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2010
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1. Introdução
Pela primeira vez na história das eleições presidenciais do Brasil, há uma candidata,
Marina Silva, de um partido que se propõe a defender as questões relativas ao meio
ambiente (PV).
Esse é, sem dúvida, um fato histórico de imensa importância para nosso país ( tão
lembrado mundialmente por sua biodiversidade e riqueza de ecossistemas) e do qual,
nós, vivemos e somos testemunhas desse momento.
A mudança no paradigma desde 1989 até os dias de hoje, a qual levou ao que foi
exposto no 1º parágrafo é a questão fundamental que se pretende responder com a
pesquisa.
Para isso, propõe-se discutir os projetos eleitorais dos principais partidos das
eleições presidenciais de: 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e por fim, 2010. Essa discussão
será abordada, sobretudo no enfoque que cada um desses principais partidos deram às
questões ambientais na pauta de seus respectivos projetos. Por exemplo, no que se
refere ao desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Cerrado, na questão dos
latifúndios e na sua expansão sobre as áreas de florestas, dos garimpos, da poluição de
rios. Ou seja, se houve alguma preocupação em pautar a resolução dos impactos das
atividades econômicas nos principais ecossistemas brasileiros.
Além disso, a análise da mudança no paradigma será feita sempre dialogando com
os mais relevantes fatos históricos em discussão no tempo referido, no Brasil e no
mundo, que levaram a sociedade brasileira ao contexto atual.
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2. Desenvolvimento
Em pelo menos um aspecto, as eleições presidenciais desse ano de 2010 diferem das
mesmas dos anos de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006: o fato de haver uma candidata
(Marina Silva) de um partido que se prepõe a defender questões relativas ao meio
ambiente (PV). Observando-se a propaganda do horário eleitoral trasmitida pelos meios
de comunicação, ela é, dentre os outros dois principais candidatos ( Dilma Rousseff –
PT e José Serra – PMDB), a única que toca sensivelmente em temas interligados ao
meio ambiente.
Essa novidade – que constitui o ponto de partida da nossa pesquisa – evidencia que há
alguma mudança na sociedade brasileira, sobretudo quando é analisada
concomitantemente às demais eleições presidências da Nova República.
Da primeira eleição para presidente da Nova República até a de1998 o meio ambiente
era um tema praticamente ausente da plataforma eleitoral dos partidos e candidatos
concorrentes, não obstante a década de 1990 constituir o ponto chave do incremento dos
movimentos ambientais mundialmente.
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Ainda em 1988 entrou em vigor a Lei de Crimes Ambientais que alterou bastante a
responsabilidade pelos impostos ambientais. Até então, apenas os técnicos eram
cobrados judicialmente por eventuais prejuízos que pudessem ter sido gerados por
atividades econômicas. Depois da lei, os contratadores dos serviços, ou seja, os donos
das empresas, também passaram a ser responsabilizados pelos danos ambientais que
seus empreendimentos viessem a causar, o que passou a exigir que eles tomem ainda
cuidados com a conservação ambiental.
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http://www.estadao.com.br/especiais/entenda-o-que-foi-a-rio-92,3827.htm
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Não obstante todo o incremento dos movimentos ambientais a nível global, conforme
evidenciado, da eleição de 1989 até a de 1998, propostas relativas ao meio ambiente
passavam bem longe da pauta dos principais candidatos concorrentes às eleições
presidenciais2 porque todos os esforços voltavam – se ao foco um problema bastante
delicado que o país precisava resolver: o controle da inflação.
O Brasil de 1989 era um país recém saído da ditadura militar, com grande parcela de
analfabetos e repleto de todos os tipos de desigualdades: regionais, sociais e
econômicas. A concentração de renda atingia níveis escandalosos e a inflação – que
atingiu 1.200% ao ano – consumia os salários. Diante desse quadro, nem Lula nem
Collor se dispuseram a tratar de questões ambientais, apesar de que os conflitos
fundiários já passassem a ser abordados pelos meios de comunicação.
O cenário do país nas eleições de 1994 pouco difere do anterior. A inflação ainda
assombra os brasileiros, porque os planos econômicos propostos pelo governo anterior
tiveram vida curta. Os níveis de desemprego são altos, o país enfrenta uma recessão
econômica, quebra de lojas e falência de fábricas. Novamente, frente à esse quadro
econômico, os dois principais candidatos à presidência, Fernando Henrique – Ministro
da Fazenda do governo Itamar Franco, que assumiu a presidência após o impeachment
de Collor em 1992 – e Lula, não reservam espaço em suas propostas de maneira clara às
questões ambientais. Com o sucesso do Plano Real, Fernando Henrique Cardoso – do
PSDB- é eleito no 1° turno ( 54,27% dos votos) com o apoio do PPB, liderado por Paulo
Maluf, e do PMDB. A aliança é criticada por setores da esquerda, que acusavam FHC
de realizar um governo “conservador e elitista”. O PSDB rebateu dizendo que a aliança
era a única maneira de viabilizar “as reformas necessárias para o país.”
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Além disso, a atenção internacional é voltada não só para a questão dos conflitos
fundiários no Brasil, mas também com relação à matança de animais e lançamento de
mercúrio no meio ambiente através do garimpo. Por exemplo, nessa época, a matança
de jacarés no pantanal por coureiros ocupava lugar de destaque na imprensa, entre
tantos outros exemplos de atividades humanas que estavam causando a extinção de
diversas espécies brasileiras. Os jacarés do Pantanal eram trucidados pelos coureiros,
que retiravam – lhes a pele, abandonando os restos para os urubus, e clandestinamente
remetiam o couro para a Bolívia e o Paraguai, desses países o couro segui para os
Estados Unidos ou para Europa.
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( José Saramago. In Sebastião Salgado.terra. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.p.11)
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Plano Real – apesar de não ter havido muitos avanços nas questões sociais – e elegem
Fernando Henrique Cardoso.
Os conflitos pelo controle dos recursos hídricos, aliás, datam já de anos anteriores. Por
exemplo, analisando- se 3 casos do ano de 1999, pode-se evidenciar isso. Segundo
fontes da Pretoria Dispatch, 1999, uma bomba de fabricação caseira foi descoberta num
reservatório de Wallmansthal, perto de Pretória e pensa-se que ela se destinava a sabotar
o fornecimento de água dos fazendeiros, segundo o jornal de New York Times, 1999, na
cidade de Porto Rico, EUA, após crônica escassesz de água em cidades vizinhas,
manifestantes bloquearan a tomada de água de Roosevelt Roads Navy Base para opor à
presença do exército americano e ao uso do rio Blanco pela marinha; segundo fontes da
China Water Resources Daly 2002, conflitos resultantes do excessivo desvio de água e
subseqüente escassez hídrica do rio Zhang ( China) se agravam por três décadas, fato
que deságua nem confronto entre os camponeses das províncias e Hebei e Henan pelo
limitado recurso hídrico. São usados armamento pesado, incluindo morteiros e bombas.
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reportagens que tratam sobre esses assuntos são cada vez mais encontradas em quadros
de programas de respeitabilidade por parte da opinião pública e de grande audiência,
como por exemplo, o programa “Fantástico” e “Globo Repórter”, além do “Jornal
Nacional”, todos da Rede Globo. Nos jornais, matérias referentes às questões ecológicas
passam a ocupar as paginam diárias. Revistas conceituadas passam destinar as matérias
da capa á denuncia da expansão da fronteira agrícola e na Amazônia, ao aumento do
desmatamento e das queimadas. Multiplicam-se revistas que tratam, unicamente, de
temas relacionados ao meio ambiente. Propagandas que visam sensibilizar as pessoas
para a importância da preservação e desenvolvimento de uma consciência ecológica são
cada vez mais divulgadas pelo veículo de comunicação.
A posição dos Estados Unidos mediante ao tratado de Kyoto é lembrada por toda a
década de 2000, e na Conferência de Copenhague em que o movimento ambiental
internacional tentou marcar sua presença ativamente, enfrentando a policia e fazendo
amontoarem-se cartazes com os dizeres “There is no planet B”-- já em 2009, ainda fala-
se dela.
Inseridos nesse novo contexto histórico, nas eleições seguintes, os candidatos irão
reservar um espaço maior nas suas respectivas plataformas eleitorais, com propostas
que toquem na questão ambiental. Isso não só é resultado de uma postura ambiental que
é cobrada aos candidatos, mas também porque a inflação não assusta mais como
outrora.
Todavia, nem nas eleições de 2002, nem nas e 2006, nenhum candidato a presidência
da República é diretamente relacionado com a causa ambiental, a qual nem consta nas
suas propagandas eleitorais -- apenas são apresentados aspecto relativos na plataforma
eleitoral – que se prendem mais a questão da economia, saúde e educação. Isso muda
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nas eleições presidenciais de 2010. Nestas eleições, pela primeira vez na Nova
República, há uma candidata, marina Silva, do partido (PV), que se coloca em defesa da
questão ambiental, apresentando não só uma plataforma eleitoral, mas também numa
propaganda política que toca sensivelmente nessa temática.
Analisando sob um enfoque ambiental, no contexto das eleições desse ano, inserem-se
os desastres que a chuva causou no nordeste e no Rio de Janeiro, causando
desmoronamento de terra, com a conseqüente morte de família inteiras, e deixando
muitos desabrigados; o clima seco que fez com que o mês de agosto deste ano superasse
o mesmo do ano passado em recorde de queimadas, em muitas incentivadas por ações
humanas — no Norte, Centro-Oeste e Sudeste; e, além disso, discussões a cerca de um
novo código florestal, que pôs em extremos opostos ruralista ecologistas.
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Discursos Ambientais
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O candidato Luiz Inácio Lula da Silva, ao propor a reforma agrária de certa forma
estimulou a expansão da fronteira agrícola, uma vez que a preocupação principal era
solucionar os conflitos fundiários através da distribuição eqüitativa de terras. Para tal, o
candidato também citou a ocupação de áreas da Amazônia exaltando seus recursos
naturais ainda não aproveitados. Entretanto, quanto às questões energéticas Lula
apresenta uma certa preocupação com o meio ambiente, apesar de que o foco estava na
economia e no pagamento da dívida externa através da busca de fontes de energia mais
rentáveis. Suas principais propostas para o setor energético no Brasil estão explicitadas
a seguir:
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Fonte: http://faculdadeanicuns.edu.br/acad_monografias/historia/historia_200512_consuelo.pdf (Data
de acesso: 28/06/2010)
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Desta forma, pode-se analisar que as propostas presidenciais, tanto a de Luis Inácio
Lula da Silva, representante do partido dos trabalhadores, quanto a de Fernando Collor
de Mello do Partido Republicando Nacional, representando a classe média, tinham,
respectivamente, cunho social e econômico. Apresentavam dois caminhos distintos que
visavam a solução dos problemas alarmantes intensificados com a inflação. Apesar de o
candidato Lula possuir idéias relacionadas ao meio ambiente em suas propostas, essas
não eram muito divulgadas, pois não correspondiam às necessidades da população na
época tendo em vista que o paradigma ainda era de desenvolvimento urbano industrial.
A eleição presidencial de 1994 teve como seus candidatos mais conceituados, Luiz
Inácio Lula da Silva (PT, PSB, PCdoB, PSTU, PCB e PPS) e Fernando Henrique Cardoso
(PSDB, PFL, PTB). Esse último fora eleito por voto direto, após ter obtido êxito com a
implantação do Plano Real. Também, foram realizadas pelo presidente, entre outras
medidas, com o objetivo de reduzir o déficit público, considerado como origem da
inflação: a privatização de empresas estatais, aumentos dos juros, redução dos gastos
públicos e liberalização do mercado nacional. O maior desafio do governo Fernando
Henrique Cardoso foi manter a estabilização da moeda e, ao mesmo tempo, promover o
crescimento econômico.
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A eleição de 1998 teve como seus principais candidatos a presidência: Luiz Inácio
Lula da Silva (PT, PDT, PSB e PC do B) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB, PMDB,
PFL, PPB e PTB). Esse último reeleito pelo povo por meio do voto direto, motivado
pela mudança real no viver dos brasileiros que vinha se estabelecendo, após o Plano
Real.
Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de ter perdido mais uma eleição, desenvolveu a sua
campanha, estabelecendo três eixos: social, nacional e democrático, organizado em um
conjunto de propostas econômicas, sociais e políticas, centrado na ruptura com o
neoliberalismo.
Além do mais, a crise energética ocorrida em 2001, ano final do Governo FHC,
serviu-se de apoio à candidatura de Lula, representante da oposição, no ano posterior. A
crise foi caracterizada pela rígida racionalização da energia, que levou muitas regiões do
Brasil a ficarem sem luz, prejudicando o crescimento da economia brasileira com déficit
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A eleição de 2006 tem com principais candidatos a presidência: Luiz Inácio Lula da
Silva (PT, PC do B, PL, PMN e PCB) e José Serra (PSDB e PMDB). Tendo sido, o
primeiro reeleito, sob voto direto, à presidente da República.
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A eleição presidencial de 2010 tem como seus principais candidatos: Marina Silva
(PV), José Serra (PSDB), e Dilma Rousseff (PT). Essa eleição foi marcada pela
primeira candidatura do PV para presidência, a ex-senadora e ex-ministra do Meio
Ambiente Marina Silva, que tem como base de sua plataforma eleitoral a preservação do
meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Os candidatos Dilma e Serra,
apresentam também o conceito de sustentabilidade ambiental em suas propostas, porém
esse aparece como um elemento secundário sendo muito pouco citado em seus
discursos políticos. Assim, devido aos motivos já citados juntamente com o maior
espaço que a mídia proporcionou as questões ligadas ao meio ambiente, essa é a eleição
em que o tema é tratado com maior relevância pelos principais candidatos chegando até
a servir de base para uma plataforma política.
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Fonte: http://www.joildo.net/noticias/discurso-de-jose-serra-no-lancamento-de-sua-
candidatura/#ixzz0y1ofdbqA (Data de Acesso: 25/07/2010)
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"A minha posição clara é que não dá para discutir agora, no meio de
uma campanha eleitoral, uma loucura, foi um equívoco do governo ter
instigado a questão até chegar na época de eleição. É a pior época para
negociar. Segundo, o Brasil é um país heterogêneo, não é? E também
tem uma heterogeneidade que vai para trás que é a idade das
propriedades. Tem gente que a Reserva Legal não era legal e foi
consumida há 50 anos. Eu vou chegar lá (na presidência) e em seis
meses vou equacionar esse assunto”, explica Serra.7
Dilma Rousseff, candidata do PT, já apresenta em sua pauta um setor reservado para a
questão do desenvolvimento sustentável, porém a candidata apoia projetos delicados em
relação ao meio ambiente, em que mesmo que haja um controle o impacto é inevitável.
Dilma encontra dificuldades para aliar o progresso econômico e a sustentabilidade
ambiental. Suas propostas para o desenvolvimento agrícola, industrial e comercial do
país seguem abaixo:
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Fonte:http://www.top30.com.br/news/eleicoes-2010-dilma-rousseff-pt-jose-serra-psdb-e-marina-silva-
pv (Data de acesso: 29/07/2010)
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Fonte:http://www.oeco.com.br/eleicoes-2010/24267-jose-serra-no-jornal-das-dez (Data de acesso:
02/08/2010)
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Fonte: http://estaticog1.globo.com/2010/07/Programa_Dilma_atualizado.pdf (Data de acesso:
21/07/2010)
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“Não ache que o projeto correu, esse projeto tem mais de 20 anos. Foi
discutido com todas as instancias. Acho que fizemos isso [projeto de
Belo Monte] por um motivo muito simples: se o Brasil não produzir
energia hídrica, vai produzir energia térmica”.9
O Projeto São Francisco, também é cercado de polemicas, pois coloca o rio em risco de
seca permanente e prejudicar diversos ecossistemas, além disso, há especulações de que
mesmo se o projeto der certo a água que chegar a região Nordeste, terá um custo
elevado para consumo devido ao alto custo de seu transporte, beneficiando apenas a
elite local.
Quanto à questão do Novo Código Florestal, Dilma alega que é contra o avanço do
desmatamento, mas que o período de eleições é um momento ruim para discutir tal
assunto, apesar de seu partido ter apoiado a mudança. Isso demonstra a falta de opinião
concreta da candidata nesse aspecto.
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Fonte: http://www.top30.com.br/news/eleicoes-2010-dilma-rousseff-pt-jose-serra-psdb-e-marina-silva-
pv (Data de acesso: 29/07/2010)
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na Europa durante aquele período, hoje o partido ainda concentra fortes tendências
ambientalistas nos discursos de seus representantes, sendo assim o mais voltado as
questões ambientais no Brasil.
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(Fonte:http://g1.globo.com/especiais/eleicoes2010/noticia/2010/07/marina-critica-planos-de-governo-
de-dilma-e-serra.html).
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Fonte: http://www.top30.com.br/news/eleicoes-2010-dilma-rousseff-pt-jose-serra-psdb-e-marina-silva-
pv (Data de acesso: 29/07/2010)
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Durante sua campanha eleitoral, Marina expôs mais problemas do que soluções. Ela
relatou problemas ambientais pertinentes relacionados à economia, agronegócio e
outros setores, porém apesar da candidata alegar que a utopia é possível, suas propostas
que desde quando era ministra já eram consideradas utópicas continuam não sendo
viáveis para a realidade atual do Brasil. A questão energética, por exemplo, é bem
delicada pois no período atual as fontes de energia limpa e ecologicamente corretas não
seriam suficientes para suprir a demanda energética do Brasil e a tentativa imediata de
uma substituição do modelo energético brasileiro para esse tipo de fontes ocasionaria
uma nova crise.
Marina, conta com uma parcela muito pequena de votos em relação aos outros dois
principais candidatos de acordo com a pesquisa do IBOPE. No entanto, sua candidatura
tem como principal importância o maior espaço dado para os discursos ambientais pela
mídia fazendo assim o povo brasileiro refletir mais sobre tais assuntos.
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Fonte: http://estaticog1.globo.com/2010/07/propostas_Marina_Silva.pdf (Data de acesso: 18/07/2010)
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3. Conclusão
Por meio da analise da plataforma eleitoral dos candidatos dos dois principais partidos
políticos concorrentes às relações presidenciais. Dos anos de 1989, 1994, 1998, 2002,
2006 e por fim, 2010 e contextualização dessas eleições, foram procurados elementos
que dessem suporte para o entendimento da mudança de paradigma a qual emergiu o
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Fonte: http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4634100-EI15315,00-
Para+Greenpeace+Dilma+representa+o+antiambientalismo.html (Data de acesso: 29/07/2010)
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enfoque dado a questão ambiental na atualidade, pois ao longo dos anos devido às
mudanças econômicas, sociais e políticas como o controle da inflação,o aumento de
ONGS ambientais no país e no mundo, a promulgação da Constituição brasileira de
1988, o contato com os movimentos sociais dos indígenas e dos sem – terra por
exemplo, novas pesquisas científicas denunciando problemas ambientais causados pelo
homem, como o aumento da temperatura terrestre pela emissão de gases do efeito
estufa e paralelamente a esses acontecimentos, o aumento da incidência de catástrofes
naturais. Todos esses fatores colaboraram para uma mudança de pensamento na
sociedade para uma maior sensibilidade com a causa ambiental.
E com isso, as propostas eleitorais dos partidos tiveram que se adequar a esta nova
realidade, passando a propor soluções e a defender às questões relativas ao meio
ambiente de forma mais marcante e direta - diferindo no contexto de eleições anteriores-
e que se justifica pela importância do movimento ambiental hoje, por todo tratamento
pelo qual ele passa nos meios de comunicação e, finalmente, pelo fato de haver, pela
primeira vez na Nova República, uma candidata de um partido que se propõe a defender
as questões relativas ao meio ambiente de maneira bem explicita.
Podemos perceber assim, que a mudança da realidade dos partidos políticos brasileiros
foi reflexo da transformação de pensamento tanto da sociedade mundial, como também
da brasileira. Hoje há uma maior e mais crescente preocupação com as causas
ambientais tanto do ponto de vista econômico, político como também social e cabe a
todos nós estar cada vez mais atentos para fazer a nossa parte em relação à proteção e
não degradação do ambiente em que vivemos, como também exigir dos partidos e dos
políticos, leis, soluções e atitudes que garantam o desenvolvimento sem ou com o
mínimo de agressão possível ao meio ambiente, garantindo assim uma melhor qualidade
de vida para todos.
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4. Bibliografia
“Por que eles querem o fim da reeleição?”. Época, Rio de Janeiro, p. 46-47, 23
abril 2007.
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A estreita terceira via de Marina. Época, Rio de Janeiro, p.50-57, maio 2010.
A longa lista dos condenados. Veja, Rio de Janeiro, Ano 41, n. 41, p. 88-92, 15
ago. 2008.
A utopia deve continuar. Época, Rio e Janeiro, n. 587, p. 44, ago. 2009.
Aro perde apoio, ataca Lula e diz que Serra tem mais preparo que Dilma.
Destak, 26 abr. 2010 p. 4.
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Caatinga: bioma ameaçado. Cidadania & Maio Ambiente, Rio de Janeiro, Ano
5, n. 27, p. 32-33, 2010.
De volta para o futuro. Veja, Rio de Janeiro, Ano 41, n. 41, p. 80-81, 15 ago.
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Eleito no PT, Dutra já negocia 2010 com PMDB. O Globo, 25 set. 2009 p. 11.
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Estudo vê padrão em voto para presidente desde 89. Disponível em: <
http://www1.folha.uol.com.br/poder/754350-estudo-ve-padrao-em-voto-para-
presidente-desde-89.shtml>Acesso em: 19 ago. 2010.
FRANCO, Bernardo. Marina muda tom e agora flerta com a base de Lula.
Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/poder/758216-marina-muda-
tom-e-agora-flerta-com-a-base-de-lula.shtml>. Acesso em: 19.agosto.2010.
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José Serra: “Eu sou ambientalista”. Eleições 2010, Blog do Eco, Rio de Janeiro,
12 de ago. 2010. Disponível em: < www.oeco.com.br/eleicoes-2010/24267-jose-
serra-no-jornal-das-dez >. Acesso em: 02 ago. 2010.
Lula diz que fará qualquer coisa para conter inflação. Disponível em: <
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/748239-lula-diz-que-fara-qualquer-
coisa-para-conter-inflacao.shtml>. Acesso em: 19 ago. 2010.
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Marina diz que quebrou o “paradigma”, mostrando que o país pode crescer e
diminuir a pobreza. O Globo, Rio de Janeiro, 5 jul. 2010. Disponível em <
http://www.oglobo.com.br/>. Acesso em: 10 maio 2010.
Negrão. PUC São Paulo, São Paulo. Disponível em: < http://www4.pucsp.br>.
Acesso em: 15 jul. 2010.
Nós temos condições de antecipar o futuro. IstoÉ, Rio de Janeiro, Ano 34, n.
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O Brasil precisa antecipar o futuro. Época, Rio de Janeiro, p. 50-57, maio 2010.
O dilema de Lula. Veja, Rio de Janeiro, Ano 41, n. 41, p. 78 -79, 15 ago. 2008.
O investiment grade político. Veja, Rio de Janeiro, ano 41, n. 41, p. 148-149, 15
ago. 2008.
Os sonhos de marina. IstoÉ, Rio de Janeiro, Ano 34, n. 2117, p. 44-46, jul 2009.
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Parar de comer carne pode salvar a Amazônia. Época, Rio de janeiro, p.68-70,
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Prêmio para carioca que ajudou na limpeza Rio. O Globo, 28 nov. 2009 p. 27.
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34
Sem ele ninguém governa. Veja, Rio de Janeiro, ano 41, n. 41, p. 74-77, 15 ago.
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Serra prevê gastar 14,65% mais que Dilma na eleição. Disponível em: <
http://www1.folha.uol.com.br/poder/761917-serra-preve-gastar-1465-mais-que-
dilma-na-eleicao.shtml >. Acesso em: 19 ago. 2010
Sim, ela é candidata. Época, Rio de Janeiro, n. 587, p. 38-44, ago. 2009.
Subida da Dilma em pesquisa faz a oposição agir. O Globo, 25 set. 2009 p. 12.
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Um banho de votos. Veja, Rio de Janeiro, ano 41, n. 41, p. 73, 15 ago. 2008.
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