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Ainda, chama-se a atenção que na falta de ações concretas nas áreas apontadas,
existe um contínuo e iminente risco político de extinção do mecanismo ou de sua
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Gilberto De Martino Jannuzzi, professor Associado em Sistemas Energéticos, Faculdade de Engenharia
Mecânica, UNICAMP e diretor executivo da International Energy Initiative; Alan Douglas Poole,
consultor do Banco Mundial.
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O estudo, com o título Eficiência Energética e Atividades de P&D no Brasil: Experiência com a Taxa
Obrigatória da ANEEL (1998-2004), pode ser encontrado no website da ABESCO. Faz parte do
programa “Desenvolvendo Mecanismos de Intermediação Financeira para Projetos de Eficiência
Energética no Brasil, China e Índia”.
captura para outros fins que não sua aplicação em eficiência energética e pesquisa
e desenvolvimento. Nem sempre houve consistência e continuidade de ações de
apoio a eficiência energética nos últimos 20 anos.
É bem verdade que desde 2003 tem havido uma constante e surda discussão que
inclusive chegou a considerar a extinção de investimentos compulsórios para a
eficiência energética e para pesquisa e desenvolvimento. Já houve, em 2004 uma
redefinição dos valores destinados à eficiência energética e pesquisa e
desenvolvimento.
Estamos novamente agora em 2005 sob mais uma nova ameaça que compromete o
futuro de todo esse aprendizado e conquistas para garantir que nossa economia
possa ser mais eficiente e que os consumidores possam gastar menos com energia
elétrica. Num contexto mundial de crescente pressão sobre os recursos energéticos,
amplamente divulgada na mídia, seria ir na contra-mão desmontar um conjunto de
programas visando melhorar a eficiência do uso da energia.