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O ADMINISTRADOR
O administrador é o responsável pelo desempenho de uma ou mais pessoas de uma
organização. O administrador obtém resultados através de sua organização e das pessoas que nelas
trabalham. O administrador planeja, organiza, dirige pessoas, gere e controla recursos materiais,
financeiros, de informação e tecnologia visando à realização de determinados objetivos. Na verdade, o
administrador consegue fazer as coisas através das pessoas, razão pela qual elas ocupam posição
primordial nos negócios de todas as organizações. O administrador dá direção e rumo às suas
organizações, proporciona lideranças às pessoas e decide como os recursos organizacionais devem ser
dispostos.
A Administração constitui a maneira de utilizar os diversos recursos organizacionais (humanos,
materiais, financeiros, de informação e tecnologia) para alcançar objetivos e atingir elevado
desempenho. Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos
recursos organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira eficaz.
A HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO
Associação do homem a outros para atingir determinados objetivos marca o surgimento das
empresas rudimentares (assírios, babilônios, etc.)
História da administração = aparecimento da grande empresa final século XVIII até XIX.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos
sistemas de produção. Na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada. Foi a
Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato
pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em
seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à
vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a
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- Na Idade Média, os negócios eram realizados por indivíduos fazendo intercâmbio com outros em
feiras (alguns se transformaram em firmas familiares);
- Surge no século XVI a figura do comerciante;
- No séc. XVII as Companhias Mercantis foram as precursoras das empresas de hoje.
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Termo usado em economia para designar "Empresa" ou "estrutura de empresas" que tem origem na reunião de outras
empresas que já detêm a maior parte do mercado. As empresas se ajustam ou se fundem para assegurar o controle,
estabelecendo preços altos para obter maior margem de lucro.
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ADMINISTRAÇÃO CLÁSSICA
ESCOLA CLÁSSICA
DA ADMINISTRAÇÃO
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Nos Estados Unidos, entre o fim da Guerra Civil, no século XIX, e o começo do século XX, a
indústria se expandiu aceleradamente, época em que surgiram e cresceram empresas como Ford,
General Motors, Goodyear, General Eletric e Bell Telephone. Segundo Maximiano, essa expansão
estimulou o estudo sobre as formas de aumentar a eficiência dos processos de produção. A
preocupação com a fabricação eficiente de produtos já era muito antiga e acentuou-se durante a
Revolução Industrial. Foi Frederick Winslow Taylor (1856-1915) que transformou o debate sobre a
eficiência num conjunto de princípios e técnicas para aumentar a eficiência dos trabalhadores por meio
da racionalização do trabalho. Em 1903, Taylor apresentou suas técnicas ou métodos:
- Estudos de tempos e movimentos.
- Padronização de ferramentas e instrumentos.
- Padronização de movimentos.
- Sistema de pagamento de acordo com o desempenho.
Taylor achava as técnicas da eficiência a forma de colocar em prática os princípios da
administração cientifica, para ele era uma revolução mental, na maneira de encarar o trabalho e as
responsabilidades em relação à empresa e aos colegas. Tudo isso foi recebido com grande entusiasmo
pois sistematizaram e disseminaram um conjunto de princípios que iam de encontro com uma
necessidade. Estudo do tempo e movimento, descrição de cargos, organização e métodos, engenharia
de eficiência e racionalização do trabalho foram algumas de suas idéias.
Henry Ford, fundador da Ford Motor Company e criador da linha de montagem móvel. Ford,
estabeleceu o padrão de organização de processos produtivos que se tornaria universal. Até o século
XX a atividade industrial essa feita por métodos artesanais, uma produção custosa e demorada. A
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produção em massa, ou seja, a fabricação de produtos não diferenciados em grandes volumes foi um
dos contextos que impulsionou essa teoria. Henry Ford aplicou à fabricação de automóveis dois
princípios da produção em massa:
a) Divisão do trabalho – o processo de fabricar um produto é dividido em partes. Cada pessoa e grupo
de pessoas, num sistema de produção em massa, tem uma tarefa fixa, que consiste em fabricar ou
montar uma das partes. A divisão do trabalho tem como resultado a especialização do trabalhador: ele
sabe realizar apenas a tarefa fixa que lhe foi designada.
b) Fabricação de peças e componentes padronizados e intercambiáveis – cada peça ou componente
pode ser montado em qualquer sistema ou produto final. Nenhum produto, peça ou componente é
fabricado para um produto final especifico.
Em 1912, o conceito de linha de montagem foi aplicado à fabricação de motores, radiadores e
componentes elétricos. Numa linha de montagem o trabalhador fica numa posição fixa para executar
uma tarefa única. O produto movimenta-se ao longo de um processo que é feito de uma seqüência de
tarefas, realizadas pelos trabalhadores em posições fixas. Conforme o produto avança de uma posição
para outra, vai sendo progressivamente construído. Em 1914 Ford adotou a jornada de 8 horas de
trabalho, também foi desenvolvido programas de controle de qualidade, controle de estoque e
administração de pessoal. O sistema de organização industrial, conforme Maximiano, criado por Henry
Ford tornou-se universal e posteriormente foram aperfeiçoados.
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O quarto integrante da escola clássica a ser analisado neste capitulo é Max Weber, um
importante cientista social e jurista alemão, que se ocupou de inúmeros aspectos das sociedades
humanas. Na década de 20, Weber publicou estudos sobre o que ele chamou o tipo ideal de burocracia.
Nas duas décadas seguintes, esses estudos foram divulgados na América. A tradução de suas obras
para inglês, nos anos 40, estimulou inúmeros estudos subseqüentes entre os sociólogos americanos.
Weber não tentou definir as organizações, nem estabelecer padrões de administração que elas
devessem seguir. Seu tipo ideal não é um modelo prescritivo, mas uma abstração descritiva. É um
esquema que procura sintetizar os pontos comuns à maioria das organizações formais modernas, que
ele contrastou com as sociedades primitivas e feudais. Weber descreveu as organizações burocráticas
como máquinas totalmente impessoais, que funciona de acordo com as regras que ele chamou de
racionais – regras que dependem de lógica e não de interesses pessoais.
Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal em que as organizações reais se
assentam. Sua atenção estava dirigida para o processo de autoridade-obediência (ou processo de
dominação) que, no caso das organizações modernas, depende de leis. No modelo de Weber,
organização formal e organização burocrática são sinônimos.
A dominação, segundo a análise que Weber fez da burocracia, começa com a discussão dos
processos interligados de dominação (ou autoridade) e obediência. Dominação ou autoridade, segundo
Weber, é a probabilidade de haver obediência dentro de um determinado grupo. Há três tipos puros de
autoridade ou dominação legítima (aquela que conta com o acordo dos dominados).
Enfoque Comportamental
Nas proposições de Taylor, Fayol Ford e Weber, a preocupação básica é o desempenho dos
recursos e processos, de uma tarefa ou de toda a empresa. As pessoas não são negligenciadas. No
início do século XX, essas proposições dos integrantes da escola clássica eram um reflexo da
orientação que vinha da Revolução Industrial. A prioridade era a eficiência da produção, naquele
momento de expansão industrial, quando o importante era aproveitar as oportunidades do mercado.
No entanto, sempre foi evidente que a administração não iria muito longe se as pessoas não
fossem consideradas em sua totalidade, e não apenas como “peças humanas”, como parte importante
do processo de administrar organizações. Quando se consideram as pessoas como pessoas, e como
fator prioritário no processo administrativo, o que se está fazendo é adotar o enfoque comportamental.
O sistema técnico passa a ser conseqüência do sistema comportamental.
Referências Bibliográficas:
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 5ª ed. ver. e ampl. – São Paulo:
Atlas, 2000.