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Turmas: sexta-feira
Caro aluno este material foi elaborado com base na bibliografia citada no final da apostila, e tem por objetivo
oferecer material complementar de estudo para fixação da matéria, lembrando que esta não deve ser a
única fonte de consulta, pois além dela vocês devem consultar o(s) livro(s) adotados, textos, artigos,
caderno, entre outros recursos utilizados durante as aulas.
Também foi respeitada a lei de direitos autorais, para elaboração deste material.
Página: I
UBC UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Teoria Geral da Administração - A Página: 1
Administração de Empresas Sexta- feira
Filosofia como um processo de ação racional e atribuição de valores. E por intermédio destes dois fatores, a
racionalidade e a ética, que a Administração se torna filosófica.
Existe ainda uma outra maneira pela qual o conjunto de atividades classificado como Administração
assume, direta ou indiretamente, uma conotação filosófica. A matéria-prima essencial da Administração está
no homem. A natureza humana é o estofo básico das organizações, essas coletividades que buscam metas,
nas quais nasce a demanda pelas funções que dão origem à Administração. Assim, a filosofia primitiva do
administrador assim como seus pressupostos a respeito do homem e de sua natureza sempre estarão na
equação complexa que determina as direções da ação coletiva.
A Administração pode ser concebida como a racionalidade aplicada às relações sociais. Mas, embora seja
um domínio para o exercício apropriado da lógica aplicada, seus praticantes introduzem valores e praticam
a ética. É por isso que temos interesse pelos aspectos lógicos e de valor da administração filosófica e da
filosofia administrativa.
A civilização tem como pedra angular o esforço cooperativo do homem para a concretização do trabalho;
esse esforço, em todos os campos da ciência, da organização e em todas as relações sociais, visa ao bem-
estar da sociedade. Se nosso bem-estar depende realmente desse esforço cooperativo, a ciência de gerir,
de coordenar, de comandar e de dirigir esse esforço é uma ciência presente em todas as atividades
humanas.
É por meio da ação humana que damos forma ao pensamento e materializamos o que queremos.
A Administração faz-se presente pela organização da ação do homem, integrando recursos e esforços de
forma sistêmica.
A Administração está alicerçada na lógica e na clareza do raciocínio humano; somente assim podemos
obter com eficiência o desenvolvimento tecnológico ordenado e rápido, da mesma forma que somente
dentro da metodologia científica podemos aplicar métodos dedutivos e indutivos, capazes de dar seqüência,
forma e lógica aos experimentos e pensamentos humanos.
Hoje, a Administração é comparada com a arquitetura do pensamento lógico-administrativo que nos leva à
eficácia técnico- funcional.
A tarefa básica da empresa é fazer coisas, realizar eventos por intermédio das pessoas. Quando falamos
em empresa-organização, falamos em Administração não como um sistema direto e pragmático, mas como
um corpo de princípios universais que se aplicam a todo tipo de atividade humana.
A Administração é o elemento sintetizador da ampliação da atividade humana e, assim, interage com todas
as demais. Assim, não existem sistemas organizacionais desenvolvidos ou subdesenvolvidos.
Existem, isso sim, sistemas organizacionais eficazmente administrados e sistemas mal administrados ou
ainda inadministrados.
Pressupomos a história da Administração como iniciada há, aproximadamente, cem anos, quando ocorreu a
definitiva separação entre planejamento e execução de trabalho.
A Administração nasce, portanto, como uma formulação intelectual e racional da separação e submissão do
trabalho manual ao intelectual, reflexo da dependência do trabalho ao capital.
Seguindo o itinerário histórico, inferimos que depois da Segunda Guerra Mundial, e em conseqüência da
grandeza de experiências traumáticas e das modificações econômicas e políticas suscitadas pelo conflito, a
administração começa a reforçar o seu sistema com conceitos complementares.
Antecedentes Históricos do Estudo da Administração.
Administração é uma atividade essencialmente empírica. Ao administrarmos qualquer coisa, seja ela uma
empresa, um exército ou nosso próprio tempo, estamos procurando formas de interagir com a realidade que
nos cerca, na busca de determinados objetivos.
a) objetivos fixos ou metas a cumprir - garantir ganhos para o seu proprietário, prestar serviços
médicos à comunidade, preservar a Segurança Nacional, fornecer ajuda espiritual etc.;
c) grupos de pessoas cujos esforços são coordenados no sentido de se atingir os objetivos e metas
determinadas, utilizando-se dos recursos existentes.
Se o administrar é construído sempre a partir da realidade que o cerca, podemos afirmar com segurança
que diferentes realidades demandarão diferentes formas de se administrar. Em tempo de férias podemos
administrar nosso tempo com graus de folga e tolerância muito maiores do que em semanas em que
estamos atulhados de trabalho. Da mesma forma, administrar uma empresa no começo do nosso século
certamente era uma atividade bastante diferente da prática dos administradores de empresas de hoje.
Todo o conhecimento que possuímos hoje é fruto de uma mecânica cumulativa histórica e social, baseada
na eliminação de explicações que deixam de ter validade e na incorporação de outras que passam a ter.
Habilidades de um administrador
Existem 3 tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa atuar com sucesso.
Habilidade humana: Consiste na capacidade e facilidade para trabalhar com pessoas, comunicar,
compreender suas atitudes e motivações e principalmente liderar grupo de pessoas.
Vale reforçar que para a habilidade conceitual necessitamos desenvolver a capacidade de pensar, definir
situações organizacionais e seus respectivos graus de complexidade e finalmente diagnosticar e propor
soluções.
N Habilidades Necessárias
í
v
e Institucional
i Alta Direção
s Conceituais
A
d
m
i
n Intermediário
i Gerência
s
t Humanas
r
a
t Técnicas
i Operacional
v Supervisão
o
s
2-) Tarefa básica da administração: Fazer as coisas por meio das pessoas de maneira eficiente e eficaz.
3-) Administração: É o processo de planejar, Organizar, Dirigir e Controlar o uso de recursos a fim de
alcançar os objetivos.
Tarefas
Estrutura Pessoas
Organização
Ambiente Tecnologia
Portanto quando engenheiros, economistas, contabilistas, entre outros profissionais de áreas específicas ou
essencialmente técnicas, são promovidos para cargos executivos (diretorias, gerências, chefias,
supervisões, coordenações, etc.), precisam transformar-se em administradores e por conseqüência
familiarizar-se com os conceitos administrativos ora aplicados nas organizações.
Estudos apontam para que em futuro próximo, veremos o fim da organização forma de hoje (a organização
burocrática) e o surgimento de uma nova arquitetura organizacional; sendo que isto ocorrerá em função da
necessidade de adequação às novas demandas da era pós-industrial.
Vários fatores causarão impactos profundos sobre as organizações das empresas, são eles:
Tudo isto irá requerer novas formas e modelos de administração, bem como uma nova mentalidade dos
administradores, sendo que estes serão vistos, mais do nunca como um agente de mudanças.
A Revolução Industrial
Com a invenção da máquina a vapor (1736-1819) e sua aplicação à produção, surgiu uma nova concepção
de trabalho, e está nova visão modificou completamente a estrutura social e comercial da época.
Está modificação ficou conhecida como a Revolução Industrial (iniciada na Inglaterra), pois está provocou
profundas e rápidas mudanças na economia, política e por conseguinte na própria sociedade.
Taylor (americano): que desenvolveu a chamada Escola da Administração Científica, cujo foco principal
estava em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho operário.
Fayol (europeu): que desenvolveu a chamada teoria Clássica, cujo foco principal era o de aumentar a
eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da administração em
bases científicas.
Embora os mesmos não tenham mantido contato e também tendo ambos partido de pontos de vistas
diferentes e até mesmo opostos; suas idéias constituíram as bases da chamada Abordagem clássica da
administração.
Administração
Científica
(Taylor) Ênfase nas
Tarefas
Abordagem
Clássica da
Administração
Teoria Clássica
Ênfase na
(Fayol) Estrutura
Teorias da Administração
De uma maneira geral os interesses do estudo da administração são voltados para resultados práticos,
existem pelo menos 4 importantes razões para se estudar a teoria da administração:
A Administração Científica
Taylor
Com sua visão de engenheiro ele revolucionou os processos tradicionais dos métodos de trabalho através
da aplicação de métodos científicos.
Baseia-se na Escola Clássica, onde as pessoas eram consideradas instrumentos de produção para se
atingir a eficiência empresarial.
• Analítica:
Quebra das atividades e estudo dos melhores métodos para cada movimento registrado e cronometrado.
• Construtiva:
Arquivo de movimentos elementares e tempo. Melhoria e padronização dos elementos relacionados ao
trabalho.
A administração científica focou a administração geral, preocupando-se nas tarefas realizadas pelos
empregados.
Apesar da forma como Taylor considerava os operários, desenvolveu um sistema educativo que
deveria ser implantado gradualmente para evitar descontentamento dos empregados e prejuízo aos
patrões.
Princípios de Emerson
Ford
Princípios de Ford:
Produtividade (tempo) = máxima de produção dentro de um período determinado; distribuição dos ganhos;
redução de custos;redução de preços.
Intensificação (tempo) = aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios consumidores.
Economicidade = reduzir ao mínimo o volume de matéria-prima (estoque).
Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente individual que a história
conhece;
Conservador com relação às práticas administrativas , não respondeu às mudanças dos tempos. Com
isso o seu domínio sobre o mercado automobilístico aos poucos foi arrancado por empresas com teorias
mais avançadas.
TAYLOR FORD
Teoria Administrativa
Fayol (Formado em Engenharia de Minas)
Estudos de Fayol
Prof. José Alexandre Fernandes Locci Material revisado em: fevereiro/06
UBC UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Teoria Geral da Administração - A Página: 11
Administração de Empresas Sexta- feira
“Todos os empregados numa organização participam, num maior ou menor grau, da função administrativa
e têm oportunidade para exercitar suas faculdades administrativas e ser reconhecido por isto. Aqueles que
são particularmente talentosos podem subir dos degraus mais baixos aos mais altos, da hierarquia da
organização”
O sucesso organizacional depende mais das habilidades administrativas dos seus líderes do que de suas
habilidades técnicas!!!
Fayol, notou que o efeito da administração sobre as atividades do negócio não foi completamente entendido
e que se as recomendações dos especialistas técnicos poderiam ser completamente destruídas por
procedimentos administrativos falhos.
“Um líder que seja um bom administrador, mas tecnicamente medíocre, é, geralmente, muito mais útil à
empresa do que se ele fosse um técnico brilhante mas, um administrador medíocre”
Atividades Técnicas:
“Relacionadas com a transformação e produção de bens (produtos e serviços)”
Atividades Comerciais:
“Relacionadas com as transações de compra, venda e permuta”
Atividades Financeiras:
“Relacionadas com a captação e bom uso do capital”
Atividades de Segurança:
“Relacionadas com a preservação e proteção das pessoas e dos bens”
Atividades Contábeis:
“Relacionadas com os controles e registros, como inventários, balanços, custos e estatísticas”
Atividades Administrativas:
“Relacionadas com a integração de todas as operações da organização”;
“as atividades administrativas coordenam e sincronizam as atividades anteriores”,
“tendo portanto interferência e influência sobre elas”.
Segundo Fayol, mesmo sendo apenas uma das seis grandes atividades organizacionais, as administrativas
eram mais importantes que as outras cinco atividades.
Organização: preparar todas as coisas que sejam úteis ao funcionamento da empresa, desde a parte
material, de pessoal e social.
Comando: fazendo agir o pessoal, de forma a obter o máximo retomo em todos os aspectos, mas
principalmente os globais.
Controle: medir e dimensionar os atos, para verificar se estão ocorrendo de acordo com o plano traçado
pois esta é a sua finalidade. Assim, localizar as falhas e erros é o seu principal objetivo, com a finalidade de
corrigi-los.
• Divisão do Trabalho: especialização das tarefas e das pessoas visando aumentar a eficiência;
• Unidade de Direção: uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo
objetivo;
• Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: os interesses gerais devem
sobrepor-se aos interesses particulares;
• Cadeia escalar: linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo; princípio do comando;
• Ordem: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar; ordem material e humana;
Administração e Organização
Para FAYOL a Administração é um todo do qual a organização é uma das partes. Assim, a organização
abrange somente o estabelecimento da estrutura e da forma, sendo portanto estática e limitada.
organização formal: baseada na divisão do trabalho racional, planejada; organização informal: originadas
nos relacionamentos, relações de amizade, formação de grupos, interações etc;
2.° como função administrativa e parte do processo administrativo; significa organizar, estruturar.
A organização linear é uma organização de forma piramidal, caracterizada pela unidade de comando,
unidade de direção, centralização da autoridade e princípio escalar.
Para FAYOL, o Staff é um grupo de homens, munidos de força, conhecimento e tempo que possam faltar ao
administrador geral, estudando, analisando e propondo alternativas e planos.
Níveis mais
Funções Administrativas Funções
altos
Prever Técnicas
Organizar Se equivalem a Comerciais
Comandar Financeiras
Coordenar Contábeis
Mais baixos
Controlar De segurança
FAYOL X TAYLOR
A máquina, o método de trabalho e a organização formal dão agora lugar aos aspectos psicológicos e
sociológicos.
A abordagem humanística surge com a Teoria das Relações Humanas, nos Estados Unidos por volta de
1930 decorrente do desenvolvimento das ciências sociais, principalmente a Psicologia, que ocupava seus
estudos com dois assuntos básicos, ambos abordados pela Psicologia do Trabalho:
Mas, as mudanças ocorridas no campo social, econômico, político e tecnológico trouxeram novas variáveis
para o estudo da Administração.
Estas mudanças provocaram uma revisão dos conceitos e princípios de Administração, até então aceitos e
adotados.
A abordagem humanística começou logo após a morte de TAYLOR, mas somente a partir da década de 30
mereceu grande aceitação nos Estados Unidos, graças às suas características democráticas; no restante do
mundo, somente após o término da 2.a Guerra Mundial, recebeu divulgação.
Antecedentes
Desta forma, a Teoria das Relações Humanas (ou Escola Humanística) foi basicamente um movimento de
reação e oposição à Teoria Clássica.
A Teoria das Relações Humanas surgiu da necessidade de corrigir a forte tendência a desumanização do
trabalho.
Em 1923, ELTON MAYO conduzira uma pesquisa em uma indústria têxtil, procurando solucionar problemas
de produção e rotatividade de pessoal. Introduziu um período de descanso, determinado pelos próprios
operários e contratou uma enfermeira. Em pouco tempo, surgiu um espírito de equipe, a produção
aumentou e a rotatividade de pessoal diminuiu.
Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos iniciou uma série de experiências, visando
obter a causa entre o ambiente físico e o desempenho. Como ponto de partida, estudou a influência da
intensidade de iluminação na produção.
Estes dois trabalhos não apresentaram resultados definitivos, mas apenas levantaram problemas para
futuras análises.
Experiência de Hawthorne
1ª fase:
Em 1927, sob a coordenação de ELTON MAYO, são escolhidos para a experiência dois grupos de
operários que fariam o mesmo trabalho, em condições idênticas, da Western Electric Company.
Um grupo o experimental trabalhou sob luz variável em intensidade, e o outro grupo de controle trabalhou
sob luz de intensidade constante.
O objetivo era conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento. Entretanto, nada foi encontrado; foi
verificada a existência de outras variáveis difíceis de isolamento.
Um dos fatores descobertos foi o psicológico: os operários reagiam à experiência com suposições pessoais,
isto é, julgavam que deviam produzir mais quando a intensidade da iluminação aumentava, e, ao contrário,
quando esta diminuía.
Este fato foi comprovado, trocando-se lâmpadas por outras da mesma potência, fazendo-se crer que a
intensidade variava.
E a produtividade era proporcional à intensidade de luz sob a qual os operários supunham trabalhar.
2ª fase:
Nesta fase, foram selecionadas e convidadas 6 moças de nível médio, constituindo se o grupo
experimental, sendo que 5 delas montavam relés e a sexta apenas fornecia as peças necessárias.
O grupo de controle era constituído pelo restante do Departamento.
O grupo experimental tinha ainda um supervisor comum, assim como o grupo de controle, mas tinha
também um observador que permanecia na sala, ordenava o trabalho e assegurava o espírito de
colaboração das moças.
As moças, convidadas a participar da pesquisa, receberam todos os conhecimentos quanto aos objetivos da
mesma; eram constantemente informadas sobre resultados, modificações, etc.
Esta fase permitiu concluir que, em que pese as variações efetuadas na sala de provas, estas não
chegaram a afetar o ritmo de trabalho, e alguns aspectos foram levantados:
3ª fase:
Em setembro de 1928, foi dado início ao programa de entrevistas, cujos objetivos eram:
O programa foi muito bem recebido. Em fevereiro de 1929 foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais.
Entre 1928-30 foram entrevistados 21.126 empregados dos 40.000 existentes.
Em 1931, o sistema adotou a técnica de entrevista não diretiva: os operários falavam livremente sobre
aquilo que desejassem.
Surge daí a revelação da existência de uma organização informal, destinada a protegê-los contra o que
consideravam ameaça ao seu bem-estar.
• produção controlada por padrões que os próprios operários estabeleciam e consideravam normal,
• punições aplicadas pelo grupo aos operários que ultrapassavam aqueles padrões,
• uso de expressões que traduziam suas insatisfações;
• lideranças informais, que mantinha os grupos unidos e assegurava o respeito às regras de conduta;
• preocupações fúteis com relação a promoções;
• contentamentos e descontentamentos exagerados em relação aos superiores imediatos.
4ª fase:
Nesta fase foram escolhidos 9 operadores, 9 soldadores e 2 inspetores para a composição do grupo
experimental, todos montadores de terminais telefônicos.
Esta experiência durou de novembro de 1931 a maio de 1932 e tinha por objetivo analisar a organização
informal.
• sempre que julgavam que a produção havia atingido o normal, diminuíam o ritmo de trabalho;
• ao relatarem a sua produção, o faziam de tal forma que o excesso de um dia pudesse ser lançado
num dia de baixo rendimento;
• solicitavam pagamento pelos excessos de produção.
Os resultados permitiram o estabelecimento dos princípios básicos da Escola de Relações Humanas, que
veio a se formar logo em seguida. Vejamos as conclusões:
o conteúdo e a natureza do trabalho têm enorme influência sobre o moral do trabalhador; trabalhos simples
e repetitivos tornam-se monótonos e maçantes, afetando de forma negativa o trabalhador e reduzindo sua
eficiência;
Segundo ELTON MAYO, enquanto a eficiência material aumentou tremendamente nos últimos 200 anos, a
capacidade humana para o trabalho não acompanhou o mesmo ritmo.
Assim, ele propõe "uma nova concepção nas relações humanas no trabalho". Ele lembra que os métodos
de trabalho tendem todos para a eficiência e nenhum para a cooperação.
Conflito Social
Enquanto os objetivos organizacionais das empresas visam apenas à eficiência, os objetivos pessoais dos
empregados visam ao bem-estar.
A este choque de interesses, Mayo denominou "Conflito Social" que deve ser evitado a todo custo.
Com o surgimento da Teoria das Relações Humanas, novos tópicos passam a ser considerada na nova a
abordagem administrativa:
A ênfase que antes era nas Tarefas e na Estrutura, é substituída pela ênfase nas Pessoas.
Com a Teoria das Relações Humanas, surge também uma nova forma de se enfocar a natureza do homem,
aparecendo neste momento a definição do homem social, que se baseia nos seguintes aspectos:
As pessoas são motivadas por necessidades humanas e alcançam suas satisfações por meio dos
grupos sociais com quem interagem:
Dificuldades de relacionamento podem causar elevação de turnover, baixo moral, queda de
desempenho.
Já a experiência de Hawthorne (Elton Mayo), demonstra que as recompensas financeiras, não são os
únicos fatores decisivos para a satisfação do trabalhador.
Sendo que Mayo e sua equipe concluem que o ser humano é motivado, não por estímulos econômicos e
salariais, mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais.
C = f(P,M)
Onde: C (comportamento) é função (f) ou resultado da interação entre a pessoa (P) e o meio ambiente (M)
que a rodeia.
Para Lewin, toda necessidade cria um estado de tensão no indivíduo, uma predisposição à ação, sem
nenhuma direção. Quando um objeto exeqüível é encontrado, ele adquire uma valência positiva para dirigir-
se para o objeto. Quando a tensão é excessiva (muita fome, por exemplo), ela pode tumultuar a percepção
do ambiente e desorientar o comportamento do indivíduo. Se surge uma barreira, ocorre a frustração pelo
não alcance do objeto, provocando aumento da tensão e levando a um comportamento ainda mais
desorientado. Lewin foi o principal inspirador dos autores da Escola das Relações Humanas.
Necessidades Humanas
O comportamento humano é determinado por causas que, às vezes, escapam ao próprio entendimento e
controle do homem.
Essas causas se chamam necessidades ou motivos: são forças conscientes ou inconscientes que levam o
indivíduo a um determinado comportamento.
Necessidades Fisiológicas
Necessidades Psicológicas
Necessidade de Auto-realização
Ciclo Motivacional
A partir da Teoria das Relações Humanas, todo o acervo de teorias psicológicas a respeito da motivação
humana passou a ser aplicado dentro das organizações.
A motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando à
satisfação de uma ou mais necessidades.
Daí o conceito de ciclo motivacional: o organismo humano permanece em estado de equilíbrio psicológico
(equilíbrio de forças psicológicas, segundo Lewin), até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade.
Essa necessidade provoca um estado de tensão em substituição ao estado de equilíbrio anterior. A tensão
conduz a um comportamento ou ação para chegar a alguma forma de satisfação da necessidade. Se a
necessidade é satisfeita, o organismo retoma a seu estado de equilíbrio inicial, até que outro estímulo
sobrevenha.
Equilíbrio
Barreira Estímulo
Comportamento
Necessidade
Tensão
Equilíbrio Estímulo
Barreira
Prof. José Alexandre Fernandes Locci Material revisado em: fevereiro/06
UBC UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Teoria Geral da Administração - A Página: 20
Administração de Empresas Sexta- feira
Comportamento Necessidade
Tensão
Frustração e compensação
A não realização de uma necessidade, resultante de bloqueio por alguma barreira, traz a ocorrência da
frustração; Mas pode ocorrer a compensação, isto é, a transferência através da satisfação de outra
necessidade. Desta forma, esta satisfação aplaca a necessidade mais importante e reduz ou evita a
frustração.
Toda necessidade não satisfeita é motivadora de comportamento, sendo que uma necessidade não
satisfeita, após algum tempo pode passar a ser motivo de frustração e por conseguinte pode levar a certas
reações comportamentais a saber:
Desorganização do comportamento,
Agressividade,
Reações emocionais,
Alienação e apatia.
Moral e Atitude
Portanto podemos concluir que os comportamentos são decorrentes do estado motivacional; como o moral
está intimamente ligado ao estado motivacional, a título de ilustração vamos analisar o quadro abaixo
comparando os níveis de moral e as atitudes resultantes com o mesmo.
Atitudes negativas
Pessimismo
Insatisfação
Oposição
Negação
Rejeição dos objetivos
Má vontade
Resistência
Dispersão
Disforia (Inquietação, mal-estar provocado por ansiedade)
Moral Baixo Agressão
Comunicação
A comunicação é particularmente importante na função de Direção. E, em Administração, significa
transmissão de informações entre pessoas.
Prof. José Alexandre Fernandes Locci Material revisado em: fevereiro/06
UBC UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Teoria Geral da Administração - A Página: 21
Administração de Empresas Sexta- feira
Retroinformação
1º Proporcionar informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam se conduzir em suas
tarefas;
(Habilidade de trabalhar)
2º Proporcionar as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos.
(Vontade de trabalhar)
=
Esses dois propósitos promovem um ambiente que conduz a um espírito de equipe e a um melhor
desempenho nas tarefas.
(Trabalho em equipe)
Aspectos a considerar:
Obstáculos na fonte
Falta de clareza,
Várias fontes concorrentes,
Mensagens não desejadas.
Obstáculos ao Receptor
Desatenção,
Avaliação prematura,
Respostas a fatores imateriais,
Preparar a própria resposta em vez de ouvir,
Má interpretação.
Como Melhorar a Comunicação
Liderança
O líder pode ser definido como uma pessoa capaz de unir outras através de esforços combinados para
atingir determinado objetivo.
Liderar é, pois, a capacidade de dirigir, coordenar e motivar indivíduos ou grupos para alcançar
determinados fins.
A liderança é pessoal e pode ser afetada pelo ambiente. E essa capacidade de liderar pode ser
aperfeiçoada ou mesmo adquirida pela cultivação de algumas atitudes, as quais os líderes ou chefes,
através de treinamento, podem desenvolver, de modo que fiquem habilitados a influenciar pessoas.
Objetividade: atitude para encarar as causas dos efeitos, sem se deixar influenciar por emoções
pessoais.
A liderança é um poderoso meio de Direção nos casos de mudanças ou reformas: a dinâmica da reforma
pode ser ativada estrategicamente pelo líder para mudar o comportamento do grupo.
Em princípio, pode-se dizer que a estratégia da mudança consiste em acalmar receios e satisfazer
necessidades.
Estilos de Liderança
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• Encorajar Participações
Trabalho em Equipe/Times
1 - Definir Objetivos
Vontade e união
Comprometimento de todos
3 – Planejamento
O quê fazer?
Como fazer?
Estabelecer prazos
4. Responsabilidades
5.Interação
6- Respeito
Confiança e respeito
Organização Informal
Verificamos que o comportamento dos indivíduos no trabalho não pode ser compreendido sem se
considerar a organização informal e suas relações com a organização informal da fábrica.
O comportamento dos grupos sociais está condicionado a dois tipos de organização: a organização formal
ou racional e a organização informal ou natural.
Existem processos sociais relacionados com a realização do objetivo da empresa e que culminam na
organização formal. A organização formal é conduzida pelas práticas estabelecidas pela lei, por uma
política empresarial previamente traçada
A organização informal concretiza-se nos usos e costumes, nas tradições, nos ideais e nas normas
sociais.
Traduz-se por meio de atitudes e disposições baseadas na opinião e no sentimento. São as expressões da
necessidade de “associar-se" e não se modificam rapidamente e nem procedem da lógica; Estão
relacionados com o senso dos valores, os estilos de vida e com as aquisições da vida social que a pessoa
se esforça por preservar e pela defesa das quais está disposta a lutar e resistir.
A organização informal tem sua origem na necessidade do indivíduo de conviver com os demais seres
humanos. Os indivíduos, em sua associação com outros na empresa, criam relações pessoais, integram-se
em grupos informais, nos quais cada pessoa adquire uma posição ou status.
b) Status.
Os indivíduos interagem em grupos informais, dentro dos quais cada um, independentemente de sua
posição na organização formal, adquire certa posição social ou status em função do seu papel e
participação e integração na vida do grupo.
c) Colaboração espontânea.
A organização informal é um reflexo da colaboração espontânea que pode e deve ser aplicado a favor da
empresa.
Quando não bem entendida, ou manipulada inadequadamente, a organização informal pode se desenvolver
em oposição à organização formal e em desarmonia com os objetivos da empresa. Isso resulta da
inabilidade da direção em propiciar um clima adequado de boas relações humanas com o pessoal.
f) Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais. As pessoas participam de vários grupos
informais em face das relações funcionais que mantêm com outras pessoas em outros níveis e setores da
empresa. Os grupos informais tendem a se alterar com as modificações na organização formal.
a) Os "interesses comuns" das pessoas que, através deles, passam a se sintonizar mais intimamente. Ao
passarem juntas a maior parte de seu tempo nos locais de trabalho, as pessoas passam a identificar
interesses comuns quanto a assuntos de política, esportes, de acontecimentos públicos, de atividade etc.
Os interesses comuns aglutinam as pessoas.
b) A interação provocada pela própria organização formal. O cargo que cada pessoa ocupa na empresa
exige contatos e relações formais com outras pessoas. A inter-relação decorrente das atividades do cargo
se prolonga e se amplia além dos momentos do trabalho, propiciando a formação de contatos informais.
Assim, as relações estabelecidas pela organização formal dão margem a uma vida grupal intensa que se
realiza fora dela.
c) A flutuação do pessoal dentro da empresa provoca a alteração dos grupos sociais informais. A
rotatividade, a movimentação horizontal e vertical do pessoal, as transferências etc. causam mudanças na
estrutura informal, pois as interações se alteram e com elas os vínculos humanos. Os novos empregados
são integrados pelos mais antigos para se adaptarem e se submeterem aos padrões sociais do grupo. Esse
processo de indução dos novos elementos visa ao fortalecimento da organização informal.
d) Os períodos de lazer, ou seja, os "tempos livres" permitem a interação entre as pessoas que
estabelece e fortalece os vínculos sociais entre elas. Os períodos de lazer ou tempos livres são os
intervalos de tempo nos quais o indivíduo não trabalha, mas durante os quais permanece ao redor de seu
local de trabalho, em contato com outras pessoas.
Grupos Informais
Os grupos informais, também chamados grupos de amizade, se organizam naturalmente por meio de
adesões espontâneas de pessoas que com eles se identificam. Os grupos informais são encontrados dentro
da organização formal e se compõem de pessoas de diversos grupos e níveis hierárquicos da empresa. A
hierarquia funcional existente na organização formal nem sempre prevalece nos grupos informais.
A partir da década de 40, em função de críticas feitas tanto à Teoria Clássica (em função de seu
mecanicismo), como à Teoria das Relações Humanas (por seu romantismo ingênuo), apontam para a
necessidade de uma teoria de organização mais sólida e abrangente que servisse de orientação para o
administrador; E está foi baseada em estudos do economista e sociólogo Max Weber.
a) A fragilidade e parcialidade da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas, ambas oponentes e
contraditórias, mas sem possibilitarem uma abordagem global.
c) O crescente tamanho e complexidade das empresas passaram a exigir modelos organizacionais mais
bem-definidos.
d) O ressurgimento da Sociologia da Burocracia, a partir da descoberta dos trabalhos de Max Weber, seu
criador.
Origem da Burocracia
A burocracia é uma forma de organização humana que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação
dos meios aos objetivos (fins) pretendidos; visando garantir a máxima eficiência no alcance de objetivos.
Tipos de Sociedade
Tipos de Autoridade
Autoridade significa a probabilidade de que um comando ou ordem específica seja obedecido; A autoridade
representa o poder institucionalizado e oficializado.
a) Autoridade Tradicional:
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque essa sempre foi a
maneira pela qual as coisas sempre foram feitas.
Domínio patriarcal
b) Autoridade Carismática*:
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, por causa da influência da
personalidade e da liderança do superior com o qual se identificam.
*Carisma: Weber e outros estudiosos, usam este termo no sentido de uma qualidade extraordinária e
indefinível de uma pessoa; é aplicado a líderes políticos e “capitães” de indústrias.
Vantagens da Burocracia
3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e papéis
tramitam através de canais preestabelecidos.
5. Uniformidade de rotinas e procedimentos que favorece a padronização, redução de custos e erros, pois
as rotinas são definidas por escrito.
6. Continuidade da organização através da substituição do pessoal que é afastado. Além disso, os critérios
de seleção e escolha do pessoal baseiam-se na capacidade e na competência técnica.
7. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece o que é exigido dele e quais os limites
entre suas responsabilidades e as dos outros.
8. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas circunstâncias.
9. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido através de regras conhecidas, e os casos similares são
metodicamente tratados dentro da mesma maneira sistemática. As decisões são previsíveis e o processo
decisório, por ser despersonalizada no sentido de excluir sentimentos irracionais, como amor, raiva,
preferência pessoal, elimina a discriminação pessoal.
10. Benefícios para as pessoas na organização, pois hierarquia é formalizada, o trabalho é dividido entre as
pessoas de maneira ordenada, as pessoas são treinadas para se tornarem especialistas, podendo
encarreirar-se na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica.
Organização Burocrática
f f
(sistema social de controle)
e e
e e
d Função Disfunção d
b b
a a
c c
k Conseqüências previstas Conseqüências Imprevistas k
Disfunções da burocracia
Para Weber a burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas resumem-se na previsibilidade
do seu funcionamento; porém ao estudar as conseqüências previstas, Merton notou também as
conseqüências imprevistas que levam à ineficiência e às imperfeições.
Para Merton, não existe uma organização totalmente racional e o formalismo não tem a profundidade
descrita por Weber.
3. Resistência a mudanças,
4. Despersonalização do relacionamento,
5. Categorização do relacionamento,
6. Superconformidade,
Ênfase na previsibilidade
do comportamento
Rigidez de comportamento
Justificativa da ação Sentimento de defesa da
e defesa mútua na
individual ação individual
organização
No modelo burocrático de Gouldner, o processo burocrático é um ciclo instável que busca estabilidade e
equilíbrio, mas que provoca tensões e conflitos interpessoais.
Gouldner consta em seus estudos que não há uma burocracia, mas graus de burocratização.
As dimensões da Burocracia
Autoridade, autocracia e
Falta de Autoridade Hierarquia imposição
Bibliografia
Básica
CHIAVENATO, I. Introdução á Teoria Geral da Administração. 6. ed., Rio de Janeiro. Campus, 2000.
Complementar
DRUKER, P.F. Introdução à administração. 3 ed. São Paulo. Pioneira, 1998.
MAXIMINIANO, A.C.A.Teoria Geral da Administração. 4 ed. São Paulo. Atlas, 1997.
MORGAN, G. Imagens da Organização. São Paulo. Atlas, 1996.
ROBBINS, S.P. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2002.
Trabalhos:
Trabalhos Apresentados na Pós Graduação
turma de administração estratégica de negócios – 2001/2002