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2011
ESCOLA PROFISSIONAL DE TONDELA
Índice
Introdução..................................................................................................................... 4
1.Local de trabalho ....................................................................................................... 6
1.1.Qual é o significado dos sinais nos locais de trabalho? ................................................ 7
1.2.Sinalização de segurança .................................................................................................. 7
1.3.Princípios de Prevenção ..................................................................................................... 9
1.4.Redução dos riscos de acidente (prevenção) ............................................................... 10
1.5.Protecção colectiva e protecção individual .................................................................... 11
1.6.Serviço de prevenção e segurança ................................................................................ 12
1.7.Medidas de prevenção ...................................................................................................... 14
1.8.O que é um equipamento de protecção individual? ..................................................... 19
1.9.Como avaliar e apreciar a necessidade do uso de um EPI? ...................................... 20
1.10.Escadas e escadotes ...................................................................................................... 29
2.Trabalhos de armazenamento e de transporte......................................................... 31
2.1.Transporte com a ajuda de veículos, de empilhadores, de gruas e de monta-cargas
..................................................................................................................................................... 33
Perigos/Riscos mais frequentes associadas a trabalhos relacionados com demolição
de estruturas ............................................................................................................... 33
Causas Principais ....................................................................................................... 34
Medidas de Prevenção Aconselhadas ........................................................................ 34
2.2.Riscos e Medidas Preventivas associados a trabalhos que envolvam armação de
ferro............................................................................................................................................. 37
Riscos mais frequentes............................................................................................... 37
Causas Principais ....................................................................................................... 37
Medidas de Prevenção Aconselhadas ........................................................................ 38
2.3.Descrição de Riscos e medidas de segurança associados a tarefas envolvendo
cofragem e descofragem de estruturas ................................................................................ 40
Riscos mais frequentes............................................................................................... 40
Causas Principais ....................................................................................................... 40
Medidas de Prevenção Aconselhadas ........................................................................ 40
2.4.Descrição de Riscos e Medidas Preventivas associados a trabalhos envolvendo
betonagem de estruturas ............................................................................................ 43
Perigos/Riscos mais frequentes .................................................................................. 43
Causas Principais ....................................................................................................... 44
Medidas de Prevenção Aconselhadas ........................................................................ 44
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INTRODUÇÃO
Uma mão amputada, a perda dum olho, a boa saúde e capacidade de trabalho
diminuídas, não podem mais ser substituídas.
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Com base nestes princípios bem como para que estes sejam cumpridos desenvolve-
se na empresa um trabalho continuo – que permite o controlo dos riscos profissionais
– no âmbito da segurança e higiene no trabalho
Fase de projecto
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1. LOCAL DE TRABALHO
Um local defeituoso aumenta o risco de acidente, da mesma forma que uma má
iluminação. Um arejamento insuficiente pode causar risco para a saúde, pelo que se
deve:
Garantir áreas suficientes para trabalhar;
Garantir uma boa iluminação (a iluminação deve ser
função do esforço visual a realizar);
Garantir que os pavimentos sejam isentos de qualquer
obstáculo para se evitar tropeções;
Eliminar imediatamente os resíduos espalhados, óleos,
etc...;
Limpar os pavimentos e garantir que eles sejam
antiderrapantes.
Para as vias de circulação deve-se:
Manterem-se desimpedidas;
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Os sinais de segurança não podem ser utilizados senão para indicações relativas à
segurança. A sinalização não pode em nenhum caso dispensar a obrigação de tomar as
medidas colectivas e individuais de segurança necessárias para certos trabalhos.
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1º - Eliminar os Perigos
O perigo, enquanto potencial de dano inerente aos componentes de trabalho, deve ser
objecto de análise sistemática tendo em vista a sua detecção e eliminação;
5º - Atender à evolução
Atender à permanente evolução tecnológica, de que decorrem novos riscos;
Novas soluções preventivas integradas;
Novos métodos mais eficazes de avaliação e controlo de riscos;
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Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for possível
eliminar ou isolar o risco. (exemplo: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas
com placas de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser devidamente
sinalizados.
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Importa agora fazer um pequeno parêntesis e tentar fazer a destrinça entre dois
conceitos muito importantes.
Perigo: é uma condição estática – propriedade intrínseca ou situação inerente de
algo com potencial de causar dano. Este perigo pode ser graduado (a voltagem de
uma corrente eléctrica, a toxicidade de uma substância química.
“O leão numa jaula representa um perigo, quando estou a vê-lo na zona
reservada ao público.”
Risco: é a necessidade sentida de lidar com situações de perigo futuras.
Pretende possibilitar a antecipação das situações em que o perigo possa
manifestar-se e atingir pessoas e bens. Implica um processo de valorização
conjunta da probabilidade da sua ocorrência e da estimativa da gravidade dessa
ocorrência.
“O leão numa jaula representa um risco, quando tento fazer-lhe uma festa.”
Para serem plenamente eficazes as acções preventivas deverão ser:
Passivas -as que são tomadas de uma vez para sempre, no acto de projectar ou
construir uma instalação.
As medidas de prevenção passivas, compreendem:
Regras de implantação: têm como finalidade dividir os riscos, evitar a propagação de
incêndios de uma para a outra instalação, afastar as fontes de vapores combustíveis,
adequar os espaços ao número de utilizadores previstos, impedir que o trabalho de
uns colida ou afecte o trabalho de outros, etc…
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Desde esta fase, ao tomar conhecimento dos processos de trabalho, deve procurar-se
evitar ou reduzir a utilização de matérias – primas e produtos perigosos, substituindo –
os por outros que não sejam perigosos, ou que impliquem menor risco para a
segurança e saúde dos trabalhadores.
Por exemplo:
Utilizar tolueno em vez de benzeno.
Utilizar substâncias solúveis em água em vez de solventes orgânicos
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Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua
protecção contra um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou
saúde no trabalho.
É pois, necessário que o equipamento em questão se destine especificamente a
proteger a saúde e a segurança do trabalhador no trabalho, excluindo qualquer outro
objectivo de interesse geral para a empresa como, por exemplo, o uso de uniformes.
Os EPIs não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a protecção
colectiva. Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
A lei determina que os EPIs sejam aprovados pelo Ministério do Trabalho, mediante
certificados de aprovação (CA). As empresas devem fornecer os EPIs gratuitamente
aos trabalhadores que deles necessitarem. A lei estabelece também que é obrigação
dos empregados usar os equipamentos de protecção individual onde houver risco,
assim como os demais meios destinados a sua segurança.
Um EPI deve ser concebido e executado em conformidade com as disposições
regulamentares em vigor. A entidade patronal fornece gratuitamente aos trabalhadores
EPI em bom estado:
adequados relativamente aos riscos a prevenir;
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Os EPI devem ser usados pelo trabalhador exclusivamente nas circunstâncias para as
quais são recomendados e depois de a entidade patronal ter informado o trabalhador
da natureza dos riscos contra os quais o referido EPI o protege.
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Protecção da Cabeça
A cabeça deve ser adequadamente protegida
perante o risco de queda de objectos pesados,
pancadas violentas ou projecção de partículas.
A protecção da cabeça obtém-se mediante uso
de capacete de protecção, o qual deve
apresentar elevada resistência ao impacto e à
penetração.
Boné anti-choque em poliamida;
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Máscara
panorâmica
Leve e baixa
resistência à respiração;
Peso bem equilibrado na cara;
Campo de visão;
Comporta 2 filtros (vendidos á parte) p/ partículas, gases e vapores.
Semi - máscara
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Protector auricular
Arnês almofadado, para melhor conforto.
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Protecção do Tronco
O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser confeccionado em diferentes
tecidos.
O vestuário de trabalho deve ser cingido ao corpo para se evitar a sua prisão pelos
órgãos em movimento. A gravata ou
cachecol constituem, geralmente, um risco.
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Em certos casos verifica-se o risco de perfuração da planta dos pés (ex: trabalhos de
construção civil) devendo, então, ser incorporada uma palmilha de aço no respectivo
calçado.
Protecção
das Mãos e dos Membros Superiores
Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na
indústria. Daí a necessidade da sua protecção.
O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do que as mãos, não sendo
contudo de subestimar a sua protecção.
NITRILIO
3/4
C/PUNHO MALHA
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Em todos os trabalhos que apresentam risco de queda livre deve utilizar-se o cinto de
segurança, que poderá ser reforçado com suspensórios fortes e, em certos casos
associado a dispositivos mecânicos amortecedores de quedas.
O cinto deve ser ligado a um cabo de boa resistência, que pela outra extremidade se
fixará num ponto conveniente.
O comprimento do cabo deve ser regulado segundo as circunstâncias, não devendo
exceder 1,4 metros de comprimento.
Cinta de segurança
Cinto de posicionamento "Ekman"
c/ perneiras
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Extensão de cinta
Passadeira de posicionamento"Ekman"
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ESCADOTES
Os escadotes devem ser protegidos contra o derrubamento e separação das partes;
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ESCADAS DUPLAS
Nunca devem ser subidas até ao degrau mais alto. Não haverá apoio;
Nunca utilizar escadas duplas como escadas simples; elas deslizam.
Actualmente, as escadas duplas são fabricadas em alumínio. As mais seguras são as
escadas duplas com protecções laterais. No cimo, elas têm uma plataforma e um
dispositivo de apoio.
Atenção: Se for necessário trabalhar junto de equipamentos e instalações eléctricas,
não devemos utilizar escadas metálicas. Há um grande risco de contacto eléctrico com
as partes metálicas.
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Figura 1 Figura 2
A elevação e montagem de elementos e painéis de cofragem deve ser
previamente combinada com o gruista;
A movimentação mecânica dos painéis deve ser suspensa sempre que sopre
vento com velocidade superior a 40 km/h ou que o manobrador não consiga
acompanhar, visualmente, a carga durante todo o seu percurso (chuva ou
nevoeiro);
A montagem da cofragem deve ser realizada numa sequência tal que não permita
que fiquem «buracos para trás». Se for necessário deixar zonas por cofrar, devem
ser protegidas com guarda-corpos ou redes;
A desmontagem das cofragens deve ser executada com as plataformas protegidas
contra quedas em altura. Em situações não seja possível manter as protecções
colectivas, os trabalhadores devem usar arnês anti-queda, amarrado a um ponto
com solidez adequada.
Trabalhos de Betonagem
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Controlo do acesso
Nos armazéns de forma geral, devem ser tomadas medidas de segurança para
impedir o acesso não autorizado ao armazém, uma vez que pessoas estranhas ao
serviço podem colocar em causa todos os procedimentos de segurança. Assim,
devem ser tidas em consideração as seguintes instruções:
Fora das horas de trabalho devem ser fechadas à chave as portas e janelas do
armazém bem como dos escritórios;
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Recepção e expedição
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Os funcionários de armazéns terão que ter formação a este nível e ter conhecimento
prévio das condições ideais de armazenamento e manuseamento para cada produto
especificamente.
Os próprios produtos químicos devem ser armazenados por grupos de acordo com a
sua categoria de perigosidade, ex.: inflamáveis, combustíveis, corrosivos, tóxicos, etc.
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1400 -
1700
Nesta faixa, o acesso e visão ficam limitados para alguns trabalhadores.
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Armazenamento no Exterior
De um modo geral, os produtos podem ser armazenados no exterior, desde que exista
uma cobertura ou telhado e as condições ambientais não sejam muito adversas às
características dos produtos. As embalagens resistentes ao mau tempo, tais como
bidões de 200 litros podem ser armazenadas ao ar livre, desde que o seu conteúdo
não seja sensível a temperaturas extremas e se possa garantir a sua segurança.
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Operações Auxiliares
Controlo de qualidade;
Etiquetagem;
Etc.
Ordem e Limpeza
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Uma vez elaborado, o plano deve ser implantado mediante a realização dos cursos de
formação e, à posteriori simulados necessários para que todo o pessoal possa treinar
convenientemente as suas funções em função do tipo de emergência.
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Botas de borracha;
Avental de PVC;
Viseira ou óculos;
Primeiros Socorros
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Sousa, J; Silva, C; Pacheco, E.; Moura, M.; Araújo, M.; Fabela, S.; Acidentes de
Trabalho e Doenças Profissionais em Portugal. Riscos Profissionais: Factores e
Desafios; Centro de Reabilitação Profissional de Gaia; 2005.
CONSULTA NA INTERNET
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LEGISLAÇÃO CONSULTADA
DL 330/93 de 25 de Setembro
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