Professional Documents
Culture Documents
O
diagnóstico da dengue é feito clinicamente, ou seja, com base na história clínica do paciente, exames
de sangue, que indicam o tipo e a gravidade da doença, e exames específicos. Para se identificar qual
o tipo de dengue o paciente tem, faz-se uma sorologia após o 4º dia de infecção. Para a dengue
hemorrágica, há alguns exames que podem ser feitos como a prova do laço, contagem de plaquetas e
contagem de células vermelhas. É importante que a dengue hemorrágica seja diagnosticada
rapidamente, pois se não tratada, pode levar à morte.
PREVENÇÃO
Como não existe nenhum medicamento capaz de curar a
dengue, nem vacina para preveni-la duas medidas chave poderá
ser adotadas para prevenir a disseminação desta doença.
PROVA DO LAÇO
__ A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em
todos os casos suspeitos de dengue durante o exame físico.
ETIOLOGIA
A dengue é uma doença de Etiologia viral e de evolução
benigna é um arbovirus (vírus transmitido por inseto), é um vírus
RNA do gênero flavivirus, pertencente à família flaviviridae.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
*Verificar sinais vitais como: pressão arterial, pulso,
enchimento capilar, freqüência respiratória, temperatura.
CONCLUSÃO
A dengue é um mal que pode ser combatido por todos nós,
através do esforço coletivo, da prevenção, podemos impedir o
avanço dessa epidemia.
reduzir / aumentar
A grande maioria das infecções pelo vírus da dengue passa despercebida. Calcula-se que
existam de oito a dez pessoas infectadas para cada uma que desenvolve a doença. Quando ela
se manifesta, costuma respeitar três formas de apresentação clínica: dengue clássica, doença
febril de intensidade leve a moderada; dengue hemorrágica, forma bem mais grave do que a
anterior; e a síndrome do choque da dengue, forma raríssima, mas que pode ser fatal se não
for tratada a tempo.
Crianças e adultos estão sujeitos à dengue, mas nas crianças a evolução costuma ser mais
benigna. O período de incubação (da picada ao aparecimento dos sintomas) geralmente dura
de dois a sete dias, mas pode chegar a duas semanas.
Queixas de dor à movimentação dos olhos são freqüentes, bem como corrimento nasal e
faringite, insônia, perda do apetite, desconforto abdominal, náuseas, perversão do paladar,
cansaço e astenia profunda. O desânimo pode ser de tal ordem que o doente cai de cama e a
vida perde a graça.
No segundo dia de doença, pode surgir vermelhidão (exantema) na face e no tronco, que se
espalha pelo resto do corpo, poupando as palmas das mãos e as plantas dos pés. Como o
vermelho da pele fica entremeado por áreas claras de 2mm a 5 mm, os livros de texto se
referem a elas como "ilhas brancas num mar vermelho".
A doença é bifásica. Depois de dois ou três dias, a febre cai, as dores diminuem e o cansaço
melhora; parece que o pesadelo acabou. Mas a alegria dura pouco: a febre e o cortejo de
sintomas retornam, geralmente menos intensos do que na primeira fase. Do terceiro ao quinto
dia dessa fase, o vermelhão está mais visível e são comuns as queixas de queimação nas
palmas das mãos e plantas dos pés. Surgem ínguas no pescoço, nas fossas supraclaviculares e
nas regiões inguinais (virilhas). Mais três ou quatro dias, a pele descama e os sintomas entram
em remissão.
A separação entre as duas fases nem sempre é nítida e, como a sintomatologia varia de
intensidade, muitos classificam como fraca ou forte a dengue que tiveram. Tipicamente, as
duas fases reunidas terminam de cinco a sete dias depois da instalação. Abruptamente, como
começou, a doença vai embora. Não são poucos, no entanto, os que referem um rastro de
fadiga e indisposição persistente por semanas.
A dengue hemorrágica é bem mais grave. Rompem-se pequenos capilares que deixam
manchas na pele e provocam sangramentos nasais, gengivais, gastrintestinais, urinários e
ginecológicos. Como os vasos sanguíneos da periferia se dilatam, a pressão cai e podem
surgir sintomas de hipotensão: tontura, visão turva, quedas e perda dos sentidos. Muito
raramente, esse quadro evolui para choque e morte, se não houver tratamento médico
intensivo.
Não se sabe ao certo por que a imensa maioria dos doentes adquire o vírus e permanece
assintomática, outros desenvolvem uma doença incômoda, mas autolimitada e uns poucos
apresentam a forma grave da doença. Uma das teorias é que a forma hemorrágica estaria
associada a infecções por cepas mais virulentas do vírus; outra supõe a existência de uma
primeira infecção assintomática que teria sensibilizado previamente o organismo, dando
origem a uma resposta imunológica desviada patologicamente contra os capilares sanguíneos
e as reações envolvidas na coagulação do sangue.
Excetuados os raros casos de dengue hemorrágica, como os sintomas da doença são
indistinguíveis da gripe, na vigência de uma epidemia, qualquer quadro gripal deve ser
considerado suspeito de dengue. A única forma de confirmar o diagnóstico é pedir um exame
de sangue para detectar a presença de anticorpos contra componentes do vírus na circulação
da pessoa infectada. O isolamento do vírus no sangue pode ser conseguido, mas é
tecnicamente mais complicado e só dá resultado positivo nas fases de viremia, que ocorrem
nos primeiros três a cinco dias de infecção.
Quando a temperatura chega perto dos 38 graus, tomar antitérmicos que não contenham o
ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Buferin, Melhoral, Doril, etc.), porque essa substância
interfere nos mecanismos de coagulação e pode agravar o sangramento no caso da forma
hemorrágica. Medicamentos à base de dipirona constituem boa opção para abaixar a
temperatura.