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RIO VERMELHO
2007
GISLENE APARECIDA FERREIRA LOPES
RIO VERMELHO
2007
FOLHA DE APROVAÇÃO
Agradeço a Deus por tudo que sou e tenho. Pelas minhas
capacidades, por meus amigos, familiares, trabalho, estudo,
enfim pela vida que embora seja tão difícil é a maior dádiva que
Ele pode dar a cada um de nós. Agradeço a professora
Graciana que tão gentilmente orientou meu trabalho.
Dedico a todos os professores e colaboradores da educação
para que eles possam sempre ter uma boa comunicação com
seus alunos, pois a comunicação é a chave do sucesso.
A todos aqueles que eu amo e que também me amam, uma
vez que eles são os impulsos para as minhas realizações.
Só se aprende a ler lendo.
(Yara Goulart Liberato)
RESUMO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................8
2. REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................12
2.1 Histórico das dificuldades de aprendizagem............................................12
2.2 A problematização das dificuldades de aprendizagem............................14
2.3 Dificuldades ou problemas de aprendizagem..........................................19
2.4 Dificuldade de ensinar: a importância do diálogo entre os professores e
alunos..................................................................................................................21
3. METODOLOGIA.............................................................................................25
3.1 Participantes.............................................................................................25
3.2Instrumentos..............................................................................................25
3.3 Procedimentos..........................................................................................25
3.4 Processamento e análise dos dados: .....................................................26
3.4.1 Observação da leitura dos alunos...................................................26
3.4.2 Entrevista com a professora.............................................................27
3.4.3 Entrevista com os pais dos alunos observados................................30
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................32
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................34
ANEXO................................................................................................................35
ENTREVISTA.....................................................................................................35
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1. INTRODUÇÃO
observado que muitos alunos das séries iniciais não conseguem sucesso em seus
usado apenas este termo, de uma maneira geral, pois o que se percebe, na maioria
certeza que se pode ter é que todos os elementos envolvidos têm a sua importância
e que não é possível ter um olhar reducionista, correndo o risco de deixar de fora
se restringe apenas ao aluno, mas tem implicações nos outros sistemas envolvidos:
número de alunos que sofrem por não conseguirem ler corretamente, lêem
leitura.
família para que o aluno esteja sempre praticando o que foi ensinado na sala de aula
e da sociedade em geral, que não está proporcionando meios para que o estudante
destes alunos foram argüidos sobre o acompanhamento escolar em casa, por meio
A coleta de dados com a professora foi feita face a face, de forma que se
contribuir não apenas para a reflexão de vários professores como também para toda
a comunidade escolar.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
O autor citado comenta que este conceito subentendeu uma inabilidade para
aluno cujo potencial intelectual era bastante abaixo da média (QI abaixo de 70,
Neste último caso, o aluno aprende e tem realizações adequadas com o seu
está centrado apenas no aluno, sendo que essa visão é mais freqüentemente
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utilizada em uma perspectiva preventiva; por outro lado, o termo “distúrbio” está
alunos a sofrerem por não perceberem o que se passa à sua volta em termos
acadêmicos e sócio-emocionais.
foram vistas por vários prismas centrando-se as desordens que lhe eram atribuídas
meados dos anos 60, nos anos 70 e parte dos anos 80, um grupo de educadores,
comunicação e as DA.
para depois se ocupar com o estudo das DA, em termos mais restritos, ou seja,
(DANV), que ainda continuam a ser alvo de uma atenção muito especial pelo fato da
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Disabilities (NJCLD) é aquela que, hoje em dia, parece receber maior consenso,
interações sociais podem coexistir com as DA, mas não constituem por si só uma
dificuldade de aprendizagem.
culturais, ensino inadequado ou insuficiente), elas não são devidas a tais condições
Mesmo sendo a mais consensual e uma das mais explícitas, nem assim esta
termo dificuldades de aprendizagem engloba. Talvez não seja esse o objetivo das
(SMITH, POLLAWAY, PATTON & DOWDY, 1995; JOHNSON & JOHNSON, 2000
causa-efeito.
Estes problemas podem surgir numa ou mais áreas acadêmicas (DA ligeiras
vs. DA severas), relacionadas ou não entre si. E deve-se a este fato, das DA incluir
foram já identificadas:
instruções que lhe são dadas. Não é, portanto, um problema de acuidade auditiva (o
aluno consegue ouvir bem), mas sim de compreensão/ percepção daquilo que é
ouvido.
quanto à localização do princípio, meio e fim de uma tarefa. O aluno tem ainda
e) Acadêmica. Esta categoria é uma das mais comuns no seio das DA.
escrita, ou em ambas.
em cumprir regras sociais (esperar pela sua vez) e em interpretar expressões faciais
o que faz com que ele seja muitas vezes incapaz de desempenhar tarefas
Na mesma ordem de idéias, Lyon e Flynn (1991, citados por Correia, 2004),
para poderem perceber que tipos de subgrupos existem realmente e como atendê-
los eficazmente.
Fazê-lo, é reconhecer que os alunos com DA, sejam quais forem as suas
especializados (de educação especial) para que as necessidades dos alunos com
com base nas suas características e com o fim de maximizar o seu potencial”
aprendizagem para que ele possa receber uma educação apropriada às suas
capacidades e necessidades.
Esta definição deixa antever duas hipóteses que levam a uma só conclusão.
deve ter direito a uma avaliação exaustiva, feita por um conjunto de profissionais de
especial).
recente, terão uma origem neurobiológica (Silver, 1998, citado por Correia, 2004).
aprender como um sintoma, que cumpre uma função positiva tão integrativa como o
central;
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intelectual do ego, ocorrendo uma diminuição das funções cognitivas que acaba por
alunos
pois elas dizem respeito ao sujeito aprendente, mas, se bem conduzidas, podem
não aprendem porque não estão maduros, não estão prontos, porque ainda não deu
conhecimento é transmitido de alguém que sabe para alguém que não sabe, como
uma espécie de substância que passa de um para outro, havendo, então, uma
questão de a criança ter, ou não, certo domínio cognitivo, mas em função do que os
de quem aprende, olhando também para o fracasso de quem ensina – ou seja, para
a dificuldade de ensinagem.
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Polity (op. cit. p.4) quando fala de ensinagem, quer refletir sobre o aspecto
Ela diz que quando os professores trabalham com os alunos, eles têm
paralisam-se frente às suas dificuldades, por não conseguirem dar conta das
Dessa forma, pode-se afirmar que uma ação educacional bem sucedida é
aquela que deixa para o aluno a sensação de ter adquirido instrumentos para buscar
seu próprio saber. Para Tom Andersen (1996), terapeuta familiar, citado por Polity
aluno, com o qual ele – aluno – vai poder dialogar sempre que sentir necessidade,
suas histórias. E estas histórias deixarão marcas nos dois sujeitos envolvidos:
3. METODOLOGIA
3.1 Participantes
Foi realizada uma observação em uma sala de aula de 3ª série, composta por
30 alunos de fraca escolaridade sendo que dentre eles foram escolhidos para
Instrumentos
3.3 Procedimentos
O teste avaliou a compreensão de uma história lida em voz alta pela criança.
Após a leitura da história, o examinador pediu para a criança recontá-la em voz alta.
A coleta de dados com a professora foi feita face a face, de forma que se
os pais não moravam com as crianças e outros em que a escolaridade dos pais era
desconhecida.
da seguinte maneira:
hipóteses:
que a entrevista não foi agradável para ela, uma vez que a mesma não concordou
escola apenas para ensinar conteúdos (ler, escrever, interpretar, somar dividir, etc.),
ela “acredita ser por não ter experiência em sala de aula, pois acha a experiência
prender às palavras de Polity (2002, p.4) quando fala que muitos professores ainda
pensam que “o conhecimento é transmitido de alguém que sabe para alguém que
não sabe, como uma espécie de substância que passa de um para outro”.
existir entre alunos e professores. Para haver aprendizagem é muito importante que
o ato de ensinar. O professor deve estar sempre perguntando para seu aluno o
motivo pelo qual ele não está aprendendo, perguntando também como ele poderia
O que a professora faz quando percebe que não está sabendo ensinar é
“recorrer às colegas para tomar opiniões, buscar novos métodos e alternativas. Além
disso, ela cria materiais adaptando linguagens e utilizando novas metodologias para
dificuldades do aluno persistem pode ser que estas dificuldades sejam próprias do
aluno e podem ocorrer durante toda a sua vida. CORREIA (2004, p.2), cabendo ao
não saber passar seus ensinamentos, pois a criança absorve o que lhe é passado”.
Pôde-se perceber que não é bem assim, pois como foi visto anteriormente
existem dificuldades que são próprias do aluno. Além disso, como a própria
ensinar do professor não estiver de acordo com a forma de aprender do aluno este
campo vital, de modo a serem usadas em todas as situações que surgirem em sua
vida.
Aquilo que se estuda na escola, de qualquer forma deve ter como ponto de
for possível, ele, o aluno, deve ser levado a perceber o significado daquilo que se
desmotivadora.
familiares destes, com a escola e com a pesquisadora de forma positiva, pois “sou
seqüência entre os trabalhos de leitura, uma vez que a maioria não possui
instrumentos estimuladores de tal função, tais como livros, revistas, jornais, etc.
de hábito de leitura.
acesso a dois ou mais tipos de material escrito em casa (Ex.: livros de história,
(Ex.: revistas diversas) e 6 não tinham acesso a nenhum tipo de material escrito em
casa.
Dessa forma torna-se mais difícil ainda a prática da leitura, uma vez que não
continuação do processo.
Para o item "freqüência de leitura pelos pais", 1 pai disse ler histórias duas ou
mais vezes por semana para as crianças; 2 pais disseram ler histórias menos de
duas vezes por semana para as crianças; e 7 pais nunca liam histórias para as
crianças.
compreensiva da criança.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
predispõe quando começa a sua fase escolar e, para que ela seja agradável é
dizem respeito ao sujeito aprendente, mas, se bem conduzidas, podem levar o aluno
desenvolvimento, pois ela não avança sozinha e havendo interação entre o mestre e
importante existir cumplicidade entre aluno e professor, pois através deste ato é
compreensão das dificuldades que possa haver em qualquer uma das partes.
fundamental. É preciso dialogar com os pais e saber com que tipo de leitura a
criança convive em seu meio social para poder acrescentar na escola aquela que
leitura, não é o de levar o aluno a decifrar, mas sim a compreender, obter significado
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daquilo que é lido. Nesse sentido, quanto mais informações a criança tiver acerca do
adquira o hábito de ler, percebendo que através das histórias lidas ela pode
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXO
ENTREVISTA
Cara colega;
dificuldades de aprendizagem.
poderia estar relacionado à minha forma de ensinar, por isso gostaria de dialogar
3. O que você faz quando percebe que não está sabendo ensinar?