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MÉTODO PCE
Princípio da Conservação da Energia
MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO
DE VELOCIDADE DE VEÍCULOS PELO
PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA
ENERGIA EM COLISÃO
ENVOLVENDO UMA OU DUAS
UNIDADES VEICULARES.
POLITEC
Cuiabá MT
2007
PREFÁCIO
TRABALHO E ENERGIA
T Ec
2 2
mV f mVi
F .d
2 2
2 2
m(V f Vi )
F .d
2
2
sendo F=m.a, então,
2 2
m(V f Vi )
m.a.d
2
2 2
(V f Vi )
a.d
2
2 2
(V f Vi ) 2ad
sendo a=-kg, e adotando Vf=0, obtemos:
V 2.k.g.d f
V1 Ddf
Uma equação que possibilita determinar a velocidade de um corpo a
partir do coeficiente de atrito k, da aceleração da gravidade g e da distância d
de frenagem, rolamento ou fricção, em um único percurso.
Caso o veículo percorra trechos intermitentes de frenagem em um único
pavimento basta somar as diversas frações de frenagem nesse pavimento
único e aplicar a distância total encontrada na equação anterior.
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obstáculo e se não houve grande perda de massa (ou carga) do veículo no
percurso de frenagem.
Ei Ef
m.Vi 2 m.V12 m.V2 2 m.Vn 2
2 2 2 ... 2
m.Vi 2 m.V12 m.V2 2 m.Vn 2
2 2 2 ... 2
2 2 2 2
V i V 1 V 2 ... V n
2 2 2
Vi V 1 V2 ... Vn
Cada parcela de velocidade da equação equivalente às velocidades V1,
V2, ..., Vn demonstrada acima pode ser calculada de forma independente, por
meio da equação de Torricelli reduzida, já demonstrada anteriormente:
V2 2.k .g.d f
Onde V representa a velocidade, k representa o coeficiente de atrito, g a
aceleração da gravidade, sendo que neste compêndio foi adotado o valor de
g=9,8m/s2 e df representa a distância ou o percurso em frenagem ou em
fricção ou derrapagem ou em rolamento, depende do caso em questão.
As equações, descritas acima, tem seu espaço de validade em planos
horizontais. Nos casos em que o veículo se desloca em aclives ou declives
temos que considerar a influência a Energia Potencial Gravitacional.
Considere um veículo se deslocando em uma no sentido do declive de
inclinação graus, com velocidade inicial Vi, quando então passa a deslocar
em processo de frenagem por trecho df.
Vi .df
Vf=0
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devido a altura do veículo em relação ao plano interior. No processo de
frenagem toda essa energia será dissipada, uma vez que estamos admitindo
que ao final da frenagem o veículo se imobiliza.
Pelo princípio da conservação da energia a energia cinética mais a
energia potencial gravitacional é igual à energia dissipada na frenagem.
Ec Ep Ed
2
m.Vi 2 mV f
m.g.H
2 2
2 2
m.Vi mV f
m.g.H
2 2
2 2
Vi Vf
g.H
2 2
2 2
Vi 2.g.H V f
2
Vi 2 Vf 2.g.H
2
Vi 2 Vf 2.g.H
2
Vi Vf 2.g.H
Vi 2.k .g.d f 2.g.d f .sen
Vi 2.g.d f (k sen )
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Considere um veículo se deslocando em uma no sentido de um aclive de
inclinação graus, com velocidade inicial Vi, quando então passa a deslocar
em processo de frenagem por trecho df.
Vf=0
.df
Vi
H
Ec Ed Ep
2
m.Vi 2 mV f
m.g.H
2 2
2
m.Vi 2 mV f
m.g.H
2 2
2
Vi 2 V f
g.H
2 2
2
Vi 2 V f 2.g.H
2
Vi 2 Vf 2.g.H
2
Vi Vf 2.g.H
Vi 2.k .g.d f 2.g.d f .sen
Vi 2.g.d f (k sen )
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Portanto, a equação para a determinação da velocidade inicial de um veículo
que se desloca no sentido de um aclive é:
PÓS-COLISÃO
DA COLISÃO V1
TE Fase 01
AN
ST
ANTES DA COLISÃO
IN
Fase 02 V2
V1
V1 V1
V2
V2
V2
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Abordaremos o acidente em questão da seguinte forma: primeiramente
calculamos a velocidade de cada veículo após a colisão, a seguir, de posse da
velocidade calculamos a energia de cada um dos veículos após a colisão. A
soma da energia final de cada veículo resulta na energia final do sistema,
Ef Ef1 Ef 2 .
No instante da colisão aplicamos o Princípio da Conservação da
Energia. A energia inicial (total) do sistema imediatamente antes da colisão
deve ser igual à energia final imediatamente após a colisão.
2 2
m1.V f 1 m2 .V f 2
Ef1 e Ef 2 , sendo Ef Ef1 Ef 2 .
2 2
Aplicando-se o Princípio da Conservação da Energia temos que
Ei Ef , a energia inicial do sistema formado pelos dois veículos é igual à
energia final do mesmo sistema. Ocorre que a energia inicial, embora seja
facilmente obtida, ou seja, o seu valor total é conhecido a partir da soma de
energias após a colisão, a energia inicial (Ei) também é composta de parcelas
de energia, sendo uma parcela de energia do veículo V1 devido a sua
velocidade inicial antes da colisão e a outra parcela devida ao veículo V2 por
causa da sua velocidade inicial antes da colisão. Então temos que, E i1
corresponde a parcela de energia do veículo V1 antes da colisão e Ei 2
corresponde a parcela de energia do veículo V2 antes da colisão.
Ei Ef
Ei1 Ei2 Ef
2 2
m1Vi1 m2Vi2
Ef
2 2
2 2
m1Vi1 m2Vi2 2 Ef
2 2
A equação m1Vi1 m2Vi2 2 Ef , certamente é a solução
matemática para o problema de aplicação do Princípio da Conservação da
Energia para um sistema de dois veículos colidentes. Da equação acima
conhecemos as seguintes variáveis: m1 massa do veículo V1, m2 massa
do veículo V2 e Ef a energia final (total) do sistema. Ficam desconhecidos as
variáveis Vi1 e Vi2, exatamente as variáveis que buscamos conhecer na análise
de um acidente de trânsito: as velocidades dos veículos colidentes antes da
colisão.
2 2
A equação a m1Vi1 m2Vi2 2 Ef , reduz-se a um sistema de
equações, formado por somente uma equação com duas variáveis que admite
solução. Mais que isso, admite infinitas soluções.
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em que se envolvam mais de um veículo por resultar em equação matemática
de difícil resolução, uma vez que o Princípio da Conservação da Energia deve
ser aplicado ao sistema composto pelos dois veículos.
Nos casos de colisão entre dois veículos, aconselhamos a aplicação do
Princípio da Conservação da Quantidade de Movimento, demonstrado a seguir
no corpo deste compêndio.
Outra problemática com relação à aplicação do Princípio da
Conservação da Energia em acidentes de trânsito envolvendo dois veículos
está relacionada com a velocidade de danos. Nas colisões transversais, o
veículo que atinge a lateral de um outro, transfere parte de sua energia
cinética, para o veículo atingido, ou seja, realiza trabalho que resulta nas
deformações (danos em ambos os veículos) e em deslocamento transversal no
veículo atingido. O mesmo ocorrendo nas colisões do tipo traseira. O veículo
colidente transfere parte de sua energia cinética para o veículo à sua frente.
Dimensionar o quanto de energia foi transferido de um veículo para outro é
mais um problema a ser resolvido.
Seguindo a figura abaixo, a velocidade de danos na lateral do veículo V1
atingido equivale a parte da energia cinética que o veículo V2 possuía antes da
colisão. Esse balanço ou distribuição de energia entre os veículos deve ser
feito com cuidado, uma vez que, ainda que se atribua a velocidade de danos de
forma acertada, ainda se deve tomar o devido cuidado com as massas de cada
veículo, que quase sempre são diferentes. Não nos esqueçamos que a
energia é uma grandeza física que depende da massa e da velocidade dos
corpos para ser determinada. Uma avaliação superficial do caso pode resultar
em se atribuir mais energia para um veículo do que realmente lhe é devido e
menos energia a outro veículo, resultando ao final
em distorções na velocidade inicial de cada
veículo.
Quanto à aplicação do Princípio da
Conservação de Energia nos casos em que ocorra
acidente com somente um veículo, ou nos casos
em que se verifique grande desproporção de
massa entre os veículos envolvidos (automóvel x
pedestre ou caminhão x motocicleta ou automóvel
x bicicleta ou ônibus x bicicleta, por exemplo)
aconselhamos a aplicação do Princípio da
Conservação de Energia, por meio do cálculo da
velocidade pela equação quadrática já
demonstrada, que soma todas as parcelas de
energia de um veículo desde o início do processo de desaceleração até a
parada, inclusive a parcela de danos decorrentes da colisão de forma isolada,
ou seja, toma-se o cálculo da velocidade de cada veículo de forma
independente.
Adotemos então o seguinte raciocínio:
nos acidentes em que haja a possibilidade de se calcular a
velocidade de cada veículo de forma isolada ou que haja somente
uma unidade veicular envolvida, aplicasse a equação de cálculo
da velocidade quadrática;
nos acidentes entre duas unidades veiculares onde se observa
uma desproporção de massa considerável é possível também se
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aplicar o cálculo da velocidade pela equação de cálculo da
velocidade quadrática;
nos acidentes do tipo atropelamento (neste caso há desproporção
de massa considerável e evidente) é possível também se aplicar
o cálculo da velocidade pela equação de cálculo da velocidade
quadrática;
nas colisões em que se envolvam duas unidades veiculares de
mesmo porte, ou que essas unidades sejam distintas, mas que
suas massas não são desprezíveis, adote para o cálculo da
velocidade o método PCQM Gráfico, que é a aplicação do
princípio físico da conservação da quantidade de movimento.
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
Vi 2.k1.g.d f 1 2.k 2 .g.d f 2 2.k3 .g.d f 3
Vi 2.g.(k1.d f 1 k 2 .d f 2 k3 .d f 3 )
10
Vi 2.9,8.(0,7.8,0 0,8.25,50 0,5.13,40)
Vi 25,32m / s
Vi 91,15km / h
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
Nota: a massa do veículo é 41 vezes maior que a massa do pedestre, portanto,
a massa do pedestre é desprezível em relação ao veículo.
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
Vi 2.k .g .(d f 1 d f 2 d f 3 )
Vi 2.0,85.9,8.(4,50 6,20 5,10)
Vi 16,22m / s 58,4km / h
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
Nota: a acresça a parcela de energia correspondente à velocidade de dano
(Vd=45km/h=12,5m/s).
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
Vi 2.k1.g .d f 1 Vd 2
Vi 2.0,65.9,8.15,20 12,52
Vi 17,65m / s
Vi 63,54km / h
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Exercício 04 Veículo V1 de massa m1=4200kg, por motivos que não se pôde
após atingir conjunto formado por ciclista e bicicleta que atravessava a via,
passa a percorrer os seguintes trechos com os seus respectivos coeficientes
de atrito:
processo de frenagem, pneumático x superfície asfáltica molhada, por
trecho de 4,30 metros, considerando para tanto, coeficiente de atrito
k=0,7;
no processo de rolamento por trecho de 53,60 metros, desde o final da
primeira frenagem até o início da segunda frenagem, trecho percorrido
em marcha pesada, considerando para tanto, coeficiente de atrito
k=0,20;
e no final no processo de frenagem, pneumático x superfície asfáltica
molhada, por trecho de 19,40 metros, considerando para tanto,
coeficiente de atrito k=0,70.
os danos presentes no veículo foram da ordem de 30km/h. Determine
a velocidade inicial do veículo.
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
Nota: acresça a parcela de energia correspondente à velocidade de dano
(Vd=30km/h=8,33m/s).
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
Vi 2.g.(k1.d f 1 k 2 .d f 2 k3 .d f 3 ) Vd 2
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- velocidade de danos decorrentes da segunda colisão com o muro da
edificação presente no local, considerando velocidade de dano grave
45 km/h equivalente à quebramento de suspensão.
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
Nota: acresça a parcela de energia correspondente à velocidade de dano
(Vd1=60km/h=16,66m/s e Vd2=45km/h=12,5m/s).
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
2 2
Vi 2.g.(k1.d f 1 k2 .d f 2 k3 .d f 3 ) Vd1 Vd1
Vi 2.9,8.(0,85.25,6 0,4.20,6 0,4.13,0) 16,662 12,52
Vi 33,52m / s
Vi 120,67km / h
Vi
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
Vi 2.g.d f .(k sen )
Vi 2.9,8.24,50.(0,6 sen12)
Vi 13,72m / s
Vi 49,5km / h
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Exercício 07 O Veículo V1, percorrendo via em aclive com velocidade inicial
Vi desconhecida, passa a se deslocar em processo de frenagem por trecho de
24,50 metros até parar. Sabendo que o coeficiente de atrito admitido é k=0,6 e
que a declividade da pista é de 12 graus, determine a velocidade inicial do
veículo V1.
Vi
1° passo:
Defina os trechos percorridos com os seus respectivos coeficientes de atrito.
2° passo:
Cálculo da velocidade inicial do veículo V1:
Veículo 1
Vi 2.g.d f .(k sen )
Vi 2.9,8.24,50.(0,6 sen12)
Vi 19,69m / s
Vi 70,88km / h
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