You are on page 1of 4

IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

SÃO PAULO - CAMPUS CUBATÃO


CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A PROCESSOS INDUSTRIAIS 2
PROFESSORA: ANA PAULA

A química analítica é a área de estudo da química voltada para as análises e poderá estudar a
composição de amostras, ou a análise qualitativa, assim como a quantidade de determinado
elemento, também chamada análise quantitativa.

Os fatores que devem ser considerados quando se escolhe


uma técnica de química analítica são:
• A natureza da análise poderá ser elemental ou molecular, repetitiva ou intermitente.
• As restrições inerentes aos materiais escolhidos, como por exemplo, a radioatividade.
• As possíveis interferências que podem surgir na amostra quando há elementos similares
juntos
• Ordem de prioridade dos elementos que devem ser estudados.
• A existência de equipamentos adequados para a análise de cada material
Deve-se também levar em conta:
• Fornecimento de energia elétrica e calor disponíveis: importantes quando não há uma
infra-estrutura à disposição.
• Abastecimento de água: algumas análises químicas necessitam de água em abundância.
• Espaço disponível: é necessário um espaço maior quando as análises despenderem vapores
tóxicos ou radioatividade, por exemplo.
• Ambiente: poluição, alterações constantes de temperatura, umidade elevada e presença de
gases podem alterar a qualidade da análise.
IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SÃO PAULO - CAMPUS CUBATÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A PROCESSOS INDUSTRIAIS 2
PROFESSORA: ANA PAULA

O método será constituído das etapas abaixo:


• Definição do problema
• Revisão bibliográfica
• Escolha do melhor método
• Comprovação prática da escolha do método
Para que se possa realizar a análise da matéria escolhida dever-se-á obedecer à regras, como o
cuidado para que as substâncias químicas não se alterem com o manuseio. Na prática, a química
analítica trabalha com:
• Classificação das substâncias: analisando suas características, como o grau de reatividade.
• Medição de massa: para que o resultado seja preciso, o uso de uma balança analítica se faz
necessário.
• Filtração de precipitados: utilizando equipamentos como papel filtro e funil analítico.
Para o cálculo das análises deverá ser utilizado o valor médio, ou a média aritmética da matéria e
a mediana, que consiste num resultado quando os dados se apresentam de forma crescente ou
decrescente.
Um dos aspectos mais importantes da química analítica é que se deve afastar qualquer tipo de
erro ou interferência que possa ocorrer.
Há diversos tipos de erros, como os erros aleatórios ou indeterminados, e os erros determinados.
Os erros determinados, quando geram uma diferença muito grande do resultado esperado,
apontam, normalmente, a imperícia do experimentador, que pode ocorrer das mais diferentes
maneiras, como, por exemplo, uma anotação errada.
Não se pode definir como o resultado pode ser afetado por um erro indeterminado, ao contrário
dos erros determinados. Para que se possa compreender a extensão do erro indeterminado, usa-se
a estatística.
Entre as análises realizadas por esta área de química estão o cálculo de equilíbrio químico, em
que a quantidade de reagentes e produtos devem se manter estáveis antes e depois da reação;
titulação, técnica que visa determinar a quantidade de reagente numa solução através da
comparação com outra espécie química semelhante; e eletroquímica e as reações de oxidação e
redução.
As análises químicas quantitativas ou qualitativas possuem importantes funções em indústrias
cosmética, farmacêutica, metalúrgica, de produtos de limpeza e alimentícia e, sendo assim, são
fundamentais para o desenvolvimento de produtos que beneficiam toda a sociedade.
Fontes:
BATANERO, Sanchez P.; MEDEL, Sanz A. Quimica Analitica Básica. Universidad de Oviedo.
195.
PICKERING, William F. Química analítica moderna. Espanha: Reverté. 1980.
SKOOG, Douglas A.; WEST,D. m. Introducción a la química analítica. Espanha: Reverté. 1986.
SKOOG, Douglas A.; WEST,D. m. Fundamentos de química analítica. México: Thomson. 2005.
IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SÃO PAULO - CAMPUS CUBATÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A PROCESSOS INDUSTRIAIS 2
PROFESSORA: ANA PAULA

Análise Qualitativa
Por Luiz Molina Luz
Análise Qualitativa
As anotações obtidas em um experimento poderão permitir o tipo de análise qualitativa. Isso leva
em conta a existência ou aparecimento de certa qualidade, esperada ou não. Por exemplo, vamos
considerar um experimento que tenha por objetivo o estudo dos fenômenos químicos.
Colocando-se em contato determinadas substâncias, algumas das manifestações esperadas numa
reação química poderão ser observadas:
- eliminação de um gás;
- formação de um precipitado;
- mudança de cor e aspecto;
- alteração da energia, com absorção ou liberação.
Essas manifestações são apenas qualitativas; sabe-se que a reação química
aconteceu se uma ou mais de uma dessas manifestações aconteceu.
Não há necessidade nem possibilidade de quantificar a mudança de cor da mistura formada.
Também não é necessário saber a quantidade de gás liberado no momento da reação. O que
precisa ser feito é comparar a qualidade observada com algum padrão preestabelecido.
Se o zinco e o ácido clorídrico reagirem num tubo de ensaio, haverá a liberação de hidrogênio.
Como isso pode ser constatado? Um fósforo aceso próximo à boca do tubo poderá mostrar a
combustão do gás, evidenciando a sua presença.
Se um prego de ferro for mergulhado em solução de sulfato de cobre, poderá ser observada a
formação de uma camada de pó sobre a superfície do prego, mostrando o aparecimento de um
precipitado.
Em resumo, analisar os resultados de um experimento em que devem ser observados aspectos
qualitativos significa perceber a existência e as alterações nesses aspectos, comparando-os com os
padrões existentes nos roteiros e manuais sobre o assunto.

Análise Quantitativa
Por Luiz Molina Luz
Análise Quantitativa
Logo após o inicio do experimento, você está observando a ocorrência de algum fenômeno. Mas
vai ficar só olhando? O que fazer em seguida? A resposta é: anote o resultado das observações e
medições. Tudo o que de importante acontecer, seja esperado ou não, deve ser registrado. Esses
dados poderão ser utilizados posteriormente para generalizações e conclusões. Por exemplo,
numa experiência em que o objetivo era verificar o que fervia mais rapidamente, óleo ou água,
foi observado que certa quantidade de óleo e outra igual de água, quando levadas ao fogo, em
panelas idênticas apresentaram diferentes tempos para o inicio da ebulição: a água demorou 4,5
minutos e o óleo, 3,0 minutos.
IFSP – INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE
SÃO PAULO - CAMPUS CUBATÃO
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A PROCESSOS INDUSTRIAIS 2
PROFESSORA: ANA PAULA

Além da duração, o que seria também importante anotar nessa experiência? Se você pensou na
quantidade de óleo ou água, acertou. Se considerou também as temperaturas iniciais e finais das
duas substâncias, excelente!
Quando, entretanto, o experimento envolver a coleta de dados numéricos, caracterizando
quantitativamente a existência de algum conceito, alguns passos deverão ser cumpridos para que
a análise e conclusão possam ser executadas satisfatoriamente.
Partindo do princípio de que praticamos a interpretação e análise de resultados temos, agora, em
nossas mãos um relatório no qual o roteiro básico está completo, resta-nos trabalhar os dados
obtidos, lançando-os em gráficos, relacionando-os por meio de equações matemáticas,
comparando-os com valores teóricos conhecidos, dando, de maneira justa e clara, uma forma
final para a atividade.

You might also like