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Direito 1A
Cultura Religiosa
1. No início do primeiro capítulo, o autor registra o que ele entende como “a marca de todas
as religiões”. Qual é ela? O que significa? (máximo: 5 linhas).
Resposta:
“o esforço para pensar a realidade toda a partir da exigência de que a vida faça sentido.”
Entendo que é o momento da experiência individual quando do nascimento. É a marca
profunda que deriva muitos elementos essenciais para nossa vida. A partir do rompimento
da harmonia do útero inicia o processo de humanização para toda nossa vida.
2. “A religião está mais próxima de nossa experiência pessoal do que desejamos admitir” (p.
13). Comente. (máximo: 8 linhas).
A cultura só se inicia no momento em que o corpo deixa de dar ordens. Esta é a razão por
que, diferentemente das larvas, abandonadas pela vespa-mãe, as crianças têm de ser
educadas. É necessário que os mais velhos lhes ensinem como é o mundo. Não existe
cultura sem educação. Cada pessoa que se aproxima de uma criança e com ela fala, conta
estórias, canta canções, faz gestos, estimula, aplaude, ri, repreende, ameaça, é um
professor que lhe descreve este mundo inventado, substituindo, assim, a voz da sabedoria
do corpo, pois que nos umbrais do mundo humano ela cessa de falar.
A religião cristã não é só um elemento cultural, mas um evento. O fato da irrupção do
Eterno no tempo, que lhe confere consistência e historicidade, é desconhecido na história
das religiões. Daí, sua origem está ligada a algo “externo”: a revelação de Deus.
A religião nasce das concepções restritas do homem e surge na vida humana como
tentativa de transubstanciar a natureza e dar espaço aos seus desejos em busca dos
horizontes. Enquanto o animal é o seu corpo, sempre produzindo a mesma coisa, os
homens se recusaram a ser aquilo que o passado lhes propunha. Na sua inquietação e
busca, produziram cultura e educaram. Criaram mundos imaginários e passaram de
geração em geração através da cultura que se estruturou a partir de seu desejo.
Assim, um aspecto vital do humano é esta busca incessante de harmonia individual. Esse
sentimento é o que origina todas as religiões.
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7. Como o utilitarismo influenciou o pensamento e a religião modernos? (máximo 8 linhas).
Seculares ou profanas e no mundo profano é o círculo das atitudes utilitárias. Que é uma
atitude utilitária? Quando minha esferográfica Bic fica velha, eu a jogo fora. Faço o mesmo
com pregos enferrujados. Um medicamento cujo prazo de validez foi esgotado vai para o
lixo. Antigamente se usava o coador de pano para fazer o café. Depois apareceram os
coadores de papel, mais "práticos", e os antigos foram aposentados como inúteis. Depois a
inflação fez com que o velho coador de pano ficasse mais útil que o de papel. É mais
econômico. Num mundo utilitário não existe coisa alguma permanente. Tudo se torna
descartável. O critério da utilidade retira das coisas e das pessoas todo valor que elas
possam ter, em si mesmas, e só leva em consideração se elas podem ser usadas ou não. É
assim que funciona a economia. De fato, o círculo do profano e o círculo do econômico se
superpõem. O que não é útil é abandonado. Mas como é o indivíduo que julga da utilidade
ou não de uma determinada coisa, esta é uma área em que os indivíduos permanecem
donos dos seus narizes todo o tempo. Ninguém tem nada a ver com as suas ações. Na
medida em que avança o mundo profano e secular, assim avança também o individualismo
e o utilitarismo. No círculo sagrado tudo se transforma. No âmbito secular o indivíduo era
dono das coisas, o centro do mundo.
10. “Aos fiéis pouco importa que suas idéias sejam corretas ou não. A essência da religião não é a
idéia, mas a força”. O que isso quer dizer? (máximo: 10 linhas).