Luiz Otavio Moraes Roberta Louzeiro Andréa Estumano Júlia Macola
Permanentemente para discutimos sobre epistemologia, devemos dizer que esta
disciplina visa estabelecer, um olhar crítico e reflexivo sobre as ciências. Dai a sua origem etimológica ser bem relevante no que tange sua constituição enquanto ciência humana, como cita Japiassu (2002, p.24), “(....) pela noção mais simples significaria, discurso (logos) sobre a ciência ( episteme)”. Comecemos a nos deparar, então, com a necessidade de compreender de modo empírico-racional o que vem ser epistemologia e o que significa dizer que esta é uma disciplina especial no interior da filosofia. Colocando a questão nestes termos precisa-se lembrar que ambas tem como principal método o discurso racional, a reflexão e o debate. Por isso, não raras vezes, confunde-se uma com a outra, porém enquanto a filosofia ocupa-se com âmbitos globais como a origem de toda a matéria que constituiu o universo, a natureza, o homem e seu pensar e agir, a epistemologia preocupa-se com a ciência repensando diversas vezes seus discursos. E em função desta relação do saber ao seu pré-saber que vemos definir-se na epistemologia atual uma série de categorias epistemológicas significativas, são elas: Obstáculos epistemológicos: “resistência” ou “inércia” do pensamento ao pensamento ( parado). Corte epistemológico: trata-se de uma ciências cortando com sua pre-história, ou basta o conhecimento que se sustenta como o único. Vigilância epistemológica- trata –se de uma atitude reflexiva, ou seja, outras formas, outras saídas. Recorrência epistemológica: É compreender o devir real de uma ciência. As razões de tal atitude (...) devem ser procuradas no próprio pensamento científico, que por muito tempo acreditou ter atingido um conjunto de verdades definitivas, embora incompletas, permitindo que se interroga - se sobre “ o que é conhecimento”. Ora, hoje em dia, o conhecimento passou a ser
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considerado um processo e não um dado adquirido uma vez por todas (...). Devemos falar hoje de conhecimento - processo e não mais de conhecimento - estado. (JAPIASSU, 1984 P.27) Assim, na esperança de resolver essa problemática do conhecimento surgem dentro da epistemologia duas outras ramificações intituladas “epistemologias genéticas” e “não genéticas”. Na epistemologia genética, acordo entre o “sujeito” e o “objeto” deveria ser estabelecido e analisado progressivamente, ou seja, buscando na ordem cronológica e analítica da história sua formação, suas raízes e origens, já nas chamadas não-genéticas não é aceita a história como base para estudo e acordo de “sujeito” e “objeto”, Ou seja, o conhecimento é dado de maneira estática (parado) e em sua estrutura atual. No pano de fundo de todas as problemáticas que envolvem a epistemologia, encontramos nela deveres e tarefas sublimes, como promover um conhecimento rebuscado a cerca das ciências nos levando cada vez mais a “Re-pensarmos” a respeito do que se mostra para nós como verdades, além de resolver o problema geral das relações entre filosofia e ciências, nos mostrando que ela consiste em conhecer e analisar todas as etapas, chegando sempre um conhecimento que não é absoluto e categórico mas, provisório. A filosofia das ciências, visam estabelecer a relação que o Sujeito e o Objeto mantêm entre si no ato do conhecer, tendo em vista determinar o valor e os limites do próprio conhecimento, a fim de extrair sua natureza, seu conhecimento geral e seu alcance. A história das ciências consiste em fazer a história dos conceitos e das teorias científicas, também consiste em interroga-se ao mesmo tempo sobre sua finalidade, sobre seu destino, sobre seu porquê, mas também sobre aquilo pelo que ela se interessa, de que ela se ocupa em conformidade com aquilo que ela visa. Na perspectiva positivista, a ciência só é tomada como objeto de estudo na medida em que existe a título de fato, isto é, como ciência presente. Contrariamente a esta posição, devemos dizer que compete à epistemologia fornecer á história das ciências o princípio de um juízo, pois é ela que lhe ensina a ultima linguagem falada da ciência. A psicologia das ciências essa disciplina ainda esta em seu início. Mas seu campo de pesquisa é vasto. Muitas questões epistemológicas que são resolvidas através de uma psicologia do conhecimento. Epistemologia psicológica visa elucidar como se articulam as diferentes etapas do conhecimento, desde a infância até a ciência dos adultos, associando estreitamente a análise lógica a á análise psicológica. A sociologia do conhecimento deve entre outras funções a de estabelecer a ruptura entre os saberes comuns e o saber científico, interrogando-se sobre as condições sócias que
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tornam inevitável esta ruptura com o conhecimento espontâneo e ideológico. Ela tem a missão de evidenciar os pressupostos inconsciente das tradições teóricas. Por tudo isso, entendemos que a epistemologia buscar saber de que um caminho se trata, apropria-se dele e ultrapassa seus limites, podemos dizer que a epistemologia esta diretamente ligada a todas as disciplinas.
Referencias bibliográfica
JAPIASSU, Hilton. Introdução ao pensamento epistemológico. 3ª edição. Rio de Janeiro: