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A comunicação delineia três opções para a futura direcção da PAC, em resposta a
estes grandes desafios: 1) corrigir as deficiências mais prementes da CAP com
a introdução de alterações graduais; 2) tornar a CAP mais ecológica, justa,
eficiente e eficaz; 3) abandonar progressivamente o apoio ao rendimento e as
medidas de mercado e colocar a tónica nos objectivos relativos ao ambiente e
às alterações climáticas. Em qualquer das três opções, a Comissão prevê a
manutenção do actual sistema de dois pilares – o 1.º Pilar (abrangendo os
pagamentos directos e as medidas de mercado, em que as regras são claramente
definidas a nível da UE) e o 2.º Pilar (compreendendo medidas plurianuais de
desenvolvimento rural, em que o quadro de opções é estabelecido a nível da UE
mas a escolha final dos regimes fica ao critério dos Estados-Membros ou das
regiões mediante gestão conjunta). Um outro elemento comum às três opções é a
ideia de que o futuro sistema de pagamentos directos não pode basear-se em
períodos de referência históricos, devendo antes ser ligado a critérios objectivos.
«O sistema actual prevê regras distintas para a UE-15 e a UE-12, o que não pode
continuar para além de 2013», insistiu hoje o Comissário Cioloş. São também
necessários critérios mais objectivos para as dotações relativas ao desenvolvimento
rural.
Mais informações:
anexo: descrição das três grandes opções políticas
sítio Internet:
http://ec.europa.eu/agriculture/cap-post-2013/communication/index_en.htm
MEMO/10/587
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ANEXO: DESCRIÇÃO DAS TRÊS OPÇÕES GERAIS
Pagamentos directos Medidas de mercado Desenvolvimento rural
Opção 1 Introduzir maior equidade na distribuição dos pagamentos Reforçar os instrumentos de gestão Manter a orientação de exame da
directos entre os Estados-Membros (mantendo inalterado o do risco saúde da PAC, que consiste em
actual sistema de pagamento directo) aumentar o financiamento para
Racionalizar e simplificar os
enfrentar os desafios relacionados
instrumentos existentes no mercado,
com as mudanças climáticas, a
se necessário
água, a biodiversidade, a energia
renovável e a inovação.
Opção 2 Introduzir maior equidade na distribuição dos pagamentos Racionalizar e simplificar os Ajustar e complementar os
directos entre os Estados-Membros e uma mudança substancial instrumentos existentes no mercado, instrumentos existentes com vista
na sua concepção. se necessário ao seu melhor alinhamento com
Os pagamentos directos seriam compostos por: as prioridades da UE, centrando o
• uma taxa de base servindo de apoio ao rendimento, apoio no ambiente, nas alterações
• um apoio adicional obrigatório para determinados bens climáticas e/ou na reestruturação
públicos «ecológicos», por meio de acções e inovação, reforçando as
agroambientais simples, generalizadas, anuais e não iniciativas regionais e locais.
contratuais, com base nos custos suplementares para
a realização destas acções, Reforçar os instrumentos de
gestão de risco existentes e
• um pagamento adicional para compensar condicionantes
introduzir um instrumento de
naturais específicas,
estabilização de rendimentos
• e uma componente de apoio não-dissociado voluntário compatível com a caixa verde da
para sectores e regiões específicos1, OMC para compensar as perdas
Introduzir um novo regime para as pequenas explorações. substancias de rendimento.
Introduzir um limite máximo da taxa de base, para além de Pode prever se uma certa
considerar a contribuição das grandes explorações para o redistribuição dos recursos entre
emprego rural. os Estados-Membros com base
em critérios objectivos.
Opção 3 Eliminação progressiva dos pagamentos directos na sua forma Suprimir todas as medidas de As medidas deverão centrar se
actual mercado, com a possível excepção essencialmente nas alterações
das cláusulas de perturbação que climáticas e nos aspectos
Em contrapartida, estabelecer pagamentos limitados para bens
podem ser activadas em tempos de ambientais
públicos ambientais e pagamentos adicionais para compensar
crise grave
as condicionantes naturais específicas
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Equivalente ao apoio não-dissociado actual, pago ao abrigo do artigo 68.º, e a outras medidas de ajuda não-dissociada.