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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 4


1. OBJETIVO ............................................................................................................................. 6
2. CONCEITOS E TERMINOLOGIA LIGADOS AO LIXAMENTO..................................... 6
2.1. Lixa.................................................................................................................................. 6
2.2. Aglutinante ou Adesivo ................................................................................................... 7
2.3. Alinhar ............................................................................................................................. 7
2.4. Capa de Segurança........................................................................................................... 7
2.5. Cavaco ............................................................................................................................. 7
2.6. Cinta ou Correia de Lixa ................................................................................................. 8
2.7. Coletor de Poeira ............................................................................................................. 8
2.8. Cone................................................................................................................................. 8
2.9. Costado ............................................................................................................................ 9
2.10. Desbaste......................................................................................................................... 9
2.11. Disco.............................................................................................................................. 9
2.12. Eixo.............................................................................................................................. 10
2.13. Emenda ........................................................................................................................ 10
2.14. Encanoamento ou Curvatura ....................................................................................... 10
2.15. Ferramenta Abrasiva.................................................................................................... 10
2.16. Disco de flaps .............................................................................................................. 10
2.17. Flexionamento ............................................................................................................. 11
2.18. Folha ............................................................................................................................ 11
2.19. Formato........................................................................................................................ 12
2.20. Impressão..................................................................................................................... 12
2.21. Interruptor Elétrico ...................................................................................................... 12
2.22. Lixadeira...................................................................................................................... 12
2.23. Lixamento Manual....................................................................................................... 12
2.24. Lixar ............................................................................................................................ 12
2.25. Mandril ........................................................................................................................ 13
2.26. Máxima Rotação.......................................................................................................... 13
2.27. Mineral ........................................................................................................................ 13
2.28. Peça obra ..................................................................................................................... 13
2.29. Pedaço ou Lixa para Cilindro ...................................................................................... 13
2.30. Roda de Lixa................................................................................................................ 13
2.31. Rolos............................................................................................................................ 14
2.32. Roda de contato ........................................................................................................... 14
2.33. Suporte......................................................................................................................... 15
2.34. Tensionador ou Esticador ............................................................................................ 15
2.35. Tubo de Lixa................................................................................................................ 15
3. GRÃOS ABRASIVOS ......................................................................................................... 16
3.1. Características dos grãos abrasivos ............................................................................... 17
3.2. Tipos dos grãos abrasivos.............................................................................................. 17
3.2.1. Óxido de Alumínio ................................................................................................. 17
3.2.2. Carbureto de Silício - SiC:...................................................................................... 21
3.3. Diferença entre grãos de lixas ....................................................................................... 22
3.4. Densidade dos grãos ...................................................................................................... 22
4. O PROCESSO DE LIXAMENTO ....................................................................................... 24
4.1. O porque de se lixar....................................................................................................... 24
4.2. Como se lixar................................................................................................................. 24
2

4.3. Aplicação de lacas ......................................................................................................... 25


4.3.1. Aglomerado e compensado .................................................................................... 25
4.3.2. Madeira maciça....................................................................................................... 25
4.3.3. Lâminas de madeira:............................................................................................... 25
5. CUIDADOS ESPECIAIS COM LIXAS.............................................................................. 26
5.1. Cuidados com o Processo .............................................................................................. 26
5.2. Cuidados com a Pressão ................................................................................................ 26
5.3. Cuidados com a Umidade.............................................................................................. 27
5.4. Problemas mais comuns ................................................................................................ 27
5.4.1. Efeito antiestático ................................................................................................... 27
5.5. Recomendações básicas para utilização de lixas........................................................... 28
6. TIPOS DE LIXAS ................................................................................................................ 30
6.1. Lixa 3M 200D Correias Estreitas .................................................................................. 30
6.2. Lixa 3M 251U Correias Estreitas .................................................................................. 30
6.3. Lixa 3M 441D Correias Largas ..................................................................................... 31
6.4. Lixa 3M 451U Correias Largas ..................................................................................... 31
6.5. Lixa para Lixamento de Superfícies Irregulares "Lixa Estrela".................................... 32
6.6. Sistema HookitMR .......................................................................................................... 32
6.7. Folhas para Acabamento Scotch-BriteMR ...................................................................... 33
6.8. Lixa 3M 210N/230N Folhas.......................................................................................... 33
6.9. Lixa 3M 470U Pedaços Grandes ................................................................................... 34
6.10. Lixa 252U Discos ........................................................................................................ 34
7. TIPOS DE LIXADEIRAS.................................................................................................... 35
7.1. Lixadeiras de Pequeno porte.......................................................................................... 36
7.1.1. Lixadeira orbital ..................................................................................................... 36
7.1.2. Lixadeira excêntrica ............................................................................................... 36
7.1.3. Lixadeira de cinta ................................................................................................... 37
7.1.4. Lima elétrica ........................................................................................................... 39
7.1.5. Escovas abrasivas ................................................................................................... 39
7.1.6. Disco para lixar....................................................................................................... 40
7.1.7. Folha ou feltro para lixar ........................................................................................ 41
7.1.8. Lixadeira angular/esmerilhadeira ........................................................................... 41
7.2. Lixadeiras de Grande porte............................................................................................ 42
7.2.1. Lixadeiras automatizadas – Fladder ....................................................................... 42
7.2.1.1. Lixadeira Fladder 300 GYRO - 1300 VAC ..................................................... 42
7.2.1.2. Lixadeira Fladder 300 / AUT - 1000 VAC ...................................................... 43
7.2.2. Lixadeiras calibradoras e lixadeiras automáticas especiais – MACLINEA........... 45
7.2.2.1. Lixadeira/calibradora SMART - 115............................................................... 45
7.2.2.2. Lixadeira/calibradora – FUTURA 135 RR/RP/PP ......................................... 46
7.2.2.3. Lixadeira/calibradora – 71TT/CT/TTxPC ...................................................... 47
7.2.2.4. Lixadeira SP3 .................................................................................................. 48
7.2.2.5. Lixadeira automática de Bordos ..................................................................... 49
7.2.2.6. Lixadeira dupla automática ............................................................................ 50
7.2.3. Lixadeiras especiais – INVICTA ........................................................................... 51
7.2.3.1. Lixadeira LI-15................................................................................................ 51
7.2.3.2. Lixadeira DF-260 ............................................................................................ 52
7.2.3.3. Lixadeira DX-25 .............................................................................................. 53
7.2.4. Lixadeira angular e para boleados - LIDEAR ........................................................ 54
7.2.4.1. Lixadeira angular - L203 c/ cabeçote 93MM.................................................. 54
7.2.4.2. Lixadeira automática para boleados – L250 .................................................. 55
3

7.2.5. Lixadeira de mesa para acabamentos e de cintas - HDS ....................................... 56


7.2.5.1. Lixadeira de mesa para acabamento .............................................................. 56
7.2.5.2. Lixadeira de cinta acoplada ............................................................................ 56
7.2.5.3. Lixadeira de cinta............................................................................................ 57
8. ARMAZENAMENTO DE LIXAS ...................................................................................... 58
8.1. Efeito da variação de umidade....................................................................................... 59
8.2. Condições de armazenamento ....................................................................................... 59
8.3. Etiquetas ou rótulos de instrução de armazenamento.................................................... 59
8.4. Manuseio ....................................................................................................................... 59
8.5. Rotação do estoque........................................................................................................ 60
8.6. Efeitos de armazenamento impróprio............................................................................ 60
8.6.1. Mudança da forma .................................................................................................. 60
8.6.2. Mudança na flexibilidade ....................................................................................... 60
8.6.3. Proteção de máquina............................................................................................... 60
9. SELEÇÃO E INSPEÇÃO PARA LIXAS............................................................................ 61
9.1. Resistência do costado................................................................................................... 61
9.2. Esticamento de costado ................................................................................................. 61
9.3. Inspeção da lixa ............................................................................................................. 61
9.3.1. Cintas ...................................................................................................................... 61
9.3.2. Discos ..................................................................................................................... 62
9.3.3. Roda de lixa............................................................................................................ 62
9.3.4. Tubo........................................................................................................................ 62
9.3.5. Disco de flaps ......................................................................................................... 62
9.4. Desgaste......................................................................................................................... 62
9.5. Como identificar uma lixa ............................................................................................. 63
10. TOXICIDADE DE LIXAS ................................................................................................ 64
10.1. Grãos abrasivos ........................................................................................................... 64
10.2. Adesivos ...................................................................................................................... 64
10.3. Aditivos aplicados posteriormente .............................................................................. 64
11. AMBIENTE DE TRABALHO .......................................................................................... 65
11.1. Local de trabalho ......................................................................................................... 65
11.2. Área de trabalho........................................................................................................... 65
11.3. Posicionamento dos Operadores na máquina .............................................................. 65
11.4. Ventilação/Exaustão .................................................................................................... 65
11.5. Critérios de captação de poeira.................................................................................... 66
11.5.1. Captação de Cavacos ............................................................................................ 66
11.5.2. Prevenção contra fogo .......................................................................................... 66
11.5.3. Cavacos tóxicos .................................................................................................... 66
12. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL........................................................ 67
12.1. Óculos de proteção ou óculos de ampla visão............................................................. 67
12.2. Avental de lona............................................................................................................ 67
12.3. Protetor de braço e antebraço de couro ....................................................................... 67
12.4. Luvas de couro ............................................................................................................ 67
12.5. Calçado de segurança .................................................................................................. 67
12.6. Roupas largas ou acessórios ........................................................................................ 67
12.7. Máscara ou respirador ................................................................................................. 67
12.8. Protetor auricular ......................................................................................................... 67
13. REFERÊNCIA BIBLIOGRÄFICAS ................................................................................. 68
4

LISTA DE FIGURAS
FIGURA 2.1 – COMPOSIÇÃO DE UMA LIXA [1].............................................................................. 6
FIGURA 2.2 – EXEMPLO DE UMA CINTA OU CORREIA DE LIXA [1]................................................. 8
FIGURA 2.3 – EXEMPLO DE UMA CINTA DE LIXA DE FORMATO CÔNICO [1] .................................. 8
FIGURA 2.4 – EXEMPLO ILUSTRATIVO DE UMA DISCO [1] .......................................................... 10
FIGURA 2.5 – DISCO DE FLAPS [1].............................................................................................. 11
FIGURA 2.6 – TIPOS DE FLEXIONAMENTOS [1] ........................................................................... 11
FIGURA 2.7 – EXEMPLO DE UMA FOLHA DE LIXA [1].................................................................. 11
FIGURA 2.8 – EXEMPLO DE ROLOS DE LIXA [2] .......................................................................... 14
FIGURA 2.9 – RODAS DE LIXA [2] .............................................................................................. 14
FIGURA 2.10 – EXEMPLO DE UM TUBO DE LIXA [2] .................................................................... 15
FIGURA 3.1 – ILUSTRAÇÃO DOS GRÃOS ABRASIVOS DE UMA LIXA [3]........................................ 16
FIGURA 3.2 – (A) GRÃOS ABRASIVOS SINTERIZADOS; (B) GRÃOS ABRASIVOS
CONVENCIONAIS; ................................................................................................................ 20
FIGURA 4.1 – COMO SE LIXAR [6] .............................................................................................. 24
FIGURA 5.1 – LIXADEIRA DE CINTA LARGA [3] .......................................................................... 26
FIGURA 5.2 – ILUSTRAÇÃO DE UM LIXAMENTO CONVENCIONAL E UM COM
EFEITO ANTIESTÁTICO ......................................................................................................... 28
FIGURA 6.1 - LIXA 3M 200D CORREIAS ESTREITAS [7]............................................................ 30
FIGURA 6.2 - LIXA 3M 251U CORREIAS ESTREITAS [7]............................................................. 31
FIGURA 6.3 - LIXA 3M 441D CORREIAS LARGAS [7]................................................................. 31
FIGURA 6.4 - LIXA 3M 451U CORREIAS LARGAS [7]................................................................. 32
FIGURA 6.5 - LIXA PARA LIXAMENTO DE SUPERFÍCIES IRREGULARES "LIXA
ESTRELA” [7]...................................................................................................................... 32
FIGURA 6.6 - SISTEMA HOOKITMR [7] ........................................................................................ 33
FIGURA 6.7 - FOLHAS PARA ACABAMENTO SCOTCH-BRITEMR [7]............................................. 33
FIGURA 6.8 - LIXA 3M 210N/230N FOLHAS [7] ........................................................................ 34
FIGURA 6.9 - LIXA 3M 470U PEDAÇOS GRANDES [7]................................................................ 34
FIGURA 6.10 - LIXA 252U DISCOS [7] ....................................................................................... 34
FIGURA 7.1 – EXEMPLO DE LIXADEIRAS ORBITAIS [6] ............................................................... 36
FIGURA 7.2 – ILUSTRAÇÃO DE UMA LIXADEIRA EXCÊNTRICA [6]............................................... 37
FIGURA 7.3 – OPERAÇÃO DE LIXAMENTO COM UMA LIXADEIRA EXCÊNTRICA [6]...................... 37
FIGURA 7.4 – LIXADEIRA DE CINTA [6]...................................................................................... 37
FIGURA 7.5 - LIXADEIRA DE CINTA PARA DESBASTE EM OPERAÇÃO [6] .................................... 38
FIGURA 7.6 – EMPUNHADURA DA LIXADEIRA DE CINTA [6]...................................................... 38
FIGURA 7.7 – EXEMPLO DE UMA LIXADEIRA DE CINTA EM UM SUPORTE [6] ............................. 38
FIGURA 7.8 – EXEMPLIFICAÇÃO DE UMA LIMA ELÉTRICA [6].................................................... 39
FIGURA 7.9 – EXEMPLO DE ESCOVAS DE NYLON PARA O LIXAMENTO [6]................................... 39
FIGURA 7.10 – EXEMPLIFICAÇÃO DA OPERAÇÃO DE UMA ESCOVA DE NYLON [6] ...................... 40
FIGURA 7.11 – EXEMPLIFICAÇÃO DE DISCOS PARA O LIXAMENTO E UM DISCO
ACOPLADO A UMA FURADEIRA [6]....................................................................................... 40
FIGURA 7.12 – FURADEIRA EQUIPADA COM UM DISCO ABRASIVO [6] ........................................ 40
FIGURA 7.13 - FOLHA OU FELTRO PARA LIXAR [6]..................................................................... 41
FIGURA 7.14 - LIXADEIRA ANGULAR/ESMERILHADEIRA [6]....................................................... 41
FIGURA 7.15 - FLADDER 300 GYRO - 1300 VAC [8]................................................................ 42
FIGURA 7.16 – EXEMPLO DO CABEÇOTE DE LIXAMENTO DA FLADDER 300
GYRO - 1300 VAC [8]....................................................................................................... 43
FIGURA 7.17 - FLADDER 300 / AUT - 1000 VAC [8]................................................................. 43
FIGURA 7.18 – EXEMPLO DO CABEÇOTE DE LIXAMENTO DA FLADDER 300 /
5

AUT - 1000 VAC [8].......................................................................................................... 44


FIGURA 7.19 - EXEMPLOS DE PEÇAS LIXÁVEIS PELA FLADDER 300 GYRO E FLADDER
300 / AUT, DE ACORDO COM AS DIMENSÕES DA MESA DE TRABALHO (1600 E 1200 MM) ... 45
FIGURA 7.20 - LIXADEIRAS-CALIBRADORAS MODELO SMART – 115 [9].................................. 46
FIGURA 7.21 - CALIBRADORAS/LIXADEIRAS MACLINEA DA SÉRIE FUTURA [9]................... 47
FIGURA 7.22 - LIXADEIRAS DA SÉRIE "71" [9] ........................................................................... 48
FIGURA 7.23 - LIXADEIRAS MACLINEA DA SÉRIE "SP3 [9]..................................................... 49
FIGURA 7.24 – LIXADEIRA AUTOMÁTICA DE BORDOS [9]........................................................... 50
FIGURA 7.25 – LIXADEIRA AUTOMÁTICA DUPLA [9].................................................................. 51
FIGURA 7.27 - LIXADEIRA DF - 260 DA INVICTA [10]............................................................. 53
FIGURA 7.28 - LIXADEIRA DX - 25 DA INVICTA [10].............................................................. 54
FIGURA 7.29 - LIXADEIRA ANGULAR EM DIFERENTES ANGULAÇÕES [11] .................................. 55
FIGURA 7.30 - LIXADEIRA AUTOMÁTICA PARA BOLEADOS [11] ................................................. 55
FIGURA 7.31 - LIXADEIRA DE MESA PARA ACABAMENTO [12] ................................................... 56
FIGURA 7.32 - LIXADEIRA DE CINTA ACOPLADA [12] ................................................................ 56
FIGURA 7.33 - LIXADEIRA DE CINTA [12]................................................................................... 57
FIGURA 8.1 – ARMAZENAMENTO DE CINTAS [3] ........................................................................ 58
6

1. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é a elaboração de uma pesquisa bibliográfica sobre lixas,


lixadeiras e os processos de lixamento da madeira.

2. CONCEITOS E TERMINOLOGIA LIGADOS AO LIXAMENTO

Segundo o consultor de engenharia e pesquisador Peter Koch [1], inicialmente é


preciso se ter em mente que o processo de lixamento pode ser dividido em duas classes de
trabalho. Na primeira classe estão os processos que são realizados para preparar a madeira
reduzindo mais ou menos a aspereza superficial da peça. Na segunda classe estão os processos
de lixamento que preparam a madeira para subsequente aplicação de materiais de acabamento.
É importante sempre se evitar lixamentos profundos que possam causar riscos danosos aos
produtos [1].
Em relação às diferentes espécies de madeiras, pode-se afirmar que algumas espécies
são mais difíceis de serem lixadas que outras. Porém, isto pode ser amenizado através da
escolha correta do tipo de abrasivo e do tamanho dos grãos das lixas, bem como adotando-se
velocidades e pressões de lixamentos ideais [1].
A seguir serão apresentados os principais conceitos que estão intimamente
relacionados ao processo de lixamento das madeiras.

2.1. Lixa

Segundo a Norma ABNT, lixa é o produto fabricado com a deposição de grãos de


mineral abrasivo, previamente classificado a um tamanho especificado, sobre um costado de
papel, tecido, fibra vulcanizada, filme plástico ou combinação (papel + tecido), e unidos por
camadas de adesivos que são curadas para ter a forma sólida.

Figura 2.1 – Composição de uma Lixa [2]


7

Segundo a empresa ABRASNEL, abrasivos revestidos, popularmente conhecidos


como lixas, são ferramentas industriais largamente empregadas e conhecidas em todas as
indústrias. São compostas de Grãos Abrasivos, Costados e Adesivos [3].

2.2. Aglutinante ou Adesivo

É todo o material orgânico ou mineral, natural ou sintético, utilizado para fixar os


grãos abrasivos ao costado [2].
Existem dois tipos de adesivos. A resina, presente nas lixas utilizadas em máquinas
lixadeiras, e a cola, para as lixas manuais [4].
Cola Animal - Utilizada em lixas para operações manuais e em operações mecânicas
onde haja baixo desenvolvimento de calor [3].
Resinas - Para lixas a serem utilizadas tanto em desbaste pesado, como semi-
acabamento e acabamento [3].

2.3. Alinhar

É o ato de centralizar uma correia ou cinta de lixa, em movimento em uma lixadeira,


sendo que as lixadeiras de correia larga são projetadas para oscilar lateralmente a mesma,
além de centralizar a correia, ajuda prevenir marcas na superfície da peça obra [2].

2.4. Capa de Segurança

Em uma máquina ou ferramenta abrasiva portátil, devem ser projetados dispositivos


que evitem a projeção de partículas e poeira, resultantes do uso de lixa, contra o operador e
pessoas presentes no ambiente, e eliminar, na medida do possível, contato acidental com o
produto abrasivo e/ou partes da máquina em movimento, e a possibilidade de que possa ser
arremessada pedaço do produto abrasivo ou da peça obra que venha a se romper [2].

2.5. Cavaco

É todo o material resultante da ação de abrasão da lixa contra a superfície de trabalho


(lixamento).
8

2.6. Cinta ou Correia de Lixa

Tira de lixa, com as extremidades unidas para formar uma lixa contínua.

Figura 2.2 – Exemplo de uma cinta ou correia de lixa [2]

De acordo com a empresa Abrasnel, a largura da cinta é determinada pela largura da


roda de contato. O comprimento é obtido colocando-se o esticador da máquina em sua
posição intermediário [3].

2.7. Coletor de Poeira

É o dispositivo utilizado para recolher a poeira contida no ar, em área que possua
operações de lixamento, através de tubos e uma câmara de coleta e filtragem do ar [2].

2.8. Cone

Existem também cintas de lixa de formato cônico.

Figura 2.3 – Exemplo de uma cinta de lixa de formato cônico [2]


9

2.9. Costado

É todo material flexível ou semi-rígido no qual o grão abrasivo é fixado por um


adesivo. Papel, tecido, fibra, filme plástico e combinação são os principais costados usado
para lixas [2].
Trata-se das "costas" da lixa, o local que não fica em contato com o material a ser
lixado. Nele são fixados os grãos abrasivos responsáveis pelo lixamento [4].
Segundo a empresa Abrasnel tem-se o seguinte emprego para cada tipo de costado [3]:

Papel - Empregado em lixas para operações manuais e em operações mecânicas onde o


costado não seja submetido a grandes esforços.
Pano - Utilizado em operações manuais ou mecânica em geral.
Combinação - Este tipo de costado é obtido a partir de pano e papel ligados entre si
por um adesivo de grande resistência.
Fibra - É um costado de grande resistência mecânica e pouca flexibilidade.

2.10. Desbaste

Nome dado à abrasão com remoção de grandes quantidades de material da peça obra
usando uma ferramenta abrasiva. O termo é aplicado a todos os tipos de remoção com
rebolos, mas também é comum seu uso para descrever várias operações executadas por
máquinas que usam cintas ou correias e discos de lixas, por exemplo, "desbaste de solda" [2].

2.11. Disco

É toda lixa com formato circular, com ou sem furo central, que é fixado a um suporte,
acoplado a uma máquina portátil ou estacionária. Discos com diferente diâmetros são
fabricados para aplicações especiais [2].
10

Figura 2.4 – Exemplo ilustrativo de uma disco [2]

2.12. Eixo

É o elemento giratório em uma máquina abrasiva sobre o qual um produto abrasivo ou


outro dispositivo, como um rolo de contato, podem ser montados.

2.13. Emenda

É o meio para alinhar e unir as extremidades de uma tira de lixa, para formar uma
correia ou cinta de lixa, tubo ou cone. A emenda também é chamada de "junta".

2.14. Encanoamento ou Curvatura

- Côncavo (abrasivo para dentro);


- Convexo (abrasivo para fora) / curvando a lixa.

2.15. Ferramenta Abrasiva

Qualquer máquina ou dispositivo projetado para propulsar uma lixa de tal modo que
lixará a peça obra ou uma superfície sólida.

2.16. Disco de flaps

De formato circular, é composto por tiras de lixa coladas em uma base de maneira
sobreposta na sua periferia [2].
11

Figura 2.5 – Disco de flaps [2]

2.17. Flexionamento

A configuração das linhas de fratura da camada de adesivos de uma lixa, produzidas


por um sistema controlado, faz o produto flexível em diferentes padrões.

Figura 2.6 – Tipos de flexionamentos [2]

2.18. Folha

Uma forma, normalmente retangular, cortada de material lixa.

Figura 2.7 – Exemplo de uma folha de lixa [2]


12

2.19. Formato

Qualquer forma e configuração de material (disco, folha, ou cinta) que pode ser
cortado de um pedaço maior de lixa, e também qualquer forma original ou configuração na
qual a lixa pode ser produzido [2].

2.20. Impressão

Identificação contida na superfície não abrasiva dos formatos de lixa, que


normalmente é impressa para identificar o produto e seu fabricante, e indicar certas
precauções para seu uso seguro [2].

2.21. Interruptor Elétrico

Dispositivo para iniciar e manter o fluxo de corrente elétrica, desde que seja aplicada
pressão manual ao interruptor.

2.22. Lixadeira

Com propulsão elétrica ou ar comprimido, ferramenta para lixamento de materiais


com uso de um formato de lixa. O termo "lixadeira" é o termo mais genérico, aplicado para
todo tipo de ferramenta que utiliza lixa [2].

2.23. Lixamento Manual

Operação de colocar manualmente a peça obra em contato com uma lixa em


movimento, como quando seguramos uma peça obra e levamos contra uma correia de lixa.

2.24. Lixar

Segundo a norma ABNT, lixar é remover material da superfície de um objeto através


de fricção dinâmica desenvolvida entre uma superfície de lixa e a superfície do objeto.
13

2.25. Mandril

Um eixo ou fuso inserido em uma roda, rolo, tubo, ou cone abrasivo, servindo como
suporte durante uso.

2.26. Máxima Rotação

A máxima velocidade/rotação (sem carregamento) projetada para que a lixa seja


utilizado com segurança (em revoluções por minuto).

2.27. Mineral

O termo geral para denominar o grão abrasivo em um produto abrasivo, podendo ser
natural ou sintético.

2.28. Peça obra

Segundo a Norma ABNT, é o artigo que será lixado ou sofrerá abrasão, por exemplo a
madeira.

2.29. Pedaço ou Lixa para Cilindro

Folha de lixa, cortada em um formato que pode ser aplicada, na forma espiral ou reta,
ao redor da superfície cilíndrica de um rolo ou tambor e fixada com grampos de fixação [2].

2.30. Roda de Lixa

Vários pedaços de lixa unidos com adesivo e montados na posição radial, fixados com
anel metálico externo.
14

2.31. Rolos

Formato enrolado por sobreposição e composto por uma tira de lixa com dimensões
definidas [2].

Figura 2.8 – Exemplo de rolos de lixa [3]

A empresa Abrasnel por exemplo, fornece estes rolos nos comprimentos de 20m e
45m e em qualquer largura solicitada [3].

2.32. Roda de contato

Cilíndrico, montado em um eixo que serve como uma superfície suporte, rotativa, para
uma correia ou cinta de lixa. A superfície normalmente é coberta com uma camada dura ou
flexível, como borracha que pode ser ranhurada ou lisa [2].

As Rodas de Lixa são as mais recomendadas para o lixamento e acabamento de


superfícies planas, de contornos e de superfícies interna, adaptadas em lixadeiras para tornos,
lixadeiras rotary e outras, além de furadeiras elétricas, sendo encontradas em vários
diâmetros, larguras e granas [3].

Figura 2.9 – Rodas de lixa [3]


15

2.33. Suporte

Peça obra de material rígido ou flexível, acoplado a uma ferramenta abrasiva de tal
modo que sirva de apoio a uma forma de lixa, que a este fixado, realize operação de lixamento
[2].

2.34. Tensionador ou Esticador

Uma mola, cilindro de ar ou peso suspenso, que mantêm uma correia ou cinta de lixa
esticada enquanto em uso.

2.35. Tubo de Lixa

Um pedaço de lixa, costado de papel ou tecido, enrolado sobre base de papel ou tecido
para formar um tubo [2]. São empregados em locais de difícil acesso, e podem possuir por
exemplo, diâmetros de 6,2mm - 152mm e alturas de 3mm - 980mm [3].

Figura 2.10 – Exemplo de um tubo de lixa [3]


16

3. GRÃOS ABRASIVOS

Os grãos abrasivos são obtidos através de minerais triturados, formando partículas que
são classificadas com números, também conhecidos como "grana". É a partir do tamanho dos
grãos de um produto abrasivo que se define sua granulometria [5].
Os grãos abrasivos são produzidos em blocos que após serem fragmentados e
passarem por processo de moagem, são classificados de acordo com seu tamanho. Esta
classificação identifica os grãos com os números de 16 a 600 [5].
A classificação é feita por sistema de peneiras e a partir da grana 220. Da grana 240
até a grana 600 a classificação é feita por sistema de sedimentação [5].
Segundo a empresa Abrasnel, os principais grão abrasivos são [3]:
* Óxido de Alumínio Branco
* Óxido de Alumínio Marrom
* Carbureto de Silício
* NORZON
* SEEDED GEL

Esta é a região da lixa que faz a operação de lixamento propriamente dita, removendo
o material na superfície que está sendo trabalhada. Tais grãos são obtidos através de minerais
triturados [4].

Figura 3.1 – Ilustração dos grãos abrasivos de uma lixa [4]


17

3.1. Características dos grãos abrasivos

As principais características que necessitam estar presentes no grãos abrasivos das


lixas são [5]:

A-) Dureza: Pode ser definida como a resistência à ação do risco. Baseada neste conceito foi
criada a conhecida escala Mohs onde o mineral mais mole, o talco, é riscado por todos os
outros e o mais duro é o diamante que não é riscado por nenhum e risca todos os outros.

B-) Tenacidade: É a capacidade que os grãos abrasivos têm de absorver energia, isto é, resistir
a impactos sob ação dos esforços de choque sem perder o poder de corte. Portanto, os grãos
que possuem essa característica são indicados para operações de elevadas pressões.

C-) Friabilidade: É a capacidade do grão fraturar-se durante a operação quando este perde o
poder de corte, criando assim novas arestas de corte, obtendo menor geração de calor.
Portanto os grãos que apresentam essa característica são indicados em operações que
requerem a integridade física da peça-obra.

3.2. Tipos dos grãos abrasivos

Os grãos abrasivos são fabricados principalmente de [5]:

3.2.1. Óxido de Alumínio

A obtenção do óxido de alumínio abrasivo consiste na fusão da bauxita, triturada e


calcinada e misturada com pequena porcentagem de coque, ferro, além de Ti e MgO2. A
fusão ocorre a uma temperatura de 1900ºC a 2000ºC em um forno elétrico a arco por um
período de 36hs, enquanto que o resfriamento pode ser de até uma semana. O bloco formado é
posteriormente fraturado e triturado [5].

3.2.1.1. Óxidos de Alumínio Convencionais - Al2O3

Este grão é extremamente robusto e sua forma de cunha permite penetração rápida em
materiais duros sem fraturar-se ou desgastar-se excessivamente. É usado em materiais de alta
18

resistência a tração como aço e suas ligas, ferro fundido nodular e maleável e também para
materiais não ferrosos [5].

a) Óxido de Alumínio Marrom (A): Grão abrasivo robusto e pouco friável. É utilizado em
operações de corte, desbaste e retificação em aços de baixo carbono, facas, alavancas,
picaretas, talhadeiras, etc. Em aplicações com lixas também é indicado para materiais não
ferrosos como madeira dura e alumínio.

b) Óxido de Alumínio Branco (38A): Operações de precisão (acabamento) e afiação de


ferramentas de aço rápido. Em aplicações com lixas é indicado para trabalhar em materiais
não ferrosos como madeira e couro.

c) Óxido de Alumínio 19A: Utilizado em operações específica onde é necessário a robustez


do grão "A" com a friabilidade do grão "38A".

d) Óxido de Alumínio 25DR: Grão abrasivo friável, indicado para operações de afiação de
ferramentas, retíficas cilíndricas e planas e operações com pontas montadas.

e) Óxido de Alumínio 55A: Utilizado em operações de precisão, proporciona ação de corte


rápido e friável com excelente manutenção de perfil.

3.2.1.2. Óxidos de Alumínio Zirconados

Esta lixa é produzida com um grão à base de óxido de alumínio zirconado (um
processo químico), com formato pontiagudo e de grande resistência mecânica. É ideal para
operações de calibragem em aglomerado e madeira maciça [4].
São grãos abrasivos de óxido de alumínio combinados com óxido de zircônio,
constituído de cristais obtidos a partir da fusão de Areia Zirconada e Alumina à temperaturas
de 1.900ºC, seguida de resfriamento. Estes grãos possuem arestas super afiadas que se
renovam durante o processo, cortando por muito mais tempo com menos calor, sendo ideal,
portanto, para aplicações de corte rápido e desbaste pesado [3].
19

a) Grão
Óxido de Alumínio Zirconado NZ: Rendimento 2 a 3 vezes superior aos grãos convencionais.
Indicado para desbaste pesado e corte rápido de metais ferrosos e nos casos de lixas também
em materiais não ferrosos como madeiras moles ou duras, compensados, aglomerados e
vidros [5].

b) Grão
Óxido de Alumínio Zirconado ZF: Apresenta elevada resistência e elevado desempenho.
Sendo, portanto, indicado para desbaste pesado e alta remoção de metaois ferrosos em aciaria
e fundição [5].

c) Grão
Óxido de Alumínio Zirconado ZS: Apresenta alta resistência. Indicado para operações de
condicionamento de barras, placas, etc., em que as pressões de trabalho são extremamente
elevadas [5].

Características dos Óxidos de Alumínio Zirconados:


- Extremamente duro com alto índice de remoção e fragmentação;
- Capacidade de formar novas arestas cortantes.

Aplicações dos Óxidos de Alumínio Zirconados:


- Altas taxas de remoção em metais ferrosos e não ferrosos: Aço inoxidável e madeira plana;
- Compensados e aglomerados; Fibra de vidro.

3.2.1.3. Óxidos de Alumínio Cerâmicos

Este tipo de grão é sinterizado a partir de um material chamado alfa-alumina, de alto


grau de pureza, dando origem a um grão com bilhões de partículas. A principal característica
desse grão é a fratura em microparticulas, e a conseqüente manutenção da aresta de corte
(figura 3.2a), que proporciona um aumento significativo da vida útil do abrasivo. Combinado
com o efeito antiestático, proporciona um maior rendimento e acabamento mais uniforme do
início ao fim. Já em comparação com grãos convencionais (figura 3.2b) a fratura é quase total
[4].
20

(a) (b)

Figura 3.2 – (a) Grãos abrasivos sinterizados; (b) Grãos abrasivos convencionais; [4]

Grãos abrasivos com estrutura cristalina submicrométrica derivada de um exclusivo


processo de sinterização. Possuem dureza e resistência superiores quando comparados aos
óxidos de alumínio convencionais obtidos pelo processo de fusão [5].
São indicados para utilização em materiais de difícil retificação, em que produtividade,
qualidade e redução de custos necessitam ser minimizdas. São produzidos por processo
químico e cerâmico que resulta em material denso, duro e robusto. O processo de fabricação
produz um grão de óxido de alumínio de excepcional pureza que fornece um abrasivo afiado
micro-cristalino que produz resultados superiores [5].

a) Óxido de Alumínio Cerâmico (Seeded Gel): Estes grãos possuem formato


arredondado e extrema friabilidade. São utilizados em retíficações de precisão, em
ferramentaria e acabamento, em retificações cilíndricas e internas onde o mais importante é a
integridade metalúrgica da peça-obra [5].
Este grão é utilizado pela NORTON com as seguintes especificações [5]:
- 1SG: 10% de óxido de alumínio cerâmico (Seeded Gel) e 90% de óxido de alumínio
convencional.
- 3SG: 30% de óxido de alumínio cerâmico (Seeded Gel) e 70% de óxido de alumínio
convencional.
- 5SG: 50% de óxido de alumínio cerâmico (Seeded Gel) e 50% de óxido de alumínio
convencional.

b) Óxido de Alumínio Cerâmico (SGQ): O formato mais pontiagudo deste grão faz
com seja mais friável, permitindo assim microfraturas em operações de baixa pressão. É
indicado em operações de retífica interna, principalmente em fabricantes de rolamentos na
retífica de pista e furo. Elimina o uso do produto tratado com enxofre [5].
Este grão é utilizado pela empresa NORTON com as seguintes especificações [5]:
21

- 1SGQ: 10% de óxido de alumínio cerâmico (SGQ) e 90% de óxido de alumínio


convencional;
- 3SGQ: 30% de óxido de alumínio cerâmico (SGQ) e 70% de óxido de alumínio
convencional;
- 5SGQ: 50% de óxido de alumínio cerâmico (SGQ) e 50% de óxido de alumínio
convencional.

c) Óxido de Alumínio Cerâmico (TARGA): É um grão de formato alongado,


proporcionando maiores taxas de remoção e menor geração de calor. Este é utilizado em
operações de desbaste pesado, retífica cilíndrica e interna, operações de acabamento e de
desbaste. Este grão é utilizado pela NORTON com a seguinte especificação: Grão TG [5].

3.2.2. Carbureto de Silício - SiC:

O carbureto de silício é obtido através de um cadinho de metal, fazendo passar com


auxílio de um eletrodo de carbono, uma corrente elétrica através de uma mistura de argila e
coque em pó formando ao redor do eletrodo os cristais de carbureto de silício. Já a produção
industrial ocorre em fornos elétricos de resistência e a carga básica consiste em sílica (argila
branca) e coque de petróleo em porcentagem de 60% a 40% respectivamente. A temperatura
de produção oscila entre 1900ºC a 2400ºC, a duração do ciclo é de 36 a 40 horas. A cor do
carbureto de silício varia desde um verde claro a um negro, em função das impurezas que
contém [5].
Os abrasivos de carbureto de silício são geralmente recomendados para materiais de
baixa resistência à tração (materiais não ferrosos e não metálicos), tais como: ferro fundido
cinzento, bronze, latão, alumínio, cerâmica, mármore, granito, refratários, plásticos,
borrachas, etc.
Este grão é utilizado pela NORTON com as seguintes especificações [5]:
- Carbureto de Silício Preto (37C): Utilizado nas diversas operações de corte, desbaste e
retífica, exceto em farramentas de metal duro (Widia).
- Carbureto de Silício Verde (39C): Utilizado exclusivamente em afiação de ferramentas de
metal duro (Widia).
22

3.3. Diferença entre grãos de lixas

O número pelo qual a lixa é identificada indica a sua granulometria, sendo que é a
granulometria que determina a capacidade de desbaste. Quanto mais grosso for o grão, menor
será o número da lixa. Em trabalhos com madeira geralmente se usam lixas de grãos 36 a 400
[4].
Tabela 3.1 – Granulometria das lixas [4]
36 - 40 - 50 - ... 320 - 360 - 400
Mais grosso -> mais fino

Deve-se ficar atento para a seqüência de uso de cada número de lixa. A grana seguinte
não pode exceder mais que 50% do grão usado anteriormente. Se você iniciou o trabalho
usando grana 80, a próxima lixa deverá ter 50% a mais de 80, isto é, 120. Esta é condição
adequada para o grão mais fino remover o risco deixado pelo grão mais grosso [4].
Quanto a granulometria, classificam-se as lixas de acordo com seus grãos conforme
tabela abaixo [7]:

Tabela 3.2 – Classificação da granulometria das lixas [7]


Granulometria Classificação
20, 30, 40, 50 Muito Grosso
60, 80 Grosso
100, 120 Médio
150, 180 Fino
220, 440 Muito fino

Exemplo:
Grão inicial 80
Grão da próxima lixa 120

3.4. Densidade dos grãos

Para os grãos idênticos o abrasivo mais eficaz é aquele cuja densidade em grãos é
maior. Neste caso ("grão fechado") o suporte satura mais depressa. Prefira por isso, um grão
23

mais aberto ("grão aberto") para madeira macia ou resinada. A eficácia do lixamento depende
da durabilidade, da forma e da densidade dos grãos, assim como do seu tamanho. Se forem
pequenos, a sua ação é mais lenta, mas não arranham tão profundamente o material, ao
contrário dos grãos grossos que deixam marcas mais profundas [7].
24

4. O PROCESSO DE LIXAMENTO

4.1. O porque de se lixar

Lixar tem como objetivo tornar uma superfície plana e lisa, eventualmente com vista a
um futuro tratamento (pintura, envernizamento, etc.). Lixar manualmente é geralmente
reservado aos acabamentos, após o grosso do trabalho ter sido efetuado (geralmente) com a
máquina [6].
Mesmo que lixe à mão ou à máquina, dispõe de uma grande variedade de lixas de
todos os tipos, granulometria e formatos. A maioria dos materiais propostos são utilizáveis
manualmente ou para equipar as máquinas, cada um com as suas vantagens e usos específicos
[7].

4.2. Como se lixar

Para madeira, siga sempre que possível o sentido do veio, lixando contra o veio
danificará as fibras dando um resultado final muito ruim. Quando lixar os cantos de um
objeto, certifique-se de que não os está arredondando [7].

Figura 4.1 – Como se lixar [7]

Para obter um resultado impecável na madeira (ou folheado), umedeça muito de leve,
antes da passar a lixa mais fina. Deixe secar bem antes de lixar: as fibras irão se endireitar.
Agora já pode passar a lixa extra-fina. Depois limpe com um pano embebido em "Aguarrás".
Para trabalhar as formas arredondadas, utilize um pedaço de lixa de pano, que não se
rasga e adapta-se à forma do objeto [7].
25

4.3. Aplicação de lacas

Inicie o lixamento a partir da grana 150 em lixas de papel ou pano. A grana final
depende do acabamento requerido [4].
Prepare a superfície antes de aplicar a laca com a seguinte seqüência: 120, 180 e 220.
Quanto mais fina a lixa melhor é o acabamento, pois os poros ficam mais fechados [4].
Após efetuar a aplicação do fundo ou primer, aguardar a secagem do produto e efetuar
o lixamento das peças [4];
Para a aplicação de lacas, o ideal é que o fundo esteja bem seco. Então, utilize a
seqüência: 220, 280, 360 [4];
Para um melhor acabamento e menor retrabalho, utilize em linhas U.V. com lixadeiras
de cinta larga com patins setorizados, cintas com estearato de zinco e costado mais flexível,
nas granas 320, 400 ou 600 [4].

4.3.1. Aglomerado e compensado

Em desbastes pesados e lixadeiras de cinta larga é recomendada a utilização de


costado de pano e abrasivo carbureto de silício ou zirconado nos grãos 40 a 80. Nas operações
de acabamento utilizar lixas de papel e, de preferência, óxido de alumínio cerâmico. Nos
semi-acabamentos, escolha granas de 80 a 180, e no acabamento, de 180 a 320 [4].
Exclusivamente para compensado, os grãos 60 e 120 em combinação são clássicos.

4.3.2. Madeira maciça

A lixa mais indicada é a de óxido de alumínio zirconado. Use os mesmos costados e


granas indicados para aglomerado e compensado [4].

4.3.3. Lâminas de madeira:

Calibre os painéis no máximo uma hora antes da aplicação da cola e colagem das
lâminas. Evite o "vazamento" de cola na lâmina, pois isso aumenta o empastamento,
prejudicando o acabamento da peça, e reduz a vida útil da lixa [4].
Utilize a seguinte seqüência de lixas: 120, 180, 220 ou 280.
26

5. CUIDADOS ESPECIAIS COM LIXAS

5.1. Cuidados com o Processo

A seguir são descritos alguns cuidados em relação ao processo de lizamento [4]:


* Deve-se fazer movimentos sempre no sentido do veio da madeira, para não provocar
ranhuras na superfície;
* Deve-se retirar toda a poeira depois do lixamento, para que a superfície possa
receber bem a etapa seguinte.

5.2. Cuidados com a Pressão

Trabalhe com lixas em bom estado de abrasividade e com uma pressão moderada, para
permitir que as fibras sejam cortadas uniformes. Lixas grossas e pressão excessiva no
lixamento ocasionam rugosidades e manchas de queimaduras no tratamento seguinte da
superfície [4].
Em lixadeiras de cinta larga faça a remoção como indicado abaixo, com maior
remoção nas granas mais grossas e remoções menores nas mais finas que garantem melhor
acabamento e aumentam a vida útil da lixa e da lixadeira [4].

Figura 5.1 – Lixadeira de cinta larga [4]


27

5.3. Cuidados com a Umidade

Não deve-se deixar passar um dia entre o lixamento e a aplicação de fundos, em caso
de peças montadas como cadeiras e mesas. A umidade do ambiente penetra na madeira
fazendo com que sua superfície fique rugosa, prejudicando a qualidade da pintura. Isso ocorre
bastante com madeiras macias como pinus, caixeta, freijó, entre outras [4].

5.4. Problemas mais comuns

Um grande problema no lixamento de madeira é o empastamento pelo pó gerado


durante a operação. Para aumentar o tempo de vida útil da lixa e dos equipamentos, melhorar
o acabamento, diminuir o pó no ambiente de trabalho e garantir maior limpeza das peças
lixadas, siga as seguintes regras [4]:
* Deve-se utilizar lixas com efeito antiestático que evitam o "efeito tampão" ou
empastamento, observando se as peças com cola ou com massa estão realmente secas,
evitando o empastamento prematuro;
* Usar um sistema adequado de exaustão e aterramento para melhor eficiência da
operação;
* Utilizar lixas com grão zirconado para operações de calibração, e de óxido de
alumínio cerâmico para as operações de acabamento;

5.4.1. Efeito antiestático

Gerado pelo atrito entre a lixa e a madeira - que faz com que as partículas fiquem
aderidas na superfície da lixa, criando um empastamento chamado "efeito tampão". Ao
eliminar a energia estática, aumenta-se a vida útil da lixa. Na figura 5.2, tem-se um lixamento
convencional e um com um efeito antiestático [4].
28

Figura 5.2 – Ilustração de um lixamento convencional e um com efeito antiestático [4]

5.5. Recomendações básicas para utilização de lixas

A seguir serão apresentadas algumas recomendações básicas para a utilização de lixas.


Na tabela 5.1 têm-se recomendações para lixas quando estas forem utilizadas nos
seguintes materiais: madeira de lei, maciças ou folheadas, aglomerados, compensados, chapas
de fibra, etc [6].

Tabela 5.1 – Recomendações para lixas. Material: madeira de lei, maciças ou folheadas,
aglomerados, compensados, chapas de fibra, etc [6]
Granas Recomendadas
Tipo de máquina Formato Desbaste Semi acabamento Acabamento
Lixadeiras de sapata Cintas estreitas 40 – 50 – 60 80 – 100 120 – 150 – 180
manual (tipo traço) e e largas
automática
Lixadeiras de sapata Cintas estreitas 36 – 40 100 – 120 – 150
“OMECO”
Folheadeiras de bordo Cintas estreitas 100 – 120 – 150
Folheadeiras de bordo Rodas 100 – 120
(quebra cantos) lixadeiras
Lixadeiras de disco Discos 50 – 60 80 – 100 120 – 150
(estacionárias) 36 – 50 – 60 80 – 100 120 – 150
Lixadeiras de mesa Cintas estreitas 36 – 50 60 - 80 100 – 120 – 150
(bordos, cantos, etc.)
29

Lixadeiras de moldura Rolos 60 – 80 100 a 400


recortados
Lixadeiras portáteis Cintas 60 80 – 100 120 – 150
Lixadeiras de tubos Tubos 50 60 – 80 100 – 120
Lixadeiras orbitais Folhas 50 – 60 80 – 100 – 120 150 – 180 – 220
(vibradores) 150 – 180 – 220
lixamentos manuais 240 – 280 – 320

Na tabela 5.2 têm-se recomendações para lixas quando estas forem utilizadas nos
seguintes materiais: seladores à base de poliéster ou poliuretano, resinas poliéster ou
poliuretano, laca nitrocelulose e outros acabamentos superficiais [6].

Tabela 5.2 - Recomendações para lixas. Material: seladores à base de poliéster ou poliuretano,
resinas poliéster ou poliuretano, laca nitrocelulose e outros acabamentos superficiais [6]
TIPO DE MÁQUINA FORMATO GRÃO RECOMENDADO
Lixadeiras de sapata manual Cintas estreitas 220 – 240 – 280 – 320 – 400
ou automática
Lixadeiras de cintas largas Cintas largas 220 – 240 – 280 – 320 – 400
Lixadeiras de cilindros tipo Cintas ou Rolos 220 – 240 – 280 – 320 – 400
“ERNST” ou similares
Lixamentos manuais ou com Folhas 150 – 180 – 220 – 240 – 280
vibradores 320 – 400 (seco)
30

6. TIPOS DE LIXAS

A seguir seguem alguns tipos de lixas mais comumente utilizados e encontradas no


comércio e suas principais recomendações.
As lixas a serem exemplificadas a seguir são da linha da empresa 3M.

6.1. Lixa 3M 200D Correias Estreitas

Sua principal característica é a "Extrema Flexibilidade". Possui duas camadas de


resina, proporcionando maior resistência às tensões e pressões de trabalho e ao calor gerado
no lixamento. Costado de pano flexível e resistente. Disponível nos grãos P80 ao P280 [8].

Figura 6.1 - Lixa 3M 200D Correias Estreitas [8]

6.2. Lixa 3M 251U Correias Estreitas

Possui costado especial e resistente com resina de alta resistência a tensão, pressão de
trabalho e ao calor produzido no lixamento. Tecnologia exclusiva 3MMR de camada
antiempastante que reduz o empastamento prematuro. Comprovadamente, a nível global, é o
produto de melhor relação “Preço/Valor”, para uso geral na Indústria Moveleira e Madeireira.
Disponível nos grãos P40 ao P600 [8].
31

Figura 6.2 - Lixa 3M 251U Correias Estreitas [8]

6.3. Lixa 3M 441D Correias Largas

Produzida com Mineral Carbeto de Silício, que propicia um excelente poder de corte.
Possui duas camadas de resina, proporcionando maior resistência às tensões e pressões de
trabalho e ao calor gerado no lixamento. Costado de pano resistente. Disponível nos grãos
P24 a 320 [8].

Figura 6.3 - Lixa 3M 441D Correias Largas [8]

6.4. Lixa 3M 451U Correias Largas

Possui costado especial e resistente. Desenvolvida com tecnologia exclusiva 3MMR de


camada antiempastante que reduz o empastamento prematuro. Seu cobrimento diferenciado
com Carbeto de Silício proporciona riscos uniformes e excelente poder de corte, permitindo
remoção precisa e consistente mesmo nas camadas mais finas de vernizes. Disponível nos
grãos P320, P400, P600, P800 e P100 [8].
32

Figura 6.4 - Lixa 3M 451U Correias Largas [8]

6.5. Lixa para Lixamento de Superfícies Irregulares "Lixa Estrela"

Uma das características desse sistema de lixamento é a montagem extremamente fácil


do conjunto de estrelas: lixa produzida em pedaços para montagem de “estrelas”, 5 pedaços
formam um lado de uma estrela. Proporciona excelente qualidade de acabamento, semi-
automação, gerando alta produtividade, excelente flexibilidade. Disponibilidade: Pedaços
recortados de (30x100)mm e de (50x150)mm. Grãos P60 a P400 [8].

Figura 6.5 - Lixa para Lixamento de Superfícies Irregulares "Lixa Estrela” [8]

6.6. Sistema HookitMR

O Sistema HookitMR 3MMR é um sistema especial de fixação da lixa ao suporte de


lixadeiras que dispensa adesivos e presilhas (microganchos que se prendem a um tecido tipo
pluma). Proporciona rápida substituição e reutilização dos discos de lixa, excelente qualidade
de acabamento, utilização total da área abrasiva, alta produtividade, facilidade de manuseio
[8].
Disponibilidade: Discos HookitMR 3MMR 216U Ouro: grãos P120 a P800. Os Discos
HookitMR 216U permitem alta produtividade devido ao cobrimento especial antiempastante
33

exclusivo 3MMR, excelente quando utilizado em materiais duros e de alto índice de


empastamento [8].

Figura 6.6 - Sistema HookitMR [8]

6.7. Folhas para Acabamento Scotch-BriteMR

É constituída de manta não tecida de fibras sintéticas impregnadas de mineral


abrasivo. Tem flexibilidade, resistência, alta durabilidade, proporcionando produtividade.
Permite atingir até pequenas ranhuras, devido à construção tridimensional, proporcionando
um excelente acabamento à peça. Disponibilidade: dimensões padrões, nos grãos: Grosso,
Médio, Fino, Super fino, Micro fino, Ultra fino e Sem mineral [8].

Figura 6.7 - Folhas para Acabamento Scotch-BriteMR [8]

6.8. Lixa 3M 210N/230N Folhas

São lixas básicas para madeiras em branco que não proporcionam alto índice de
empastamento. Possuem costado de papel resistente e camada de cola sobre cola que atribui
maior flexibilidade à lixa. Podem ser encontradas nos grãos P50 a P220 [8].
34

Figura 6.8 - Lixa 3M 210N/230N Folhas [8]

6.9. Lixa 3M 470U Pedaços Grandes

Lixa com costado combinado de papel pesado e tela de pano. Largura útil até pedaços
grandes de 1600mm de largura. Disponibilidade: Grãos P16 até P150 [8].

Figura 6.9 - Lixa 3M 470U Pedaços Grandes [8]

6.10. Lixa 252U Discos

Lixa básica para madeiras, seladores e vernizes, possui costado resistente e resina
apropriada. Utilizada em lixadeiras de bancada. Disponível nos grãos P36 a P400 [8].

Figura 6.10 - Lixa 252U Discos [8]


35

7. TIPOS DE LIXADEIRAS

Como já comentado, o termo "lixadeira" é o termo mais genérico, aplicado para todo
tipo de ferramenta que utiliza lixa. A seguir, serão apresentados alguns tipos de lixadeiras.
As lixadeiras podem ser bem simples e móveis, acompanhando o trabalhador como
podem ser máquinas extremamente grandes, quando necessário.
As lixadeiras podem ser classificadas em [2]:

a-) Lixadeira de Cilindro:

Máquina abrasiva que tem um ou mais cilindros giratórios que são envoltos com
pedaços de lixas ou pequenas correias de lixa e anéis / tubos de lixas.

b-) Lixadeira de Correia ou Cinta de Lixa

Máquina para uso de correia ou cinta de lixa, consistindo em uma roda motriz, e com
uma ou mais polias livres para prover direção e tensão à correia ou cinta de lixa.

c-) Lixadeira de disco

Uma máquina abrasiva que normalmente usa discos de lixas, usualmente fixados e
apoiados em um suporte.

d-) Lixadeira portátil

Uma máquina com lixa que é usada (manualmente) e que pode ser transportada
facilmente, como por exemplo, disco portátil e lixadeira de correia.

A seguir serão apresentadas lixadeiras de grande e pequeno porte utilizadas


diariamente nas indústrias brasileiras e estrangeiras, suas formas de utilização e
funcionamento e em alguns casos suas fichas técnicas de catálogo.
36

7.1. Lixadeiras de Pequeno porte

A seguir serão apresentadas algumas lixadeiras de pequeno porte, que em sua grande
maioria são lixadeiras móveis e portáteis [7].

7.1.1. Lixadeira orbital

Para acabamentos finos e mesmo profissionais. Existem diversos modelos: base


retangular, base quadrada, lixadeira de canto, etc.

Figura 7.1 – Exemplo de lixadeiras orbitais [7]

A lixadeira orbital ou oscilante oferece um lixamento mais fino para superfícies


planas, representando assim, uma boa alternativa (elétrica), à utilização dos suportes de lixa.
A sua base efetua movimentos elípticos quase imperceptíveis, resultando em um acabamento
fino.
Não se deve pressionar muito a máquina, deve-se deixá-la fazer o seu trabalho. Efetue
movimentos de vaivém o mais amplos possível (não é necessário ser no sentido dos veios) :
libertando assim a aspereza da placa. Ultrapasse sempre as zonas já lixadas.

7.1.2. Lixadeira excêntrica

A lixadeira excêntrica permite, devido à sua base maleável, o lixamento e polimento


de superfícies não planas. O dispositivo de "arranque suave" evita esfolamentos quando se
inicia o funcionamento. Quanto mais apoiar, mais fino é o lixamento (neste caso subsiste só o
movimento excêntrico).
37

Figura 7.2 – Ilustração de uma lixadeira excêntrica [7]

Discos com dois diâmetros diferentes podem equipar este tipo de máquina : 115 ou
125 mm.

Figura 7.3 – Operação de lixamento com uma lixadeira excêntrica [7]

7.1.3. Lixadeira de cinta

A sua eficácia depende de sua banda de lixar e da sua velocidade máxima.

Figura 7.4 – Lixadeira de cinta [7]

Para operações de desbaste, uma lixadeira de cinta pode ser utilizada pois retira
grandes quantidades de material, serve por isso, para os trabalhos mais difíceis (decapagem de
um assoalho ou de uma porta por exemplo). Ela deve a sua eficácia à sua banda circular que
roda a grande velocidade (e na qual o sentido de rotação é indicado por setas).
38

Figura 7.5 - Lixadeira de cinta para desbaste em operação [7]

A máquina deve ser ligada antes de pousá-la sobre o trabalho, inclinando-a 15° em
relação ao veio. Faça-a efetuar um movimento regular e contínuo em vaivém, no sentido do
veio, ultrapassando sempre a superfície lixada. Levante a máquina antes de pará-la .
A lixadeira de cinta é um aparelho potente, sendo por isso normalmente munida de
duas pegas para permitir dirigi-la corretamente. O seu peso é geralmente suficiente para
assegurar um bom funcionamento: não é necessário exercer pressão sobre a máquina .

Figura 7.6 – Empunhadura da Lixadeira de cinta [7]

Várias lixadeiras de cinta podem ser montadas sobre um suporte fixo, com a base
virada para cima ou em posição vertical. Ao encostar o seu trabalho contra a lixa em
movimento (a máquina está, necessariamente, equipada com uma guia), pode-se lixar ou polir
(arredondar, escavar,...).

Figura 7.7 – Exemplo de uma Lixadeira de cinta em um suporte [7]


39

7.1.4. Lima elétrica

Este modelo utiliza lixas muito estreitas e por isso acede facilmente a locais difíceis.

Figura 7.8 – Exemplificação de uma Lima Elétrica [7]

A lima elétrica está também munida com uma banda, mas com largura muito reduzida,
o que permite utilizá-la em locais de difícil acesso (entre barras de uma grelha por exemplo).
Pode servir também para polir dentro de uma peça de madeira (colocar uma fechadura).

7.1.5. Escovas abrasivas

As escovas de nylon têm uma duração 10 vezes superior à das escovas metálicas.

Figura 7.9 – Exemplo de escovas de nylon para o lixamento [7]

Em regra geral, a cor das escovas de nylon, muito robustas, indicam a sua utilização
(vermelho : lixamento forte, azul : lixamento fino,...). Para trabalhar a madeira são preferíveis
às escovas metálicas cujas partículas se incrustam e acabam por enferrujar.
40

Figura 7.10 – Exemplificação da operação de uma escova de nylon [7]

7.1.6. Disco para lixar

Escolha-o em função da natureza do material a ser trabalhado. Pode ser usado para
desbastar ou apenas para lixar.

Figura 7.11 – Exemplificação de discos para o lixamento e um disco acoplado a uma furadeira
[7]

A montagem de discos numa furadeira permite sobretudo fazer trabalhos mais


delicados : remover ferrugem em metal, decapar superfícies pintadas (madeira : reservado às
superfícies côncavas ou não visíveis). O suporte de borracha deve estar sempre inclinado 15°
em relação à superfície a ser trabalhada.
Pode ser interessante utilizar em suporte fixo a sua furadeira equipada com um disco
abrasivo (este último deve estar perpendicular à superfície da bancada). Uma guia regulada a
45° permitirá lixar os ângulos. Não pressione demasiado o seu trabalho contra o disco, para
evitar manchas negras de "aquecimento".

Figura 7.12 – Furadeira equipada com um disco abrasivo [7]


41

7.1.7. Folha ou feltro para lixar

A folha de aço abrasiva apresenta um relevo que não se altera com o uso, conservando
por isso a sua eficácia. Pode também ser utilizada para a madeira e plástico. O feltro para
lixar, feito com fibras artificiais impregnadas de grãos cortantes, serve sobretudo para o
desbaste e para o polimento.

Figura 7.13 - Folha ou feltro para lixar [7]

7.1.8. Lixadeira angular/esmerilhadeira

A esmerilhadeira pode também-equipada com acessórios adaptados e ser utilizada


como uma lixadeira excêntrica executando os mesmos trabalhos específicos. Existe
igualmente um acessório que permite utilizá-los nos ângulos.

Figura 7.14 - Lixadeira angular/esmerilhadeira [7]


42

7.2. Lixadeiras de Grande porte

7.2.1. Lixadeiras automatizadas – Fladder

7.2.1.1. Lixadeira Fladder 300 GYRO - 1300 VAC

Em ambas as lixadeiras FLADDER que serão apresentadas a seguir, durante o


processo de lixamento, o cabeçote gira e oscila transversalmente sobre a peça de trabalho,
lixando, assim, a superfície e rebaixos em todas as direções possíveis, independente da
posição da peça sobre o tapete [9].

Figura 7.15 - Fladder 300 GYRO - 1300 VAC [9]

Na Tabela 7.1 encontram-se os dados técnicos organizados desta referida lixadeira


Fladder.

Tabela 7.1 – Ficha técnica da lixadeira Fladder 300 GYRO - 1300 VAC [9]
Mesa de trabalho (largura) 1600 mm
Tapete de vácuo (largura) 1300 mm
Velocidade de avanço 2 - 8 m / min
Quantidade de eixos de
06
lixamento
Comprimento dos eixos (mm) 350
Quantidade de lâminas por eixo 28
43

Na figura 7.16, tem-se a visualização do cabeçote de lixamento desta lixadeira em


ação, demonstrando a atuação dos eixos de lixamento.

Figura 7.16 – Exemplo do cabeçote de lixamento da Fladder 300 GYRO - 1300 VAC [9]

7.2.1.2. Lixadeira Fladder 300 / AUT - 1000 VAC

A principal diferença construtiva desta lixadeira em relação a anterior, é que esta


lixadeira possui uma mesa de trabalho um pouco menor (1200mm), o que faz com que esta
atue em peças um pouco menores.

Figura 7.17 - Fladder 300 / AUT - 1000 VAC [9]


44

Na Tabela 7.2 encontram-se os dados técnicos organizados desta referida lixadeira


Fladder.

Tabela 7.2 – Ficha técnica da lixadeira Fladder 300 / AUT - 1000 VAC [9]
Mesa de trabalho (largura) 1200 mm
Tapete de vácuo (largura) 1000 mm
Velocidade de avanço 2 - 8 m / min
Quantidade de eixos de
06
lixamento
Comprimento dos eixos (mm) 350
Quantidade de lâminas por eixo 28

Na figura 7.18 tem-se a visualização do cabeçote de lixamento desta lixadeira em


ação, demonstrando a atuação dos eixos de lixamento.

Figura 7.18 – Exemplo do cabeçote de lixamento da Fladder 300 / AUT - 1000 VAC [9]

A seguir, na figura 7.19, serão apresentadas alguns tipos de peças possíveis de serem
lixadas neste tipo de lixadeiras.
45

Figura 7.19 - Exemplos de peças lixáveis pela Fladder 300 GYRO e Fladder 300 / AUT, de
acordo com as dimensões da mesa de trabalho (1600 e 1200 mm) [9]

7.2.2. Lixadeiras calibradoras e lixadeiras automáticas especiais – MACLINEA

7.2.2.1. Lixadeira/calibradora SMART - 115

A seguir serão expostas e explanadas alguns tipos de lixadeiras e lixadeiras


calibradoras da indústria MACLINEA, de Minas Gerais, a qual possui a licença da firma
italiana "COSTA LEVIGATRICI", líder mundial no setor, para fabricar determinadas
máquinas aqui no Brasil.
As lixadeiras-calibradoras modelo SMART - 115 ilustradas na figura 7.20, destinam-
se ao trabalho em chapas e painéis de compensado, aglomerado, M.D.F., madeira maciça e
outros materiais utilizados na indústria moveleira. A característica desta linha de máquinas é a
modularidade entre os diversos grupos operacionais, fazendo da família SMART a grande
opção para as várias necessidades do mercado [10].
Sua estrutura auto-portante, construída em perfis tubulares soldados eletricamente, é
responsável pela geometria e estabilidade de medidas mesmo nos serviços considerados mais
pesados. Recursos tecnológicos de última geração, MACLINEA, são elementos decisivos a
serem considerados na análise de suas características.
A composição da máquina poderá assumir três versões distintas: RR (Rolo-Rolo), RP
(Rolo-Patim), RK (Rolo-Kombi), as quais poderão ser compostas com rolo de aço, rolo
emborrachado de diversas durezas e patim dupla face, além de ampla lista de itens opcionais,
46

que permitem ao usuário compor o equipamento de acordo com as características que melhor
lhe convier [10].

Figura 7.20 - Lixadeiras-calibradoras modelo SMART – 115 [10]

7.2.2.2. Lixadeira/calibradora – FUTURA 135 RR/RP/PP

As calibradoras/lixadeiras MACLINEA da série FUTURA ilustrada na figura 7.21,


são construídas dentro dos padrões mundiais de qualidade, utilizando-se as mais avançadas
tecnologias empregadas no setor, sendo que sua estrutura é construída em perfis tubulares de
grande seção, soldados eletricamente, garante estabilidade do conjunto mesmo quando
solicitada em serviços considerados mais pesados, além da precisão e simplicidade das
regulagens, o que torna a família FUTURA, grande aliada na produção de pequenas, médias
empresas [10].
Destinam-se ao trabalho em chapas e painéis planos de compensado, aglomerado,
MDF, materiais utilizados na indústria moveleira, podendo assumir três versões distintas,
sendo RR (Rolo-Rolo), RP (Rolo-Patim), PP (Patim-Patim).
Lixas abrasivas de grande desenvolvimento, proporcionam maior durabilidade por
terem maior arrefecimento durante os serviços proporcionando maior capacidade de retirada
do material trabalhado sem deteriorização precoce da lixa. Sua mesa transportadora possui
tapete de borracha dureza 45:50 shore com perfil negativo, motorizado por moto redutor
ortogonal e sistema de sobe/desce com rosca trapezoidal [10].
47

Figura 7.21 - Calibradoras/lixadeiras MACLINEA da série FUTURA [10]

Ampla lista de opcionais pode conferir ao equipamento características personalizadas,


de acordo com as necessidades, podendo variar as durezas dos rolos, densidade dos feltros dos
patins, inserir sopradores de lixas, temporização rolo/patim, posicionador automático de
espessura, grupo polidor ou acetinador, variador eletrônico de velocidade no transporte e
lixas, entre outros.

7.2.2.3. Lixadeira/calibradora – 71TT/CT/TTxPC

As lixadeiras da série "71" (figura 7.22), construídas sob licença da firma italiana
"COSTA LEVIGATRICI", líder mundial no setor, destinam-se ao lixamento de painéis
folhados e seladores, especialmente à base de polyester U.V. A característica desta linha de
máquinas é a mesa de transporte fixa e a estrutura superior móvel, ideal, portanto, para ser
inserida nas modernas Linhas automáticas de envernizamento e acabamento de painéis.
Basicamente todas as versões da Lixadeira prevêem patins eletrônicos setoriados (42 setores
com passo 32 mm), transversais e longitudinais monitorados por PLC ou, opcionalmente, por
Personal Computer Industrial 486/25 [10].
Dentro das diferentes combinações possíveis temos [10]:
Mod. "71 TRxTT" Composta de 1 patim transversal e 2 patins longitudinais, ideal para
cabeça de Linha, para preparação dos painéis folhados a receber o selador.
Mod. "71 TT" Composta de 2 patins longitudinais, utilizada também como máquina
de centro de Linha, para lixamento de seladores polyester U.V.
48

Mod. "71 TRxT" Composta de 1 patim transversal e 1 patim longitudinal, utilizada


também como máquina de centro Linha, para lixamento de seladores polyester U.V. de alta
gramatura, aplicados com envernizadora reversa dupla.

Figura 7.22 - Lixadeiras da série "71" [10]

Com o inserimento de variadores eletrônicos "inverters" nos motores de comando das


lixas abrasivas, é possível aumentar a versatilidade da máquina, conseguindo-se executar os
diversos trabalhos, com uma só equipamento.

7.2.2.4. Lixadeira SP3

As lixadeiras MACLINEA da série "SP3" (figura 7.23), produzidas com tecnologia da


COSTA LEVIGATRICI da Itália, possuem altura de trabalho constante em relação ao solo,
específica para trabalhar superfícies brutas ou envernizadas em linhas automáticas de
acabamento, assumindo diversas composições de acordo com o tipo de trabalho a executar.
Todas as versões de lixadeiras SP3 prevêem a utilização de patins setoriados eletrônicos
longitudinais e/ou transversais com 42 setores (opcional com 84), rolos lixadores com "Grit
Set" pneumático com acionamento manual para correção rápida da espessura das lixas de
acordo com sua grana ou acionamento eletrônico de entrada e saída do rolo sobre as peças,
passando a assumir a denominação de "Quick Set" (opcional); lixas longitudinais com
desenvolvimento de 3250mm além do grupo de super acabamento denominado de
"Superfinitore" (opcional) [10].
49

Figura 7.23 - Lixadeiras MACLINEA da série "SP3 [10]

Variadores eletrônicos de velocidade das lixas e transporte, grupos polidores ou


acetinadores, sopradores rotativos, mesa transportadora com sistema de depressão, mesas de
entrada e saída para apoio de painéis, além de controle computadorizado "Personal Computer
PC.2" são alguns itens opcionais que aliada a alta tecnologia de projeto e fabricação dão à
família SP3 a versatilidade e confiabilidade já característica dos equipamentos MACLINEA,
fundamentais para a composição de pequenas, médias ou grandes linhas de acabamento [10].

7.2.2.5. Lixadeira automática de Bordos

A longa experiência conseguida na produção de lixadeiras, seja plana que para bordas
e perfis, é garantida de uma indiscutível confiança no elevado grau de acabamentos em bordos
planos e perfilados, folhados ou maciços, envernizados com produtos polyéstere,
poliuretânicos ou outros.
O avanço dos painéis é obtido através de esteiras com sapatas de nylon grafitado,
deslizantes em guias redondas para garantir uma extrema precisão de alinhamento. Os painéis
são prensados com duas carreiras de roldanas emborrachadas e reguláveis para melhor
posicionamento. Particularmente importante é a correta introdução dos painéis
perpendicularmente aos grupos lixadores e o carrinho com o esquadro de referencia deslizante
sobre eixos de guia permite alimentar a máquina também com peças de pequenas dimensões.
A rápida e simples regulagem permite compor a máquina em função das necessidades,
utilizando alguns dos diversos grupos operadores da nossa linha, que vão desde as tupias
simples ou duplas até os grupos lixadores e polidores de super acabamento para alto-brilho de
polyéstere e acrílico, satisfazendo todas as exigências produtivas.
50

Figura 7.24 – Lixadeira automática de bordos [10]

7.2.2.6. Lixadeira dupla automática

Lixadeira dupla automática, particularmente apta para lixar simultaneamente os dois


lados de chapa do compensado, multilaminado, sarrafeado, aglomerado, aço, borracha,
cortiça, fibro-cimento e outros. As partes principais da máquina são de construção robusta, o
que evita vibrações e proporcionam maior durabilidade [10].
Os rolos lixadores são emborrachados, com canais helicoidais, e diversas durezas, de
acordo com o trabalho a executar; e assim como os rolos esticadores de lixas, são
perfeitamente balanceados e montados sobre rolamentos e roletes para alta velocidade. A
velocidade de avanço é variável manualmente por meio de potenciômetro instalado no painel,
e automaticamente através de circuito eletrônico, proporcionalmente a absorção dos motores
de comando das lixas; ambas atuando sobre a unidade conversor motor. O transporte do
material se faz por intermédio de rolos emborrachados comandados por uma série de
redutores interligados o que garante avanço suave e uniforme [10].
Os grupos OFFSET, ou seja, assimétricos, permitem lixar independentemente os lados
das chapas, possibilitando o lixamento de chapas revestidas com lâminas de diferentes
características, além de permitir o trabalho em chapas não calibradas. O grupo patim lixador
tem como opcionais dois tipos de superfície de lixamento: o patim RÍGIDO para chapas
calibradas e o patim FLEXÍVEL, que devido ao pulmão pneumático a pressão variável, é
usado para chapas desbitoladas [10].
Opcionalmente pode ser montada na saída do grupo polidor, dotado de escovas
rotativas para melhor limpeza das chapas.
51

Figura 7.25 – Lixadeira automática dupla [10]

7.2.3. Lixadeiras especiais – INVICTA

7.2.3.1. Lixadeira LI-15

Na figura 7.26 é apresentada a lixadeira LI – 15 da empresa INVICTA e na tabela 7.3


são apresentados os dados construtivos desta máquina.

Figura 7.26 - Lixadeira LI – 15 da INVICTA [11]


52

Tabela 7.3 - Dados técnicos construtivos da máquina [11]


LI-15
Dimensões da mesa da lixa 156 x 539mm
Dimensões da mesa de pequena 148 x 296mm
Dimensões da lixa 150 x 1500mm
Inclinação da mesa da lixa 0º à 90º
Inclinação da mesa de apoio 0º à 45º
Diâmetro do disco da lixa 300mm
Velocidade do disco da lixa 3200rpm
Potência do motor (2 polos) 1,5 CV
Peso líquido aproximado 80 Kg
Opcionais:
• Equipamento de proteção elétrica
• Motor monofásico 1 CV

7.2.3.2. Lixadeira DF-260

Na figura 7.27 é apresentada a lixadeira DF – 260 da empresa INVICTA e na tabela


7.4 são apresentados os dados construtivos desta máquina.

Tabela 7.4 - Dados técnicos construtivos da máquina [11]


DF-260
Dimenções da mesa 2600x800mm
Curso vertical da mesa 500mm
Curso horizontal da mesa 800mm
Diâmetro das polias 250mm
60Hz-1730rpm 50Hz-
Rotação das polias
1400rpm
Comprimento da fita de lixa Min.7000mm Max.7300m
Largura da fita de lixa
150mm
(máxima)
60Hz-1350m/min
Velocidade da fita de lixa
50Hz-1100m/min
Potência do motor - 4 polos 60Hz.-5HP 50Hz-4HP
Peso líquido 660 Kg
Opcionais:
• Equipamentos de proteção elétrica
• Levantamento motorizado da mesa - 0,5 HP
• Disco lixador diam. 340mm
• Pé em "C" com levantamento automático da mesa
(capacidade da mesa de 125 x 800 mm)
• Reversão de rotação
53

Figura 7.27 - Lixadeira DF - 260 da INVICTA [11]

7.2.3.3. Lixadeira DX-25

Na figura 7.28 é apresentada a lixadeira DX – 25 da empresa INVICTA e na tabela 7.5


são apresentados os dados construtivos desta máquina.

Tabela 7.5 - Dados técnicos construtivos da máquina [11]


DX-25

Largura útil de lixamento 230mm

Altura útil de lixamento 100mm

Comprimento mínimo da madeira 300mm

Largura da cinta abrasiva 250mm

Comprimento da cinta abrasiva com sapata flutuante 2200mm

Comprimento da cinta abrasiva sem sapata flutuante 2000mm

Velocidade da cinta abrasiva 12 / 22m/seg.

Velocidade de avanço 8 /12 /16 m/min

Altura da mesa ao solo 860mm

Diâmetro do bocal de aspiração 4"

Potência do motor do rolo 7,5 CV

Potência do motor da esteira 1 CV

Peso líquido 555 Kg

Opcionais:
• Equipamento de proteção elétrica com chave estrela/ triangulo automática
• Máquina com dois grupos lixadores
• Extensão móvel
• Indicador da profundidade de corte com relógio comparador
• Conjunto da sapata flutuante
54

Figura 7.28 - Lixadeira DX - 25 da INVICTA [11]

7.2.4. Lixadeira angular e para boleados - LIDEAR

7.2.4.1. Lixadeira angular - L203 c/ cabeçote 93MM

As principais características desta máquina da empresa LIDEAR são [12]:


• Dimensões da mesa: 800x300mm;
• Inclinação do cabeçote: 0 a 90º;
• Peso aproximado: 120Kg;
• Potência do motor: 1,1Kw(1,5CV);
• Rotações por minuto do motor L202: 850rpm;
• Rotações por minuto do motor L203: 1700rpm;
• Especial para peças boleadas, retas e irregulares;
• Lixa indicada R269 da Norton ou similar;
• O cabeçote é composto de câmara, ventil e outros componentes de fácil ajuste;
• Para selador usar lixa grão 320;
• Opcionais: cabeçotes 70, 93, 170 ou 250.
55

Figura 7.29 - Lixadeira angular em diferentes angulações [12]

7.2.4.2. Lixadeira automática para boleados – L250

As principais características desta máquina da empresa LIDEAR são [12]:


• Comprimento mínimo da peça: 200mm;
• Dimensões da mesa: 900x350mm;
• Para variadas formas de peças;
• Peso aproximado: 150Kg;
• Troca rápida de gabarito;
• Usa lixa flexível com largura: 50 a 75mm;
• Alimentador de Avanço A200 não incluso;

Figura 7.30 - Lixadeira automática para boleados [12]


56

7.2.5. Lixadeira de mesa para acabamentos e de cintas - HDS

7.2.5.1. Lixadeira de mesa para acabamento

As principais características desta máquina da empresa HDS são [13]:

* Motor: 1/2 HP monofásico - 4 pólos (baixa)


* Peso c/ motor: 65 Kg
* Peso s/ motor: 50 Kg

Figura 7.31 - Lixadeira de mesa para acabamento [13]

7.2.5.2. Lixadeira de cinta acoplada

As principais características desta máquina da empresa HDS são [13]:

* Disco de 300 mm para acabamento


* Tamanho lixa: 2 mt.
* Motor: 1/2 HP monofásico - 4 pólos (baixa)
* Correia: A 46
* Peso c/ motor: 70 Kg
* Peso s/ motor: 55 Kg

Figura 7.32 - Lixadeira de cinta acoplada [13]


57

7.2.5.3. Lixadeira de cinta

As principais características desta máquina da empresa HDS são [13]:

* Distância entre Colunas: 2540 mm


* Volantes de Alumínio Balanceados: 235 mm
* Velocidade da Cinta: 1250 rpm
* Motor: 3 HP - 4 Polos (baixa)
* Mesa: 800 x 2.500 mm
* Polia Motor: 100 mm
* Correia: A 40
* Peso c/ motor: 150 Kg
* Peso s/ motor: 130 Kg
* Comprimento da Lixa: 6900 mm

Figura 7.33 - Lixadeira de cinta [13]


58

8. ARMAZENAMENTO DE LIXAS

O armazenamento adequado das lixas é fundamental para que elas possam render o
máximo de sua vida útil. A temperatura ideal de armazenamento está compreendida
aproximadamente entre 15 e 27oC, sendo que a umidade relativa do ar deve ficar entre 35 e
50% [4].
Uma umidade elevada do ambiente de armazenamento das lixas, causa o
encanoamento côncavo (enrolamento da lixa com a grana para dentro), provocando rugas e
até o deslocamento dos grãos. Já uma umidade baixa provoca o encanoamento convexo
(enrolamento com a grana para fora), deixando o costado duro e quebradiço [4].
Cintas largas: quanto maior a largura das cintas, maior a necessidade de
acondicionamento adequado.
Cintas estreitas: As cintas estreitas poderão ser estocadas nas próprias caixas, em
prateleiras. É recomendável não empilhar muitas caixas, para que as cintas de baixo não se
quebrem.
Mudanças bruscas de umidade causam tensões internas entre o grão e o adesivo,
enfraquecendo a estrutura da lixa e prejudicando o seu desempenho [4].
Aparelhos umidificadores/desumidificadores e condicionadores de ar, bem como uma
boa rotatividade, contribuem para evitar possíveis problemas. A Norton recomenda que as
cintas fiquem penduradas (em cabides) pelo menos 24 horas antes do uso.

Figura 8.1 – Armazenamento de cintas [4]


59

8.1. Efeito da variação de umidade

Segundo a Norma ABNT, muitos costados de lixas contêm celulose (polpa de madeira
ou algodão), a qual absorve ou perde umidade com as mudanças de umidade relativa. A
quantidade de umidade em um costado afeta as propriedades de manuseio de lixas como
também a forma ou planicidade do produto. Quando a umidade relativa é baixa, as dimensões
físicas tendem a ser menores, e a umidade relativa alta, as dimensões tendem a ser maiores.

8.2. Condições de armazenamento

As Lixas devem ser armazenados pelo menos 10 ou mais centímetros acima da


superfície de pisos de concreto, longe de janelas abertas, fora de luz solar direta e longe de
fontes de calor como radiadores e tubos de vapor. Eles devem ser protegidos de respingos de
água e outros fluidos. Para proteger lixas da exposição de tensões do ambiente, eles devem ser
armazenados nas embalagens originais até sua utilização. Porém, algumas cintas ou correias
de lixas e particularmente as com costado de papel, devem ser removidas das embalagens de
antes de uso para permitir o equilíbrio de umidade com o ambiente da sala de
condicionamento ou do local de utilização [2].
Se colocado em condições adversas como as acima neste item, recomenda-se inspeção
antes do uso. Em caso de excesso de umidade, a lixa poderá ser colocada em estufa para
secagem.

8.3. Etiquetas ou rótulos de instrução de armazenamento

Uma vez recebidas na área de armazenamento, as embalagens devem ser examinadas,


pois contém instruções e recomendações de armazenamento do fabricante, como " Este Lado
Para Cima", "Prazo de Validade". Se uma lixa sofrer distorções por causa de armazenamento
impróprio, a perda de desempenho ou ruptura pode acontecer [2].

8.4. Manuseio

Não devem ser usados ganchos quando manuseando ou transportando embalagens


com lixas. Não devem ser derrubadas ou jogadas as embalagens, de alturas excessivas, porque
60

os conteúdos podem ser rasgados ou podem ser dobrados e o dano pode conduzir a ruptura
quando em uso [2].

8.5. Rotação do estoque

Embora geralmente as lixas tenham vida longa, elas devem ser usadas obedecendo a
ordem de recebimento, isto é, os primeiros a entrarem no estoque devem ser os primeiros a
serem utilizados, observando-se os prazos de validade [2].

8.6. Efeitos de armazenamento impróprio

8.6.1. Mudança da forma

Curvatura ou encanoamento de uma lixa podem acontecer a umidades extremas.


Tentativas de endireitar uma lixa encanoada/curvada podem causar rasgos, rachaduras ou
distorção, aumentando a probabilidade de ruptura quando o material é colocado em uso [2].

8.6.2. Mudança na flexibilidade

Variações na umidade podem alterar a flexibilidade do lixa, tornando-o mais ou menos


flexível. Se o lixa fica muito úmido, a flexibilidade padrão pode ser perdida quando o mesmo
secar ou perder o excesso de umidade. Isto pode resultar na perda excessiva de grãos e o
aumento da probabilidade de ruptura [2].

8.6.3. Proteção de máquina

Recomenda-se utilização de proteção de máquina adequada de acordo com as normas


vigentes.
61

9. SELEÇÃO E INSPEÇÃO PARA LIXAS

9.1. Resistência do costado

O costado de um produto abrasivo transmite a força/pressão do equipamento para os


grãos abrasivos. O tipo de lixa a ser escolhido tem que levar em consideração o tipo de
costado. Cintas de lixas, por exemplo, trabalham sob uma considerável tensão e necessitam
uma resistência adequada e também um certo grau de flexibilidade para evitar que o produto
se rompa [2].

9.2. Esticamento de costado

Os costados de tecido são pré-esticados antes de se transformarem em lixa e são


tratados para resistir ao esticamento durante a operação. Entretanto, todos os costados devem
ter pelo menos uma pequena porcentagem de esticamento; caso contrário, eles serão incapazes
de resistir aos choques/batidas. O excesso de tensão pode causar um esticamento impróprio.
Uma cinta que se estica além da capacidade máxima da máquina, poderá correr para fora da
mesma [2].
Isto poderá causar quebra/rompimento ou perda de grãos da lateral da cinta quando
estiver em contato com a capa de proteção da máquina.

9.3. Inspeção da lixa

9.3.1. Cintas

Cintas com dobras, trincas e vincos devem ser descartadas desde que estejam
apresentando comportamento instável na máquina ou que estejam quebrando prematuramente.
As emendas das cintas devem estar firmes e alinhadas. Qualquer evidência de descolamento
ou ruptura, a mesma não deve ser utilizada [2].
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9.3.2. Discos

Os discos que apresentarem trincas, cortes, variação excessiva de curvatura não devem
ser utilizados. A curvatura pode ser restaurada por exposição do disco a uma umidade relativa
de 35 a 50% [2].
O lado da impressão nunca deve ser molhado para corrigir a curvatura do disco,
porque a água causa o encolhimento do costado e outras distorções ao secar.

9.3.3. Roda de lixa

A roda de lixa com o núcleo rachado/trincado não deve ser utilizada.

9.3.4. Tubo

Verifique a existência de qualquer evidência de descolamento ou ruptura do tubo de


lixa. Se houver qualquer sinal de falha, o tubo não deve ser utilizado [2].

9.3.5. Disco de flaps

Os discos de flaps com suportes rachados/trincados ou com falhas de montagem nas


tiras de lixas não devem ser utilizados [2].

9.4. Desgaste

A maioria das lixas foram desenhadas para que se desgastem lentamente, dependendo
da pressão utilizada contra a peça obra e a velocidade periférica da lixa. Velocidade ou
pressão excessiva (superior à recomendada pelo fabricante) é prejudicial ao lixa, causando
desgaste prematuro da camada abrasiva e costado [2].
63

9.5. Como identificar uma lixa

A tabela 9.1 apresenta um esboço de como se identificar uma lixa. Neste caso
específico, é uma tabela para identificação de lixas da empresa Norton [4].

Especificação: G125

Costado e
Adesivo Grão Abrasivo Camada Diferenciador
Principal
Papel Leve 1 - Óxido de Alumínio Número impar: indica Designa Produtos
A Pesos A até Branco (Al2O3) camada aberta ou semi- pertencentes a um
D 2 - Óxido de Alumínio aberta (utilizada em mesmo grupo com
Papel Pesado Marrom (Al2O3) operações em que o algumas variações.
G
Pesos E e F 4 - Carbureto de Silício nível de empastamento Tais como adesivo,
Papel Pesado (SiC) da lixa é grande). cor, etc.
®
H Pesos E e F - 8 - NORZON (NZ) Ex.: K131 Ex.: G125
9 - SEEDED GEL®
Resina
(SG) Número par: indica
Papel à Prova
T camada fechada
D'água
(utilizada nas demais
Pano, Cola
operações).
K Pesos J,X e
Ex.: G125
Y
Pano, Resina
R Pesos J, X e
Y
S Combinação
Pano à Prova
W
D'água
F Fibra
64

10. TOXICIDADE DE LIXAS

10.1. Grãos abrasivos

Os minerais usados nas lixas são, geralmente, de baixa toxicidade. Eles são: óxido de
alumínio, carbeto ou carbureto de silício, óxido de alumínio zirconado, óxido de alumínio
cerâmico, garnet e esmeril. A quantidade de mineral abrasivo liberado nas operações de
lixamento é extremamente pequena comparada à quantidade de poeira que está sendo gerada
na remoção do material trabalhado [2].

Em operações de lixamento com pouca ventilação, a quantidade de poeira dispersa no


ar pode ultrapassar os limites estabelecido pelas normas regulamentadoras do ministério do
trabalho. Neste caso, um respirador ou equipamento de respiração apropriado deve ser usado
pelas pessoas presentes no local [2].

10.2. Adesivos

Os adesivos utilizados na fabricação de lixas, nos produtos terminados, encontram-se


geralmente quimicamente inativos. Havendo qualquer perigo potencial que envolva o adesivo
ou qualquer aditivo, o fabricante indicará nos rótulos ou na impressão no costado da lixa, e
recomendará as precauções formais [2].

10.3. Aditivos aplicados posteriormente

Qualquer material (ADITIVO) potencialmente perigoso que é aplicado à superfície de


uma lixa, para auxiliar o processo de abrasão (lixamento), deve ser indicado por informação
preventiva provida pelo fabricante ou aplicador do aditivo [2].
65

11. AMBIENTE DE TRABALHO

Esta seção contém recomendações segundo a Norma ABNT para áreas que trabalham
com equipamentos de lixamento e local onde operações de lixamento são executadas [2] :

11.1. Local de trabalho

A área de trabalho deve permitir ao operador ou operadores ampla liberdade para se


movimentar em torno da máquina. O operador nunca deve ficar confinado ou ter sua
passagem limitada por qualquer material.

11.2. Área de trabalho

É conveniente que seja sobre uma superfície nivelada, seca, não escorregadia,
principalmente para operações manuais. Para operações com ferramentas portáteis, deve-se
imobilizar a peça obra com dispositivos apropriados. Para lixamento úmido, um sistema de
escoamento da água, cavacos e outros materiais se faz necessário.

11.3. Posicionamento dos Operadores na máquina

O local de trabalho do operador dever estar perto dos controles da máquina. A


trajetória de qualquer material que possa ser projetado da área de trabalho não pode passar
entre o operador e o painel de controle da máquina.

11.4. Ventilação/Exaustão

Com a finalidade de evitar-se a dispersão de poeiras e outros contaminantes


atmosféricos no ambiente de trabalho, em quantidades considerada perigosas para a exposição
do homem, o local de trabalho deve ser equipado com um sistema de ventilação exaustora e
equipamento para retenção de particulados (cavacos e poeiras). Os materiais coletados no
sistema de captação devem ser adequadamente descartados para evitar que venham a poluir o
meio ambiente.
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Equipamentos de proteção respiratória devem ser usados para evitar a inalação de


materiais que não puderam ser contidos pelo sistema de ventilação/exaustão.

11.5. Critérios de captação de poeira

11.5.1. Captação de Cavacos

Todo coletor de poeira deve está localizado de tal forma que consiga captar a maior
quantidade possível de cavacos.

11.5.2. Prevenção contra fogo

11.5.2.1. Poeira de madeira

Cavacos de madeira não devem ser descartados perto de chamas ou pontos de ignição.

11.5.2.2. Cavacos de madeira e metais misturados

Para se prevenir do perigo de fogo, cavacos de metal não devem ser misturados com
cavacos de madeira. Sempre que houver o risco dos cavacos se incendiarem, deve existir um
sistema de extintores perto do sistema coletor.

11.5.2.3. Cavacos de metais inflamáveis

Cavacos de magnésio ou ligas de magnésio devem ser manuseadas com extremo


cuidado.
Os fornecedores devem enviar as fichas de segurança dos materiais para que esses
sejam incluídos nas fichas de segurança da empresa.

11.5.3. Cavacos tóxicos

Se cavacos apresentarem toxicidade, procedimentos devem ser tomados para se dispor


apropriadamente o material respeitando a saúde de todos e o meio ambiente.
67

12. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

12.1. Óculos de proteção ou óculos de ampla visão


Óculos de segurança, ou óculos de ampla visão devem ser sempre utilizados por
pessoas que estiverem em áreas onde a operação de lixamento está sendo realizada [2].

12.2. Avental de lona


É necessário sempre quando o operador estiver realizando operação de lixamento com
equipamento [2].

12.3. Protetor de braço e antebraço de couro


Necessários em operações onde existe risco de contato dos braços do operador durante
a operação de lixamento [2].

12.4. Luvas de couro


Necessárias para se prevenir cortes e queimaduras durante o lixamento que podem
conduzir a uma infecção ou reações tóxicas [2].

12.5. Calçado de segurança


Devem ser usados em quaisquer circunstâncias dentro das áreas de lixamento.

12.6. Roupas largas ou acessórios


Roupa larga ou acessórios não devem ser usadas durante operações de lixamento.

12.7. Máscara ou respirador


O mesmo que equipamento proteção respiratória, é requisito indispensável em
operações de lixamento.

Devem ser especificados conforme o tipo e concentração das poeiras existentes no


local de trabalho [2].

12.8. Protetor auricular


Devem ser utilizados quando o nível de ruído exceder as atuais normas vigentes de
segurança no trabalho [2].
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13. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

[1] KOCH, P., “Wood Machining Processes”, Edited by The Ronald Press Company, Nova
York, USA, 1964, p. 397 – 431.

[2] NORMA ABNT – “Lixas (Abrasivos revestidos) - Requisitos de segurança para seu uso”.

[3] ABRASNEL - Site Institucional da Empresa Abrasnel, “Noções básicas sobre lixas”,
Disponível em: <http://www.abrasnel.com.br/lixa.htm> , Acesso em: 20 set. 2002.

[4] PROINDÚSTRIA - Site Institucional da Empresa Proindustria, Disponível em:


<http://www.proindustria-madeira.com.br/lixas.html> , Acesso em: 25 set. 2002.

[5] NORTON - Site Institucional da Empresa Norton Abrasives, Disponível em:


<http://www.norton-abrasivos.com.br/produtos> , Acesso em: 20 set. 2002.

[6] PEROTTI, D. S. (ed.), “Compêndio de informação técnica para a indústria do


mobiliário”, Alternativa Editorial LTDA, Primeira Edição, Bento Gonçalves – RJ, 1992.

[7] Site de apoio aos Marceneiros construtores do Brasil, Disponível em:


<http://www.guiadomarceneiro.hpg.ig.com.br/index1.htm > , Acesso em: 20 set. 2002.

[8] 3M - Site Institucional da Empresa 3M Brasil, Campinas – SP, Brasil, Disponível em:
<http://www.3m.com/intl/br/produtos.html> , Acesso em: 25 set. 2002.

[9] FLADDER - Site Institucional da Indústria Fladder, Disponível em: <http://www.


techsud.com.br> , Acesso em: 25 set. 2002.

[10] MACLINEA - Site Institucional da Indústria MACLINEA, Minas Gerais – Brasil,


Disponível em: <http://www.jbsminas.com.br> , Acesso em: 20 set. 2002.

[11] INVICTA – Catálogo da Indústria Invicta, Limeira – SP, Brasil, 2002.

[12] LIDEAR - Site Institucional da Indústria de Máquinas Lidear, Disponível em:


<http://www.lidear.com.br/principal.html> , Acesso em: 09 out. 2002.

[13] HDS - Site Institucional da Indústria de máquinas HDS, Disponível em:


<http://www.classificadosmercosul.com.br/hdsmaquina/HDS.htm>, Acesso em: 09 out.
2002.

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