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A primeira coisa a reconhecer é que existem diversos estilos de escrita, usados para
diferentes propósitos. Mesmo em um contexto isolado de escrita de uma carta, você será
capaz de diferenciar um texto endereçado para sua avó de outro para algum colega de
classe. É provável que no primeiro seja usado um estilo mais formal, com verbos e palavras
amenas.
ESTRUTURA DO ARTIGO
Além das questões de estilo, um artigo também deve seguir uma estrutura pré-definida, que
é a que segue:
• Título, que deve estar estritamente relacionado ao conteúdo e permitir ao leitor ter
uma ideia geral sobre o que trata o texto.
• Resumo, que costuma ser de 4 a 6 linhas, destacando objetivos, métodos e
conclusões. Em alguns casos, é preciso o resumo em inglês (Abstract) ou espanhol.
Aprenda como fazer um resumo.
• Palavras-chave, geralmente 3 palavras que definam a abrangência do tema tratado
no texto. Em alguns casos, também é preciso a versão em inglês (Keywords) ou
espanhol.
• Corpo do artigo, dividido em introdução, desenvolvimento e conclusão (mas não se
usam títulos para isso)
• Referências bibliográficas, em ordem alfabética e conforme as normas da ABNT.
Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese
que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro,
um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a
cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura
descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar
perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
Tipos de Resenha
Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são
suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida
delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela
padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha
crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma
produção completa:
Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema)
em comum. Os passos são um pouco mais simples:
1. Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão
tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;
2. Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é
o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;
3. Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e
tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;
4. Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que
você usou;
5. Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo
“Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.
Conclusão
Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito
cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras
ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma
ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de
conteúdo em um tempo relativamente pequeno.
Agora é questão de colocar a mão na massa e começar a produzir suas próprias resenhas!
Antes de mais nada, vale dizer que um resumo nada mais é do que um texto reduzido a seus
tópicos principais, sem a presença de comentários ou julgamentos. Um resumo não é uma
crítica, assim como a resenha o é; o objetivo do resumo é informar sobre o que é mais
importante em determinado texto.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial
sem perder de vista três elementos:
Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos
elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e
espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das
idéias.
Existem, segundo van Dijk & Kintsch (apud FONTANA, 1995, p.89), basicamente 3
técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a
generalização e a construção.
Apagamento
Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são
desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases
equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
Sendo essa a frase a ser resumida através do apagamento, poderia ficar assim:
Generalização
Construção
Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os
ingredientes e colocou-os no forno.
Todas essas ações praticadas por Maria nos remetem a uma síntese:
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É
a técnica de sublinhar.
Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido,
que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados,
formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.
Como leitura adicional, eu sempre recomendo o excelente livro de Maria Almira Soares,
que se dedica exclusivamente a dotar o aluno de ferramentas teórico-práticas, úteis à
elaboração de uma síntese ou resumo. Desde a primeira leitura geral do texto até as técnicas
de simplificação, articulação e reformulação do discurso, a autora reúne aqui um conjunto
de etapas a serem acompanhadas pelo estudante. Trechos de textos literários e jornalísticos
dão corpo a uma gama de exercícios de aplicação, indispensáveis à consolidação dos
saberes nos domínios da escrita, da leitura e do funcionamento da língua.
Todos os tipos de relatório devem ser produzidos tendo como base o resultado de uma
atividade ou pesquisa. Portanto, é preciso material de apoio para o seu desenvolvimento,
sendo importante que, enquanto estiver realizando a ação objeto do futuro relatório,
pesquisa, trabalho, estágio, etc., vá fazendo anotações de todos os pontos relevantes que
encontrar e que lhe chamarem a atenção. Essa dica vale para o relatório sobre um livro, o
relatório de estágio, de uma pesquisa ou de uma atividade qualquer. Anotar os pontos
relevantes, dúvidas, pormenores, personagens principais, curiosidades e outros pontos que
puderem ser aproveitados na elaboração do documento final. As notas mais simples podem
ser importantes ao fazer o relatório, e tudo que não for usado pode ser descartado, então
anote tudo que achar relevante ou interessante.
A redação do relatório deve usar uma linguagem formal e técnica quando necessário,
contudo deve ser clara e concisa. Prefira a ordem direta e evite erros gramaticais. Fazer um
relatório implica comunicar fatos, resultados, sendo imprescindível que você atinja ao
menos esses objetivos básicos.
Para quem vai escrever um texto de opinião, é importante ter em mente quem está do outro
lado, quem está lendo seu texto. Escreva dirigindo-se ao seu leitor com uma linguagem
adequada ao perfil dele, tentando manter um estilo formal, mas com palavras comuns.
Um artigo de opinião, como qualquer outro texto que se produza, deve ter uma introdução,
um desenvolvimento e uma conclusão. Na introdução devemos dizer claramente do que
trata o texto, para logo em seguida, em outro parágrafo, passar ao seu desenvolvimento. Por
fim, a conclusão, que pode ser definitiva ou então levar o leitor a refletir e chegar as suas
próprias conclusões.