulgado na
internet. Nada melhor do que ter o aval da companhia para evitar possíveis problemas
por falta de alinhamento. ■
Fontes pesquisadas: Manpower Recursos Humanos e Renato Grinberg – Diretor Comercial do Portal Trabalhando
Gloria Pereira
> Eu sabia “o quê” mas não sabia “o como” utilizar as redes sociais para
negócios
cultura americana do “to make money” com imóveis. Fica mais rico aquele
que consegue comprar mais imóveis e cobrar aluguéis dos outros jogadores,
enquanto os endividados pelas perdas dos seus bens e sem ter como pagar vão
saindo do jogo. O Monopoly®, o mais famoso jogo do mundo, ao completar 70
anos em 2005, já tinha vendido mais de 250 milhões de tabuleiros, segundo
Philip E. Orbanes, Da Capo Press.
Não há nada de errado com estes maravilhosos jogos. Apenas foram criados
em outro momento histórico, antes do século 21.
Nosso cérebro não tem registros de como viver e criar riqueza dessa nova
forma, o avesso do Xadrez, do War e do Monopoly. É neste contexto que nasce
o Jogo Negócio Sustentável®. Negócio é negar o ócio, tornar-se ativo nas
relações humanas. Como jogo, mostra que qualquer pessoa pode se divertir
realizando negócios lucrativos, simultaneamente, para si mesmo, para todos
os envolvidos (amigos, clientes, parceiros, investidores) e para o Planeta Terra.
Ninguém precisa sair do jogo !
Os games são cada vez mais utilizados pelas empresas em suas estratégias
de marketing e comunicação, como parte de produtos e serviços, porque o
lúdico dispara hormônios do prazer na corrente sanguínea, as endorfinas, e
por tabela, a marca ou produto passa a fazer parte integrante deste “momento
de felicidade”.
O Jogo Negócio Sustentável é uma ferramenta que serve para múltiplos usos e
diferentes públicos. Além disso, o jogo é instrutivo, divertido e inovador:
Somos seres humanos. E como humanos somos curiosos por natureza. E como
curiosos gostamos de descobrir coisas novas. Há tempos que me questionava
o que em si significa inovação em sua essência. Desde então decidi procurar
no dicionário qual o seu real significado e se eu encontraria a resposta que
procurava. Deparei-me com uma informação intrigante, de que “os velhos
desconfiam das inovações” e que inovação significa também renovar.
Hoje por coincidência, abri a última página de uma revista que tinha um artigo
muito interessante sobre o Prêmio Jabuti, criado pela CBL (Câmara Brasileira
do Livro). Para situar os que não conhecem essa premiação, ela é considerada
a mais abrangente em relação a outras, por destacar todas as áreas envolvidas
na criação e produção de um livro.
Com relação ao artigo, me chamou muita atenção o fato das novas obras
invadirem o mundo digital, proporcionando a muitos leitores, possibilidades
de ter uma biblioteca extremamente rica com apenas um clique. Além da
disponibilização das obras, o Jabuti fornece ao grande público, a oportunidade
de participação através do voto popular e de disseminar as obras do autor
nacional através das mídias sociais.
Caros amigos, o que quero dizer simplesmente, é que por vezes falamos em
inovação, e sequer nos damos conta de que ações simples podem mudar a vida
de muitas pessoas. Renovem- se. Não pensem como velhos. Acredite em novas
ideias. ■
Fabio Gobbo
A inovação está sendo gerada por pessoas comuns, por pessoas desconhecidas,
pelo amador. Nós, empreendedores, percebemos isso há tempos e por isso
lutamos pela inovação, a mesmice é fácil demais. A internet nos ofereceu isso
porque não precisamos subir em cima de um palco e falar para milhões de
pessoas, postamos como anônimos e inovamos como intelectuais.
Vamos compartilhar, vamos falar o que todos querem falar mas não tem
coragem, vamos inovar! ■
André Nogueira
O impulso que era surdo e não deu bolas para o que não ouvia. Descobriu
que havia outros tantos @iguais, @diferentes, @diversos, @anônimos buscando,
cavando trincheiras. Um clique e são muitos, milhares, bilhões. A @norma ficou
sozinha sem o quê para normatizar. Pequenos desiguais de estrutura caótica.
Fractais categorizados por sua falta de categoria. Nuvem, teia, rede, nós. Nós
somos nós? A referência morreu de velha e a verdade absoluta relativou-se
desfilando em carros abertos, sem blindagens. O acesso é absoluto. O ruído
virou mensagem e as portas se foram pela janela.
Andrezza Leite
Do outro lado os ouvintes, que no final serão a mesma rede, com muitas ideias
fervilhantes ao final de cada palestra, uma mistura de transtorno e alegria,
uma confusão saudável. Trocas de e-mails com diversos assuntos, discussões,
colaboração, dúvidas como: o que fazer com tantas ideias, como aplicar de
forma diferente, inovadora.
Brunno Ferreira
Em nosso dia a dia buscamos objetos, ferramentas ou coisas que facilitem nossas vidas
dos mais diversos modos, seja no trabalho, em casa, na vida pessoal ou profissional etc.
Foram criados mecanismos que facilitam a vida das pessoas e, hoje, a tecnologia está
bem avançada, tanto que a cada mês, semanas, dias, horas e minutos surgem inovações
digitais, que têm um papel importante na vida de cada uma de nós. Por vezes reclamamos
de que não temos ferramentas para fazer isso ou aquilo, entretanto a tecnologia nos
ajuda bastante em determinadas situações, otimizando tempo e até dinheiro.
Existem vários tipos de ações inovadoras disponíveis e que passam a fazer parte de
nossas rotinas, dos processos no trabalho, das famílias, entre outros. Por esses e outros
motivos, aumenta a necessidade de mais inovação, do novo, do diferente, aquilo que
ainda não foi inventado e implementado, que poderá melhorar e facilitar as tarefas.
Algo inovador não é somente falar ao celular, mas também poder fazer um pedido
online e receber em sua casa dentro de poucos instantes, ou mesmo fazer transações
bancárias ou falar e ver uma pessoa que está do outro lado do mundo. Essa é outra
vantagem da inovação digital, permitindo uma alta interação entre as pessoas e empresas.
Então, acredito que a inovação digital é e será sempre importante, haverá sempre algo
novo a fim de melhor e gerar facilidade aos outros, economizando tempo e dinheiro;
possibilitando, enfim, as melhores opções de escolhas. Porém, penso que é necessário
agir com cautela para que as inovações não isolem os indivíduos do mundo, pois desde
os nossos primórdios, temos o costume de nos relacionarmos com os outros indivíduos,
e não há tecnologia que consiga superar esse tipo de situação. Não há nada melhor do
que conversar com as pessoas observando suas expressões, vendo seus sentimentos
e reações. A inovação digital auxilia muito as nossas vidas, contudo, não se pode ser
totalmente dependente dela. ■
Caio C. O. Ribeiro
Com esse espírito, mesmo que em 140 caracteres, é que eu encaro atualmente
as famosas redes sociais.
Na linha dos manuais de uso consciente do crédito, da água e tudo mais, acho
que um guia de boas maneiras para as novas mídias seria de extrema valia,
em especial para as novas gerações. Como um iceberg, posicionaria as mídias
sociais em seu topo, visíveis e alertas, sinalizando que algo muito maior está
abaixo. Encarando como o início e não o fim. Acredito que esses novos canais
de comunicação nos apresentam muitas oportunidades de criação e inovação,
funcionando ainda como ferramenta de inclusão intelectual e digital.
O mais bacana disso tudo será a vitória mais uma vez do Darwinismo: em
um mundo onde não existe mais on e off, a seleção natural fará seu papel,
reservando-nos em um futuro próximo melhores empresas, indivíduos e o mais
importante: a velha e boa conversa.
Diego E. Mattera
Mas inserido num contexto digital tive acesso a todos esses músicos de forma
que pude optar. O conteúdo que você quiser passa a existir no seu quarto, no seu
trabalho, no ônibus, no aeroporto ou até mesmo no seu bolso, é só se conectar.
O que quero dizer é que cada vez mais precisamos tratar os consumidores
como indivíduos e não como massa. Mas, “como fazer isso?” Talvez seja nosso
maior desafio. Comunidades Sociais me parecem uma boa ferramenta, pois
através de uma comunidade, um aplicativo, uma banda preferida, você pode
encontrar seu público.
Entramos em uma nova forma de atingi-los, agora não aceitam com naturalidade
uma invasão de sua marca num contexto qualquer. É preciso conquistá-los, é
preciso dar algo ao futuro consumidor. Ele quer conteúdo? Damos conteúdo e
o impactamos através disso. Ele quer interagir? Jogar? Divulgar sua banda?
Fazemos isso, e em troca desse serviço ele aceita ser impactado, como fez a
Operadora de celular de Londres, que não cobrava mensalidade no celular em
troca de ter acesso livre, para enviar publicidade aos seus usuários.
Uma forma de ação que me atrai muito e acredito que ganhará força cada
vez mais, são as ações de “crossmedia”. O impulso de fazer seu consumidor
explorar diversos equipamentos já é algo genial, pois por cada canal que ele
passar, ele estará divulgando sua marca. E nessa ação, o cliente se envolve
produzindo e enviando conteúdo, participando ativamente, dedicando parte do
seu dia a sua campanha. Mas lógico, o impulso não surge do nada, é preciso
seduzi-lo a participar, mais uma vez precisamos motivá-lo, dando algo em troca.
De qualquer forma, todo dia surge uma nova plataforma para nossos
consumidores se conectarem, são equipamentos que tornam a comunicação
mais prática e viável em qualquer lugar e momento do seu dia. Com o
Mas se, por outro lado, você tiver esse tipo de interesse determinado, pode
correr atrás dele: entre no site de seu partido, por exemplo, consuma aquilo,
mas você sabe como e onde encontrar isso tudo... Basta usar o que está no seu
bolso, basta usar uma ferramenta para disseminar o que está na sua cabeça. ■
Ederaildo Fontes
Podemos dizer ainda que a inovação, em qualquer área, é algo maior que gera
grandes ondas de novos processos, novas visões e sempre mais do mesmo,
tudo isso girando em uma ideia inovadora maior. Pensando dessa maneira
a inovação só é necessária quando a própria necessidade humana assim o
determina, o momento correto.
Portando, penso que o espaço para a inovação sempre existirá, sempre que
o ser humano se sentir no ápice da parábola ou houver a necessidade de
novas sensações, a inovação virá, planejada ou não. A inovação com qualidade
dependerá sempre da qualidade do estímulo aplicado e, às vezes, textos como
esse que tentam explicar o processo de inovação ficam um tanto quanto obscuros
e quando são compreendidos e desenrolados então é aí que a inovação surge. ■
O assunto mais tratado hoje nas redes sociais é o uso do Twitter, como as pessoas
criam notícias vinculam a estes sites e conseguem, assim, milhares de seguidores. A
mídia, na verdade, se tornou escrava destes conteúdos e não de seus consumidores
como eram antigamente.
Hoje, as notícias em tempo real, em sites Frees como são chamadas, veio para ficar
e agregar o maior número de seguidores com suas variadas idéias. Independente do
conteúdo é uma forma do consumidor interagir e se antenar com o resto do mundo. ■
Fabio Antunes
Mas, o mais importante, é que esse “pensamento digital” gerou uma necessidade de
inovar, na medida em que precisamos se destacar num mundo onde temos a impressão
de que tudo está criado. Mas essa inovação transcendeu o próprio universo digital,
retornou para o dia a dia, para as necessidades cotidianas de um mundo carente de
soluções.
Sinto que ainda é tímido, perto de toda a demanda inovadora a respeito da tecnologia,
mas o fundamental é o pensamento, a forma inovadora como o homem está buscando
soluções. Uma forma diferente de pensar. E só se inova quando mudamos a forma de
pensar.
Nesse sentido, a inovação já não se valoriza pelo simples fato inovador, mas sim, pelo
próprio valor que nela se insere, como um compromisso com a humanidade. Creio
que isso é o maior legado desse movimento de Inovação Digital, transpor o digital
e distribuir novos pensamentos em velhos departamentos. É olhar diferente. Buscar
soluções não só em como se comunicar com o seu cliente, mas como se relacionar
com ele e com tudo que está a sua volta, ou seja, o mundo todo trazendo um jeito novo
de questionar para encontrar novas soluções. ■
Em todas as épocas e em todos os tempos elas estão presentes. Todos sempre usavam
sem perceber e sem grandes ferramentas tecnológicas. Quer ver?
Nas brincadeiras tinha a rede dos que jogavam bola, dos que soltavam pipas, dos que
jogavam vôlei, dos que andavam de bicicleta, e a rede dos contra tudo isso. Mas, sempre
tinha um que pertencia a todas elas e era o “bam-bam-bam”, o tal, o nó principal das
redes.
Crescemos um pouco e lá vem nova rede, a do matrimônio, que para aumentar ainda
mais seus participantes vêm os sogros, as sogras, os cunhados. Ah, os cunhados,
verdadeiros animadores de redes: não tem um assunto sobre o qual eles não palpitem.
Logo chegam os filhos e novas redes formam-se, desta vez com noras, genros. Quer
rede mais complexa e cheia de “nós” que a família? Enquanto está no virtual (cada um
na sua) é lindo, mas quando se junta para uma rede presencial, sai de baixo.
E isso tudo está dentro de uma rede ainda maior chamada sociedade, que contempla
várias outras redes, que não vai dar para citar, porque este texto só pode ter 500
palavras. Agora me diz como classificar tudo isso em: descentralizada, centralizada e
distribuída? Como explicar sua auto-organização sem ferramentas? Hum, vamos deixar
esta parte para depois.
E hoje, como está tudo isso? Bem, se eu quero saber onde estão meus amigos das
redes mencionadas anteriormente vou ao Orkut, facebook, twitter, flickr, etc, etc e tal.
Tudo como manda a tecnologia e o que se tem de mais moderno, conectado, interligado
Mas se redes são pessoas conectadas, o mais importante então são as pessoas. Ufa!
Ainda bem, já imaginou alguém perguntar para uma criança: o que você quer ser
quando crescer? E ela responder: “Não sei ainda, acho que quero ser web 4.0, porque
a 3.0 já está ultrapassada”.
Agora, vocês vão concordar comigo que, toda esta experiência que adquirimos ao
longo de nossas vidas, mais a experiência de alguns especialistas em redes, mais a
experiência de alguns em ferramentas colaborativas, mais benchmarking em mais sei
lá o que, dá um samba, não dá?
E este samba pode ainda fazer você ganhar dinheiro, fazer sua empresa crescer, ter
visibilidade, fixar a marca, e por aí vai. Olha que lindo!
Mas não pense que é fácil como uma receita de bolo de fubá não!
Quem quer entrar neste mundo tem que ser criativo, inovador, antenado, ousado,
receptivo, reativo, ter conteúdo, usar bem as ferramentas e um toque final que é a
“sacada” particular de cada um.
Gisele Arana
O dicionário define inovação como novidade, situação rara ou ato de introduzir uma
novidade. Mas, será que é só isso? O que, de fato, podemos considerar como inovação
no mundo e na sociedade em que vivemos atualmente?
Apesar de não estarem ainda ao alcance de todos, esses novos meios de comunicação
vem alterando toda uma cultura e a rotina de muitas pessoas. Sendo assim, em termos
coorporativos, é nesse fato que as empresas devem prestar atenção. O consumidor de
hoje tem um poder muito maior do que antigamente. Ele tem a capacidade de colocar
uma marca no topo e, a partir de uma insatisfação, destruí-la no segundo seguinte.
Então, é importante que as empresas tratem bem esse consumidor e saibam usar
todas as novas mídias para estar em contato com ele, saber suas insatisfações e
necessidades, mostrar que ele é importante para a empresa e que esta se preocupa
em bem atendê-lo e satisfazê-lo. Manter um relacionamento direto e saudável com
o cliente resulta em uma publicidade gratuita da marca feita pelos próprios clientes
através das mídias sociais, além da descoberta de oportunidades antes não possíveis
de serem vistas.
Dessa forma, inovação não se trata de criar algo totalmente novo ou de ter uma
ideia nunca pensada por ninguém antes. A novidade não está em um insight raro de
criatividade. Inovar significa enxergar oportunidades onde ninguém vê, valorizar o que
os outros ignoram, mudar a rotina e os hábitos. É sair do óbvio. ■
As três frases que marcaram meu aprendizado sobre redes sociais. Falando assim por
falar parece um pouco simples demais, mas não é. A internet hoje é confundida com
lugar ou espaço físico. O que explica as duas primeiras frases.
Redes sociais reais viram virtuais, mas como acontece o processo contrário? Existem
infinitos cenários no trabalho com redes sociais. Em algumas ações podemos notar que
são mais passivas e outras mais ativas com a comunidade. O método de como atuar
nas redes quem define é a própria rede. Quem vai ditar o tempo, o ritmo das postagens,
a abordagem, o tipo de conteúdo, a linguagem apropriada e todas as nuances que
tanto estudamos e discutimos.
Pensamos tanto olhando para o computador que esquecemos que tem pessoas do
outro lado. Mesmo com tanta interatividade não substitui o toque. Você olhar para a
outra pessoa nos olhos, um aperto de mão ou um abraço. Quem sabe levar as pessoas
para o próximo nível seja uma grande oportunidade em meio a tantas ações online.
Convidar os seus iguais a saírem da frente do computador e participar de um encontro
no espaço físico.
dois pontos: a necessidade de criar uma interação saudável entre os jogadores (que
muitas vezes ofendiam gratuitamente ou enganavam outros usuários mais ingênuos) e
o incentivo e o reconhecimento do que os fãs faziam com a marca.
Não era raro os jogadores editarem vídeos, imagens, escreverem estórias e criarem
fansites sobre o jogo. Além de promoções e concursos envolvendo esse conteúdo,
uma revista da empresa foi criada. Nela além de contar um pouco sobre as novidades
e lançamentos, a comunidade era o foco. Entrevistas e muito conteúdo gerado pelo
consumidor, gerando o reconhecimento tanto almejado pelos membros dessa rede
social.
Já em um estágio mais avançado, criei um encontro que era realizado nas Lan
houses. A proposta era simples, “desvirtualizar” as amizades e experiências que o
jogo proporcionava. Tamanho foi o sucesso que passei a viajar pelo Brasil promovendo
esse espaço. E finalmente cheguei onde queria chegar. Em todo esse ciclo, hoje, mais
maduro e experiente, eu percebo que realmente fazia parte da rede social, que girava
em torno do jogo. Sem saber, estava criando coisas que eu gostaria de usar e com isso
eu satisfazia o desejo dos meus iguais. Os amigos que cultivei nesse caminho estão
comigo até hoje. Não existe nada mais tangível que você fazer amigos reais por causa
de interesse em comum. ■
Kathia Morini
Penso que a crescente oferta de produtos e serviços gera uma grande a necessidade
de diferenciação, e que o caminho para se destacar entre as marcas existentes está
nas possibilidades que as novas tecnologias e principalmente a internet trouxeram.
Elas abrem portas para produtos e serviços inovadores e, por consequência,
diferenciadores. É por isso que a tecnologia tem sido, e será cada vez mais, uma
ferramenta valiosa para o marketing. Como pudemos ver no curso, há inúmeras
possibilidades de integração de on e offline em novas mídias, onde a diferenciação
causa impacto, recall, contribui para a conexão emocional com as marcas que, por
sua vez, gera compra e fidelização.
Porém, o que mais chama a atenção é a mudança do foco da mídia tradicional para as
chamadas novas mídias, e nas diferentes formas de se relacionar com o consumidor.
Apenas alguns anos atrás, as marcas e a mídia trabalhavam com mensagens de mão
única, vendo o consumidor como um receptor. Havia uma hierarquia da comunicação
onde grandes veículos e marcas determinavam o que dizer, como e quando. A internet
causou uma reviravolta na comunicação. O consumidor/leitor é também produtor,
escolhe quais mensagens consumir, é produtor, quer dialogar e não ser apenas um
receptor passivo da comunicação.
Recentemente, a mídia social tem se tornado foco das discussões e a grande inovação
na forma de se relacionar com o consumidor. As redes sociais chegaram para ampliar
as possibilidades do relacionamento, possibilitando a segmentação das interações
por grupos de interesse. Além disso, também começaram a ser percebidas como um
novo canal de comunicação e relacionamento de marcas com seus consumidores.
Marcelo Abrantes
Foi-se o tempo onde os jogos eram uma experiência solitária. O que antes isolava
jogadores do mundo todo, agora os colocam em “novos ambientes” e estão expostos
a contatos com pessoas, culturas e modo de viver diferente.
Muito antes de qualquer rede social aparecer, os games já inauguravam algo que
seria um divisor de águas na indústria: Os jogos multiplayer online. Em 1998 surgiu
o primeiro grande jogo totalmente online. O jogo, chamado Ultima Online, convidava
o jogador a fazer parte de um mundo de fantasia que era escrito pelos próprios
jogadores, onde a liberdade era regra, não exceção. Jogadores criaram clãs, guildas,
jogavam em grupos com pessoas que não conheciam.
Enfim, os jogos online vieram pra ficar. Invadiram as redes online tradicionais e são
responsáveis pelo crescimento das mesmas. Desde o pai de família que passa horas
no poker online, a dona de casa que cultiva sua fazenda e pede cabritos para seus
amigos em seu perfil, até o garoto que joga por horas seu jogo favorito no videogame
e compartilhar suas conquistas no facebook, o mundo dos jogos online está mesclado
com as redes sociais e mudou, a forma como as pessoas interagem, geram conteúdo
e se divirtam. ■
Inovação, algo que nos remete a sempre estar na frente, sempre chegar primeiro,
inventar aquilo que não foi inventado. Isso me deixa em colapso às vezes, fico
pensando: será que existe algo no mundo com tantas cabeças pensantes que ainda
não foi inventado? Que ainda ninguém tentou? Eu acho que não.
Mas o grande incentivo do mundo está diretamente nisso, o básico já foi criado.
Precisamos adequar as coisas para funcionarem melhor, perceber as falhas, identificar
os erros, e a partir do que já existia não se acomodar, fazer melhor. Inovar!
Aprendemos que devemos olhar sempre para frente, mas nunca esquecer os
ensinamentos básicos de cada lição aprendida, voltar a analisar melhor e perceber
que algo mais pode ser contato em um mesmo conceito. A relação do bicho homem
com ele mesmo, já é uma grande lição de vida, basta parar e pensar.
Um produto ou serviço inovador pode ser criado pelo simples momento de reflexão de
nós mesmos em querer saber, “eu sou bem atendido”? Eu preciso de tudo que tenho?
Tenho certeza que novas ideias ou novas inovações vão surgir na mente. E se você
conseguir captar tudo o que o seu cliente sente, algo inovador irá surgir.
Depois de tudo, eu acredito que inovar é viver! Mas viver no sentido mais amplo, de
nunca estacionar, nunca se acomodar e sempre melhorar. Aprendendo com os erros,
aceitando principalmente que errou. Viver, evoluir, aprender e inovar sempre. ■
Maria Sannini
Eu sou uma típica mulher da minha geração: independente, liberal e com muita
atitude.
Exatamente por isso que decidi que eu pediria a mão do meu namorado em casamento.
O meu maior problema era que ele estava do outro lado do mundo, numa viagem a
trabalho. E por que eu deveria esperar? Já que eu decidi tomar iniciativa, por que não
inovar?
O exclui de todas as minhas redes sociais, pra dar mais emoção. Preparei um slide
com fotos nossas, coloquei nossa música como trilha, fiz o pedido e espalhei pelo
facebook e twitter.
Essa é somente uma ilustração – que poderia muito bem ser verdadeira – que como
as mídias sociais funcionam.
As mídias sociais ainda são novidades, e como toda novidade, está em fase de teste.
Ainda não se sabe a fórmula certa de melhor utilizar esse meio de comunicação que
tem um alcance imensurável.
E eu acredito que a proposta das mídias sociais não seja dar forma ou limitar. Pelo
contrário.
Elas fazem parte da web 2.0, que é um ambiente onde pessoas interagem de inúmeras
linguagens, modos e motivações.
O que as empresas precisam saber é que os usuários das redes sociais anseiam por
novidades, querem participar de coisas inovadoras, criativas.
Isso gera a mídia espontânea, que é a resposta à sua proposta. Além de criar fidelidade,
admiração, contato direto e imediato com aqueles que possivelmente são ou serão
seus consumidores e parceiros, já que a tendência da web 2.0 é a colaboração vinda
de todos os lados.
Enfim, esperar pra ver aonde a coisa vai dar. Dar tempo e espaço entre os concorrentes.
Dê o seu ponta pé inicial. ■
Mariana Nassif
Um novo filho, por exemplo, transporta para um mundo com rotinas e afazeres
diferentes – que seja o terceiro, quarto filho, não necessariamente o primeiro, o fator
“novidade” movimenta. Obriga a adaptar. Obrigação é palavra chata por definição,
é aquela coisa de lavar as mãos antes de comer, escovar os dentes no mínimo três
vezes ao dia, saudar desconhecidos com palavras de gentileza no elevador. Regras.
Quando vem o novo, entretanto, as regras são obrigatoriamente modificadas, e a
própria palavra obrigação abre um sorriso e se transforma imediatamente, mesmo
sem saber o que esperar. Por isso há de se fazer esta espera pelo novo sempre de
maneira prazerosa, com o peito aberto e a cabeça com espaço suficiente para o que
virá.
Sobretudo, acerca das observações que a inovação quer deixar, é mais sábio, correto
e não costuma falhar: não se apegue no conhecimento pleno, absoluto e lógico – e já
que tudo o que é sólido desmancha no ar, porque não, levanto a bola enquanto brinco
de rima, ao benefício da dúvida se entregar? ■
Marina Narciso
Neste contexto, a experiência religiosa torna-se mais complexa na vida dos indivíduos.
Entretanto, a instituição Igreja está em decadência. A comunicação e o uso de
ferramentas tecnológicas podem ser fatores decisivos para a criação de comunidades
participativas que transformarão a igreja em associações que dialogam, criam laços
e se preocupam com o próximo. Afinal, não é fazer as coisas de forma diferente, mas
fazer coisas diferentes.
Se a igreja não estiver na Internet, ela ficará de fora da história e recusando, assim,
sua missão de comunicar o evangelho e estar em comunhão universal. É relevante
ressaltar que as tecnologias eletrônicas de comunicação quebraram as barreiras
geográficas, políticas e físicas criando uma “aldeia global” onde cada indivíduo é
Natasha Torlay
O ser humano acaba mostrando o seu melhor e o seu pior na internet e nas redes
sociais, onde também vale o livre arbítrio.
Enfim, sou muito fã das redes sociais, adoro estar conectada com o mundo, com as
novidades. Mas também adoro uma conversa olho no olho e um abraço forte no meu
aniversário. ■
O mais novo fenômeno da web são as famosas redes sociais, quem não faz parte
delas pelo menos já ouviu falar, mesmo que seja por outros canais.
Mas o que realmente são as redes sociais? Redes sociais não são mídias sociais.
Associamos redes com o Orkut, Twitter e Facebook, na verdade estas são as mídias,
são as ferramentas para possibilitar as redes. As redes sociais são feitas por pessoas
e não por ferramentas.
E isso significa que qualquer pessoa, indiferente de geração, cultura, classe social
pode pertencer às mídias sociais, e não como é vista por muitas pessoas como uma
ferramenta para adolescentes. As redes são de pessoas e não um difusor de gerações.
Então por que participar das mídias sociais? As mídias são democráticas, elas apontam
negócios, amizades, reforça e estimula a caridade, trocam conhecimento, expandem
educação, informam sobre políticas e muito mais. A web veio para conectar pessoas,
documentos e computadores e tudo isso não foge do que todos nós somos. As redes
somos nós e as mídias nos unem para realizarmos grandes mudanças.
Muitas pessoas dizem que nunca entrarão no Orkut, Twitter e outras ferramentas.
Realmente é possível não fazer parte disso tudo, mas pode ser que você se sinta
isolado de todas estas milhares de pessoas conectadas.
Todos já estamos nas redes sociais, agora vai querer nascer nas mídias sociais? Pode
acreditar que você será bem-vindo e algo de importante na sua vida acontecerá. ■
Renata Bonádio
Na primeira aula de um curso sobre ações inovadoras, o professor Gil Giardelli nos
colocou a atordoante afirmação: “não podemos usar velhos mapas para descobrir
novas terras”. Em primeiro momento, não consegui refletir muito sobre a frase,
passado algumas palestras marcadas pela presença de pessoas super inovadoras.
A frase continua a me perseguir, mas agora como parte de meus conceitos e de
projetos de vida.
Cesar Pallares começou sua palestra com um pensamento que define de outra
maneira a inovação, disse não ser o dono da verdade, que não veio trazer o fim e sim o
começo, disse que iria colocar pimenta em nossos olhos para abrirmos nosso campo
de visão ao inexplorado. Fez um exercício para nos instigar a pensar em inovação
para os novos consumos de mídia, na rapidez do “quero para já”, na comodidade do
querer ficar em casa, na segurança do querer o que confia, na individualidade de não
ser o todo mundo e na simplicidade de não querer complicações. Sair do invisível.
Muito bem lembrado por Amyris Fernandez, para inovar não podemos esquecer o
princípio básico da comunicação: “o meio é a mensagem”. Já a Valéria Brandini nos
ensinou que não usamos internet, consumimos internet - que internet é comunicação.
Disse uma frase fabulosa, não há inovação frente à “amplitude do oceano e a
profundidade de um pires.”
Na aula que se sucedeu ao Webexpoforum, Gil nos trouxe três palestrantes muito
especiais. Mostraram-nos que apesar de toda tecnologia e novas técnicas, não
devemos esquecer o be-a-bá inicial, ou seja, não devemos usar velhos mapas para
descobrir novas terras, porém não podemos esquecer que sem os velhos mapas não
chegaríamos até aqui. As teorias antigas são importantes, algumas até fundamentais,
e complica quando as esquecemos e começamos a criar um novo caminho sem elas.
Pensando e exemplificando pela pequena empresa, quando o processo produtivo não
é iniciado pelo Business Plan, a tendência é uma falência rápida. De nada serve a
inovação em matéria-prima, maquinário, se a estrutura da empresa não tiver calçada.
Ricardo Karam
As redes sociais existem desde os tempos mais remotos, começaram por vários
motivos tendo sempre um objetivo comum, o relacionamento. Com a era da internet e
globalização, as redes sociais foram se popularizando e se aperfeiçoando onde, hoje,
redes como Orkut , Facebook, Twitter, entre tantas outras se tornaram um ponto de
encontro comum entre amigos ou pessoas de mesmo interesse.
Após isso, o meio coorporativo descobriu que pessoas estavam se relacionando por
diversos motivos e não só mais para encontrar velhos amigos. Perceberam então que
poderiam usar essas ferramentas como meio de divulgação de produtos ou serviços.
Mas atuar em Redes Sociais é bem mais complexo do que acham muitos empresários,
e não perceberam ainda a força de uma palavra chamada compartilhamento. Não
basta apenas divulgar um produto ou serviço, disparar flyers eletrônicos, ou algum tipo
de promoção, tem que existir um verdadeiro relacionamento ou compartilhamento
entre ambas as pontas para que as campanhas realmente se tornem cases de
sucesso. ■
Sérgio Porcari
Lembro-me de outro dia conversar com um senhor de sessenta anos sobre o que
chamamos de mídias socais. O simples fato de postar uma foto no Orkut já o
incomodava muito e fazia com que ele abominasse tal ferramenta, não entendia
o porquê de tamanha exposição, porém esse mesmo senhor utilizou essa mesma
ferramenta para localizar antigos colegas da época em que jogava bola.
Eu também sempre fui um defensor de que a tecnologia era necessária, mas que
as mídias digitais estavam estragando o universo da internet. Via algumas coisas
interessantes, mas não aceitava outras. Até o momento em que resolvi abrir minha
Sempre entendi redes sociais como pessoas que se juntavam para defender um
mesmo ideal, pessoas que gostavam de assuntos incomuns e se uniam em função
daquilo. Pensava que a internet e suas ferramentas buscavam uma reclusão daqueles
que não tinham facilidade para se relacionar e se “escondiam” por traz das telas.
Sempre fui muito tímido, e confesso que a internet poderia ser uma grande aliada,
porém ainda era um sonhador que acreditava no olho a olho.
Mas percebi que o mundo esta mudando e não apenas no modo de se comunicar, mas
sim na busca por aquilo que acredito ser o ideal, estamos em uma era de criatividade
e generosidade coletiva e que a tecnologia veio para somar, ajudar e principalmente
para aproximar as pessoas.
Acredito que só quem teve acesso as informações que tive, pode entender porque
criei toda essa esperança, mas tenho certeza que a mesmice que comentei no início
do texto deu espaço aos projetos que podem não vingar, mas que com certeza vem
para somar e nos mostrar a direção.
Essas são as palavras de uma pessoa que mudou completamente seu modo de
pensar e que se tornou um apaixonado pelo universo das redes sociais e por tudo que
inovação digital contribui para isso. ■
Não dá para dizer que redes sociais são uma tendência. Elas na verdade são uma
realidade que sempre existiu. Redes sociais virtuais são o MEIO que permitem o
COMEÇO. Ficou confuso? Eu explico.
Redes sociais nada mais são do que PESSOAS ligadas umas as outras, através do
RELACIONAMENTO. A verdade é que nunca fomos só eu, só você, só ele, mas sempre
fomos NÓS. A necessidade de se relacionar é o COMEÇO e a base da humanidade,
porque o ser humano é um ser social por natureza. O que seria do Adão se Deus não
tivesse criado a Eva? E de D. Quixote sem Sancho Pança?
Antigamente outros meios, que não os virtuais, eram usados para mantermos
contato uns com os outros, transmitirmos informações e criarmos relacionamentos.
Os desenhos nas cavernas, os sinais de fumaça, as cartas, o telefone, o fax, todos
eram os meios pelos quais se transmitia a informação e permitiam que as pessoas
com interesses em comum se conectassem e se relacionassem.
Hoje o meio pelo qual os relacionamentos se fortificam são as redes sociais virtuais,
como o Orkut, o Twitter, o Facebook e todos os seus similares. Essas redes sociais
virtuais nada mais são do que ferramentas tecnológicas que facilitam as conexões
entre pessoas, ou seja, elas são os MEIOS que ligam você aos seus amigos, com
grande vantagem em relação aos meios do passado, pois a tecnologia e a internet
aproximaram as pessoas, quebrando barreiras de tempo e espaço e, com isso,
modificam as relações humanas, ampliando os relacionamentos e possibilitando a
criação de redes sociais ilimitadas.
A informação que antes demorava dias, semanas, meses para chegar através de
uma carta, hoje chega em milésimos de segundos pelo Twitter e para um universo
de milhares de pessoas. A saudade de um parente distante diminui ao ver uma foto
ou um scrap no Orkut. Você pode compartilhar cada passo seu, cada lugar visitado
com seus amigos e para o mundo pelo Foursquare. Com o Facebook você pode fazer
amigos na Austrália, mesmo estando no Brasil, sem sair do seu quarto. As ferramentas
facilitam a interação.
Essas ferramentas ou redes sociais virtuais, como prefiro chamar, são o MEIO para
que cheguemos novamente ao COMEÇO de tudo: o RELACIONAMENTO.
E então, me add? ■
A presença nas mídias sociais deixou de ser uma questão de escolha para as
Organizações. Através da opção voluntária da empresa ou da motivação dos usuários
presentes nessas redes, uma busca simples em qualquer ferramenta poderá atestar
a presença digital das marcas nas redes.
Entre as empresas que utilizam, 57% tem negócios relacionados às áreas de serviços,
varejo, tecnologia, mídias e telecomunicações. Justamente onde já observamos
cases de sucesso transformados em referência na área. O setor de manufatura é o
quarto maior em número de empresas que já utilizam ou monitoram mídias sociais,
representando 7% na fatia do bolo. Neste setor as iniciativas ainda são tímidas,
com a utilização das mídias sociais apenas como canal adicional no composto de
divulgação do produto.
Onde eu quero chegar com tudo isso? Muito simples: as mídias sociais precisam
fazer parte do composto estratégico de comunicação das organizações. Mais do que
nunca é dado à empresa a oportunidade de trabalhar em comunicação de mão dupla
com uma série inimaginável de públicos. Por que tanto medo? Por que o único preço
a ser pago é a transparência na atitude, adequação do discurso e adaptação do prazo
Compartilhamento. Talvez essa seja a palavra que mais me atraiu no curso de Redes
Sociais e Inovação Digital da ESPM.
Você tem uma idéia e uma opinião sobre um determinado tema. Porque não
compartilhar com alguém?
Comece compartilhando com sua família, com seus amigos, colha opiniões e faça
uma análise de como eles reagem mediante suas idéias. Depois as compartilhe com
mais pessoas, desconhecidas ou não, jogue suas idéias num lugar onde as pessoas
possam acessá-las. E, se de alguma maneira sua idéia ajudar a resolver algum
problema de apenas uma pessoa que seja, você já pode se sentir uma pessoa melhor.
Rede Social é isso. Você compartilhar ideias que para você é um hobby, mas para
outras pessoas pode ser a informação que faltava para um projeto importante, ou
uma decisão de compra, até mesmo uma decisão que de fato irá fazer diferença na
vida de alguém.
Uma sociedade que está cada vez mais diversificada não dá pra viver condicionado a
poucas opções. É essa transformação que o mundo vive hoje, com pessoas cada vez
mais singulares, com opiniões ímpares, mas que gostam de encontrar seus similares
em idéias. Formando assim uma rede social de assuntos específicos, gerando um
desenvolvimento cada vez mais específico sobre o tema, em vários aspectos e
várias maneiras. Gastam a cabeça ao máximo em conversas específicas de temas
específicos. E a consequência é a exigência quase beirando a perfeição para um
mundo melhor.
Karina Bradley
Ter alguém para compartilhar idéias, desabafar quando algo está apertando o peito,
chorar as lágrimas que nem você entende direito, rir de algo inesperado, rir de algo
muito esperado, acompanhar sua rotina, dar um “oi”sem pedir licença.
Você e seu amigo com certeza já passaram por muitas coisas juntos. Ter um grande
amigo é muito bom, e necessário muitas vezes.
Até que você começa a frequentar uma Universidade, mais conhecida por “vida na
web”, onde você começa a aprender diversos valores da vida que nunca tinham
passado pela sua cabeça. Você aprende que pode ter grandes amigos sem nunca ter
visto a cara deles; que você pode falar diretamente com aquele jornalista que tanto
admira e criticar um artigo dele, e ele te responder o porquê de ter escrito daquela
forma.
Você descobre que é preciso que as empresas tenham, acima de tudo, transparência,
para permanecerem no mercado; que você pode se comunicar diretamente com a
pessoa que você mais admira no mundo, e essa pessoa trocar uma ideia com você.
Você aprende que mesmo estando sozinho em casa, você pode conversar com várias
pessoas; e você percebe que aquele teu amigo que ficou pra trás na infância pode
voltar a ser teu melhor amigo e participar de todos os momentos de sua vida.
Agora, é cada um olhar pro seu umbigo e ter consciência daquilo que digita, pois
qualquer frase escrita não é mais nossa, e sim do mundo, porém que paga o passagem
dela somos nós!
Nayane Monteiro
ideias. As redes podem sim lhe auxiliar a propagar informações numa velocidade e
em uma dimensão antes inimagináveis. Mas não deixe as oportunidades de contato
humano passar. Lembre-se: as redes são feitas de pessoas. Seja um indivíduo ou
uma marca, humanize-se. ■