Professional Documents
Culture Documents
1
Projeto Diretrizes
Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
OBJETIVOS:
Elaborar recomendações baseadas em evidências para a prevenção de
infecções hospitalares nos seguintes temas:
A) infecções associadas a cateteres venosos centrais de curta permanência;
B) infecções de sítio cirúrgico;
C) profilaxia antimicrobiana para prevenção de infecção de sítio cirúrgico;
D) infecções do trato urinário;
E) pneumonia.
R E C O M E N DA Ç Õ E S PA R A A P R E V E N Ç Ã O D E INFECÇÕES
H O S P I TA L A R E S
ser utilizadas como proteção do profissional como além de elevarem os custos da assistência, quando
para coleta de sangue ou para potenciais contatos mais graves, como as bacteremias primárias, têm
com sangue e secreções, e quando indicadas para alta taxa de mortalidade, superando 20%16(B).
procedimentos não-estéreis em pacientes em No Brasil, dados apontam de 10% a 20% de
isolamento de contato10-12(C). Máscara, óculos de infecção local e 5% a 9% de bacteremia primária
proteção e avental devem ser usados em relacionada a cateteres centrais.
procedimentos com risco de contato com sangue
ou secreção no rosto e nos olhos (cirurgias, 1. ESCOLHA DO LOCAL
entubação, drenagem, entre outros)12,13(B). Ordem decrescente de preferência na
escolha do local de passagem(D):
O risco de transmissão de patógenos a) Punção venosa periférica (dar preferência
através de um único acidente ocupacional aos membros superiores evitando os
perfurocortante com sangue contaminado é de locais de dobras cutâneas);
33,3% para o vírus da hepatite B, 3,3% para o b) Acesso venoso central de inserção
vírus da hepatite C e 0,31% para o vírus da periférica percutânea (mais utilizado na
imunodeficiência humana13,14(B). Todo profis- pediatria)17(B);
sional de saúde que sofrer uma exposição com c) Acesso sub-clávio (preferência)18(A);
material contaminado com sangue ou secreção d) Acesso jugular (deve ser evitado quando
deve procurar imediatamente o serviço de saúde houver traqueostomia);
ocupacional ou a comissão de controle de e) Acesso femoral;
infecção hospitalar para orientação sobre vaci- f) Em recém-nascidos, veia umbilical ou su-
nação e quimioprofilaxia, se necessário15(D). pra-umbilical;
g) Dissecção venosa em membros superiores.
Agulhas não devem ser reencapadas(D).
Agulhas e outros materiais perfurocortantes de- 2. INSTALAÇÃO DOS CATETERES
vem ser descartados em recipientes próprios VENOSOS CENTRAIS:
com paredes rígidas e impermeáveis. Nunca As mãos devem ser lavadas com anti-séptico
descartar material perfurocortante em sacos de (PVP-I degermante ou clorexidina a 2%) e a
lixo12(D). seguir: usar paramentação completa (gorro,
máscara, avental longo, luvas estéreis); fazer a
IN F E C Ç Õ E S A S S O C I A DA S À C ATETERES anti-sepsia com povidine-iodo a 10% ou
V E N O S O S CENTRAIS D E C U R TA clorexidina alcoólica em campo ampliado
PERMANÊNCIA (remover o excesso, se necessário, com gase
estéril); usar campos estéreis (padrão para
A utilização de cateteres intravasculares, com passagem de cateter - não usar apenas o campo
objetivo de administrar medicamentos, fluidos, fenestrado)19(D). Após a instalação do catéter,
derivados sangüíneos, suporte nutricional e manter curativo oclusivo com gaze seca ou
monitorização hemodinâmica, constitui-se num curativo transparente semi-permeável20(A).
dos importantes avanços conquistados pela
medicina. A despeito de todos os benefícios que 3. MANUTENÇÃO
podem permitir, há também risco inerente ao seu Realizar a troca sempre que este se apresen-
uso, especialmente os eventos infecciosos que tar úmido (de sangue, secreções, suor), sujo ou
imersão em bacia, uma vez que há perda de partes do corpo) ou Streptococcus do grupo A, a
eficácia do anti-séptico com este procedimento. não ser que estas pessoas estejam relacionadas a
disseminação desses organismos nas áreas de
Após a escovação, manter os braços em cuidados médicos.
flexão com as mãos para cima para que a água
escorra dos dedos e mãos para os cotovelos. INTRA-OPERATÓRIOS31(D)
Enxugar com compressas estéreis e vestir Ambiente da sala cirúrgica31(D)
capotes e luvas estéreis. A sala operatória deverá estar limpa, com
as portas fechadas, e a circulação de pessoal
Limpar abaixo das unhas antes de iniciar deverá ser a menor possível.
a escovação.
O controle da ventilação é desejável. O
Não usar jóias nas mãos ou braços. uso de ar condicionado de parede ou
ventiladores não é apropriado. O sistema de ar
Nenhuma recomendação em usar esmalte condicionado central é recomendável, e deverá
nas unhas. seguir as seguintes normas:
Não realizar culturas intra ou pós- Utilizar luvas estéreis após a escovação
operatórias de pacientes visando avaliar se das mãos e antebraços. Colocar as luvas após
houve contaminação da ferida, ou para definir estar vestido com o capote estéril.
Utilizar capotes e vestimentas cirúrgicas incisão cirúrgica. Retire o dreno o mais precoce
que sejam barreira efetivas caso sejam molhadas possível.
ou contaminadas (material que resista a pene-
tração de líquidos). CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS DA
31
INCISÃO (D)
Trocar vestimentas que apresentarem-se Proteger a ferida com curativo estéril por 24
visivelmente sujas, contaminada por sangue ou - 48 horas de pós-operatório nas incisões que
material potencialmente contaminante. houverem sido fechadas primariamente.
Nenhuma recomendação de como ou onde Lavar as mãos antes e depois da troca de cura-
lavar roupas cirúrgicas, em restringir a utilização tivos e de qualquer contato com o sítio cirúrgico.
de vestimentas cirúrgicas ao centro cirúrgico, ou
cobrir as roupas cirúrgicas quando fora do centro Quando necessário a troca do curativo, o
cirúrgico. Na maioria das instituições, a restrição fazer de maneira asséptica.
de uso de roupas tem como intuito a limitação de
circulação de pessoas e o estabelecimento de dis- Educar e orientar o paciente e familiares
ciplinas de trabalho. Caso seja esta a opção da quanto aos cuidados com a incisão cirúrgica,
instituição, cabe a todos os profissionais de saúde observação dos sintomas de infecção do sítio
o rigoroso cumprimento da norma estabelecida. cirúrgico, e a necessidade de comunicar a seu
médico estes sintomas.
Assepsia e técnica cirúrgica31(D)
Utilizar técnicas assépticas quando da Nenhuma recomendação específica quanto
colocação de cateteres intravasculares (veia manter o curativo oclusivo por mais de 48
central), espinhais ou epidurais, ou quando da horas quando do fechamento primário, nem do
administração de drogas intravenosas. tempo de se banhar ou molhar a ferida sem a
cobertura do curativo.
Abrir equipamentos ou soluções estéreis
imediatamente antes do uso. Não há consenso quanto ao tipo de curativo
a ser empregado, podendo ser utilizado curativo
Manusear tecidos delicadamente, realizar simples com gaze seca.
hemostasia eficiente, minimizar a desvitali-
zação dos tecidos e corpos estranhos, e erradi- P ROFILAXIA A N T I M I C R O B I A N A PA R A
car espaços mortos no sítio cirúrgico. P R E V E N Ç Ã O D E I N F E C Ç Ã O D E SÍTIO
CIRÚRGICO (ISC)
Utilizar fechamento primário retardado
ou deixar a incisão aberta se o cirurgião A profilaxia antimicrobiana em cirurgia é
considerar que o sítio cirúrgico está um instrumento importante na prevenção da
grosseiramente contaminado. infecção da ferida operatória, no entanto sua
ação é limitada, razão pela qual não substitui as
Se uma drenagem se fizer necessária, demais medidas de prevenção. Adicionalmente,
utilizar drenos fechados à vácuo. Colocar o a profilaxia cirúrgica está diretamente ligada ao
dreno por uma incisão separada e distante da desenvolvimento de flora resistente, razão pela
Tabela 1
Objetivo da profilaxia Prevenção da infecção de sítio Não previne outras infecções. Eficácia limi-
cirúrgico32(D) tada, portanto não substitui outras medidas
e nem diminui risco em caso de quebra de
técnica.
Início da profilaxia Deve ser realizado aproximada- Profilaxia iniciada mais do que duas horas
mente 1 hora antes do início da antes ou três horas após a incisão não
cirurgia, ou na indução possui eficácia demonstrada. Em procedi-
anestésica32,34(A) mentos obstétricos a dose do antimicro-
biano pode ser administrado após o clam-
peamento do cordão. Profilaxia em trauma
obedece normas diferentes.
Escolha do antimicrobiano Deve ser pouco tóxico, e não deve As cefalosporinas de primeira ou segunda
ser aquele utilizado para trata- geração são, na maioria das situações, os
mento de infecções hospitalares que melhor se encaixam neste contexto.
graves37(D)
Dose inicial do antimicro- Deve ser a dose tradicional do Para pacientes com peso ≥ 80kg a primeira
biano antimicrobiano32,37(D) dose poderá ser o dobro da convencional.
Doses adicionais no intra- Devem ser realizadas em caso de Repetição intra-operatória numa freqüência
operatório perda maciça de sangue, ou maior do que em outras situações de uso
quando a duração do procedi- do mesmo antimicrobiano é recomendada.
mento se prolonga (vide tabela
2)38,47,49(A)
Duração da profilaxia Na maioria das situações não Mesmo em situações de risco ou em con-
deve exceder o período intra- taminações acidentais, o prolongamento da
operatório32,46,47(D) profilaxia não está associado a um melhor
resultado clínico. Exceção em procedimen-
tos selecionados, os quais não há consen-
so em literatura, como implante de prótese
e cirurgia cardíaca. Duração superior a 48
horas é considerada inapropriada.
Tabela 2
Antimicrobianos recomendados para cirurgias limpas, cirurgias de trato genital feminino, incluindo cesareana,
tórax, trato biliar e estômago
Primeira linha1
Cefazolina 1g 4 horas 8 horas
Segunda linha
Cefuroxima 750mg 4 horas 8 horas
Cefalotina2 1g 2 horas 4 horas
Primeira linha
Cefoxitina4 1g 4 horas 8 horas
Segunda linha
Clindamicina + 600mg 6 horas 6 horas
gentamicina5 80mg 8 horas 8 horas
Tabela 3
Cirurgia Urológica
Tabela 4
As ITU relacionadas ao cateter vesical geral- mo sendo um método seguro e parece reduzir as
mente ocorrem de forma endêmica em am- infecções relacionadas a cateterização vesical;
biente hospitalar, usualmente são assinto- Utilizar técnica e equipamento estéreis
máticas, na maioria das vezes, a remoção do para colocação de sonda vesical;
cateter é curativa. Nos sistemas de sondagens Evitar tração ou mobilização exagerada da
vesicais abertos, a maioria dos pacientes apre- sonda vesical;
sentará ITU no quarto dia. Contudo, utili- Utilizar sonda de menor calibre possível;
zando-se os sistemas fechados de sondagem Utilizar coletores de urina de circuito
vesical, a ITU se desenvolverá ao redor de 30 fechado com válvula anti-refluxo;
dias. O sistema de drenagem urinário fechado Manter drenagem contínua, sem bloqueio
diminuiu não apenas as ITUs em pacientes do fluxo por dobras do cateter ou do coletor;
com cateteres, como contribuiu de forma Não desconectar o circuito em nenhuma
significativa na redução da mortalidade hipótese. Coleta de urina deve ser feita através
dessas? de punção do coletor em lugar próprio;
Trocar o sistema caso o circuito fechado
RECOMENDAÇÕES PARA tenha sido violado;
PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES DO TRATO Evitar o contato do coletor fechado com
71,72
URINÁRIO (D): o chão ou frasco de coleta;
Lavar as mãos antes da sondagem; Remover a sonda vesical o mais breve
Evitar cateter vesical; possível;
Utilizar dispositivo externo para coleta de Não há indicação da troca pré-
urina (Uripen) quando possível; estabelecida (rotineira) do sistema fechado ou
A cateterização suprapúbica é descrita co- da sonda vesical.
R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Wenzel RP. The Lowbury Lecture. The 9. Goldmann D, Larson E. Hand-washing and
economics of nosocomial infection. J Hosp nosocomial infections. N Engl J Med 1992;
Infect 1995; 31:79-87. 327:120-2.
2. Pittet D, Wenzel RP. Nosocomial 10. Beltrami EM, Williams IT, Shapiro CN, et
bloodstream infection. Secular trends in al. Risk and management of blood-borne
rates, mortality and contribution to total infections in health care workers. Clin
hospital deaths. Arch Intern Med 1995; Microbiol Rev 2000; 13:385-407.
155:1177-84.
11. Mast ST, Woolwine JD, Gerberding JL.
3. Larson EL. APIC guideline for handwashing Efficacy of gloves in reducing blood volumes
and hand antisepsis in health care settings. transferred during simulated needlestick
Am J Infect Control 1995; 23:251-69. injury. J Infect Dis 1993; 168:1589-92.
4.Sproat LJ, Inglis TJ. A multicenter survey of 12. Garner JS.Guideline for isolation
hand hygiene practice in intensive care units. precautions in hospitals. Par I. Evolution of
J Hosp Infect 1994; 26:137-48. isolation practices. Hospital Infection
Control Practices Advisory Committee.
5. Massanari RM, Heirholzer WJJ. A crossover Infect Control Hosp Epidemiol 1996;
comparison of antiseptic soaps on 17:54-80.
nosocomial infection rates in intensive care
units. Am J Infect Control 1984; 12:247-8. 13. Ippolito G, Puro V, De Carli G. The risk of
occupational human immunodeficiency virus
6. Doebbeling BN, Stanley GL, Sheetz CT, et in health care workers. Italian Multicenter
al. Comparative efficacy of alternative hand- Study. The Italian Study Group on
washing agents in reducing nosocomial Occupational Risk of HIV Infection. Arch
infections in intensive care units. N Engl J Intern Med 1993; 153:1451-8.
Med 1992; 327:88-93.
14. Cardo DM, Culver DH, Ciesielski CA, et
7. Voss A, Widmer AF. No time for al. A case-control study of HIV
handwashing? Handwashing versus alcoholic seroconversion in health care workers after
rub: can we afford 100% compliance? Infect percutaneous exposure. Centers for disease
Control Hosp Epidemiol 1997; 18:205-8. control and prevention needlestick
surveillance group. N Engl J Med 1997;
8. Bischoff WE, Reynolds TM, 337:1485-90.
Sessler CN, et al. Handwashing compliance
by health care workers: the impact of 15. Public Health Service guidelines for the
introducing an accessible, alcohol-based management of health-care worker exposures
hand antiseptic. Arch Intern Med 2000; to HIV and recommendations for
160:1017-21. postexposure prophylaxis. Centers for disease
19. Pearson ML. Guideline for prevention of 26. Richet H, Hubert B, Nitemberg G, et al.
intravascular device-related infections. Prospective multicenter study of vascular
Hospital Infection Control Practices catheter-related complications and risk
Advisory Committee. Infect Control Hosp factors for positive central-catheter cultures
Epidemiol 1996; 17:438-73. in intensive care unit patients. J Clin
Microbiol 1990; 28:2520-5.
20. Conly JM, Grieves K, Peters B. A
prospective, randomized study comparing 27. Bryant JK, Strand CL. Reliability of blood
transparent and dry gauze dressings for cultures collected from intravascular catheter
central venous catheters. J Infect Dis 1989; versus venipuncture. Am J Clin Pathol 1987;
159:310-9. 88:113-6.
21. Maki DG, Ringer M, Alvarado CJ. 28. Tafuro P, Colbourn D, Gurevich I, et al.
Prospective randomized trial of povidone- Comparison of blood cultures obtained
iodine, alcohol, and chlorhexidine for simultaneously by venopuncture and from
prevention of infection associated with vascular lines. J Hosp Infect 1986; 7:283-8.
central venous and arterial catheters. Lancet
1991; 338:339-43. 29. Ferraz EM, Vasconcelos MDMM, Viana
VP, et al. Infecção de ferida cirúrgica:
22. Snydman DR, Donnelly-Reidy M, Perry avaliação do custo e da permanência
LK, et al. Intravenous tubing containing hospitalar. Rev Col Bras Cir 1989; 16:253-
burettes can be safely changed at 72-hour 5.
intervals. Infect Control 1987; 8:113-6.
30. Cruse PJ, Foord R. The epidemiology of
23. Maki DG, Botticelli JT, LeRoy ML, et al. wound infection. A 10-year prospective study
31. Mangram AJ, Horan TC, Pearson ML, et 39. Zelenitsky SA, Silverman RE, Duckworth
al. Gudeline for prevention of surgical site H, et al. A prospective, randomized, double-
infection, 1999. Hospital Infection Control blind studyof single high dose versus multiple
Practices Advisory Committee Infect Control standard dose gentamicin both in
Hosp Epidemiol 1999; 20:247-80. combination with metronidazole for
colorectal surgical prophylaxis. J Hosp Infect
32.Dellinger EP, Gross PA, Barrett TL. 2000; 46:135-40.
Quality standards for antimicrobial
prophylaxis in surgical procedures. The 40. Bates T, Roberts JV, Smith K, et al. A
Infectious Diseases Society of America. randomized trial of one versus three doses of
Infect Control Hosp Epidemiol 1994; Augmentin as wound prophylaxis in at-risk
15:182-8. abdominal surgery. Postgrad Med J 1992;
68:811-6.
33. Bergamini TM, Polk HC Jr.
Pharmacodynamics of antibiotic penetration 41. Liberman MA, Greason KL, Frame S, et
of tissue and surgical prophylaxis. Surg al. Single-dose cefotetan or cefoxitin versus
Gynecol Obstet 1989; 168:283-9. multiple-dose cefoxitin as prophylaxis in
patients undergoing appendectomy for acute
34.Classen DC, Evans RS, Pestptnik SP, et al. nonperforated appendicitis. J Am Coll Surg
The timing of proohylactic administration of 1995; 180:77-80.
antibiotics and the risk of surgical wound
infection. N Engl J Med 1992; 326:281-6. 42. Ferrari A, Baccolo M, Privitera G, et al.
Randomized clinical trial of
35. Scher KS. Studies on the duration of short-term antibiotic prophylaxis
antibiotic administration for surgical in 750 patients undergoing vaginal and
prophylaxis. Am Surg 1997;63:59-62. abdominal hysterectomy. Int Surg 1984;
69:21-7.
36. Wax JR, Hersey K, Philput C, et al. Single
dose cefazolin prophylaxis for postcesarean 43. Aberg C, Thore M. Single versus triple dose
infections: before vs. after cord clamping. J antimicrobial prophylaxis in elective
Matern Fetal Med 1997; 6:61-5. abdominal surgery and the impact on
bacterial ecology. J Hosp Infect 1991;
37. Polk HC Jr, Christmas AB. Prophylactic 18:149-54.
antibiotics in surgery and surgical wound
infections. Am Surg 2000; 66:105-11. 44. Lewis RT, Goodall RG, Marien B, et al.
Efficacy and distribution of single-dose
38.Niederhauser U, Vogt M, Genoni M, et al. preoperative antibiotic prophylaxis in high-
Cardiac surgery in a high-risk group of risk gastroduodenal surgery. Can J Surg
patients: is prolonged postoperative antibiotic 1991; 34:117-22.
45. Kernodle DS, Classen DC, Burke JP, et al. 53. Edwards WH Jr, Kaiser AB, Tapper S, et al.
Failure of cephalosporins to prevent Cefamandole versus cefazolin in vascular
Staphylococcus aureus surgical wound surgical wound infection prophylaxis: cost-
infections. JAMA 1990; 263:961-6. effectiveness and risk factors. J Vasc Surg
1993; 18:470-5; discussion 475-6.
46.DiPiro J T. Short-term prophylaxis in clean-
contaminated surgery. J Chemother 1999; 54. Lazorthes F, Chiotasso P, Massip P, et al.
11:551-5. Local antibiotic prophylaxis in inguinal
hernia repair. Surg Gynecol Obstet 1992;
47.Schein M, Wittmann DH, Lorenz W, et al. 175:569-70.
Duration of antibiotic treatment in surgical
infections of the abdomen. Forum statement: 55. Bergamini TM, Lamont PM, Cheadle WG,
a plea for selective and controlled et al. Combined topical and systemic
postoperative antibiotic administration. Eur J antibiotic prophylaxis in experimental wound
Surg Suppl 1996; (576): 66-9. infection. Am J Surg 1984; 147:753-6.
48. DiPiro JT, Cheung RP, Bowden TA Jr., et 56. Liesegang TJ. Perioperative antibiotic
al. Single dose systemic antibiotic prophylaxis in cataract surgery. Cornea
prophylaxis of surgical wound infections. Am 1999; 18:383-402.
J Surg 1986; 152:552-9.
57.Sabath LD. Reappraisal of the
49.Harbarth S, Samore MH, Lichtenberg D, et antistaphylococcal activities of first-
al. Prolonged antibiotic prophylaxis after generation (narrow-spectrum) and second-
cardiovascular surgery and its effect on generation (expanded-spectrum)
surgical site infections and antimicrobial cephalosporins. Antimicrob Agents
resistance. Circulation 2000; 101:2916-21. Chemother 1989; 33:407-11.
51.Frighetto L, Marra CA, Stiver HG, et al. 59.Watkin DS, Wainwright AM, Thompson
Economic impact of standardized orders for MH, et al. Infection after laparoscopic
antimicrobial prophylaxis program Ann cholecistectomy: are antibiotics really
Pharmacother 2000; 34:154-60. necessary? Eur J Surg 1995; 161:509-11.
52. Hall JC, Christiansen KJ, Goodman M, 60. Beam TR, Raab TA, Spooner JA, et al.
et al. Duration of antimicrobial prophylaxis Comparison of ceftriaxone and cefazolin
in vascular surgery. Am J Surg 1998; prophylaxis against infection in open heart
175:87-90. surgery. Am J Surg 1984; 148:8-14.
61. Gentry LO, Zeluff BJ, Cooley DA. 67. Tocchi A, Lepre L, Costa G, et al. The need
Antibiotic prophylaxis in open-heart surgery: for antibiotic prophylaxis in elective
a comparison of cefamandole, cefuroxime, laparoscopic cholecystectomy: a prospective
and cefazolin. Ann Thorac Surg 1988; randomized study. Arch Surg 2000; 135:
46:167-71. 67-70; discussion 70.
62. Curtis JJ, Boley TM, Walls JT, et al. 68. Luthje P, Nurmi I, Aho H, et al. Single-
Randomized, prospective comparison of first dose antibiotic prophylaxis in osteosynthesis
and second-generation cephalosporins as for hip fractures. A clinical multicentre study
infection prophylaxis for cardiac surgery. Am in Finland. Ann Chir Gynaecol 2000;
J Surg 1993; 166:734-7. 89:125-30.
63. Slama TG, Sklar SJ, Misinski J, et al. 69. Bryan CS, Morgan SL, Caton RJ, et al.
Randomized comparison of cefamandole, Cefazolin versus cefamandole for prophylaxis
cefazolin, and cefuroxime prophylaxis in during total joint arthroplasty. Clin Orthop
open-heart surgery. Antimicrob Agents 1988:117-22.
Chemother 1986; 29:744-7.
70. Tablan OC, Anderson LJ, Arden N, et al.
64. Edwards WH Jr, Kaiser AB, Kernodle DS, Guideline for prevention of nosocomial
et al. Cefuroxime versus cefazolin as pneumonia. The hospital infection control
prophylaxis in vascular surgery. J Vasc Surg practices advisory commitee, centers for
1992; 15:35-41. disease control and prevention. Infect
Control Hosp Epidemiol 1994; 15: 587-
65. Townsend TR, Reitz BA, Bilker WB, et al. 627.
Clinical trial of cefamandole, cefazolin, and
cefuroxime for antibiotic prophylaxis in 71. Stamm WE, Hooton TM. Management of
cardiac operations. J Thorac Cardiovasc Surg urinary tract infections in adults. N Engl J
1993; 106: 664-70. Med 1993; 329:1328-34.
66. Wellens F, Pirlet M, Larbuisson R, et al. 72. Guidelines for preventing infections
Prophylaxis in cardiac surgery. A controlled associated with the insertion and
randomized comparison between cefazolin maintenance of short-term indwelling
and cefuroxime. Eur J Cardiothorac Surg urethral catheters in acute care. J Hosp
1995; 9:325-9. Infect 2001; 47(suppl):S39-S46.