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COLHEITA, PREPARAÇÃO E FIXAÇÃO DE MATERIAL

GINECOLÓGICO

1 – LOCAIS DE COLHEITA :
 Parede vaginal ( realizada com espátula de Ayer );
 Ectocérvice ( realizada com espátula de Ayer );
 Endocérvice ( realizada com escova ).
Obs: Avaliação hormonal quantitativa colher de parede vaginal lateral, para realização do
Índice de Frost ( contagem diferencial das células superficiais, intermediárias e profunas)

2- METODO DE COLHEITA
 identificar a lâmina a lápis com as iniciais da paciente e local de colheita;
 fazer colheita tríplice em lâminas separadas;
 fixar imediatamente após realização do esfregaço em álcool à 95%.
Obs: A coloração pelo Giemsa as lâminas devem ser secas ao ar, sem fixar no álcool.

3 – PREENCHIMENTO DA REQUISIÇÃO DO EXAME:


 Nome completo com letra legível;
 Idade;
 Data da última menstruação;
 Uso de medicação hormonal;
 Usuária de DIU;
 Outros medicamentos: ex. digital, corticóide, quimioterapia;
 Dados clínicos(sangramento vaginal pós relação sexual ou pós menopausa;
 Relato de exames positivos anteriores.

4- AVALIACAO DA ADEQUABILIDADE DO MATERIAL ( PROBLEMAS TECNICOS )


Serao considerados como amostra insatisfatoria os esfregacos que apresentarem algum
desses problemas tenicos

 Material acelular ou escasso


 Sangue em mais de 75% do esfregaco
 Leucocitos em mais de 75% do esfregaco
 Artefatos de dessecamento em mais de 75% do esfregaco
 Contaminantes externos em mais de 75% do esfregaco
 Intensa superposicao celular ( material espesso ) em mais de 75% do esfregaco
 Problemas da tecnica de coloracao.
CITOLOGIA NORMAL DO TRATO
GINECOLÓGICO

1- CONSTITUINTES NORMAIS DOS ESFREGAÇOS GINECOLÓGICOS

 Células epitelias ( escamosas e glandular )


 Flora de Lactobacilos
 Leucócitos
 Histiócitos
 Muco

2 – EPITÉLIO DE REVESTIMENTO :

 Parede vaginal e ectocérvice: epitélio pavimentoso estratificado não ceratinizado.

Camada profunda: células basais e parabasais;


Camada intermediária: células intermediárias;
Camada superficial: células superficiais.

 Endocérvice : epitélo cilíndrico ou colunar.


Células cilíndricas ou colunares, podem ser ou não ciliadas.

 A maturação do epitélio está relacionada com o nível de estrogênio. Quanto mais alto, maior
é a maturação, e conseqüentemente mais células do tipo superficial serão observadas no
esfregaço.

 Os esfregaços que são constituídos pelo predomínio de células do tipo parabasal são
denominados do tipo atrófico. Tais esfregaços muitas vezes mostram dificuldades
diagnósticas, devido as alterações de degeneração celular, por isso nesses casos
recomenda-se estrogenioterapia, com o objetivo de melhorar o quadro de atrofia e realizar
nova coleta para nova avaliação citológica. As condições (fisiologicas e patologicas ) onde
ocorrem esfregaços atróficos são : menopausa, puerpério, infância, quimioterapia ou
qualquer condição clínica onde ocorra diminuição acentuada do nível de estrogênio.

2- FLORA NORMAL :
 Bacilos acidófilos vaginalis ou Lactobacilos. Quando ocorre um aumento exacerbado dessa
flora, as células sofrem lise celular, devido ao ph ácido do meio, recebendo esse processo a
denominação de citólise.
GINECOLÓGICO INFLAMATORIO

1- CAUSAS DE PROCESSO INFLAMATÓRIO DO TRATO GENITAL FEMININO INFERIOR

 Agentes infecciosos – fungo ( Candida sp ), protozoário ( Trichomonas vaginalis ),


bactérias e vírus ( Herpes ).
 Trauma

 Agentes químicos

 Agentes físicos ( cauterização, cricauterização )

 Radioterapia

3- ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS CITOPLASMÁTICAS:

- Apagamento das bordas citoplasmáticas;


- Halo claro perinuclear;
- Vacuolização;
- Pseudoeosinofilia;
- Metacromasia;
- Ceratinização ( inflamação, neoplasia, viroses e trauma ).

4- ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS NUCLEARES:

- Cariomegalia;
- Cariopicnose;
- Espessamento uniforme da membrana nuclear;
- Ativação nuclear;
- Bi ou Multinucleação.

5- ALTERAÇÕES CELULARES COMPATÍVEIS COM INFECÇÃO DO TIPO HERPES


VÍRUS:

- Multinucleação;
- Amoldamento nuclear;
- Cromatina deslocada para a periferia nuclear (aspecto em vidro fosco);
- Inclusão viral intranuclear.
LESÕES INTRAEPITELIAIS ESCAMOSAS

1- INFECÇÃO PELO HPV

A relação entre o tipo do HPV e o grau da neoplasia cervical é conhecido


pelo menos há quinze anos. Estudos epidemiológicos e virológicos confirmam que 95% de
todos os carcinomas escamosos do colo uterino contêm o DNA do HPV. o contêm
o DNA dO desenvolvimento das técnicas de hibridização  o DNA-HPV  rápido
O desenvolvimento das técnicas de hibridização para detectar o DNA-HPV,
possibilitou o rápido reconhecimento de grande número de tipos e subtipos de HPV, sendo
em torno de vinte tipos associados ao câncer cervical .

A manifestação clássica da infecção pelo HPV é a verruga genital ou condiloma


acuminado - mais encontrado em vulva e pênis. Outras: maculares, planas,
microcondilomatosas e subclínicas.

Métodos de identificação do HPV : Imuno-histoquímica


Hibridização In situ
PCR
Captura Híbrida

Os HPVs 6,11,30,42,43 e 44 são de baixo risco oncogênico, com mínimo risco de


evoluir para lesões graves e mais freqüentemente encontrados nas lesões de condiloma
acuminado.

Os HPVs 31,33,35,39,51,52, 58 e 61 são de risco oncogênico intermediário, podendo


estar relacionado com lesões de baixo grau ou também encontrados nas lesões de alto grau e
cânceres invasores

Os HPVs 16,18,45 e 56 são de alto risco oncogênico, sendo seu DNA integrado ao
genoma da célula hospedeira, estando frequentemente relacionados às lesões de alto grau e
aos cânceres invasores

Critérios citopatológicos para o diagnóstico de compatibilidade com infecção pelo HPV :


coilocitose associada à discariose leve, disceratose, bi ou multinucleação.
2- CLASSIFICAÇÃO DAS DISPLASIAS DE COLO UTERINO

OMS RICHART BETHESDA

ASCUS = Atipias em células escamosas de significado indeterminado ( favorecendo o


diagnóstico
DISPLASIApara infecção pelo HPV ou lesão de alto grau ) SIL DE
LEVE CIN I BAIXO
AGUS = Atipias de significado indeterminado em células glandulares.
GRAU
DISPLASIA
MODERADA CIN II HPV

SIL DE
DISPLASIA ALTO
ACENTUADA
GRAU
CIN III
CA IN SITU SIL = lesão
CIN = neoplasia SIL= lesão
intraepitelial
escamosa
intraepitelial cervical intraepitelial
escamosa

NEOPLASIAS INVASORAS DE COLO UTERINO

 Carcinoma cervical invasivo manifesta-se através de três padrões macroscópicos distintos :


vegetante, ulcerado e infiltrativo. Estende-se por continuidade direta acometendo estruturas
contiguas, incluindo peritonio, bexiga, ureteres, reto e vagina. Os linfonodos locais e distantes
tambem são afetados. Ocorre principalmnete para fígado, pulmões e medula óssea.

1- TIPOS HISTOLÓGICOS
 Carcinoma de células escamosas comprrendem cerca de 95% das neoplasias cervicais.

 Adenocarcinomas, Carcinomas adenoescamosos, carcinomas indiferenciados ou outros


tipos histológicos raros compreendem cerca de 25% das neoplasias cervicais.

2- CRITÉRIOS CELULARES DE MALIGNIDADE


- Aumento do volume nuclear;
- Aumento da relação núcleo/citoplasmática;
- Hipercromatismo nuclear;
- Espaços vazios (cromatina distribuída irregularmente);
- Figuras de mitose atípica;
- Espessamento irregular da membrana nuclear.
- Irregularidade do contorno nuclear;
- Aumento do volume e do número de nucléolos;
- Variação da forma e do volume celular ( pleomorfismo celular).
- Diátese tumoral ( necrose )

TRATO RESPIRATÓRIO INFERIOR

INVESTIGAÇÃO DE PATOLOGIA PULMONAR

1. ESCARRO:
 melhor amostra : 1º da manhã ;
 material preparado no laboratório;
 grande variedade celular ( necessária a presença do macrófago alveolar para que a
amostra seja representativa de trato respiratório inferior );
 realização de esfregaço direto;
 possibilidade de preparo de várias lâminas.

2 2. BRONCOSCOPIA:
LAVADO BRÔNQUICO e LAVADO BRONCOALVEOLAR:
 lava-se a luz com soro fisiológico;
 preservação : - enviar imediatamente ao laboratório para o processamento das lâminas
- manter refrigerado ou acrescentar álcool a 50% em partes iguais
 técnica de preparo das lâminas : citocentrífuga ( materiais pouco celulares )
centrífuga comum;
cell-block;
filtração.
possibilidade de preparo de várias lâminas.

ESCOVADO BRÔNQUICO:
 escova a lesão;
 esfregaço preparado pelo médico;
 fixação em álcool a 95%;
 nº limitado de lâminas.

3.PAAF:
 nódulos periféricos;
 orientada por métodos de imagem;
 esfregaço preparado pelo médico em caso de lesões sólidas;
 fixação em álcool a 95%;
 nº limitado de lâminas.

4. TÉCNICA DE CELL – BLOCK :


 material de citologia processado como se fosse uma biópsia;
 arquitetura semelhante ao corte histológico;
 possibilidade de armazenamento do material;
 auxilia no diagnóstico;
 possibilita realização de outras técnicas (colorações especiais e imuno-histoquímica )

5. COLORAÇÕES ESPECIAIS:
 Grocott ou prata metenamina - fungo
 PAS – carboidratos, fungo e muco
 Zielh-Nilsen – BAAR
 Giemsa – lâmina não fixada, isto é, seca ao ar. Coloração para linfonodo
 Sudam – gordura

LIQUIDOS

1. PRESERVAÇÃO:
 enviar imediatamente ao laboratório para o processamento das lâminas;
 manter refrigerado ou acrescentar álcool a 50% em partes iguais.

2. PROCESSAMENTO TÉCNICO:
 técnica de preparo das lâminas : citocentrífuga ( materiais pouco celulares )
centrífuga comum;
cell-block;
filtração.
possibilidade de preparo de várias lâminas.

3. DIAGNÓSTICO SUGESTIVO DE TUBERCULOSE :


- Fase inicial:
 neutrófilos e presença de células mesoteliais.

- Fase tardia:
 predominância de linfócitos;
 células mesoteliais ausentes ou raras;
 diagnóstico diferencial : Linfoma .

4. NEOPLASIAS:
 Linhagens mais freqüentes (bilateral ) : carcinomas e linfomas;

 Neoplasias mais freqüentes : pulmão, mama, ovário e trato grastrointestinal ;

 Neoplasia primária : Mesotelioma ;

 Neoplasia mais freqüente: Adenocarcinoma.

PAAF

 acertar o alvo com a agulha para obter suas células;


 avaliação e palpação do nódulo ou massa → importante para calcular o tamanho da
lesão, profundidade;
 consistência e anatomia;
 Calibre da agulha: 27- 22 gauge ( 0.4-0.7 );
 Seringa, lâminas e fixador (álcool 95%).
 VANTAGENS: → método menos invasivo;
→ menor custo;
→ mais rápido para diagnóstico.

 DESVANTAGENS: → desconhecimento da técnica;


→ limitações diagnósticas;
→ nº limitado de lâminas.

URINA

1 – INDICAÇÕES :

 diagnóstico de neoplasia de bexiga;


 “ folow up” sw neoplasia de bexiga já diagnosticada e tratada.
2- AMOSTRAS :

 urina;
 urina através de cateterismo;
 lavado e escovado.
3- COLHEITA :

 Qualquer urina, de preferência menos a 1ª da manhã, que pode mostrar alterações de


degeneração celular.

4- PRESERVAÇÃO :

 enviar imediatamente ao laboratório para o processamento das lâminas;


 manter refrigerado ou acrescentar álcool a 50% em partes iguais.
5- PROCESSAMENTO TÉCNICO:

 técnica de preparo das lâminas : citocentrífuga ( materiais pouco celulares )


filtração.
possibilidade de preparo de várias lâminas.

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