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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

Considerando-se que a dengue tem um amplo espectro clinico,


as principais doenças que fazem diagnóstico diferencial são:
Influenza, Enterovirose, Doenças Exantêmicas( Sarampo,
Rubeola, Pavovirose, Eritema infeccioso, Monucleose infecciosa,
Exantêma Subito, Citomegaloviros e outras).Hepatites virais ,
abscesso Hepático, Abdome Agudo, Hantavirose,
Arboviroses(Febre Amarela), Escarlatina, Pneumonia, Sepse,
Infecção Urinaria, Meningocemia, Leptospirose, Malaria,
Salmonelose, Purpura, outros agravos podem ser considerados
conforme a situação epidemiológica da região.
Características Clínicas e Diagnóstico
diferencial:

1. A febre é a primeira manifestação e de início repentino.


2. A febre geralmente é alta, mais de 38oC (quando o paciente não faz uso de
antitérmico).
3. A prostração é intensa nos adultos e pode-se arrastar mesmo após o término da
febre.
4. Nas crianças pequenas o Dengue assemelha-se mais a uma infeção viral
inespecífica, sendo os sintomas mais freqüentes a febre, o exantema
(vermelhidão), o vômito e nas que já falam, a dor abdominal. Já a prostração é
menos intensa.
5. O exantema nas pessoas de pele branca é máculo-papuloso, de cor avermelhada,
com limites irregulares da mácula de base.
6. Em pessoas de pele negra ou morena, o exantema caracteriza-se mais pelas
pequenas pápulas.
7. O exantema sempre aparece de uma vez, não apresentando seqüência ou
uniformidade na distribuição.
8. O exantema pode aparecer em parte do corpo ou atingir o corpo todo. Pode ser
tão intenso que chega a coalescer. Pode aparecer também nas palmas das mãos.
9. A maioria dos pacientes com exantema queixa-se de prurido e em alguns este
sintoma é bastante intenso.
10. É raro o aparecimento de sintomas respiratórios (coriza, tosse, dor de garganta).
Se estiverem presentes sem exantema, a suspeita é de gripe ou resfriado.
11. A febre com exantema, sintomas respiratórios e a presença de linfonodos
palpáveis, principalmente os retro-cervicais faz pensar mais em Rubéola.
12. A febre com Koplik, conjuntivite, coriza intensa, tosse, exantema seqüencial (1o
dia cabeça, 2o dia parte superior do tronco e membros superiores, 3o dia tronco
inferior e membros inferiores) faz pensar mais em Sarampo.
13. Em caso de febre com exantema (pele em lixa), amigdalite purulenta, língua
saburrosa, pode ser Escarlatina
14. No exantema máculo-papuloso com evolução para hemorrágico, pensar nas
Ricketsioses (epidemiologia positiva para carrapatos na febre maculosa) e na
meningococcemia..
15. Deve-se pesquisar os sinais clássicos da síndrome de irritação meníngea (rigidez
de nuca, sinais de Kernig e Brudzinski) pois a febre alta, a cefaléia e vômitos são
sintomas comuns aos dois quadros, Meningite e Dengue.

O
diagnóstico da dengue é feito clinicamente, ou seja, com base na história clínica do paciente, exames
de sangue, que indicam o tipo e a gravidade da doença, e exames específicos. Para se identificar qual
o tipo de dengue o paciente tem, faz-se uma sorologia após o 4º dia de infecção. Para a dengue
hemorrágica, há alguns exames que podem ser feitos como a prova do laço, contagem de plaquetas e
contagem de células vermelhas. É importante que a dengue hemorrágica seja diagnosticada
rapidamente, pois se não tratada, pode levar à morte.

1. Pesquisadores desenvolveram uma metodologia de identificação do vírus da dengue em


amostras de saliva e urina e o resultado sai em até 3 horas. O método de diagnóstico está em
teste para poder ser empregado em larga escala, uma vez que se mostra mais rápido que o
exame de sangue.
para a definição da dengue hemorrágica quatro critérios devem ser preenchidos:
- febre; - tendência hemorrágica (teste do torniquete positivo,contusões
espontâneas, sangramento da mucosa,vômito de sangue,ou diarreia
sanguinolenta); -trombocitopenia;

-evidência de vazamento plasmático( hematócrito mais de 20 por cento maior do que o


esperado ou queda no hematócrito de 20 por cento ou mais da linha de base após fluido IV,derrame
pleural, ascite,hipoproteinemia).

PREVENÇÃO
Como não existe nenhum medicamento capaz de curar a
dengue, nem vacina para preveni-la duas medidas chave poderá
ser adotadas para prevenir a disseminação desta doença.

1.ELIMINAÇÃO DE LOCAIS DE REPRODUÇÃO DO


MOSQUITO:
*COBRIR RECIPIENTES tampas das caixas de
COM ÁGUA:
reservatório de água bem fechadas, impedirão que mosquitos
ponham seus ovos neles. Se as tampas não forem bem vedadas os
mosquitos podem entrar e sairfacilmente.

*FOSSAS SEPTICAS E FOSSAS NEGRAS: devem ser cobertas e


seladas, de modo que os mosquitos da dengue não possam
reproduzir-se nelas.
*REMOÇÃO DE LIXO: O lixo e outros detritos encontrados em volta
da casa podem armazenar água da chuva,então devem ser
removidos ou quebrados e enterrados no chão, queimados, onde for
permitido.

*CONTROLE BIOLOGICO: as larvas dos mosquitos podem ser


controladas por pequenos peixes que se alimentam deles, como o
“Gruppie”. Estes peixes podem ser encontrados em riachos e
lagoas ou comprados em lojas de animais, pesticidas bacterianos
também matarão as larvas do mosquito.

*CONTROLE QUÍMICO: larvicidas,são seguros e fáceis de usar


(como grânulos temefás) com areia, podem ser colocados em
recipientes de água de modo a matar larvas em desenvolvimento.

2. IMPEDIR AS PICADAS DO MOSQUITO:


As pessoas podem proteger-se de picadas do mosquito
utilizando qualquer um dos seguintes meios:

*ESPIRAIS OU VAPORIZADORES ELETRICOS: os mesmos são eficazes


na estação chuvosa, pouco antes de amanhecer/ou no final da
tarde, antes de o sol se por, horário em que os mosquitos da
dengue picam.

*MOSQUITEIROS: podem proteger crianças ou quem precisa de


descanso diurno, pode-se aumentar a eficácia destes mosquiteiros
tratando-os com permetrim ou pesticidas apropriados em janelas e
portas, para repelir ou matar mosquitos.

*REPELENTES: podem ser aplicados em partes expostas do corpo,


onde os mosquitos picam. Devem se tomar precauções ao usar
repelentes em crianças pequenas e pessoas idosas.

*TELAS: telas em janelas e portas é uma proteção eficaz contra


a entrada dos mosquitos nas casas.

*PROTEÇÃO DE DOENTES DE DENGUE: os mosquitos infectam-se ao


picar pessoas com dengue. Mosquiteiros impedem que os
mosquitos fiquem doentes e ajudam a interromper a disseminação
da dengue.

3. CONTROLE DE SURTO DA DENGUE


Se uma epidemia de dengue ocorrer na comunidade ou
município, será necessário, adotar medidas de controle de vetores,
tais medidas incluem o uso de inseticidas aplicados através de
fumaça ou nebulização com ultra baixo volume, isso diminuirá o
numero de mosquitos adultos de dengue, assim interrompendo a
disseminação da epidemia. Membros da comunidade devem
cooperar com a nebulização,pedindo que moradores da
comunidade deixem as portas e janelas das casas abertas, de modo
a permitir que o inseticida entre nas casas, para matar os
mosquitos que lá estiverem.

PROVA DO LAÇO
__ A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em
todos os casos suspeitos de dengue durante o exame físico.

__Desenhar, no antebraço do paciente, uma área ao redor do


seu polegar, ou delimitar um quadrado de 2,5 por 2,5cm (sentada
ou deitada).

__ Verificar a pressão arterial (PA), calcular o valor médio (PA:


sistólica + PA: diastólica) e dividir por 2 (dois).

__ Insuflar novamente o manguito até o valor médio e aguardar


por 5 (cinco) minutos (adulto) e 3(três) minutos (crianças) ou ate o
aparecimento de petéquias.

__Contar o número de petéquias dentro da marcação feita


previamente no antebraço do paciente.

__Considerar positiva quando houver 20(vinte) ou mais


petéquias em adultos ou 10(dez) ou mais em crianças.

__A prova de laço é importante para a triagem do paciente


suspeito de dengue, pois, pode ser a única manifestação
hemorrágica de casos complicados ou da febre hemorrágica da
dengue (FHD).

ETIOLOGIA
A dengue é uma doença de Etiologia viral e de evolução
benigna é um arbovirus (vírus transmitido por inseto), é um vírus
RNA do gênero flavivirus, pertencente à família flaviviridae.

Com 4 (quatro) sorotipos conhecidos (dengue tipo 1,2,3,4) e


todos são capazes de produzir dengue hemorrágica. Cada um dos 4
(quatro) sorotipos da dengue inclui genótipos silvestres,
transmitidos em macacos e genótipos endêmicos ou epidêmicos,
transmitidos entre homens pelo Aedes Egyptis.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM
*Verificar sinais vitais como: pressão arterial, pulso,
enchimento capilar, freqüência respiratória, temperatura.

*Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice de


massa corporal (IMC).

*Pesquisar sinais de alarme que são: dor abdominal intensa,


êmese (vomito) persistente, hipertensão, hemorragias, sonolência,
irritabilidade, diminuição da diurese, hipotermia, queda rápida de
plaquetas, desconforto respiratório.

*Realizar prova de laço na ausência de manifestações


hemorrágicas.

*Segmento pele: pesquisar pele fria ou quente, sinais de


desidratação, exantema, petéquias, hematomas, equimoses, etc...

*Segmento cabeça: observar sensibilidade à luz, edema


subcutâneo palpebral, hemorragia conjuntiva, petéquias de palato,
epistaxe e gengivorragias.

*Segmento toráxico: pesquisar sinais de desconforto


respiratório, de derrame pleural e pericárdio.
*segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia, ascite,
timpanismo, macicez, e outros.

*Segmento neurológico: pesquisar cefaléia, convulsão,


sonolência, delírio, insônia, inquietação, irritabilidade e depressão.

*Sistema músculo esquelético: pesquisar mialgias, artralgias e


edemas.

*Anotar no prontuário do paciente as condutas prestados.


APERSENTAÇÕES CLINICAS INCOMUNS
Em freqüência cada vez maior, tem sido registrados casos de
comprometimento do SNC, sistema hepático, sistema esplênico e
sistema miocárdico.

O acometimento do SNC pode acontecer durante a infecção


aguda ou como uma manifestação pós-infecciosa, que parece ser a
mais freqüente. Na vigência de um quadro agudo de dengue,
devemos pensar em acometimento do SNC diante de casos
cursando com cefaléia intensa, vômitos, convulsão, delírio, insônia,
inquietação, irritabilidade e depressão, acompanhadas ou não de
meningismo discreto sem alteração da consciência ou deficiência
neurológica focal, depressão sensorial e desordens
comportamentais.

Acredita-se que o comprometimento do SNC seja mais


conseqüência de reações imunológicas do que envolvimento direto
do vírus no tecido nervoso, ou seja, uma reação provocada pela
infecção viral por dengue com subseqüente inflamação
perivascular, que poderia acarretar edema cerebral, congestão
vascular, hemorragias focais, infiltrados linfocitários perivasculares,
focos de desmielinização perivenosa e formação de
imunocomplexos.

CONCLUSÃO
A dengue é um mal que pode ser combatido por todos nós,
através do esforço coletivo, da prevenção, podemos impedir o
avanço dessa epidemia.

A dengue é considerada um grave problema de saúde publica,


pois, se ela não for combatida poderá se multiplicar trazendo assim
maiores portadores.

A prevenção da dengue implica em lidar com a necessidade


permanente de combater os criadouros do mosquito Aedes Egyptis,
o que depende da adesão da comunidade e das propostas de
prevenção feitas pela mídia e entidades de saúde responsáveis
para ver aonde chega o alcance destas propostas no entendimento
e interesse da população.

A doença está se espalhando rapidamente pelos 4 (quatro)


cantos de nosso País, pois, o descaso das autoridades
governamentais com a saúde publica, tem ajudado com a
proliferação do mosquito, além do clima chuvoso e quente em
muitos Estados, sem contar a falta de cuidados de alguns setores
ou pessoas das comunidades que não cuidam da limpeza e de seus
terrenos, casas, oficinas mecânicas, etc...

Os trabalhadores da área da saúde,tem uma grande


importância no combate á dengue, com trabalhos de orientação,
divulgação de informativos, alem do cuidado daqueles que ficarem
doentes, para que possam se recuperar de uma maneira rápida e
tranqüila .Sem duvida é um trabalho em conjunto onde todas as
esferas da sociedade se juntam para acabar com um inimigo em
comum o mosquito Aedes Egyptis.

reduzir / aumentar

A grande maioria das infecções pelo vírus da dengue passa despercebida. Calcula-se que
existam de oito a dez pessoas infectadas para cada uma que desenvolve a doença. Quando ela
se manifesta, costuma respeitar três formas de apresentação clínica: dengue clássica, doença
febril de intensidade leve a moderada; dengue hemorrágica, forma bem mais grave do que a
anterior; e a síndrome do choque da dengue, forma raríssima, mas que pode ser fatal se não
for tratada a tempo.
Crianças e adultos estão sujeitos à dengue, mas nas crianças a evolução costuma ser mais
benigna. O período de incubação (da picada ao aparecimento dos sintomas) geralmente dura
de dois a sete dias, mas pode chegar a duas semanas.

Os sintomas da dengue clássica surgem de forma abrupta: febre intermitente de intensidade


variável (que pode chegar à casa dos 39 graus e provocar calafrios), dor forte de cabeça
(concentrada principalmente na região atrás dos olhos), dores nas costas (especialmente na
região lombar), nos músculos das pernas e nas articulações. Como muitos atribuem a essas
dores origem óssea, a doença antigamente era conhecida pelo nome popular de "febre quebra-
ossos".

Queixas de dor à movimentação dos olhos são freqüentes, bem como corrimento nasal e
faringite, insônia, perda do apetite, desconforto abdominal, náuseas, perversão do paladar,
cansaço e astenia profunda. O desânimo pode ser de tal ordem que o doente cai de cama e a
vida perde a graça.

No segundo dia de doença, pode surgir vermelhidão (exantema) na face e no tronco, que se
espalha pelo resto do corpo, poupando as palmas das mãos e as plantas dos pés. Como o
vermelho da pele fica entremeado por áreas claras de 2mm a 5 mm, os livros de texto se
referem a elas como "ilhas brancas num mar vermelho".

A doença é bifásica. Depois de dois ou três dias, a febre cai, as dores diminuem e o cansaço
melhora; parece que o pesadelo acabou. Mas a alegria dura pouco: a febre e o cortejo de
sintomas retornam, geralmente menos intensos do que na primeira fase. Do terceiro ao quinto
dia dessa fase, o vermelhão está mais visível e são comuns as queixas de queimação nas
palmas das mãos e plantas dos pés. Surgem ínguas no pescoço, nas fossas supraclaviculares e
nas regiões inguinais (virilhas). Mais três ou quatro dias, a pele descama e os sintomas entram
em remissão.

A separação entre as duas fases nem sempre é nítida e, como a sintomatologia varia de
intensidade, muitos classificam como fraca ou forte a dengue que tiveram. Tipicamente, as
duas fases reunidas terminam de cinco a sete dias depois da instalação. Abruptamente, como
começou, a doença vai embora. Não são poucos, no entanto, os que referem um rastro de
fadiga e indisposição persistente por semanas.

A dengue hemorrágica é bem mais grave. Rompem-se pequenos capilares que deixam
manchas na pele e provocam sangramentos nasais, gengivais, gastrintestinais, urinários e
ginecológicos. Como os vasos sanguíneos da periferia se dilatam, a pressão cai e podem
surgir sintomas de hipotensão: tontura, visão turva, quedas e perda dos sentidos. Muito
raramente, esse quadro evolui para choque e morte, se não houver tratamento médico
intensivo.

Não se sabe ao certo por que a imensa maioria dos doentes adquire o vírus e permanece
assintomática, outros desenvolvem uma doença incômoda, mas autolimitada e uns poucos
apresentam a forma grave da doença. Uma das teorias é que a forma hemorrágica estaria
associada a infecções por cepas mais virulentas do vírus; outra supõe a existência de uma
primeira infecção assintomática que teria sensibilizado previamente o organismo, dando
origem a uma resposta imunológica desviada patologicamente contra os capilares sanguíneos
e as reações envolvidas na coagulação do sangue.
Excetuados os raros casos de dengue hemorrágica, como os sintomas da doença são
indistinguíveis da gripe, na vigência de uma epidemia, qualquer quadro gripal deve ser
considerado suspeito de dengue. A única forma de confirmar o diagnóstico é pedir um exame
de sangue para detectar a presença de anticorpos contra componentes do vírus na circulação
da pessoa infectada. O isolamento do vírus no sangue pode ser conseguido, mas é
tecnicamente mais complicado e só dá resultado positivo nas fases de viremia, que ocorrem
nos primeiros três a cinco dias de infecção.

Não existem medicamentos antivirais para combater a dengue; o tratamento é sintomático. As


pessoas doentes devem fazer repouso, não se agasalhar excessivamente e beber muito líquido
para evitar a desidratação provocada pela febre, responsável por muitos sintomas
desagradáveis.

Quando a temperatura chega perto dos 38 graus, tomar antitérmicos que não contenham o
ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Buferin, Melhoral, Doril, etc.), porque essa substância
interfere nos mecanismos de coagulação e pode agravar o sangramento no caso da forma
hemorrágica. Medicamentos à base de dipirona constituem boa opção para abaixar a
temperatura.

Apesar da epidemia que se dissemina em várias partes do país e da necessidade absoluta de


eliminar os focos de criação do mosquito transmissor da dengue, não há razão para pânico. A
grande maioria das pessoas picadas permanece assintomática. Nas crianças, os sintomas
costumam ser mais discretos, e, embora muito desagradável, o curso da doença é autolimitado
na quase totalidade dos casos.

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