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Algumas conclusões de outros estudanetes

1.
Caro colega,
Já faz algum tempo que li o livro que aborda o tema. Acredito que os
sobreviventem devem ser condenados. E a razão para tanto reside na
indisponibilidade da vida ainda que seja pelo seu titular.
Outro aspecto diz respeito à dessitência do indivíduo quanto ao que ficou
pactuado, naquele momento em que a emoção sobreveio à razão. Os contratos
podem ser rompidos.
Mas fundamentalmente, a defesa deve firmar-se no sentido de apontar a morte
do indivíduo como desnecessária para a sobrevivência dos demais, simplesmente
por que havia outras alternativas de prover a alimentação de cada um. Como?
Ora, ao invés de sacrificar a vida do próximo como justificativa alimentar,
porque que cada um não se auto-flagelou, mutilando a si próprio, e assim fazer
uso de partes do seu corpo para se alimentar. Não fizeram porque a natureza
racional do homem é sempre preterida pela natureza animal em situações de
perigo, não acredito que é apenas instinto de sobrevivência, não numa situação
como esta.
Sabemos que é muito mais fácil buscar solução para os nossos problemas
quando podemos sacrificar o bem de uma outra pessoa, como frequentemente
observamos no nosso cotidiano. Daí a dificuldade que surge para a solução de
problemas como distribuição de renda, da corrupção, da exploração desordenada
do meio ambiente e outros tantos. O fato é que o indivíduo não possui na sua
excência o verdadeiro altruísmo. Este figura apenas no imaginário de cada um,
mas na prática, e sobretudo, nos momentos em que a solidariedade deve ser
aflorada as pessoas não pessam duas vezes em se proteger daquilo que lhes
ameaçam, ainda que para isso tenham que sacrificar um inocente, mesmo que
seja possível, por um lapso de tempo, pensar e veredar por outra altenativa,
disponibilzando um ganho minorado em virtude da divisão necessária.
Obs: Em virtude da pressa, não foi possível uma revisão e melhoramento dessa
humilde colaboração.
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2. Elisabeth Leão | Advogada / Rio
19/07/2001 18:28
Até hoje algumas faculdade dão este caso para os alunos. Sou radicalmente
contra, pois acho que é muito mais prático e objetivo, o professor pegar um
processo criminal já arquivado, e fazer o julgamento dentro de um caso
concreto.
Não faz um ano, apareceu aqui no escritório um aluno desejando ajuda para este
caso. Meu marido que é muito mais maluco do que eu, inventou uma tese, e
todos passaram com 10. Me lembro bem. Voces estão na defesa. OK? Então
vamos lá. A tese é que os homens que estavam presos fizeram um acordo (
inclusive a vítima ). OK? Com base no art 82 do CC.
A vítima, infelizmente perdeu e foi a que morreu, para matar a fome dos outros.
Penalmente, defenda A TESE DA INEXIGIBILIDADE DA CONDUTA
DIVERSA. Pegue os livros de penal, e voce encontrará amplo material para a
sua defesa, e certamente vai absolver os sobreviventes.
O diabo, é que parece-me correto o procedimento, como de fato ocorreu na
história do livro. Não só o acordo cível que fizeram, e que foi cumprido, mas a
tese criminal deve ser aceita pelo vosso ¨júri ¨.
Atenciosamente
Beth Leão.
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3. Flavia | advogada / Niterói
26/05/2002 16:17
no começo eu tb pensava assim, que estavam em estado de necessidade, mas
depois pensei: quem esta em necessidade nao haja assim,
premeditadamente....eles ate poderiam matar o cara em uma briga ou discussao,
mas nao com ele nao concordando mais e muito menos assim,
racionalmente...acho que o estado de necessidade ja diz tudo...a hora em que a
necessidade mandasse e não houvesse mais possibilidades, ai sim, poderiam
matar, mas seria qualquer um...e nao racionalmente uma detrminada pessoa.
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4. Dr.Hugo Leonardo V.C.Leão | Advogado. Sócio de Leão e Filhos, Advogados. /
Rio de Janeiro.
31/05/2002 15:46
Dra. Flávia:
Este tema é muito interessante, e é sempre dado em Faculdades, contra a opinião
de meu pai, Dr. Leão, que acha que se poderia trazer casos concretos, com as
peças processuais na íntegra, e em um caso simulado deixar os alunos decidirem.
Um dia, e não faz muito tempo, recebeu meu pai uma ligação de um amigo que
tinha um estagiário, filho de gente importante, e que precisava atender, mas
achou que estava ficando maluco ao falar sobre os exploradores de caverna, e
lógico, jamais tinha lido o livro ou escutado falar sobre o tema, ou sobre o
Etimore........
O diabo foi que tivemos de preparar o estagiário, que é filho de gente
importante, e funcionaria como defensor do acusado que matou.
Não me lembro bem de tudo, mas o certo é que preparamos o rapaz, filhos de
italianos, com um vozeirão danado, e que gosta da área criminal. Desde como
falar na apresentação, até a tese da defesa foi ele preparado. A tese, é que foi
mesmo das arábias, pois separamos livros e doutrina que ia do estado de
necessidade à inexigibilidade de conduta diversa, e fomos até o art 82 do CC, e
mostramos que os exploradores de caverna, ao ficarem presos, com fome,
decidiram fazer um acordo proposto pela vítima que era o Etimore........ ( é
mesmo este nome ? ), e por azar, ele foi o sorteado, e foi o que morreu para
salvar os outros.
Quanta imaginação, e perda de tempo.........
Como meu pai gosta do que faz, foi até com o seu aluno e assistiu à defesa, e o
¨júri ¨da Faculdade ABSOLVEU po unanimidade o acusado, aceitando a tese da
defesa, e agora o estagiário é sócio de meu pai em alguns casos criminais
principalmente na área de direito penal econômico, e agora estão envolvidos
para provar que não há crime contra a ordem econômica e tributária , para quatro
empresários de sul, que estão denunciados por fazerem créditos referentes
à substituição tributária de ICMS.
Atenciosamente
Hugo Leão.
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5. Flavia | advogada / Niterói
31/05/2002 16:01
Dr. Hugo,
gostei dos comentários sobre os meus comentários...rs...obrigada.
Eu sei, na faculdade eu estudei bem o caso dos exploradores e gostei muito. É
um tema muito abrangente.
Quanto a auto-aplicabilidade do art. 192 CF, eu tenho sentenças que são a favor
da auto-aplicabilidade e já ganhei casos destes tb. POdemos trocar material se vc
quiser.
É sempre um prazer falar com esta família, com vc é a primeira vez. Seu pai e a
Dra. Marjore, pediram para figurar em minha lista de outlook, eles gostam muito
dos emails que eu mando diariamente. Se vc quiser, podemos nos adicionar tb
pra trocarmos questões e material. Meu email é: fpcadvocacia@yahoo.com.br
Um abraço.
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6. Luiz Phelipe | Estudante / Nova Iguaçu
06/06/2002 12:02
Dra. Flavia , li seu parecer a respeito, mas discordo de tal colocação feita pela
mesma;
Quando Falmaos , " está no estado de necessidade " , o que estamos dizendo?
Estamos colocando o fato de
que naquele momento , eles se encontravam numa situação que não poderiam
sobreviver sem alimentos por determinado tempo ( 10 dias ), e que não havia
nenhuma fonta de vida e alimento na caverna , senão a deles próprio , ou seja ,
se não agissem em defesa própria , se não fizesse algo , morreriam , O que quero
dizer com isso ? Quero dizer que , o estado de necessidade os levou a praticar tal
ato .
Pergunto eu : Deveriam esses homens , serem colocados a julgo como assasinos
sanguinários ( como colocado pela acusação ),? Fariam estes homens tal coisa se
não estivessem presos , no escuro ( durante 23 dias ) , sem comida , com frio ,
com a concreta e constante ameaça de morte por inanição? Seriam estes homens
diante da sociedade assassinos que colocariam em risco a vida de outras
pessoas?
Já não seria suficiente as lembranças do feito em suas mente pelo resto da vida
como pena?
Seria justo , após a perda da vida de 10 homens da equipe de resgate , ( do ponto
de vista humando ) , jogar-se fora como objeto mais 4 vidas?
Deve-se lembrar que quando foram jogados os dados , Roger Wetmore , não fez
nenhuma objeção , não questinou o resultado , fazendo-o voltar ao próprio
acordo proposto , ( como diz o famoso ditado , " QUEM CALA , CONSENTE
" ) , o que mesmo do ponto de vista jurídico , inocenta os Réus , Se formos
colocar o ponto de vista do direito natural do homem , nem precisaríamos
discutir , pois ficaria clara a absolvição dos reus diante do jusnaturalismo.
Indo mais a fundo e entrando numa questão polêmica,
Menciono o Caso JESUS CRISTO , ( desprezando colocações religiosas e
citando apenas a colocação jurídica )Lembremos que , diante daquele caso , não
existia lei positivada no direito romano que incriminasse o Reu , ( Cristo) , então
, o imperador , devido a tradição , recorreu a quem?? A opinião pública , que
soltou o outro prisioneiro ( Barrabas ) e condenou a cristo.
Neste caso , dos exploradores , nos encontramos diante da mesma situação ,
apenas divergindo em um ponto , a opinião pública , que neste litígio é a favor
da absolviçãodos reus.
Diante disto , comento : Não haveria necessidade de agir conforme a analogia ,
apenas pensar de acordo com ela , pois de tal maneira seria feita justiça.
Deixo aqui minha opinião , exposta a qualquer pessoa que queira debater.
Luiz Phelipe Dergan
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7. Caio Peres Marques | Estudando de Direito (1° ano) / Umuarama
11/05/2005 18:28
O CASO DOS EXPLORADORES DE CAVERNA
“O Caso dos Exploradores de Caverna” é a versão para o português da
conhecida obra do professor da Harvard Law School Lon L. Fuller, cujo título
em inglês é “The Case of the Speluncean Explorers”. Seu tradutor e autor da
introdução a esta edição da Sérgio Antônio Fabris Editor é Plauto Faraco de
Azevedo.
É obra de ficção, que se passa no ano de 4300, em corte pertencente à
Commonwealth, mas que teve seus argumentos e idéias retirados de casos reais,
especificamente Queen v. Dudley e Stephens e United States v. Holmes.
A citada corte é a mais alta instância judiciária de Newgarth, presidida pelo juiz
Truepenny e contando com quatro outros magistrados, quais sejam aqueles
citados na obra, os juízes Foster, Tattling, Keen e Handy.
É esta Corte a encarregada em julgar, em segundo grau, o polêmico caso dos
exploradores de caverna, que foram condenados à forca em julgamento em
primeira instância, nos termos da N.C.S.A § 12-A, que prescrevia: “quem quer
que intencionalmente prive de outrem da vida será punido com a morte”.
A problemática exposta na obra e que é o pano de fundo para uma série de
profundas indagações acerca do estudo do direito, principalmente no que tange à
disciplina de introdução à ciência jurídica, é a circunstância de que os quatro
réus do processo cometeram o ato típico em condições que poderíamos
enquadrar, se observarmos o ordenamento jurídico pátrio, como estado de
necessidade, gerando enorme comoção entre a sociedade do local e entre os
próprios julgadores, que demonstram em diversas situações ser impossível a
isenção total ao julgar, visto ser como todos os demais um membro da
comunidade.
Perquire-se, então, sobre qual seria a aplicação mais consentânea do direito ao
caso concreto: aquela que prezasse, acima de tudo, a letra de lei, ou aquela que
trouxesse justiça à situação. Eis que surge, então, o secular debate entre a
jusnaturalismo, representado pelo juiz Foster e o positivismo, transfigurado no
juiz Keen.
Interessante notar que a escolha do nome para os fictícios juízes não se deu ao
acaso. Suas acepções, quando verificadas em um dicionário da língua inglesa,
correspondem às suas condutas: criativas, pujantes e firmes, conciliadoras.
Para que possamos entender de uma forma mais completa a ordem de
considerações que são feitas pelos magistrados, desçamos a um breve escorço
dos fatos narrados pelo autor.
Cinco membros da Sociedade Espeleológica , uma organização amadorística de
exploração de cavernas, ao empreenderem mais uma de suas aventuras, que
havia sido devidamente catalogada e comunicada, foram surpreendidos por um
desabamento que os manteve presos por quase quarenta dias no local onde
haviam ido explorar.
Possuindo escassas rações e sabendo, desde o vigésimo dia de aprisionamento,
que pelo menos mais dez seriam necessários para libertá-los, em uma operação
que já havia ceifado a vida de dez operários, os cinco resolveram, assim que
acabasse todo o suprimento de alimentos, se alimentar da carne de um deles, o
que seria trocar a vida de um pela de cinco. A idéia partiu de Roger Whetmore
(lembremos que o verbo inglês whet significa incitar, estimular – whetmore –
estimular mais), que, por um azar do destino foi aquele que terminou por morrer,
tendo essa sorte decidida nos dados.
Não se sabe ao certo que dia foram encontrados, mas sim que no 33º Whetmore
foi morto, ou seja, três dias após o previsto pela equipe de resgate, o que
garantiu a sobrevivência dos quatro outros reféns da natureza.
Com essa sua ação, os quatro aventureiros restantes garantiram sua sobrevida,
mas foram pronunciados pelo Ministério Público, sendo condenados, então, por
homicídio, apelando à Suprema Corte.
O verdadeiro conteúdo da obra começa a se desenvolver a partir da constatação
e afirmação desses fatos, que se dá à página 8 da edição consultada. A partir
daqui os magistrados começam a destilar seus pontos de vista sobre o direito e
principalmente quanto a uma importante seara da introdução ao estudo das
ciências jurídicas, que é a hermenêutica.
Tal discussão gira em torno, como já dissemos, da dicotomia entre o direito
natural, ou jusnaturalismo e o positivismo jurídico. Representa o primeiro
posicionamento o juiz Foster (criador, criativo, em inglês); simboliza e defende
o positivismo o juiz Keen (pujante, firme, na língua de Shakespeare).
Enquanto que o primeiro deles defende que a situação em que se encontravam os
réus não pode sequer ser considerada como de convivência social, onde existe o
direito, sendo verdadeiramente “estado de natureza” – termo cunhado desde os
clássicos Hobbes e Locke, isentando a aplicação da lei ao caso, o segundo
defende a literalidade da lei, argumentando que se se prescreve ser ato típico,
antijurídico e culpável o homicídio, nos termos da fictícia lei citada, devem ser
os acusados condenados.
Passamos a analisar o embate entre as duas correntes filosóficas, maiores
antagônicas no que tange ao estudo da teoria do direito, principalmente após o
surgimento da importante e monumental obra do austríaco Hans Kelsen, “Teoria
Pura do Direito”, em que aponta que este se resumiria, para efeitos de ciência,
estritamente à norma jurídica. Segundo Kelsen, ainda, direito somente existiria a
partir da exaração de uma sentença aplicando ou subsumindo um fato à norma,
uma teoria que é conhecida como monismo jurídico.
Foi o positivismo jurídico, que possui como um de seus artífices o ilustre mestre
tedesco, que engendrou o movimento de cientifização do direito e que, todavia,
empreendeu os desvios que o fizeram quase uma arma contra a Justiça.
É essa a realidade que presenciamos na obra de Lon Fuller: a lei sendo
sobreposta à verdade dos fatos analisados dentro de um contexto de sofrimento e
de necessidade de perpetração da vida de quatro em face de um. O que seria
mais lógico e plausível, querer-se a morte de cinco, por ser um crime matar
alguém, ou salvar-se a vida de quatro, em demérito de um?
Trazendo o exemplo para outra realidade agônica: o que é mais sensato se fazer
em um hospital de campanha, em meio a uma sangrenta batalha: ocupar todos os
leitos com pacientes irrecuperáveis, devido a seus ferimentos, ou tratar,
primordialmente dos que ainda tem chance de sobrevida? Essa última realidade
foi perfeitamente retratada no recente filme de Hollywood, denominado “Pearl
Harbor”, em que se contou o incidente sino-americano no Hawaii.
O direito não é fim em si próprio, como já adverte Cândido Rangel Dinamarco,
dissertando sobre o direito processual civil, talvez uma das disciplinas que mais
foi contaminada pelo mau vezo positivista.
Nesse sentido, a posição jusnaturalista de Foster, contemporizada e mediada por
Handy , o último dos magistrados a se manifestar, é a mais consentânea com o
propósito do direito, que é regulamentar a vida em sociedade e torná-la possível
de forma pacífica. É a vitória da razão sobre a força, vitória esta que somente é
completa por meio da aplicação do bom senso na realização do direito.
A norma abstrata não é verdade absoluta e só deve ser entendida como um
direcionamento e não como um imperativo imutável. Nesses termos que se diz
que direito não é lei, ou norma, mas lei ou norma interpretada.
Alargar demais o conceito de direito natural, a ponto de paulatinamente
desconsiderar o direito positivo em prol do primeiro é arbítrio judicial descabido
e que foi exatamente o que se combateu em relação ao modelo judiciário e
jurídico medieval.
Estreitar demais os conceitos, crendo, como o magistrado Keen, que a lei deve
ser sempre aplicada em seu rigor máximo, desconsiderando o substrato fático a
ela confrontado, é intolerância e desvio do positivismo.
Por isso cremos piamente que a melhor resposta está na contemporização, que
visualizamos na figura do juiz Handy.
Mas para a infelicidade daqueles que entendem o direito de forma puramente
instrumental, vinculada racionalmente à lei, o destino que tem as personagens é
desolador. Devido a um empate entre os votos dos juízes, principalmente em
razão da manutenção da abstenção de Tattling , foi a sentença condenatória
mantida e os acusados enforcados.
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8. Gláucia Rosane | serventuária da justiça / Nova Venécia - ES
14/10/2005 21:38
No próximo dia 20 de outubro de 2005, a minha turma do curso de direito
apresentará um juri simulado sobre "O Caso dos Exploradores de Cavernas".
Nossa turma ficará responsável pela defesa e pude observar que em todos os
juris simulados em várias faculdades brasileiras os réus são condenados.
Gostaria de saber se poderíamos nos ajudar com urgência a obter subsídios
suficientes para absolvê-los? Ficamos sabendo que a acusação frisará os
arts.121, § 2º, inciso IV e art. 211 na forma do art. 69 do Codigo Penal. Os
"nossos réus" dirão que mataram a vitima, pois ela insatisfeita com a sorte ter
caido sobre ela parte com uma faca sobre o companheiro que jogou o dado. Os
outros companheiros foram em defesa do agredido e nessa luta a faca cravou-se
no peito de Roger. Frisaremos a legitima defesa própria e de terceiros. Por favor
ajude-nos a absolver os réus.
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9. Karina | Estudante / Natal
21/10/2005 14:52
A minha sala já fez esse juri e lá eles foram absolvidos, mas na minha opinião,
caso fosse usado o codigo brasileiro eles deveriam ser condenados. no caso do
livro deveriam ser absolvidos de acordo com o art. 13 Codigo Penal e por favor
não use o artigo 23 e 24 CP, pois não é estado de necessidade.
Mesmo roger ter desistido do sorteio ele foi quem deu a idéia e aceitou jogar os
dados.
veja se vai ser utilizado o resultado como pena de morte caso seja, justifique que
outra vidas foram sacrificadas, o caso dos operários, para salvar a vida dos
quatro.
Qualquer dúvida pode contar comigo
Espero ter ajudado em alguma coisa.
Sua colega, karina
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10. vivian souza | estudante / recife
24/10/2005 14:08
Proucuro um embasamento argumentativo que fundamente o estado de
necessidade o qual acredito ser o motivo da atitude dos réus.Qual principio da
constituição pode ser elemento de defesa?
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11. Carlos Senna | Func.Púbblico / Taboão da Serra SP
16/11/2005 12:26
Gostaria de saber se o socorro demorasse mais de dez dias qual seria o critério
para assassinar a segunda vítima ?
Se mais de quatro participaram do caso não caracteriza bando, ou quadrilha?
Porque não procuraram uma outra alternativa para sobrevivencia ?
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12. filda xalegre virginio | estudante / caruaru
02/10/2006 16:41
estou no segundo periodo de direito e foi passado um trabalho no qual eu devo
escolher uma posição acerca do julgamento do caso exposto pelo o Livro Os
Exploradores de Cavernas, sendo que não consigo opinar sem tem por questão
de segundos minha idéia trocada e façe de um possivelo remosso. Vejamos que
se eu acreditar na inocencia dos quatro exploradores estarei eu negando o direito
natural e qualquer outera sustentação que possa vir a receber na ordem da
justiça, e se eu não aceitar a inocencia deles estarei eu sendo pouco
flexivel.Espero uma resposta a este dilema.
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13. Vanderley Muniz | Advogado / Americana - SP
02/10/2006 20:26
Minha cara estudante.
antes, porém de opinar, relevo a você a necessidade de se expressar de forma
compreensível:
"..não consigo opinar sem tem por questão segundos minha idéia trocada e façe
de um possivelo remosso..."
O que, exatamente signifíca esse trem?
Adianto, porém, que como a quetão é de direito penal não há que existir temor
de flexibilidade: defenda seus clientes, apenas isso. Sem medo....sem problemas
remorços...apenas faça a defesa de acordo com a lei.
No caso: estado de necessidade.
Salve!!!
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14. RICARDO RIBEIRO | ESTUDANTE 8o Per / Rio de janeiro
04/10/2006 14:44
Nós também participamos de um Júri Simulado, com Promotores, é claro, que a
defesa sempre irá usar o Estado de Necessidade, mas em nosso Júri trabalhamos
com a hipótese de se tratar a região onde ocorre o caso, rica em águas cristalinas,
que correm por essas cavernas, com existencia de vida animal (lesmas,
minhocas, etc..), sem contar que os minerais encontrados nessas águas dariam
sobrevida de aproximadamente 40 dias, caso só de beber essa água, logo, busque
informações técnicas com biologos e geologos, e terá uma boa base, tanto para
defesa como para acusação, boa sorte!
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15. Jeferson Rodriguesz | Acadêmico CJ / Recife
09/10/2006 21:30
Minha cara colega
Sem dúvida o caminho mais usual entre os estudantes é o que leva a exclusão de
ilicitude, disposto no art.23CP.
(Def)
E Obviamente o art.121 CP com agravante por qualificação.
(Acu)
Concordo com a posição Escrita por Vanderley Muniz,
Advogado em Americana - SP,[Adianto, porém, que como a quetão é de direito
penal não há que existir temor de flexibilidade: defenda seus clientes, apenas
isso. Sem medo....sem problemas remorços...apenas faça a defesa de acordo com
a lei.]
Bom trabalho!!
Jeferson
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16. marlon vitorino dos santos | estudante / sao paulo
14/10/2006 16:27
O caso dos exploradores de caverna.
Este caso discuti a vida de quatro indivíduos em detrimento de um indivíduo,
pôs vejamos que a já conhecida situação ocorrida não é um simples “matou a
outrem” como vem especificado no ordenamento da cidade de stowfield, houve
ali uma situação adversa do cotidiano desta cidade.
Há a norma que diz claramente e de forma seca que quem matar será condenado
à morte, mas também há a vontade de todos que estes homens não sejam levados
ao fim. Ora a lógica nos indaga, a fortiori, qual a relevância de levar os quatro a
morte sendo que o bem maior é a vida, assim como pode a sociedade perde
cinco vidas por um caso lacunoso? já que a ausência de uma lei especifica para
este caso é mais do que necessária ou então os magistrados estarão, como neste
caso, de mãos atadas.
Vamos agora nos ater as circunstâncias, estavam eles em uma situação atípica,
sem alimento, sem bebida, em local inóspito, ad rem, sem pretensão de vida pois
a morte era certa caso não tomassem uma atitude.
É certo que no calor dos acontecimentos, nenhum estudioso tomou a frente da
situação e determinou uma atitude mais prudente então os exploradores não
podem ser penalizados por algo que traz tanto conflito. A vítima até questionou
aos especialistas quanto à possibilidade de alimentarem-se com um dos cinco
participantes do desastre.
Em uma situação de necessidade que se destaca a coragem e a sabedoria, desta
forma não há que se condenar e sim louvar a atitude destes impetuosos rapazes
que apesar de terem a morte tida como certa escaparam a ela.
Alguns podem dizer que independente da situação a lei deve ser seguida,
obviamente que a lei deve ser seguida, ad rem, antes da lei temos que seguir a
vontade do homem pois a lei surge para representar esta vontade.
Whetmore apesa de ter proposto a conduta de alimentarem-se com um dos
participantes da caverna em ultima hora não aceitou o acordo, então quem possa
dizer que dentro da caverna havia uma sociedade de cinco indivíduos também
ira concorda que sendo a sociedade composta por cinco à vontade da
maioria,que são os quatro, sobrepuja a vontade da minoria, a simili com o
ordenamento do Brasil.
Os magistrados que tomaram ciência em primeira instância também
concordaram quanto a este pensamento de ineficácia da pena
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17. MARLON | ESTUDANTE / sao paulo
14/10/2006 16:56
O caso dos exploradores de caverna.
Este caso discuti a vida de quatro indivíduos em detrimento de um indivíduo,
pôs vejamos que a já conhecida situação ocorrida não é um simples “matou a
outrem” como vem especificado no ordenamento da cidade de stowfield, houve
ali uma situação adversa do cotidiano desta cidade.
Há a norma que diz claramente e de forma seca que quem matar será condenado
à morte, mas também há a vontade de todos que estes homens não sejam levados
ao fim. Ora a lógica nos indaga, a fortiori, qual a relevância de levar os quatro a
morte sendo que o bem maior é a vida, assim como pode a sociedade perde
cinco vidas por um caso lacunoso? já que a ausência de uma lei especifica para
este caso é mais do que necessária ou então os magistrados estarão, como neste
caso, de mãos atadas.
Vamos agora nos ater as circunstâncias, estavam eles em uma situação atípica,
sem alimento, sem bebida, em local inóspito, ad rem, sem pretensão de vida pois
a morte era certa caso não tomassem uma atitude.
É certo que no calor dos acontecimentos, nenhum estudioso tomou a frente da
situação e determinou uma atitude mais prudente então os exploradores não
podem ser penalizados por algo que traz tanto conflito. A vítima até questionou
aos especialistas quanto à possibilidade de alimentarem-se com um dos cinco
participantes do desastre.
Em uma situação de necessidade que se destaca a coragem e a sabedoria, desta
forma não há que se condenar e sim louvar a atitude destes impetuosos rapazes
que apesar de terem a morte tida como certa escaparam a ela.
Alguns podem dizer que independente da situação a lei deve ser seguida,
obviamente que a lei deve ser seguida, ad rem, antes da lei temos que seguir a
vontade do homem pois a lei surge para representar esta vontade.
Whetmore apesa de ter proposto a conduta de alimentarem-se com um dos
participantes da caverna em ultima hora não aceitou o acordo, então quem possa
dizer que dentro da caverna havia uma sociedade de cinco indivíduos também
ira concorda que sendo a sociedade composta por cinco à vontade da
maioria,que são os quatro, sobrepuja a vontade da minoria, a simili com o
ordenamento do Brasil.
Os magistrados que tomaram ciência em primeira instância também
concordaram quanto a este pensamento de ineficácia da pena

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