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Juiz de Fora, MG
Dezembro, 2005
1
Engenheiro Cartógrafo, Diretor da Multipec – Avenida Paraná, 646 – 19640-000 Iepê – SP albertoduran@multipec.com.br
2
Engenheiro Agronômo, D.Sc. – Embrapa Gado de Leite – Rua Eugênio do Nascimento, 610 – Bairro Dom Bosco – 36038-330 Juiz de Fora – MG
atcampos@cnpgl.embrapa.br
3
Engenheiro Agrícola, D.Sc. – Professor da UFVJM – Rua da Glória, 187 – 39100-000 Diamantina – MG atcampos3@yahoo.embrapa.br
2 Cerca elétrica: alternativa viável e econômica para manejo de pastagens
O que deve ser avaliado ao projetar ♦ Não fazer reparos ou trocar fusíveis com o
♦ O tipo e a raça de animal a ser manejado (cria, recria, eletrificador ligado à rede elétrica.
engorda); ♦ Cuidado com materiais inflamáveis próximos à saída
♦ A quantidade, o tamanho e a forma dos piquetes; do eletrificador ou das cercas eletrificadas.
♦ O número de animais por lote; ♦ Ensinar seus funcionários a forma correta de ligar e
♦ A localização da água e do sal; desligar o eletrificador.
♦ Com ou sem praça de alimentação; ♦ Nunca conectar fio de cobre com arame galvanizado;
♦ A necessidade de corredores; eles oxidam e isolam a emenda, comprometendo o
♦ A posição e o tamanho dos colchetes; funcionamento de todo o sistema.
♦ A possibilidade futura de novas divisões. ♦ Certificar-se da boa condição da rede elétrica e da
tomada no local onde será instalado o eletrificador.
O que considerar na definição do Fios desencapados, tomadas velhas ou soltas e
eletrificador fiação muito antiga devem ser substituídos (Fig. 1).
♦ O comprimento da cerca elétrica a ser implantada (em
quilômetros);
♦ Raio de ação que o eletrificador terá que cobrir;
♦ A localização do eletrificador;
♦ Tipo de eletrificador: 220 ou 12 Volts com painel e
bateria;
♦ A localização do aterramento e o tipo de solo
(argiloso, arenoso ou misto).
Um fio
Para o gado de leite, em divisões de pastagens ou pique-
tes, a altura do fio mais aplicada varia entre 0,80 e 0,90
cm do nível do solo.
Construindo o aterramento
Utilizar no mínimo três hastes de pelo menos 2,5 metros
de comprimento, galvanizadas ou cobreadas, enterradas e
conectadas entre si, distantes umas das outras por, no
mínimo, 3,0 metros em linha reta, ou em forma de “L” ou
triângulo, como mostra a (Fig. 4).
4 Cerca elétrica: alternativa viável e econômica para manejo de pastagens
ter dimensões mínimas de 210 x 110 mm, pintadas ♦ Saindo de um prédio, ela deve ser isolada com
de amarelo em ambos os lados, com o símbolo da material à prova de fogo e protegida com pára-raios
“flecha de eletricidade” e os dizeres: “CUIDADO e/ou automático.
ATENÇÃO: CERCA ELÉTRICA” pintados com tinta ♦ Não podem ser instaladas nos postes de telefone ou
preta. Para facilitar a identificação as letras devem ter na rede elétrica.
tamanho mínimo de 25 mm. Recomenda-se usar ♦ As linhas de transmissão devem estar distanciadas
tintas duráveis e resistentes às intempéries. de uma rede elétrica, por no mínimo, três metros na
♦ As Placas de Advertências e todos os equipamentos horizontal e não devem ultrapassar a altura de dois
de uso em cerca elétrica são encontrados no mercado. metros do nível do solo. A linha de transmissão
nunca poderá passar sobre a rede elétrica.
Normas relativas à fabricação e manuten- ♦ As linhas de transmissão devem estar distanciadas
ção do eletrificador de uma rede de alta tensão, por no mínimo, dez
♦ Todo eletrificador deve ser fiscalizado e liberado para metros na horizontal, e não devem ultrapassar a
o mercado pelo órgão competente. altura de um metro e meio do solo.
♦ Deve dispor de uma lâmpada de controle do funcio-
namento e/ou emitir um som que indica o funciona- Literatura consultada
mento normal do eletrificador.
♦ Os consertos e as manutenções do eletrificador só AGGELER, K. E. Cerca elétrica: manual de construção e
poderão ser feitos pela firma produtora do equipa- manejo. Florianópolis: EPAGRI, 1995. 68p. (EPAGRI.
mento ou por profissionais autorizados. Boletim Técnico, 17).
Normas técnicas relativas ao eletrificador AGUIRRE, J. de; HAIM, S. L. Cerca eletrificada. Campinas:
♦ Amperagem máxima: 2,5 mAs (miliampersegundos) CATI, 1994. 24p. (Instrução Técnica, 250).
= Milicoulomb = mc CABRERA, A. D.; SIMÕES, O. E. Manual técnico de cerca
♦ Duração máxima do impulso: 0,1 s (segundo) elétrica. Iepê (SP): Multipec, 2004. 48p.
♦ Tempo máximo com amperagem acima de 0,3 A
(Ampère): 1,5 ms (milisegundos) COSTA, G. C.; PEIXOTO, R. C. Manual de construção de
♦ Tempo entre dois impulsos: 1,5 s (segundo) cercas elétricas. Contagem: Belgo-Mineira Bekaert, (s.d.).
♦ Máxima energia do impulso: 5 J (Jaules) 44p. (Informe Técnico).
♦ Voltagem máxima: 10.000 V (Volts) UBIDA, G. A. P. L. Cercas elétricas: práticas e aplicações.
♦ Voltagem mínima: 2.000 V. Entretanto, há também Campinas: DeLaval, 2002. 27p.
indicação de 5.000 V para voltagem mínima de
cerca elétrica.