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Relatório de Pesquisa

O relatório de pesquisa é o próprio artigo publicado, reapresentado mais adiante.

Oliveira AF, Valente JG, Leite IC. Fração da carga global do


diabetes mellitus atribuível ao excesso de peso e à obesidade no Brasil.
Rev Panam Salud Publica. 2010;27(5):338–44.
Investigación original / Original research

Fração da carga global do diabetes mellitus


atribuível ao excesso de peso e à obesidade
no Brasil
Andreia Ferreira de Oliveira,1 Joaquim Gonçalves Valente1
e Iuri da Costa Leite1

Como citar Oliveira AF, Valente JG, Leite IC. Fração da carga global do diabetes mellitus atribuível ao excesso de
peso e à obesidade no Brasil. Rev Panam Salud Publica. 2010;27(5):338–44.

RESUMO Objetivo. Estimar a carga global do diabetes mellitus (DM) para o período de 2002 a 2003
e calcular, para o mesmo período, a fração do diabetes atribuível ao excesso de peso e à obesi-
dade para o Brasil e suas regiões.
Métodos. A prevalência de excesso de peso e obesidade por sexo e faixa etária (> 20 anos) e
os riscos relativos (obtidos de estudos internacionais) para o desenvolvimento do DM atribuí-
veis ao excesso de peso e à obesidade foram utilizados para o cálculo da carga global do diabe-
tes. A prevalência de excesso de peso e obesidade para o Brasil e suas regiões foi obtida da Pes-
quisa de Orçamento Familiar. Foram calculados, para o DM, os anos de vida ajustados para
incapacidade (disability-adjusted life years, DALY) a partir da soma de duas parcelas: anos
de vida perdidos por morte prematura (years of life lost, YLL) e anos de vida perdidos devido
à incapacidade (years lived with disability, YLD).
Resultados. Do total de DALY estimados para o DM no Brasil, 70% provinham dos YLD.
Para o Brasil como um todo, 61,8 e 45,4% do DM no sexo feminino foram atribuíveis a excesso
de peso e obesidade, respectivamente. No sexo masculino, esses percentuais foram de 52,8 e
32,7%. As maiores frações atribuíveis foram encontradas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-
Oeste e para o grupo populacional entre 35 a 44 anos de idade.
Conclusão. Grande parte da carga do diabetes é atribuível a fatores de risco evitáveis. Me-
didas voltadas para a prevenção e controle desses fatores de risco, como o excesso de peso e a
obesidade, devem estar inseridas na agenda de saúde pública brasileira.

Palavras-chave Sobrepeso; obesidade; anos de vida perdidos por incapacidade; anos potenciais de
vida perdidos; diabetes mellitus; Brasil.

O diabetes mellitus (DM) é uma sín- da falta de insulina ou da incapacidade de fumar, o colesterol elevado, o excesso
drome de etiologia múltipla, decorrente da insulina de exercer adequadamente de peso, a ingestão elevada de álcool, a
os seus efeitos. Suas complicações crôni- hipertensão arterial e a inatividade física
1
cas decorrem de alterações micro e ma- são importantes fatores de risco para o
Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de
Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ), Departamento crovasculares que levam a disfunção, desenvolvimento de doenças crônicas,
de Epidemiologia e Métodos Quantitativos. Enviar dano ou falência de vários órgãos (1, 2). como câncer (endometrial, ovário,
correspondência para Andréia Ferreira de Oliveira
no seguinte endereço: Escola Nacional de Saúde
Em 2004, estima-se que, no mundo, mama, cervical, próstata, colorretal, be-
Pública, Departamento de Epidemiologia e Mé- 44% das mortes prematuras e 34% da xiga, pâncreas, hepático, renal), doenças
todos Quantitativos em Saúde, Rua Leopoldo carga global de doença tenham sido re- cardiovasculares, doenças respiratórias
Bulhões 1480/815, CEP 21041-210, Manguinhos,
Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: andreiaf@ensp. sultado do efeito conjunto de 24 fatores crônicas e também DM (4–10). A maior
fiocruz.br, andreiaf@globo.com de risco (3). Dentre esses fatores, o hábito parte desses fatores pode ser evitada e

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Oliveira et al. • Diabetes e excesso de peso Investigación original

modificada por meio de mudanças re- k Portanto, as ORs encontradas no estudo


lacionadas ao estilo de vida, visto ∑ pi (RRi – 1) de Field et al. (29) foram transformadas
i= 0 1
F PA = = 1–
que estão fortemente relacionados aos k k em RR, conforme metodologia apresen-
padrões de vida e, particularmente, aos 1 + ∑ pi ( RRi – 1) ∑ pi (RRi ) tada por Zhang e Yu (30) e empregada
i= 0 i= 0
de consumo (5, 11). por Sichieri et al. (31) para estimar a carga
Uma associação positiva entre obesi- onde pi é a prevalência da i-ésima catego- de hospitalização associada a sobrepeso e
dade e risco de desenvolvimento de DM ria de exposição do fator de risco e RRi é obesidade no Brasil.
tipo 2 tem sido recorrentemente obser- o seu respectivo risco relativo em relação O estudo realizado por Field et al. (29)
vada em estudos transversais (12–15) e à categoria de exposição de referência. não apresenta os RR segundo faixa etá-
prospectivos (15–18). O risco de desen- ria. Por isso, foram adotadas “estrutu-
volver DM cresce continuamente com o Estimativas de prevalência de excesso ras” de riscos relativos apresentadas por
aumento do índice de massa corporal de peso e obesidade Yoon et al. (32). No presente estudo, os
(IMC) e da idade (19). Na presença de RR foram apresentados separadamente
um IMC acima de 22 kg/m2, o risco de As informações sobre as prevalências para sobrepeso e obesidade, tendo sido
diabetes aumenta 25% para cada ele- do excesso de peso e da obesidade para o necessária uma ponderação segundo as
vação de 1,0 kg/m2 (20, 21). Além disso, Brasil e suas regiões, segundo o sexo e a prevalências de sobrepeso e obesidade,
o risco para o desenvolvimento de com- faixa etária (acima de 20 anos), foram por faixa etária, obtidas pela POF 2002–
plicações crônicas está diretamente asso- provenientes da Pesquisa de Orçamento 2003, na obtenção dos RR para excesso
ciado à elevação no IMC. Dos indivíduos Familiar (POF 2002–2003) (27). A POF foi de peso.
acometidos pelo diabetes, 80 a 90% têm estruturada de modo a propiciar resulta- A tabela 1 apresenta as estimativas de
excesso de peso (6, 22, 23). dos representativos para o Brasil, suas RR para o excesso de peso e a obesidade
Na América Latina e Caribe, no ano de regiões, unidades da federação (total e no desenvolvimento do DM, segundo o
2001, o DM esteve entre as 10 principais situação urbana), regiões metropolitanas sexo e a faixa etária. Tomando-se como
causas de morte (5% do total de mortes) (nove) e capitais das unidades da fede- categoria de referência a faixa etária de
(24). Nos Estados Unidos, estudos apon- ração (situação urbana), incorporando 20 a 29 anos, foram obtidos os pesos dos
tam que, entre homens e mulheres, res- coleta de medidas de peso e estatura para RR nas faixas subsequentes: 30 a 39 anos,
pectivamente, 64 e 74% dos casos de DM avaliação do estado nutricional dos brasi- 40 a 49 e 50 ou mais, por meio da divisão
tipo 2 poderiam ser prevenidos por meio leiros com 20 anos de idade ou mais. dos RR apresentados por Yoon et al. (32).
de controle do excesso de peso (25, 10). Neste trabalho foram utilizados os Esses pesos resultantes foram aplicados
Dada a relevância do DM como pro- pesos e as alturas mensurados na popu- a uma população padrão (calculada com
blema de saúde pública, e sendo o ex- lação acima de 20 anos, excluindo gestan- base na média aritmética entre as pro-
cesso de peso e a obesidade fatores de tes e lactantes. Indivíduos que apresenta- jeções populacionais do período de 2002
risco importantes no seu desenvolvi- ram valores de IMC acima de 25,0 kg/m2 a 2003, disponibilizadas pelo IBGE),
mento, este estudo teve como objetivos foram classificados na categoria excesso obtendo-se assim o total da população
estimar a carga do DM para o período de de peso, e aqueles com IMC acima de exposta ao risco de ocorrência de DM
2002 a 2003 e calcular, para o mesmo pe- 30 kg/m2, como obesos. Com base nas in- por faixa etária. O risco médio foi obtido
ríodo, a fração dessa doença atribuível formações da POF, as prevalências do ex- dividindo-se esse total pela população
ao excesso de peso e à obesidade no Bra- cesso de peso e obesidade foram calcula- de 2002 a 2003. Este risco médio e o peso
sil e em cada região. das para Brasil e suas regiões segundo dos RR foram aplicados ao RR total para
sexo e faixa etária (28). a ocorrência de diabetes utilizado no
MATERIAIS E MÉTODOS estudo de Schieri et al. (31) (excesso de
Estimativas de risco relativo peso: RR = 3,7 para o sexo masculino e
A carga global do DM devida ao ex- 5,1 para o sexo feminino; obesidade:
cesso de peso e à obesidade foi calculada Como não foram encontrados estudos RR = 6,6 para o sexo masculino e 7,6 para
com base na fração populacional atribuí- brasileiros com estimativas de risco rela- o sexo feminino), por meio de uma regra
vel (FPA), que tem por objetivo medir hi- tivo (RR) para o excesso de peso e a obe- de três. Com isso, foram obtidos os RR
poteticamente o quanto da carga de uma sidade no desenvolvimento do DM, para o desenvolvimento do DM asso-
doença poderia ser evitado se alguns de optou-se por utilizar os resultados obti- ciado ao excesso de peso e à obesidade
seus determinantes pudessem ser elimi- dos em um estudo realizado nos Estados para cada faixa etária e sexo (RR esti-
nados (26). A FPA é definida como a Unidos por Field et al. (29). Durante 10 mados utilizados). Como o estudo de
quantidade ou a proporção da incidência anos, esse estudo acompanhou mulheres Schieri et al. (31) trabalha com as catego-
ou do risco da doença na população que e homens de meia idade, em uma coorte rias de sobrepeso e obesidade, foi neces-
se pode atribuir a um determinado fator de enfermeiras e em outra coorte de ou- sária uma ponderação dos RR daquele
de exposição. No caso em questão, utili- tros profissionais de saúde, objetivando estudo pela prevalência da POF 2002 e
zou-se, para seu cálculo, a prevalência do avaliar os riscos provenientes do excesso 2003 para obtenção do RR total para ex-
excesso de peso e da obesidade por sexo de peso. A medida de associação no es- cesso de peso (IMC > 25).
e faixa etária, assim como os riscos relati- tudo de Field et al. (29) foi a razão de Conforme a metodologia apresentada
vos para o desenvolvimento do DM atri- chances (odds ratio, OR) ajustada para va- por Zhang e Yu (30), também foram cal-
buíveis ao excesso de peso e à obesidade. riáveis como idade, fumo e raça. culados os intervalos de confiança de
A FPA foi calculada da seguinte Entretanto, para o cálculo da fração 95% (IC95%) da fração atribuível para o
forma: atribuível, é necessária a medida do RR. excesso de peso e a obesidade, segundo

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Investigación original Oliveira et al. • Diabetes e excesso de peso

TABELA 1. Risco relativo (RR) para desenvolvimento do diabetes mellitus na presença de excesso de peso e obesidade segundo faixa etária e sexo,
Brasil, 2002 e 2003

Média de
Peso do população População RR estimado
Faixa etária (anos) RRa RR 2002–2003 expostab Masculino Feminino

Excesso de peso
20 a 29 3,1 1,0 31 089 534 31 089 534 4,3 5,9
30 a 39 2,9 0,950 26 202 284 24 992 169 4,1 5,6
40 a 49 2,5 0,808 19 936 973 16 109 074 3,5 4,8
≥ 50 2,1 0,665 27 882 727 18 542 013 2,9 3,9
Total 105 111 517 90 632 790
Risco médio 0,862
Obesidade 6,69 1,0 31 089 534 31 089 534 9,43 10,86
20 a 29 4,90 0,732 26 202 284 19 180 071 6,90 7,95
30 a 39
40 a 49 4,09 0,611 19 936 973 12 181 490 5,76 6,63
≥ 50 2,67 0,400 27 882 727 11 153 090 3,77 4,34
Total 105 111 517 73 604 185
Risco médio 0,700
a Referência 32.
b População exposta = peso do risco relativo multiplicado pela média da população em 2002 a 2003.

sexo e faixa etária, com base nos limites Os dados de mortalidade utilizados ria e grandes grupos (GG) de causas de
inferiores e superiores das razões de para calcular as estimativas de YLL doenças e agravos. Essas taxas foram
chances (odds ratios, OR) apresentadas no foram obtidos do Banco de Dados do Sis- aplicadas às médias das populações es-
estudo realizado por Field et al. (29). tema Único de Saúde (DATASUS) e refe- pecíficas no período 2002 a 2003 para ob-
Em seguida, as frações atribuíveis rem-se aos óbitos ocorridos de 2002 a tenção do número de YLD em cada sub-
brutas foram calculadas (dados não apre- 2003. O primeiro passo incluiu a redistri- população e área geográfica específica.
sentados) e padronizadas para o Brasil e buição dos óbitos com idade, sexo e mu- A taxa de desconto de 3%, proposta na
suas regiões, segundo sexo, faixa etária nicípio ignorados e a redistribuição das metodologia dos estudos de carga global
e categoria de IMC (excesso de peso e causas de óbitos por sinais, sintomas e de doença (33), foi incorporada nos cál-
obesidade), utilizando as prevalências e afecções mal definidas. culos de mortalidade (YLL) e morbidade
os riscos relativos já apresentados. As Três grandes grupos de doenças são (YLD).
frações foram padronizadas para idade, comumente utilizados em estudos de
objetivando comparações entre as regiões carga global: doenças infecciosas e para- RESULTADOS
do país. Para isso utilizaram-se estimati- sitárias, causas maternas, causas perina-
vas de prevalência padronizadas, obtidas tais e deficiências nutricionais (grupo I); No período de 2002 e 2003 ocorreram
através da aplicação à média da popu- doenças crônicas não transmissíveis 2 472 044 óbitos no Brasil, com uma
lação brasileira para o período 2002 a (grupo II); e causas externas (grupo III). média anual de 1 236 022 óbitos, sendo
2003 da prevalência bruta, segundo sexo Nesta pesquisa, o grupo II foi dividido 903 806 classificados dentro do grupo II,
e faixa etária, conforme a POF 2002–2003. em DM e demais doenças do grupo II, das doenças crônicas não transmissíveis
com base nos critérios estabelecidos no (DCNT). Esses óbitos deram origem a
Estimativa de anos de vida perdidos Estudo de Carga Global de Doença (34), uma média anual de 12 084 004 anos de
e anos vividos ajustados por utilizando-se como base a Décima Re- vida perdidos por morte prematura
incapacidade visão da Classificação Internacional de (YLL) e uma média anual de 16 262 877
Doenças (CID-10). anos de vida perdidos por incapacidade
O indicador utilizado nos estudos Para calcular o YLL para as regiões do (YLD), correspondendo a uma taxa de
de carga global de doença são os anos Brasil segundo sexo e faixa etária, a ex- DALY de 161,3 para cada 1 000 habitan-
de vida ajustados para incapacidade pectativa de vida (utilizada pelo Estudo tes. A tabela 2 descreve a carga global
(disability-adjusted life years, DALY). Esse de Carga Global de Doença) (34) foi mul- das doenças dos grupos I, II e III no pe-
indicador estende o conceito de anos tiplicada pela média anual do número de ríodo estudado.
potenciais de vida perdidos por morte óbitos corrigidos para o período 2002 a A tabela 3 apresenta o número de
prematura (33) ao contemplar anos equi- 2003. Como não estavam disponíveis as DALY entre os indivíduos acima de 20
valentes de vida saudáveis perdidos de- estimativas do componente de morbi- anos segundo os grupos de doenças.
vido a problemas de saúde ou incapaci- dade, o YLD, para o período de 2002 a Observa-se que, do total de DALY en-
dade. Neste trabalho, o número de 2003, optamos por estimar as taxas de contrados nas regiões brasileiras, a
DALY foi calculado a partir da soma de YLD por 1 000 habitantes. Para isso, o maior parte está associada ao grupo II.
duas parcelas: anos de vida perdidos por número de YLD calculados para o es- Nas regiões Norte, Sudeste e Sul, a por-
morte prematura (years of life lost, YLL) e tudo Carga Global de Doença no Brasil centagem de DALY para diabetes em
anos de vida perdidos devido à incapaci- (34) foi dividido pelo número de habi- relação ao total de DALY do grupo II foi
dade (years lived with disability, YLD). tantes em 1998, segundo sexo, faixa etá- superior a 10% (tabela 3).

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TABELA 2. Carga global para grupos de doenças, Brasil, 2002 a 2003a

DALYc/1 000
Grupob Óbitos YLLc YLDc DALYc habitantes

Grupo I 205 650 4 413 716 4 170 763 8 584 479 48,8
Grupo II – Diabetes 58 670 722 561 1 619 252 2 341 813 13,3
Grupo II – Demais 845 137 11 361 443 14 643 625 26 005 068 148,0
Grupo III 126 567 2 997 935 1 140 628 4 138 563 23,5
Total 1 236 022 19 495 655 21 574 268 41 069 923 233,7
a Consideraram-se os valores médios para o período de 2002 e 2003.
b Grupo I: doenças infecciosas e parasitárias, causas maternas, causas perinatais e deficiências nutricionais; Grupo II: doenças crônicas não-transmissíveis; Grupo III:
causas externas.
c YLL: anos de vida perdidos por morte prematura; YLD: anos de vida vividos com a incapacidade; DALY: anos de vida ajustados para incapacidade.

TABELA 3. Número absoluto e percentuais de anos de vida ajustados para incapacidade em indivíduos acima de 20 anos segundo região do Brasil
e grupos de doenças, 2002 a 2003

DALYa Diabetes
DALYa DALYa Grupo IIb DALYa % DALYa/ % DALYa/
Região total Grupo Ib No. %c Grupo IIIb DALYa totald Grupo IIe

Norte 1 821 404 288 985 1 361 455 74,7 170 963 138 278 7,6 10,2
Nordeste 8 720 965 1 166 178 6 901 315 79,1 653 473 607 993 7,0 8,8
Sudeste 13 840 180 1 608 029 10 839 491 78,3 1 392 661 1 105 566 8,0 10,2
Sul 4 226 402 473 839 3 345 373 79,2 407 190 358 043 8,5 10,7
Centro-Oeste 1 824 373 231 376 1 369 332 75,1 223 665 113 277 6,2 8,3
Brasil 30 433 324 3 768 407 23 816 966 78,3 2 847 951 2 323 157 7,6 9,8
a DALY: anos de vida perdidos ajustados para incapacidade.
b Grupo I: doenças infecciosas e parasitárias, causas maternas, causas perinatais e deficiências nutricionais; Grupo II: doenças crônicas não-transmissíveis; Grupo III: causas externas.
c Porcentagem de DALY do grupo II em relação ao DALY total.
d Porcentagem de DALY do diabetes mellitus em relação ao DALY total.
e Porcentagem de DALY do diabetes mellitus em relação ao DALY do grupo II.

TABELA 4. Frações atribuíveis padronizadas (%) de excesso de peso e obesidade associados ao observado na Região Centro-Oeste ape-
diabetes para o Brasil e suas regiões segundo sexo, 2002 a 2003 nas para o sexo masculino.
Excesso de peso Obesidade
DISCUSSÃO
Região Masculino Feminino Masculino Feminino

Norte 50,5 59,9 30,2 42,3 Neste artigo, observou-se um peso im-
Nordeste 47,9 61,2 27,1 43,2 portante das DCNT no total de DALY es-
Sudeste 54,6 62,0 34,9 46,6 timados para o Brasil e suas regiões. Um
Sul 55,1 63,3 35,6 48,0 resultado semelhante foi encontrado em
Centro-Oeste 53,9 60,8 32,0 41,2
Brasil 52,8 61,8 32,7 45,4
um estudo realizado na Sérvia no ano de
2000. Jankovic et al. (35) observaram que
as doenças isquêmicas do coração e cere-
brovasculares, câncer de pulmão, de-
pressão e diabetes foram responsáveis por
A tabela 4 apresenta as frações atribuí- sociados ao DM para o Brasil e suas re- aproximadamente 70% da carga global de
veis padronizadas para excesso de peso e giões, desagregadas segundo sexo e doença. Entre as mulheres, o diabetes es-
obesidade associados ao DM para as re- faixa etária. Para o Brasil como um todo, teve entre as cinco principais doenças res-
giões segundo o sexo. Tanto para o Brasil observa-se que as maiores frações atri- ponsáveis pela perda de anos de vida por
quanto para suas regiões, o sexo femi- buíveis para excesso de peso e obesi- morte prematura e incapacidade.
nino apresentou as maiores frações atri- dade, em ambos os sexos, são encontra- Stevens et al. (36), no México, consta-
buíveis para excesso de peso e obesidade das nas faixas etárias de 35 a 44 anos. A taram que as DCNT causaram 75% do
associados ao diabetes. No Brasil, no sexo partir dessa idade, os valores tendem a total das mortes e 68% do total de DALY.
feminino, 61,8 e 45,4% do DM, respecti- apresentar queda. Frações atribuíveis su- Entre os principais fatores de risco para a
vamente, foram atribuíveis a excesso de periores à média nacional foram encon- carga global de doença estava o IMC ele-
peso e obesidade. No sexo masculino, trados em quase todas as faixas etárias vado, que foi o fator que mais contribuiu
esses percentuais foram de 52,8 e 32,7%. nas regiões Sudeste e Sul, independente- para o total de carga de doença (5,1% do
A tabela 5 apresenta as frações atribuí- mente do sexo, para excesso de peso e total de DALY em ambos os sexos, sendo
veis de excesso de peso e obesidade as- obesidade. Um padrão semelhante foi 6,0% entre as mulheres). Com relação ao

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Investigación original Oliveira et al. • Diabetes e excesso de peso

TABELA 5. Frações atribuíveis do excesso de peso e obesidade associadas ao diabetes para o Brasil e suas regiões segundo sexo e faixa etária,
2002 e 2003

Masculino Feminino
Faixa etária (anos)
20 a 24 25 a 34 35 a 44 45 a 54 55 a 64 65+ 20 a 24 25 a 34 35 a 44 45 a 54 55 a 64 65+
Região Excesso de peso (%)

Norte 37,9 53,3 55,3 51,1 43,9 42,8 46,6 56,3 63,6 62,3 59,4 56,0
Nordeste 36,6 50,1 53,4 47,9 43,1 38,3 46,3 59,8 63,9 63,4 60,9 57,2
Sudeste 42,1 57,3 58,8 54,6 51,9 45,4 50,5 59,2 64,1 63,4 63,4 58,6
Sul 45,3 57,7 59,4 54,6 50,1 47,3 50,5 60,5 64,9 64,8 63,8 62,5
Centro-oeste 43,4 56,7 58,0 54,6 48,7 45,1 46,3 58,3 62,8 63,1 61,3 58,7
Brasil 40,9 55,3 57,4 53,0 49,0 43,7 48,7 59,3 64,1 63,6 62,6 58,8

Obesidade (%)

Norte 20,3 30,4 34,5 28,1 21,9 15,9 26,4 36,1 46,9 41,8 34,9 31,0
Nordeste 17,8 30,3 32,4 23,9 16,6 11,9 27,2 41,0 43,5 42,7 37,9 31,8
Sudeste 17,1 34,2 38,2 34,2 27,7 20,7 32,3 45,8 44,2 44,6 44,1 35,6
Sul 25,9 36,8 40,5 29,9 24,8 23,4 33,2 41,7 46,9 47,1 46,7 39,0
Centro-oeste 23,3 32,6 35,3 31,0 20,9 18,4 27,5 37,7 42,8 41,3 34,7 29,7
Brasil 19,3 33,2 36,8 30,8 23,9 18,5 30,3 42,8 44,6 44,2 42,2 34,7

total de DALY, o diabetes foi responsá- betes tipo 2 foram atribuídos à obesi- 44 anos de idade, mantendo-se constan-
vel por 3,5% do total, sendo 4,2% entre as dade. Na Suíça, 42,5% dos casos de dia- tes ou mesmo declinando a partir dessa
mulheres. betes foram atribuíveis à obesidade idade. A exceção foi a Região Sudeste,
Estimativas recentes mostraram que, (IMC > 30 kg/m2) (42). onde a fração atribuível à obesidade na
em todo o mundo, aproximadamente Nos Estados Unidos, 21% dos casos faixa etária de 35 a 44 anos apresentou
metade da carga de doença é atribuível de diabetes entre homens foram atribuí- ligeira queda. Tal fato já foi discutido
às DCNT, ou seja do grupo II. O diabetes dos ao excesso de peso, contra apenas por Schieri et al. (31). Esses autores indi-
representou 1,3% do total de DALY para 3% para as mulheres (43). Dados da cam que, por ser a obesidade um pro-
2004, estimando-se que aumente para Organização Mundial da Saúde (OMS) blema relativamente recente de saúde
2,3% em 2030. Na região das Américas, o apontam que, nos Estados Unidos, pública no Brasil, os grupos populacio-
diabetes representou 2,9% do total de aproximadamente 64% do DM tipo 2 em nais mais velhos ainda não sofreram as
DALY (37). Na Nova Zelândia e na Aus- homens e 74% em mulheres poderiam consequências crônicas da obesidade ou,
trália, o diabetes representou de 3,8 a ser evitados caso o IMC fosse mantido talvez, com o envelhecimento, o excesso
5,5% do total de DALY (38, 39). abaixo de 25 kg/m2 (44). de peso tenha tendido a ser relativa-
Neste estudo, verificou-se que a parti- As porcentagens de DM atribuíveis ao mente menos importante. Dados recen-
cipação do grupo II no total dos DALY excesso de peso neste estudo foram su- tes da OMS (3) mostram que, em países
para 2002 a 2003 é semelhante, ou até periores às relatadas na literatura inter- de renda média/alta, incluindo o Brasil,
mesmo superior, ao encontrado nesses nacional: 61,8 e 52,8% no sexo feminino e o sobrepeso e a obesidade estão entre os
países, chegando a 80% em algumas re- masculino, respectivamente, para o Bra- cinco principais fatores de risco com
giões. A participação do diabetes no total sil como um todo. Quanto à fração atri- impacto importante na carga global de
de DALY no Brasil (7,6%) também foi su- buível à obesidade, os percentuais foram doença (DALY), além de serem respon-
perior àquela encontrada nesses países. de 45,4%, no sexo feminino e 32,7% no sáveis pelo aumento no desenvolvi-
Na Região Sul do país a participação do sexo masculino. Em ambos os sexos, as mento de doenças crônicas não transmis-
diabetes chegou a 8,5%. A transição epi- maiores frações atribuíveis foram obser- síveis, como o DM.
demiológica pode ser uma explicação vadas nas regiões Sudeste e Sul do país. As limitações relacionadas à complexi-
para esses achados, dada a crescente par- Estudos evidenciam que, nos Estados dade das interpretações e cálculos da
ticipação das DCNT no perfil de morbi- Unidos, o IMC está diretamente relacio- fração atribuível já foram abordadas por
mortalidade das populações em países nado ao risco de DM na vida em ambos alguns pesquisadores (47, 48). As estima-
em desenvolvimento, como é o caso do os sexos. Naquele país, tanto o sobrepeso tivas de RR variam de estudo para es-
Brasil. quanto a obesidade, particularmente em tudo, dependendo das características da
Com relação ao risco atribuível para o idades jovens, aumentam o risco na vida população e das categorias de referência
excesso de peso relacionado ao DM, no de um diagnóstico de diabetes, havendo e exposição escolhidas. Portanto, a utili-
Canadá, em 1970, 22% dos casos de dia- uma diminuição desse risco com o zação de RR provenientes de outras po-
betes tipo 2 foram atribuíveis à obesi- avanço da idade (45, 46). pulações, que não a brasileira, pode ser
dade, sendo que, em 2004, esse percen- Neste artigo, observou-se que, para o considerada uma limitação desta pes-
tual subiu para 39% (40). Também no Brasil e suas regiões, as frações atribuí- quisa. Por outro lado, o RR é um instru-
Canadá, Birmingham et al. (41) observa- veis ao excesso de peso e à obesidade mento de grande utilidade em saúde
ram que 50,7% de todos os casos de dia- aumentaram, em ambos os sexos, até os pública por facilitar o estabelecimento de

342 Rev Panam Salud Publica 27(5), 2010


Oliveira et al. • Diabetes e excesso de peso Investigación original

prioridades de atuação. Acreditamos que Outra limitação refere-se à utilização, Dada a prevalência crescente do DM e
o fato de terem sido usados dados corea- neste trabalho, de estimativas de RR ba- o impacto de suas complicações crônicas
nos para realizar cálculos para a popu- seadas em um estudo com indivíduos de em todo o país, é importante um inves-
lação brasileira não tenha gerado resulta- meia idade. Como os riscos relativos de timento do poder público, incluindo a
dos imprecisos, já que, possivelmente, a morte associados a excesso de peso e obe- melhoria do acesso de todas as classes
relação “dose-dependente” entre o IMC e sidade são menores em indivíduos mais sociais a informações confiáveis sobre
o desenvolvimento do DM em grupos de velhos (50), as estimativas das frações os determinantes e consequências do ex-
idade mais jovens, em comparação a gru- atribuíveis associadas ao diabetes podem cesso de peso e o desenvolvimento de
pos com idade mais avançada, é seme- estar enviesadas na faixa etária acima de ações públicas consistentes nos ambien-
lhante nos dois países (32). 60 anos. Uma terceira limitação é a incor- tes físicos, econômicos e socioculturais
Acredita-se, ainda, que a população poração das estimativas de YLD do es- que permitam escolhas saudáveis com
brasileira seja parecida com a população tudo de carga global de doença realizado relação à dieta e à prática diária de ativi-
dos Estados Unidos (em termos genéti- no Brasil em 1998 no cálculo da parcela dades físicas.
cos e de hábitos de vida), justificando-se de morbidade referente aos anos de 2002 As regiões Sul e Sudeste, com as maio-
a projeção da “força de associação”, di- a 2003. No entanto, acredita-se que essa res frações atribuíveis ao excesso de
ferenciada por faixa etária do estudo decisão não tenha modificado em grande peso e obesidade, devem ser foco de in-
coreano, para os riscos relativos totais escala os dados encontrados, em função tervenções específicas, voltadas princi-
ponderados para excesso de peso e obe- do curto período considerado. Final- palmente para a prevenção do diabetes
sidade apresentados por Schieri et al. mente, destaca-se que uma grande varie- e a promoção de hábitos saudáveis de
(31). Embora haja variações no RR de dade de tipos de câncer pode ser atri- vida. Além disso, as faixas etárias mais
uma população para outra, o maior de- buída a excesso de peso e obesidade. precoces devem ser alvo prioritário,
terminante da variação na carga atribuí- Porém, na presente investigação foram visto que os maiores riscos de desenvol-
vel devido a um fator de risco em parti- selecionados, dentro da metodologia de vimento do diabetes relacionados a ex-
cular não é a diferença no RR, mas sim carga global de doença, apenas os códi- cesso de peso e obesidade ocorrem nes-
diferenças na distribuição dos níveis da gos de doenças e agravos relacionados ao ses grupos etários.
exposição na população (49). diabetes e suas complicações.

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ABSTRACT Objective. To estimate the global burden of diabetes mellitus (DM) in 2002–2003
and to calculate the fraction of diabetes attributable to excess weight and obesity for
Brazil and its regions.
Fraction of the global burden Methods. The prevalence of excess weight and obesity according to sex and age
of diabetes mellitus (> 20 years) and the relative risks for the development of DM (derived from inter-
attributable to overweight national studies) attributable to excess weight and obesity were used to calculate the
global burden of DM. The prevalence of excess weight and obesity for Brazil and its
and obesity in Brazil regions was obtained from the Family Budget Survey (Pesquisa de Orçamento Familiar).
Disability-adjusted life years (DALY) were calculated for DM based on the sum of two
components: years of life lost (YLL) and years lived with disability (YLD).
Results. Of the total DALY estimated for DM in Brazil, YLD accounted for 70%. For
Brazil as a whole, 61.8% and 45.4% of DM in females was attributable to excess weight
and obesity, respectively. Among males, the proportions were 52.8% and 32.7%. The
largest excess weight/obesity-attributable fractions were observed in the South, South-
east, and Midwest regions and in the 35–44-year-old age groups.
Conclusions. A large fraction of the burden of DM is attributable to preventable in-
dividual risk factors. Measures targeting prevention and control of risk factors such
as excess weight and obesity must be included in the Brazilian public health agenda.

Key words Overweight; obesity; disability-adjusted life years; potential years of life lost; diabetes
mellitus; Brazil.

344 Rev Panam Salud Publica 27(5), 2010


Atividades desenvolvidas durante o período de vigência da
Bolsa de Produtividade em Pesquisa (março de 2008 a
fevereiro de 2011)

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empresa, 2011. IMS/UERJ

Costa AJL, Leite IC, Valente JG. Participação em banca de Paulo Luvualo. Perfil dos
casos notificados de tuberculose em Luanda, 2003-2008, 2011. ENSP/FIOCRUZ.
(Pósgraduação em Saúde Pública)

Fonseca MJM, Oliveira MIC, Valente JG. Participação em banca de Candida Leito
Pinto Medina. Fatores associados à prática de aleitamento materno exclusivo em
crianças menores de seis meses de vida no município de Niterói, 2006, 2010.
ENSP/FIOCRUZ. (Pósgraduação em Saúde Pública)

Camacho LAB, Passos SRL, Griep RH, Valente JG. Participação em banca de Adriano
Antonio da Silva Pedrosa Moreira. Epidemiologia do hábito alcoólico e tabágico e
associação com conhecimento sobre comportamento sexual de risco em estudantes
universitários das ciências da saúde de Maceió/Alagoas, 2009. ENSP/FIOCRUZ
(Pósgraduação em Saúde Pública)

Participação em Bancas de Exame de Qualificação de Mestrado


Costa AJL, Kale PL, Valente JG. Participação em banca de qualificação de Carolina da
Costa Silva Borges. Análise da recuperação dos óbitos por causa mal definida e
diagnóstico incompleto investigados no Município de Niterói, RJ, de junho a
dezembro de 2008, 2011. IESC/UFRJ.

Lourenço PMC, Braga JU, Valente JG.Participação em banca de qualificação de


Marcelo Augusto Braga. Avaliacao de uma intervenção de saúde (Campanha de
Vacinação para Influenza) em um empresa de petróleo, 2010. IMS/UERJ.

Valente JG, Mendonça GAS, Leite IC. Participação em banca de qualificação de


Raulino Sabino da Silva. Fatores associados ao Baixo Peso ao Nascer no estado do
Rio de Janeiro: Uma abordagem multinível, 2010. IMS/UERJ.

5
Valente JG, Braga JU, Leite IC. Participação em banca de qualificação de Paulo
Luvualo. Tuberculose: Causas de abandono de tratamento, 2010. ENSP/FIOCRUZ.
(Pósgraduação em Saúde Pública)

Participação em Disciplinas ministradas


Valente JG, Girianelli V, Figueiredo VC. Disciplina de pós-graduação:
Epidemiologia aplicada à Saúde Pública - em Valença, RJ, 2011.

Valente JG, Camacho LAB. Disciplina de posgraduacao: Conceitos e Metodos


Epidemiologicos II, 2010.

Mendonça GAS, Valente JG, Braga JU, Junger WL.Disciplina de pós-graduação:


Epidemiologia aplicada à Saúde Pública, 2010.

Guillam MC, Hortale V, Valente JG. Disciplina de Doutorado: Seminarios


Avancados, 2009.

Valente JG, Camacho LAB. Disciplina de posgraduação: Conceitos e Metodos


Epidemiologicos II, 2009.

Valente JG, Camacho LAB. Disciplina de posgraduação: Conceitos e Métodos


Epidemiologicos II, 2009.

Schramm JMA, Valente JG, Leite IC. Disciplina de posgraduação: Epidemiologia


Basica, 2009.

Mendonça GAS, Braga JU, Valente JG, Junger WL. Disciplina de pós-graduação:
Epidemiologia aplicada à Saúde Pública, 2009.

Hortale V, Guillam MC, Valente, JG. Disciplina de Doutorado: Seminários


Avançados, 2008.

Carvalho ML, Valente JG, Griep RH, Fonseca MJM. Disciplina de pós-graduação:
Epidemiologia - Conceitos Básicos I, 2008.

Valente JG, Camacho LAB. Disciplina de pós-graduação: Epidemiologia - Conceitos


Básicos II, 2008.

Valente JG, Vettore M, Cardoso L. Disciplina de pós-graduação: Introdução do


Método Epidemiológico, 2008.

Valente JG, Mendonça GAS, Braga JU. Disciplina de pós-graduação: Epidemiologia


aplicada à Saúde Pública, 2008.

Braga JU, Valente JG. Disciplina de posgraduação : Epidemiologia e Análise de


dados, 2008.

6
Apresentação de Trabalho
Valente JG, Leite IC, Schramm JMA, Oliveira AF. Carga Global de Enfermedad
(GBD) atribuible al tabaquismo, en el Estado de Río de Janeiro, para el año 2000,
2009.

Valente JG. Carga Global de Doença - Componente de Mortalidade - no estado do


Rio de Janeiro, 1998 & 2005, 2008.

Valente JG, Leite IC, Schramm JMA. Estudo de Carga de Doenças em Minas Gerais,
2008.

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