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O Desastre de Chernobyl
18 de Fevereiro de 2009
No centro do reator que explodiu, de baixo de 14m dos destroços a grafite que revestia
o combustível nuclear queimou e derreteu o urânio, a precipitação radioativa seria 1002 vezes
maior do que a força combina das 2 bombas atômica lançadas sobre Yroshima e Nagazak.
As informações reais sobre a explosão na usina estavam sendo omitidas, a prova disso
era que cerca de 8 horas após o acidente no Kremlin de Moscovo, Mikhael Gorbachev,
Secretário Geral da extinta União Soviética, que tinha poucas informações sobre o ocorrido,
de início divulgaram que não houve explosão, falavam que havia acontecido um acidente e
um incêndio, nem mencionaram em explosão, mas as conseqüências dessas informações
falsas foram dramáticas.
Os homens da operação, que eram chefiados pelo Coronel da Defesa Civil, Vladimir
Grebeniuk, faziam as primeiras medições dos níveis de radioatividade. Naquele tempo a
radioatividade era medida em uma unidade chamadas roentgens, o nível normal de radiação
na atmosfera é de cerca de 12 milionésimos de um roentgen, em Pripyat no começo da tarde,
o nível era de 200 milésimos de roentgen, 15 mil vezes mais alto que o normal. Naquela noite
o nível já era 600 mil vezes maior que o normal. O que fez com que os subordinados de
Grebeniuk começassem a pensar que as máquinas não estavam funcinado direito, já que esles
também não sabiam que o reator ainda estava queimando e que a radiação continuava a se
espalhar.
Acreditasse que os níveis de radiação que o corpo humano suporta seja de dois
roentgen por ano, mas a contaminação é letal se o corpo recebe mais 400 roentgen, naquele
primeiro dia os habitantes receberam uma dose de radiação 50 vezes maior que a considerada
inofensiva, naquele passo a população receberia dose letal em apenas quatro dias. Dessa
forma, o coronel enviou uma patrulha para fazer medições na parte externa da usina, as
primeiras medições apontavam para 2,08 roentgen, com isso o coronel ficou preocupado com
seus subalternos, já que nesses níveis de radiação, bastavam 15 minutos de exposição para
que o homem absorva uma dose letal de radiação.
No Instituto Nuclear os números causaram espantos, já que antes, nunca havia sido
registrado tais níveis de radioatividade, as pressas, Gorbachev formou uma comissão com os
maiores especialistas em energia nuclear do país, liderada pelo acadêmico Valeri Legasov, um
físico nuclear de renome internacional. Esperáva-se que a comissão podesse avaliar a situação
logo, mas nos primeiros dias eles não poderam dizer nada.
Por volta de 48 horas após a explosão, as únicas pessoas que ainda estavam na cidade
eram os militares e membros da delegação científica, reunidos em um hotel da cidade. Mas
como se ignorassem o perigo, eles comiam, dormia e trabalhavam ali tranquilamente, sem
nenhuma precaução às ações da radiação que estava presente na região.
Enquanto isso, o vento começou a levar nuvens partículas radioativas para o norte do
país. Entre 26 e 27 de abril elas circularam por mais de mil km sobre a Rússia, Bielorússia e o
Báltico No dia 28, as nuvens chegaram a Suécia, onde o aumento de radioatividade foi
detectado perto de uma das usinas nucleares da região, logo depois os noticiários começaram
a alertar a população. A poeira radioativa de Chernobyl estava caindo sob Estocolmo, o
esquadrão de caças foi enviado para fazer medições nas nuvens, o nível de radioatividade
indicava um grave acidente, e 60 horas após o acidente nenhum comunicado oficial tinha sido
enviado para fora da União Soviética. A Suécia foi quem acabou alertando a todos que algo
de muito relacionado com radioatividade havia ocorrido, isso poque o ministro das Minas e
Energia sueco teria entrado em contato com o diretor da Agência Internacional de Energia
Atômica, Hans Blix, informando-lhe que tinham detectado níveis altíssimos de radioatividade
nas proximidade de uma usina nuclear ao leste da Suécia, eles concluíram que a nuvem tinha
vindo de fora do país. Com a dúvida da origem da nuvem radioativa que chegara na Suécia, as
autoridades entraram em contato com a Polônia e também com os russos. E foi deste contato
da Suécia quem enviou um alerta para as autoridades soviéticas de que um grande desastre
radioativo poderia ter ocorrido.
E três dias após o acidente, enquanto Gorbachev ainda estava tentando reunir dados,
satélites espiões americanos e europeus se voltarem para a União Soviética e descobriram as
ruínas da usina ucraniana, a fumaça que saia da enorme cratera aparecia nitidamente nas
imagens captadas.
Na segunda-feira a noite do dia 28 do mesmo mês, Hans Blix, recebeu uma mensagem
do chefe da Comissão de Energia Nuclear russa, ele informada do acidente, ao mesmo tempo
em que os russos informavam ao resto do mundo. A atitude de Gorbachev diante da situação
foi enviar uma equipe para a região do acidente para que lhe informasse tudo o que estava
acontecendo lá, e que trouxessem todas as conversas dos cientistas.
Foram necessários dois dias para que tivessem informações precisas sobre o desastre,
foram dois dias inteiros nos quais toda população de Pripyat ficou exposta a contaminação.
Mas o problema continuava, já que na parte inferior do reator, 1200 toneladas de magma
incandescente continuavam a queimar a mais de três mil graus, liberando gases e poeira
radioativa na atmosfera. A Europa inteira estava à mercê dos ventos.
Dez dias depois do desastre, Gorbachev convidou pessoalmente Hans Blix, o diretor
da poderosa Agência Internacional de Energia Nuclear para visitar o local, foi o primeiro
especialista e o primeiro ocidental a visitar Chernobyl. Ele sobrevoou ao local e observou que
ainda havia fumaça saindo dos escombros da usina. E muitos falavam sobre o risco de uma
segunda explosão, haviam rumores de que o segundo reator podesse explodir também.
Embora a tivesse sido coberto, o incêndio não havia acabado, e sobrevoos com
helicópteros não iriam solucionar o problema, era preciso chegar mais perto, entrar na fissura.
E diante da ameaça de uma segunda explosão, as medidas de emergência continuaram. A
planta da usina reveleu que era possível chegar a zona ativa através dos tunéis, cabos e canos
feitos de concreto. Uma delegação de técnicos se aventurou no labirinto. Era uma tarefa
difícil, já que parte dos tunéis tinham sido destruídos com a explosão. Com um massarico eles
abriram um buraco no 4º reator e inseriram detectores de radioatividade, termômetros e
câmeras. O resultado foi assustador, os níveis de radiação eram astronômicos e o que eles
mais temiar se confirmou, o magma quente tinha trincado a lage de concreto, vasado para uma
área inferior vazia e agora ameação se infriutar ainda mais. O risco de haver uma explosão era
de 5 a 10%, a água debaixo do reator foi drenada, mas eles queriam fazer mais, eles queriam
colocar algo em baixo do reator para que o magma não se infriutasse, mas nada impedia essa
infriutação. E para piorar, a baixo do reator havia um enorme sistema aquífero que abastecia o
país inteiro. E se esse magma ruísse tudo de uma fez e chegasse ao lencol subterrâneo,
contaminaria contaminariam os rios Triper, Niedma e Kiev, e o mar Negro. E cogitousse uma
nova operação, e o vice Ministro de Minas e Energia, no dia 12 de maio d 1986 visitou
mineiros da região de Moscou para convocá-los a participar de uma operação em Chernobyl,
e no dia 13 eles já estava em Chernobyl. A missão deles era chegar ao reator pelo único
caminho possível, o subterrâneo. Eles teriam que cavar um túnel de 150 m apartir do 3º reator
até a avaria em baixo do 4º reator, depois teriam que construir em baixo do 4º reator um túnel
de 30 m de comprimento por 30 m de largura para depois instalar o dispositivo para resfriá-lo.
Para limitar exposição à radiação, os mineiros fizeam um buraco de 12 m antes de começar a
cavar na direção do reator. Alí eles fizeram uma câmera de 30m x 30m onde foi montado um
sitema de refrigeração com nitrogênio líquido. Em um mês 10 mil mineiros da Rússa e da
Ucrânia desseram ao túnel, todos tinha entre 20 e 30 anos. Lá dentro não havia ventilação e
por isso a temperatura chegava a 50ºC, e a radioatividade era de no mínimo 1 roentgen por
hora. Os trabalhadores não tinham equipamentos de proteção, eles não usavam máscaras
porque o filtro ficava úmido em questões de minutos, muitos trabalhavam até sem camisa.