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Que pequeno ou médio empresário não gostaria de conduzir seus negócios com um
pouco da orientação de gente como Laércio Cosentino, Luiza Helena Trajano e
Emílio Odebrecht? Quem não desejaria conhecer empresas como Google e Dell e
conversar com seus criadores? Ou receber, praticamente de graça, a consultoria de
alunos de MBA das melhores escolas do mundo? O Instituto Empreender Endeavor
no Brasil seleciona pequenas e médias empresas com potencial de crescimento
para fazer tudo isso. “Nosso trabalho é ajudar empreendedores a superar
dificuldades e ampliar seus negócios, tornando-os exemplos que incentivem outros
a inovar”, diz Paulo Veras, diretor do instituto.
A Endeavor, organização sem fins lucrativos que se mantém com doações, existe
no Brasil desde 2000, quando o empresário Carlos Alberto Sicupira — um dos
brasileiros donos da InBev — e a professora americana Linda Rottenberg trouxeram
a proposta para o país. Linda é fundadora da Endeavor Initiative Inc., uma
organização não-governamental criada em 1997 nos Estados Unidos por um grupo
de ex-alunos de Harvard para incentivar o empreendedorismo em economias
emergentes.
Mentoring
O que é: Uma reunião de aconselhamento. Quando o empreendedor se depara com
um desafio, a Endeavor busca em sua rede um dos profissionais voluntários com
experiência no tipo de dificuldade enfrentada. Pode ser outro empresário que tenha
passado por uma situação semelhante ou mesmo um especialista no assunto. Esse
será o mentor do empreendedor.
Programa Mentor
G-Lab
Exemplo: Em janeiro deste ano, Arnold Correia, da SubWay Link, que produz
conteúdo para as TVs internas de redes como Wal-Mart e Magazine Luiza, pediu aos
estudantes do MIT um panorama da evolução de TVs corporativas no mercado
americano. Como seu produto era uma novidade no Brasil, ele queria ter noção do
seu potencial de crescimento.
E-MBA
Como funciona: A Endeavor nos Estados Unidos faz uma pré-seleção dos alunos
interessados. O empreendedor faz suas escolhas, com base na análise dos
currículos e em entrevistas por telefone ou videoconferência. O estudante vem ao
Brasil e, integrado à equipe da empresa, participa do desenvolvimento de um
projeto por cerca de três meses. Quem assume os custos com passagem,
hospedagem e alimentação é o empreendedor.
Como funciona: Primeiro a Endeavor faz uma avaliação das melhores opções de
financiamento no mercado de acordo com o caso. Depois, ajuda a implementar a
estratégia de financiamento por meio de reuniões de aconselhamento com os
profissionais voluntários do instituto e de contatos com financiadores. (A Endeavor
não empresta dinheiro ou investe em empresas.)
Exemplo: O paulista Wilson Poit, da Poit Energia, especializada em locação de
geradores elétricos, conversou com mais de 20 empresários e executivos antes de
definir a melhor forma de receber capital. Entre eles estava Carlos Alberto Sicupira.
Resultado: A conversa com Sicupira foi em 2003. Poit estava propenso a aceitar
uma proposta de aporte de um fundo de investimento, mas Sicupira o demoveu da
idéia. “Ele me disse que eu deveria fazer a minha empresa crescer mais antes de
receber um fundo”, diz Poit. Quatro anos depois, a Poit recebeu investimentos do
Fundo BRZ, um braço do GP Investimentos. “Quando isso aconteceu, a empresa
valia quatro vezes mais”, diz ele.
Global Tours
O que é: Todos os anos a Endeavor nos Estados Unidos organiza uma viagem com
empreendedores das unidades do mundo inteiro. Os participantes conhecem
grandes corporações, como Google, Dell e Warner Music.