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Contém:
Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente.
O poder da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito.
JANEIRO
Aos Assinantes da Revista Espírita 13
Estado do Espiritismo em 1863 14
Médiuns Curadores 19
Um Caso de Possessão – Srta. Júlia (2 artigo) 26
o
MARÇO
93
Da Perfeição dos Seres Criados
Um Médium Pintor Cego 102
Variedades:
Uma tentação 106
Manifestações de Poitiers 109
A jovem obsedada de Marmande (continuação) 113
Resumo da pastoral do Sr. bispo de Estrasburgo 116
Uma rainha médium 118
Participação espírita 122
O Sr. Home em Roma (conclusão) 123
Instruções dos Espíritos:
Jacquard e Vaucanson 124
Objetivo final do homem na Terra 128
Notas Bibliográficas – Annali dello Spiritismo in Italia 131
Necrológio – Sr. P.-F. Mathieu 133
ABRIL
Bibliografia – Imitação do Evangelho 135
Autoridade da Doutrina Espírita – Controle universal
do ensino dos Espíritos138
Resumo da Lei dos Fenômenos Espíritas 147
Correspondência – Sociedades de Antuérpia e de Marselha 156
Instruções dos Espíritos:
159
Progressão do globo terrestre
A imprensa 163
Sobre a arquitetura e a imprensa, a propósito da
comunicação de Guttemberg 167
O Espiritismo e a franco-maçonaria 169
Aos operários 176
MAIO
Teoria da Presciência 177
A Vida de Jesus, pelo Sr. Renan 185
Sociedade Espírita de Paris – discurso de abertura
do 7o ano social 192
A Escola Espírita Americana 200
Cursos Públicos de Espiritismo em Lyon e Bordeaux 206
Variedades:
Manifestações de Poitiers 211
Tasso e seu duende 213
Instrução de Ciro a seus filhos no momento da morte 216
Notas Bibliográficas:
A guerra ao diabo e ao inferno 218
Cartas aos ignorantes 218
JUNHO
A Vida de Jesus, pelo Sr. Renan (2o artigo) 219
Relato Completo da Cura da Jovem Obsedada
de Marmande 228
Algumas Refutações:
243
Conspirações contra a fé
Uma instrução de catecismo 245
O Espírito Batedor da Irmã Maria 252
Variedades:
O Índex da cúria romana 259
Perseguições militares 260
Um ato de justiça 260
JULHO
Reclamação do abade Barricand 263
A religião e o Progresso 270
O Espiritismo em Constantinopla 278
Extrato do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro 286
Extrato do Progrès Colonial, Jornal da Ilha Maurício 290
Extrato da Revista Espírita de Antuérpia sobre a
cruzada contra o Espiritismo 292
Instruções dos Espíritos – O castigo pela luz 295
Notas Bibliográficas:
A educação materna 302
O Espiritismo na sua expressão mais simples – edição russa 304
AGOSTO
Novos Detalhes sobre os Possessos de Morzine 305
Suplemento ao Capítulo das Preces da
Imitação do Evangelho 314
Questões e Problemas – Destruição dos
aborígenes do México 325
Correspondência – Resposta do redator do Vérité
331
à reclamação do abade Barricand
Notas Bibliográficas:
SETEMBRO
Influência da Música sobre os Criminosos,
os Loucos e os Idiotas 347
Notas Bibliográficas:
NOVEMBRO
O Espiritismo é uma Ciência Positiva – Alocução de
Allan Kardec aos espíritas de Bruxelas e Antuérpia 429
Uma Lembrança de Existências Passadas 438
Um Criminoso Arrependido (continuação) 444
Conversas Familiares de Além-Túmulo – Pierre Legay 452
Dissertações Espíritas – Sobre os Espíritos que
ainda se julgam vivos 461
Variedades:
Suicídio falsamente atribuído ao Espiritismo463
Suicídio impedido pelo Espiritismo 465
Periodicidade da Revista Espírita 469
DEZEMBRO
Comunhão de Pensamentos – A propósito da
comemoração dos mortos 473
Sessão Comemorativa na Sociedade de Paris 481
O Sr. Jobard e os Médiuns Mercenários – Exemplo
notável de concordância 496
Louis-Henri, o Trapeiro – Estudo moral 508
Necrológio – Morte do Sr. Bruneau 519
Variedades – Comunicações pelo avesso 525
Notas Bibliográficas:
Como e por que me tornei espírita 526
O mundo musical 531
Auto-de-fé de Barcelona 533
Comunicação Espírita – A propósito da
Imitação do Evangelho 533
Subscrição em Favor dos Queimados de Limoges 535
Nota Explicativa 537
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII JANEIRO DE 1864 No 1
Allan Kardec
geral. As sólidas bases em que ele se apóia triunfarão sem custo das
divisões que os adversários não deixarão de suscitar, porque estes
não contam com Espíritos que protejam sua obra e se servem dos
próprios inimigos para garantirem o sucesso. Teria sido um fato
sem precedentes pudesse uma doutrina ter se estabelecido sem
dissidência e, se nos podemos admirar de algo, quanto ao
Espiritismo, é ver formar-se a unidade tão prontamente.
Médiuns Curadores
Um oficial de caçadores, espírita de longa data, e um
dos numerosos exemplos de reformas morais que o Espiritismo
pode operar, transmitiu-nos os seguintes detalhes:
Um Caso de Possessão
SENHORITA JÚLIA
Conversas de Além-Túmulo
FREDEGUNDA
14. Evocação.
Resp. – Estou pronta para responder.
Questões e Problemas
PROGRESSO NAS PRIMEIRAS ENCARNAÇÕES
Variedades
FONTENELLE E OS ESPÍRITOS BATEDORES
Philipon de la Madeleine
Allan Kardec
52
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII FEVEREIRO DE 1864 No 2
Um Drama Íntimo
APRECIAÇÃO MORAL
razão de ser; ele o estuda para dele tirar proveito e regular sua
conduta com vistas ao futuro que, para ele, é uma realidade
demonstrada. Remontando às causas dos infortúnios que o
afligem, aprende a não mais acusar a sorte ou a fatalidade por tais
desgraças, mas a si mesmo.
fazer-te sua herdeira, durante o tempo que lhe restar de vida.” Era
tomá-la pelo lado sensível; mas, para fruir dos benefícios desse
grande coração, que teria sido muito maior se a tivesse dotado sem
interesse, era preciso especular sobre a duração de sua vida. A
jovem errou ao ceder, mas a mãe errou mais em excitá-la e
certamente é ela que incorrerá na maior parte da responsabilidade
do suicídio da filha. Assim, aquele que se mata para escapar à
miséria é culpado da falta de coragem e de resignação, mas, muito
mais culpado ainda, é o causador primário desse ato de desespero.
Eis o que o Espiritismo ensina, pelos exemplos que põe aos nossos
olhos e aos daqueles que estudam o mundo invisível. Quanto à
mãe, sua punição começa nesta vida: primeiro pela morte horrível
da filha, cuja imagem talvez venha persegui-la e torturá-la de
remorsos; depois, pela inutilidade do sacrifício que provocou, uma
vez que a fortuna do marido, morto seis horas depois de sua
mulher, vai para os colaterais afastados, e ela não a aproveitará.
“Senhor,
Variedades
CURA DE UMA OBSESSÃO
MANIFESTAÇÕES DE POITIERS
Dissertações Espíritas
NECESSIDADE DA ENCARNAÇÃO
Teu pai,
Percheron, assistido pelo Espírito Pascal
II
A reencarnação e as aspirações do homem
III
Ação dos fluidos na reencarnação
IV
As afeições terrenas e a reencarnação
Notas Bibliográficas
REVISTA ESPÍRITA DE ANTUÉRPIA
RECONHECEMO-NOS NO CÉU
1
Pelo Rev. padre Blot, da Companhia de Jesus
85
R E V I S TA E S P Í R I TA
perderam o objetivo. Aquele que não podemos mais ver está, mais
que nunca, conosco. Encontramo-lo sem cessar em nosso centro
comum. Ele aí nos vê e nos proporciona verdadeiros socorros. Aí
conhece melhor que nós as nossas enfermidades, ele que não mais
tem as suas; e pede os remédios necessários à nossa cura. Para mim,
que estava privado de o ver há tantos anos, eu lhe falo, eu lhe abro
o meu coração.”
89
R E V I S TA E S P Í R I TA
Allan Kardec
92
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII MARÇO DE 1864 No 3
Erasto
toda a volta. Se estiver encerrado numa caixa, na qual for feita uma
pequena abertura, em seu redor tudo estará na obscuridade, salvo
o ponto por onde lhe chega o raio luminoso. A visão do Espírito
encarnado está neste último caso; a do Espírito desencarnado está
no primeiro. Esta comparação é justa quanto ao efeito, mas não o
é quanto à causa, porque a fonte de luz não é a mesma para o
homem e para o Espírito, ou, melhor dizendo, não é a mesma luz
que lhe dá a faculdade de ver.
Variedades
UMA TENTAÇÃO
109
R E V I S TA E S P Í R I TA
A. Piogeard
A. Piogeard
(Continuação)
PARTICIPAÇÃO ESPÍRITA
“Rogamos
(Conclusão)
Jacquard
Jacquard
Vaucanson
Notas Bibliográficas
ANNALI DELLO SPIRITISMO IN ITALIA
Allan Kardec, nas quais não se sabe o que mais louvar: se a retidão
das intenções e a grandeza da filosofia, ou a clareza do estilo. Entre
essas obras, as principais e as primeiras a ler são O Livro dos Espíritos
e O Livro dos Médiuns. No primeiro se acha a teoria filosófica
revelada, como o afirma o autor, pelos Espíritos superiores; e no
segundo um tratado completo da prática do Espiritismo e a
maneira de adquirir, se possível, a faculdade mediúnica.
132
MARÇO DE 1864
Necrológio
SR. P.-F. MATHIEU
(Antigo farmacêutico-chefe do Exército, membro de
várias sociedades científicas)
133
R E V I S TA E S P Í R I TA
Allan Kardec
134
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII ABRIL DE 1864 No 4
Bibliografia
À VENDA
Imitação do Evangelho
SEGUNDO O ESPIRITISMO 4
Contendo a explicação das máximas morais do Cristo em concordância
com o Espiritismo e sua aplicação às diversas circunstâncias da vida.
Por ALLAN KARDEC
Com esta epígrafe: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a
frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
138
ABRIL DE 1864
153
R E V I S TA E S P Í R I TA
ainda menos, que possam vir dar espetáculo para divertir curiosos.
Se não o fizeram em vida, não o farão depois de mortos.
Correspondência
SOCIEDADES DE ANTUÉRPIA E DE MARSELHA
Senhor Presidente,
157
R E V I S TA E S P Í R I TA
Recebei, etc.
159
R E V I S TA E S P Í R I TA
A IMPRENSA
164
ABRIL DE 1864
Guttemberg
166
ABRIL DE 1864
Robert de Luzarches
O ESPIRITISMO E A FRANCO-MAÇONARIA
II
III
175
R E V I S TA E S P Í R I TA
AOS OPERÁRIOS
(Sociedade Espírita de Paris, 17 de janeiro de 1864
– Médium: Sra. Costel)
João, o Evangelista.
Allan Kardec
176
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII MAIO DE 1864 No 5
Teoria da Presciência 11
nos podem dar das coisas espirituais senão idéias muito imperfeitas,
razão por que não se devem tomar ao pé da letra essas
comparações e crer, por exemplo, que a extensão das faculdades
perceptivas dos Espíritos depende da efetiva elevação deles, nem
que eles precisem estar em cima de uma montanha ou acima das
nuvens para abrangerem o tempo e o espaço.
A. K.
199
R E V I S TA E S P Í R I TA
“Recebei, etc.”
Pauline Boulay
produzir algo, o que existe nos vem de uma fonte produtiva. Seria
muito justo pensar que o que acontece independentemente de
nossa vontade é obra da Providência, dirigida pelo Senhor
de nossos destinos.
Pauline Boulay
para que tanto trabalho, desde que este está morrendo? Já que o
abade Barricand o crê, deixemos-lhe essa doce crença, pois não
será nem mais nem menos. Não temos nenhum interesse em
dissuadi-lo. Apenas diremos que se não tem motivos mais sérios de
convicção, que os que faz valer, suas razões não são muito
concludentes e se todos os seus argumentos contra o Espiritismo
têm a mesma força, podemos dormir tranqüilos.
Variedades
MANIFESTAÇÕES DE POITIERS
“Senhor redator,
“Aceitai, etc.”
212
MAIO DE 1864
Aliás, esses fatos não são novos, como se pode ver pelo
relato seguinte.
Notas Bibliográficas
A GUERRA AO DIABO E AO INFERNO, a inabilidade do
diabo, o diabo convertido; por Jean de la Veuze. Brochura in-18,
preço: 1 fr. – Bordeaux, Ferrel, livreiro. – Paris, Didier & Cie, 35,
quai des Augustins; Ledoyen, Palais-Royal.
Allan Kardec
218
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII JUNHO DE 1864 No 6
220
JUNHO DE 1864
solicitude, na sua inspiração, essa crença lhe teria dado idéias mais
verdadeiras sobre o sentido da maior parte das palavras do Cristo.
222
JUNHO DE 1864
falido. Por outro lado, concebe-se que essas almas ternas, achando
em sua conversão à seita um meio fácil de reabilitação, a ele se
ligavam com paixão.
senão para a idéia que se lhe apresentava como forma absoluta do bem
e do verdadeiro.” (Cap. III, pág. 42 e 43).
Louis David
Pequena Cárita
Vossos Guias
Pequena Cárita
Louis David
Pequena Cárita
233
R E V I S TA E S P Í R I TA
Evocação de Jules.
Resp. – Eis-me aqui, senhores.
Pequena Cárita
Triste gosto, direis; mas que fazer alhures? Estava habituado a viver
nos bandos. Deveis estar admirados dessa mudança súbita: é a obra
de um anjo.
Jules
Jules
Pequena Cárita
Algumas Refutações
CONSPIRAÇÕES CONTRA A FÉ
Cristo; sede bons para com todos, mesmo com os vossos inimigos;
orai a Deus e segui os seus mandamentos para serdes felizes neste
mundo e no outro?”
“Em segundo lugar digo que ela não nos pôde enganar,
pois está fora de estado de agir; como já disse, é paralítica e uma
senhorita de nossa cidade ficou plenamente convencida quando lhe
enterrou uma calibrosa agulha na coxa. Aliás, vedes as precauções
que tomamos. Costuramo-la em seu hábito e muitas vezes com
guarda à vista. Então não é ela. Quem é, então? Perguntais. A
conseqüência é fácil de tirar de tudo quanto tenho a honra de vos
dizer neste relato.
Variedades
O INDEX DA CÚRIA ROMANA
259
R E V I S TA E S P Í R I TA
PERSEGUIÇÕES MILITARES
UM ATO DE JUSTIÇA
Allan Kardec
261
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII JULHO DE 1864 No 7
“Senhor.
“Recebei, etc.”
“Senhor,
variável. Uma carta, por exemplo, vai nos revelar toda uma família
espírita e, por vezes, várias famílias, de que não tínhamos nenhum
conhecimento. Se o abade Barricand visse a nossa correspondência
talvez mudasse de opinião; mas não nos preocupamos com isso.
A Religião e o Progresso
Hoje geralmente se pensa que a Igreja admite o fogo do
inferno como um fogo moral e não como um fogo material. Tal é,
pelo menos, a opinião da maioria dos teólogos e de muitos
eclesiásticos esclarecidos. Contudo, é apenas uma opinião
270
JULHO DE 1864
consciência de seus atos e que, nem por isso, são menos danadas,
se a negligência ou a fé religiosa de seus pais as privou do batismo,
a Igreja viu-se forçada, nesse ponto, a renunciar ao seu absolutismo.
Hoje ela diz, ou, pelo menos, diz a maioria de seus teólogos, que
essas crianças não são responsáveis pelas faltas dos pais; que
a responsabilidade só começa no momento em que, tendo a
possibilidade de se esclarecerem, o recusam e, por isto, estas
crianças não são danadas por não haverem recebido o batismo; que
o mesmo se dá com os selvagens e os idólatras de todas as seitas.
Alguns vão mais longe: reconhecem que, pela prática das virtudes
cristãs, isto é, da humildade e da caridade, pode-se ser salvo em todas
as religiões, porque depende, também, da vontade de um hindu, de
um judeu, de um muçulmano, de um protestante, quanto de um
católico, viver cristãmente; que aquele que vive assim está na Igreja
pelo espírito, mesmo que não o esteja pela forma. Não está aí o
princípio: Fora da Igreja não há salvação, ampliado e transformado
no Fora da caridade não há salvação? É precisamente o que ensina o
Espiritismo e, contudo, é por isto que ele é declarado obra do
demônio. Por que essas máximas seriam o sopro do demônio na
boca dos espíritas e não na dos ministros da Igreja? Se a ortodoxia
da fé está ameaçada, então não o é pelo Espiritismo, mas pela
própria Igreja, porque ela sofre, mau grado seu, a pressão da
opinião geral e porque, entre seus membros, encontram-se alguns
que vêem as coisas de mais alto e nos quais a força da lógica leva a
melhor a fé cega.
Cristianismo, numa palavra, não têm mais razão de ser. Por isso a
Ciência não poupa esforços para apagar o milagre e suprimir o
diabo.”
O Espiritismo em Constantinopla
Sob esse título, o jornal de Constantinopla publicou,
em março último, três artigos muito extensos sobre, ou melhor,
contra o magnetismo e o Espiritismo que, naquela capital, têm
muitos adeptos fervorosos. Como, em geral, fazemos em todas as
críticas, em vão procuramos argumentos sérios, ao passo que vimos
a prova evidente de que o autor fala de algo que desconhece, ou só
conhece muito superficialmente; julga o Espiritismo pelas
aparências, por ouvir-dizer, pela leitura de alguns fragmentos
incompletos, pelo relato de alguns fatos excêntricos repudiados
pelo próprio Espiritismo, o que lhe parece suficiente para proferir
uma sentença. Como se vê, é uma nova demonstração da lógica dos
nossos antagonistas. O que parece ter sido mais lido é o Sr. de
Mirville, a magia do Sr. Dupotet e a vida do Sr. Home; mas da
ciência espírita propriamente dita, não se vêem estudos, nem
observações sérias.
“Senhor redator,
Os espíritas de Constantinopla
“Senhor,
C.
“Senhor abade,
Lamennais
noite para ele não existem. Chama a morte em seu auxílio, mas a
morte não passa de um nome vazio de sentido. O infortunado foge
sempre! Marcha para a loucura espiritual, terrível castigo! dor
horrível! onde se debaterá consigo mesmo para se desembaraçar
de si próprio. Porque tal é a lei suprema além da Terra: é o culpado
que se torna, para si mesmo, seu mais inexorável castigo.
Jean Reynaud
Notas Bibliográficas
A EDUCAÇÃO MATERNA
15
Conselho às mães de família
302
JULHO DE 1864
Allan Kardec
304
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII AGOSTO DE 1864 No 8
Ch. Lafontaine
319
R E V I S TA E S P Í R I TA
Questões e Problemas
17
DESTRUIÇÃO DOS ABORÍGENES DO MÉXICO
Escrevem-nos de Bordeaux:
325
R E V I S TA E S P Í R I TA
Correspondência
RESPOSTA DO REDATOR DO VÉRITÉ À RECLAMAÇÃO
DO ABADE BARRICAND
Aceitai, etc.
E. Edoux,
Diretor do Vérité
Conversas de Além-Túmulo
JULIENNE-MARIE, A MENDIGA
A pobrezinha Julienne-Marie
Julienne-Marie
Julienne-Marie
Notas Bibliográficas 18
L’ AVENIR ,
Monitor do Espiritismo
338
AGOSTO DE 1864
Aviso
Excepcionalmente, e por força de circunstâncias
particulares, as férias da Sociedade Espírita de Paris começarão este
ano em 1o de agosto. A Sociedade reabrirá suas sessões na primeira
sexta-feira de outubro.
Allan Kardec
345
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII SETEMBRO DE 1864 No 9
“Acalmara-se.
349
R E V I S TA E S P Í R I TA
– “Não sei.
“Caro mestre,
359
R E V I S TA E S P Í R I TA
qual muitos não crêem mais, e porque o número sempre crescente dos
incrédulos prova que, sozinha, a Igreja é impotente para os manter no aprisco.
Deus lhes envia auxiliares nos Espíritos que se manifestam; repeli-los não é dar
prova de submissão à sua vontade; renegá-los é desconhecer o seu poder; injuriá-
los e maltratar seus intérpretes é agir como os judeus em relação aos profetas, o
que fez com que Jesus derramasse lágrimas pela sorte de Jerusalém.
365
R E V I S TA E S P Í R I TA
edifício, tem razão a Igreja para temer as idéias novas. Não é com tais crenças
que ela tapará o abismo escancarado da incredulidade.
367
R E V I S TA E S P Í R I TA
“Que a terra se abra e ele seja enterrado neste momento; que tenha
Lúcifer à sua direita. Ninguém possa falar com ele, sob pena de serem todos
excomungados, mesmo para lhe dizer adeus; malditos sejam também seus
campos, sobre os quais não cairá mais água, para que nada lhe produzam; maldita
seja a égua em que ele monta, a casa em que mora e as propriedades que possui.
“Malditos também sejam seus pais, os filhos que tem ou tiver, que
serão em pequeno número e maus; eles irão mendigar e ninguém lhes dará
esmola; e, se lhas derem, que não a possam comer. Ainda mais: que sua mulher
fique viúva agora, seus filhos órfãos e sem pai.”
Jules
Pequena Cárita
Um Espírito protetor
Conversas de Além-Túmulo
UM ESPÍRITO QUE SE JULGA MÉDIUM
assim lho direi. – Vamos partir? É preciso levar vossa mãe, pois isto
lhe fará bem. Pobre mulher! ela tem um ar tão bom!
Estudos Morais
UMA FAMÍLIA DE MONSTROS
seus olhos a beleza do corpo tinha mais valor que a beleza da alma;
assim, neles desenvolveu vícios, que lhes retardaram o avanço, em
vez de desenvolver as qualidades do coração. É por isso que Deus
permitiu que, em sua existência atual, ela só tivesse filhos
disformes, a fim de que a ternura maternal a ajudasse a vencer sua
repugnância pelos infelizes. Para ela isto é uma punição e um meio
de adiantamento; mas nessa própria punição brilham, ao mesmo
tempo, a justiça e a bondade de Deus, que castiga com uma das
mãos, mas incessantemente dá ao culpado, com a outra, os meios
de se resgatar.
Um Espírito protetor
Variedades
SUICÍDIO FALSAMENTE ATRIBUÍDO AO ESPIRITISMO
386
SETEMBRO DE 1864
Notas Bibliográficas
PLURALIDADE DOS MUNDOS HABITADOS
A VOZ DE ALÉM-TÚMULO
Jornal do Espiritismo, publicado em Bordeaux,
sob a direção do Sr. Aug. Bez
Allan Kardec
388
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII OUTUBRO DE 1864 No 10
Transmissão do Pensamento
MEU FANTÁSTICO
Por que tal pensamento bom, tal fervorosa prece, tal outro desejo
não teriam o poder de produzir ou suscitar certos acontecimentos,
bênçãos ou catástrofes? Por que não existiriam causas morais,
como existem causas físicas, das quais não nos damos conta? E por
que os germes de todas as coisas não seriam depositados e fecundados
na terra do coração e da alma, para despontarem mais tarde sob a
forma palpável dos fatos? Ora, quando Deus, em raras circunstâncias,
e para alguns de seus filhos, julga por bem levantar a ponta do véu
eterno e espalhar sobre suas frontes um raio fugidio do archote da
presciência, devemos abster-nos de gritar que é absurdo e, assim,
de blasfemar contra a luz e a própria verdade.
......................................................................................................................
Mesmer
bem ou por mal, pois não se pode suprimir um efeito natural. Deus,
porém, que é soberanamente bom, mede a extensão dessa
faculdade pela nossa fraqueza. Ele no-la mostra de vez em quando,
para fazer-nos compreender melhor a nossa essência espiritual e
nos advertir de trabalhar a nossa depuração, para não termos de
temê-la.
O Espiritismo na Bélgica
Cedendo às insistentes solicitações de nossos irmãos
espíritas de Bruxelas e de Antuérpia, fizemos-lhes uma rápida visita
este ano e temos a satisfação de dizer que trouxemos a mais
favorável impressão do desenvolvimento da doutrina naquele país.
Ali encontramos maior número de adeptos do que esperávamos,
devotados e esclarecidos. A acolhida simpática que nos foi feita
naquelas duas cidades deixou-nos uma lembrança que jamais se
apagará, e contamos os momentos ali passados no número dos
mais agradáveis para nós. Não podendo enviar nossos
agradecimentos a cada um em particular, gostaríamos que os
recebessem aqui coletivamente.
Um Criminoso Arrependido 24
416
OUTUBRO DE 1864
Ei-lo a exclamar:
Latour
Estudos Morais
A VOLTA DA FORTUNA
UMA VINGANÇA
Escrevem de Marselha:
Variedades
SOCIEDADE ALEMÃ DOS PESQUISADORES DE TESOUROS
Allan Kardec
428
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII NOVEMBRO DE 1864 No 11
infinito; sabe donde vem e para onde vai; vê um objetivo para o seu
trabalho, para os seus esforços, uma razão de ser para o bem; sabe
que nada do que adquire na Terra, em saber e moralidade, lhe é
perdido, e que seu progresso continua indefinidamente no além-
túmulo; sabe que há sempre um futuro para si, sejam quais forem
a insuficiência e a brevidade da existência presente, ao passo que a
idéia materialista, circunscrevendo a vida à existência atual, dá-lhe
como perspectiva o nada, que não tem por compensação sequer a
duração, que ninguém pode aumentar à vontade, já que podemos
cair amanhã, em uma hora, e então o fruto dos nossos labores, de
nossas vigílias, dos conhecimentos adquiridos estarão para nós
perdidos para sempre, muitas vezes sem termos tido tempo de
desfrutá-los.
Uma Lembrança de
Existências Passadas
Num artigo biográfico sobre Méry, publicado pelo
Journal littéraire de 25 de setembro de 1864, encontra-se a seguinte
passagem:
Pierre Dangeau
alma, o Espírito. Temos, pois, uma alma. Uma vez que Méry
conservou a lembrança de várias existências, e desde que os lugares
lhe recordam o que viu outrora, com a morte do corpo a alma não
se perde no todo universal; conserva, pois, a sua individualidade, a
consciência do seu eu.
Um Criminoso Arrependido 25
(Continuação)
(Passy, 4 de outubro de 1864 – Médium: Sr. Rul.)
444
N OV E M B R O DE 1864
J. Latour
Latour
ao bem antes de sua morte teria passado por uma fraqueza. Sua voz
de além-túmulo é a revelação do futuro que os aguarda. Está
absolutamente certo quando diz que o seu exemplo é mais
adequado a reconduzir os culpados que as perspectiva das chamas
do inferno e, mesmo, o patíbulo. Por que, então, não o daria nas
prisões? Isto levaria mais de um a refletir, conforme temos vários
exemplos. Como, porém, acreditar nas palavras de um morto,
quando se crê que, após a morte, tudo está acabado? Contudo, dia
virá em que se reconhecerá esta verdade: que os mortos podem vir
e instruir os vivos.
porque ele morreu. Como, então, vedes tão bem o pai Colbert, que
também está morto há pelo menos trinta anos?
Resp. – Ah! perguntais o que ignoro; não havia refletido
nisto. O que é certo é que ele lá está bem tranqüilo; mais não vos
posso dizer.
teimava em ficar estacionário. Com efeito, não era ele que te fazia
escrever; falava como de hábito, persuadido de que o escutáveis;
mas era seu Espírito familiar que te conduzia a mão. Para ele,
conversava com teu marido; tu escrevias e tudo isto lhe parecia
muito natural. Mas as vossas últimas perguntas e vossos
pensamentos o levaram a Tréveray; está perturbado; orai por ele e
mais tarde o chamareis; ele voltará depressa. Orai por ele; nós
oraremos convosco.”
Dissertações Espíritas 26
461
R E V I S TA E S P Í R I TA
Santo Agostinho
Variedades
SUICÍDIO FALSAMENTE ATRIBUÍDO AO ESPIRITISMO
“Caro mestre,
“Aceitai, etc.”
Chavaux,
Doutor em Medicina, rue du Petit-Saint-Jean
Eis a comunicação:
Cárita
Abade X...
Allan Kardec
471
Revista Espírita
Jornal de Estudos Psicológicos
ANO VII DEZEMBRO DE 1864 No 12
Comunhão de Pensamentos
A PROPÓSITO DA COMEMORAÇÃO DOS MORTOS
Sessão Comemorativa na
Sociedade de Paris
No início da sessão uma prece especial para a circunstância
substituiu a invocação geral, que serve de introdução às sessões
ordinárias. Ela foi assim concebida:
pobre, como pelo rico. Oh! fraternidade divina, crescei sempre, até
atingirdes o sublime regenerador, enviado para conduzir os
homens no caminho reto, do qual se haviam afastado há tantos
séculos!
Não tenho senão que vos louvar, meus irmãos, pela boa
acolhida que em toda parte é dispensada à minha esposa.
Agradeço-vos por tudo o que fazeis por ela... e também por mim,
por me terdes chamado hoje!... Fui dos primeiros a sustentar e
propagar com todas as minhas forças esta santa doutrina. Ah! se eu
tivesse sabido o que sei e vejo agora! Crede, crede, é tudo o que vos
posso dizer. Fazei tudo para ensiná-la e para atrair a vós os
corações. Nada é mais belo, nada é tão verdadeiro quanto o que
ensinam os vossos livros.
491
R E V I S TA E S P Í R I TA
494
DEZEMBRO DE 1864
Jobard
498
DEZEMBRO DE 1864
Jobard
Jobard
Jobard
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DEZEMBRO DE 1864
Jobard
Adeus,
Jobard.
504
DEZEMBRO DE 1864
OBSERVAÇÕES
Louis-Henri, o Trapeiro
ESTUDO MORAL
Ó vós que me ouvis; sim, este que vos fala era dotado
de belas faculdades. Para que lhe serviram? Para enganar com
astúcia e conhecimento de causa! para cometer crimes! Mais tarde
eu abafava os remorsos na orgia para não ouvir os gritos da
consciência. Era gentil-homem; manejava a palavra e a espada com
audácia; as mulheres me chamavam de refinado, acariciando-me a
fronte e os cabelos em sua alcova, enquanto os homens me
chamavam de invencível e de bravo! Orgulho!... Por que essas
lembranças de outros tempos? Desgraça!... danação!... Vejo sangue
em volta de mim! Por que esta espada, que usei para ferir, não se
voltou contra meu peito?... Entre esses mortos, vedes este
cadáver?... É meu filho!... Ironia!... Eis a conseqüência dos
costumes de uma sociedade na qual riem de tudo!... Era eu o
culpado e sabia que era meu filho? Sabia que a amante abandonada
há vinte anos jogaria em meu caminho um fruto adulterino, que eu
não reconhecia e que viria disputar uma presa ao novo don Juan?...
E queríeis que não tivesse esquecido meu nome depois de tais
crimes? Ah! para mim a taça de vergonha e de infâmia! Eu devia
morrer como morri, na imundícia. Sinto o frio do túmulo! sinto os
vermes que me roem! Mas nada disto me faz sofrer tanto quanto a
vista desta enorme ferida, feita por minha espada... Meu filho,
512
DEZEMBRO DE 1864
513
R E V I S TA E S P Í R I TA
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Necrológio
MORTE DO SR. BRUNEAU
nossas bases são melhores que as dos outros? Os motivos que nos
levam a nele crer são muito simples; eles ressaltam, ao mesmo
tempo, da causa e dos efeitos. Como causa, tem a seu favor não ser
uma concepção humana, produto de um sistema pessoal, o que é
capital. Não há um só de seus princípios – e quando digo um só
não faço nenhuma exceção – que não seja baseado na observação
dos fatos. Se um só dos princípios do Espiritismo fosse o resultado de
uma opinião individual, este seria o seu lado vulnerável. Mas desde que
nada avança que não seja sancionado pela experiência dos fatos, e
que os fatos estão nas leis da Natureza, deve ser imutável como
essas leis, porque por toda parte e em todos os tempos encontrará
sua sanção e sua confirmação e, mais cedo ou mais tarde, é preciso
que, diante dos fatos, todas as crenças se inclinem.
Variedades
COMUNICAÇÕES PELO AVESSO
ÉtA everb.
Notas Bibliográficas
COMO E POR QUE ME TORNEI ESPÍRITA
27
Por J.-B. Borreau, de Niort
526
DEZEMBRO DE 1864
O MUNDO MUSICAL
AUTO-DE-FÉ DE BARCELONA
Comunicação Espírita
A PROPÓSITO DA IMITAÇÃO DO EVANGELHO
Allan Kardec
535
Nota Explicativa 28
Revista Espírita (de janeiro de 1858 a abril de 1869). Após sua morte,
foi editado o livro Obras Póstumas (1890).
A EDITORA
543