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Faculdade Maurício de Nassau

Curso de Fisioterapia

DORT: Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados


ao trabalho em colaboradores de uma determinada empresa

Millane Wanessa de Sousa Rufino


Deyvison XXX XXXX

Recife 2011
Millane Wanessa de Sousa Rufino

DORT: Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados


ao trabalho em colaboradores de uma determinada empresa

Projeto de Pesquisa apresentado na


disciplina métodos e técnicas de pesquisa
do curso de Fisioterapia
Faculdade Maurício de Nassau, ministrada
pela(o)
Profa(o): Elda ?
como pré-requisito para conclusão do curso

Recife 2011
Introdução

DORT pode ser considerado, como transtornos funcionais, transtornos mecânicos e


lesões de músculos e/ou tendões e/ou de fáscias e/ou de nervos e/ou de bolsas articulares e
pontas ósseas nos membros superiores ocasionados pela utilização, biomecanicamente
incorreta, dos membros superiores, que resultam em dor, fadiga, queda do desempenho no
trabalho, em capacidade temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome
dolorosa crônica, nesta fase agravada por todos os fatores psíquicos (inerentes ao trabalho
ou não) capazes de reduzir o limiar de sensibilidade dolorosa do indivíduo. (COUTO,
1991)
A severidade de dor e a prevalência de DORT apresentaram-se diretamente proporcionais
à carga horária de trabalho. Diversos
autores apontam, ainda, que a idade, o tempo de atuação e o grau de dependência dos
pacientes são fatores de risco predominantes
para o desenvolvimento de DORT. Para a maioria dos autores, o primeiro episódio de
DORT geralmente se dá antes dos 30 anos,
sendo que as pessoas mais velhas apresentam menor prevalência destes distúbios,pois são
aquelas que mais desenvolvem
estratégias para adaptar as demandas físicas ao trabalho.(ANGÉLICA DOTT PIVETTA).
Em revisão mais recente, Pereira e Lech(1997),baseados nos fatores biomecânicos,
organizacionais e psicossociais, listam as varias
contributivas mais importantes na origem de DORT, a saber:
1.Repetitividade-quanto mais repetitivo o movimento durante o desenvolvimento da
atividade pelo colaborador, maior será a
probabilidade de aparecimento dos distúrbios. Outro fator relacionado na repetitividade é o
fator tempo, pois a frequência (número
de ocorrência por segundo) alta aumenta em muito o risco; logo, quanto maior o tempo de
exposição à repetitividade, maior a
possibilidade de aparecimento dos distúrbios.
2.Força Excessiva- A força necessária à realização das tarefas agrava o desgaste físico;
logo, quanto maior a força exercida, mais será o
risco.
3.Posturas inadequadas- as posturas inadequadas impõem esforços adicionais
desequilibrados e inesperados, podendo atingir a
coluna vertebral e as extremidades superiores. As posturas inadequadas podem levar a
fadiga muscular pela manutenção prolongada
de contração muscular estáticas. HARGBERG ,apud COUTO(1998),fala sobre as 10
posturas críticas: Todas as posturas estáticas em geral;
pescoço excessivamente estendido;
Pescoço excessivamente fletido;
Braços abduzidos;
Braços elevados acima do nível dos ombros;
Membros superiores suspensos por longos períodos;
Suspenção estática dos antebraços pelo braços;
Flexão exagerada do punho;
Extensão exagerada do punho;
Desvio ulnar mantido.
4.Compressão e Vibração Mecânica- a compressão mecânica de regiões, como por exemplo
a região da palma das mãos por chaves de
parafuso, ou região do punho pelo canto vivo de mesas, são especialmente danosas aos
tecidos envolvidos.Com relação à vibração
mecânica, COUTO(1998) cita serem especialmente deletérias as vibrações nas frequências
de 8 a 100Hz,com alta aceleração.
5.Predisposição-a predisposição, ou seja, a capacidade aumentada de uma pessoa de
contrair determinada doença ,tem sido considerada
em virtude de que é muito comum encontramos colaboradores em uma mesma atividade
laboral, com postos de trabalhos idênticos, nível socioeconômico parecido e um deles
desenvolver o DORT e o outro nada sentir.(LUÍS GUILHERME BARBOSA,2002)
A fisioterapia se une à Ergonomia e trabalham juntas pela Saúde Ocupacional, onde a
Ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar as atividades nele
existentes às características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu
desempenho eficiente, confortável e seguro. (ABERGO,2000).
Com relação aos aspectos ergonômicos, para os colaboradores que utilizam o
microcomputador como ferramenta de trabalho, é importante que tenham alguns cuidados
com relação ao mobiliário.1.A mesa: cor clara, superfície fosca/rugosa, altura regulável,
bordo arredondado, profundidade adequada, espaço inferior adequado. 2.A cadeira: assento
de altura regulável, profundida de apoio lombar regulável, altura do apoio lombar
regulável, inclinação do apoio lombar(deve ser mantida entre 100 e 110°),braços com altura
regulável(o correto posicionamento dos braços, ou seja possível manter o ângulo dos
cotovelos de 90°),rodízios para deslizamento, revestimento absorvente, angulação na
borda.(LUÍS GUILHERME BARBOSA,2002)0
Mas nada adianta o colaborador possuir um mobiliário ergonômico quando ele não é
ergonômico, por isso eles devem seguir as seguintes posturas: pés apoiados totalmente no
solo, joelhos mantidos em 90°,coxo-femoral mantido entre 100 e 110°,cotovelos mantidos
em 90° alinhados com o tampo da mesa. A dificuldade manter essa postura durante o
trabalho é bastante razoável, logo a postura deve ser mudada sempre que se transformar
em incômodo, usando a alternância como micropausas, fica fácil de compensar pequenos
cansaços musculares que tendem a se tornar significativos. É fundamental que o
colaborador esteja devidamente treinado no ajuste de seu próprio mobiliário.
Para os colaboradores que realizem atividades com levantamento e transporte manual de
cargas é importante que tenham também alguns cuidados com relação a limites de
tolerância onde foram estabelecidos limites de tolerância para o levantamento manual de
cargas ,visando facilitar o controle e a orientação de empregados e empregadores. A
capacidade individual onde uma pessoa pode levantar uma carga de ate 23kg quando a
carga estiver próxima do corpo ,quando for pega a uma altura de 75cm ,quando for elevada
apenas 30cm entre a sua origem e seu destino, quando a qualidade da pega for boa, quando
for pega simetricamente e quando a frequência de levantamento for menor que 5 minutos.
Se qualquer desses fatores não for compatível, a carga a ser deslocada cairá
significativamente. Este critério atinge 90% dos homes e 75% das mulheres.
1.1 Problema
Os DORTS-Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho têm sido um grande
problema para a Saúde Ocupacional, no
que se refere ao absenteísmo, nos últimos anos(SALLES,1991).As empresas brasileiras se
modernizam a cada dia, e à frente dessa
modernização está a informática, onde cada vez mais pessoas fazem o uso do
microcomputador ,despendendo grande parte de tempo às
estações de trabalho informatizadas, sem treinamento adequado e sem adequação do
ambiente, na maioria das vezes. Temos então a
TRÍADE da lesão ocupacional: mobiliário inadequado, ausência de conhecimento sobre a
ergonomia e estilo de vida incoerente.. As lesões consequentes de esforço repetitivos nas
atividades provenientes de trabalho podem estar se tornando um problema
epidêmico nas empresas(CODO E ALMEIDA,1991) e necessitam de certas providências,
com urgência ,que deverão ser tomadas
por parte do Estado ,dos empresários e de profissionais da área de saúde, no sentido de
conter essa evolução galopante e
assustadora, que a cada dia afasta e incapacita nossos trabalhadores, ferindo nossas família
e gerando prejuízos para todos.(LUÍS
GUILHERME BARBOSA).

1.2 Justificativa
A presença do fisioterapeuta- ergonomista nas empresas tem sido um diferencial
importante nas ações preventistas. Entretanto, essas são empresas que trabalham olhando o
futuro, tratando o empregado como um ‘’patrimônio’’ a ser tratado com carinho e respeito
por ser vital ao seu crescimento. Grandes problemas podem ser resolvidos com pequenas
ações. Na intervenção ergonômica profissional, afastando o fantasma da ‘’cadeirologia’’, é
fácil identificar diversas não-conformidades presentes nos postos de trabalho e através de
intervenções simples, na maioria dos casos, corrigi-las.

2. Objetivos e objeto de estudo


O presente estudo tem por objetivo verificar a prevalência de Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT) nos
colaboradores de uma determinada empresa da cidade do Recife-PE ,bem como, sua
relação com a idade, sexo, carga horário de
trabalho, área e tempo de atuação destes profissionais.

3. Metodologia
A população alvo deste estudo será contituida de colaboradores da empresa “Riachuelo“ que
atuam na cidade de Recife/PE. A amostra será constituída por 50 colaboradores, de diversas áreas.
Para a coleta dos dados será utilizado o "QUESTIONÁRIO NÓRTICO DE SINTOMAS
OSTEROMUSCULARES – QNSO".

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