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1 - INTRODUÇÃO
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Professora de Educação Física da Rede Municipal de Araraquara/SP e aluna da I Turma do Curso de
Especialização em Educação Física Escolar (lato sensu) do DEFMH/UFSCar.
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Professora Assistente do DEFMH/UFSCar e do Curso de Especialização em Educação Física Escolar.
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disciplina! Veja como é visível a visão hierarquizada das disciplinas. Isso faz com que a
Educação Física seja uma peça desprezada. Será que é possível mudar essa visão?
Neste trabalho considero a Educação Física escolar uma disciplina que fazendo
parte de um quebra-cabeça não é inferior, nem superior às demais componente do processo
educacional.
Muito embora sendo vista como recreação, ela tem a sua importância dentro do
universo educacional, não substituindo e nem podendo ser substituída, uma vez que no
quebra-cabeça uma peça disposta no lugar errado não se encaixa, impedindo a construção do
todo.
Por ser professora de Educação Física na Rede de Ensino Municipal de
Araraquara, e por vivenciar (e não concordar) com esta realidade, venho desenvolvendo
algumas formas alternativas de trabalhar com a Educação Física através de “projetos
interdisciplinares”, mostrando aos demais funcionários da escola e aos pais em reuniões
bimestrais o que foi trabalhado na disciplina de Educação Física, sua participação essencial no
processo formador/educativo da criança, sua integração com as demais disciplinas e vice-
versa.
Desta forma, percebo a interdisciplinaridade como um caminho que pode
estimular nos alunos do Ciclos I e II do ensino fundamental a compreensão da totalidade,
despertando a reflexão de um determinado assunto pelas diferentes áreas do conhecimento, e
também o enriquecimento das relações entre as disciplinas.
Mas uma questão me incomodava: como os professores das demais disciplinas
percebem a possibilidade de ações interdisciplinares? Quais as relações percebidas entre as
demais disciplinas e a Educação Física?
Sendo assim objetivei verificar as concepções expressas por quinze professores
vinculados ao ensino fundamental e responsáveis pelo ensino das disciplinas (Polivalente
Pedagogia (três sujeitos), Pedagogia Especialização Deficiência Mental, Pedagogia Plena
(dois sujeitos), Magistério e Letras, Pedagogia Mestre em Educação Escolar, Magistério e
Pedagogia, PEB II de Ciências, PEB II de Língua Portuguesa, PEB II Plena em Física e
Matemática, PEB II de Matemática, PEB II de História e PEB II de Língua Portuguesa e
Inglês) sobre as relações, influências e possibilidades de ação conjunta destas disciplinas com
a Educação Física e vice-versa.
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biológicos, que objetivavam conteúdos como os jogos (mais apropriados para as crianças), a
ginástica (predominante utilizada na instrução física militar que, por sua vez, compõe a aula
em sessão preparatória, lição propriamente dita e volta à calma), os esportes individuais e
coletivos.
Posteriormente na década de 1930 houve uma grande preocupação com a
eugênização das raças, buscando a melhoria e o aprimoramento da raça humana, objetivando
a formação de indivíduos fortes e saudáveis “perfeitos”, sendo a prática da Educação Física
estendido também às mulheres, a fim de gerar uma prole cada vez mais sadia.
Na elaboração da Constituição Federal de 1937 (BRASIL, 1937) é que se fez à
primeira referência explicita da Educação Física, incluindo-a no currículo como prática
educativa obrigatória (aqui não se considerava como disciplina curricular) assim como o
ensino cívico e os trabalhos manuais, sendo objetivo a formação de indivíduos capazes de
defender a pátria.
Ainda nos anos 30 outro fator bastante significativo foi o processo de
industrialização e a urbanização, mudando assim as referências da Educação Física para a
formação de mão-de-obra capacitada e resistente. Assim, a Educação Física passa a ser
utilizada no sentido de fortalecer o trabalhador, melhorando sua capacidade produtiva e
desenvolvendo o espírito de cooperação em benefício da coletividade.
Já em 1961, com a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(BRASIL, 1961), a Educação Física passa a ser obrigatória para o ensino primário e médio.
Posteriormente após 1964 a educação de um modo geral sofre influência tecnicista; o ensino
passa a ser visto de maneira a formar mão-de-obra qualificada. Nessa perspectiva e com a
promulgação da Lei 5692/71 (BRASIL, 1971a) a Educação Física passa a ser considerada
uma atividade prática voltada para o desempenho técnico e físico do aluno. Ou seja, diante da
pedagogia tecnicista, a proposta para a Educação Física passa a ser a competição, sendo os
conteúdos centrados no esporte, objetivando a performance e o rendimento motor. Na busca
pelo campeão, promovia a seletividade, reproduzindo valores dominantes, não estimulando a
crítica e a criatividade. O professor educador assume um caráter totalmente técnico.
Soares (1992 p. 54) nos indica as mudanças na visão do professor e aluno,
provenientes destas mudanças.
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atividade física. Esse novo desafio chega à Educação Física escolar, estimulando-o a conhecer
seu corpo, de modo a utilizá-lo como instrumento de expressão e satisfação, respeitando suas
experiências anteriores e dando-lhes condições de criar novas formas de movimento.
Por tudo isso a área da Educação Física contempla, hoje, múltiplos
conhecimentos produzidos e usufruídos pela sociedade a respeito do corpo e do movimento,
com finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos, emoções, manutenção da saúde
entre outros. Assim, a concepção de cultura corporal amplia a contribuição da Educação
Física para o pleno exercício da cidadania, na medida em que, tomando seus conteúdos e
capacidades que se propõe a desenvolver como produto sócio culturais, afirma como direito
de todos o acesso a eles. Além disso, a Educação Física escolar vem adotando uma
perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da
autonomia, da cooperação, da participação social, afirmação de valores e princípios
democráticos. Uma vez que abre espaço para que se aprofundem discussões importantes sobre
os aspectos éticos ou sociais. Concomitantemente através da Educação Física a criança tem a
possibilidade de vivenciar, diferentes práticas corporais, das mais diversas manifestações
culturais de modo a relacioná-la como uma variada combinação de atividades presente na vida
cotidiana.
Ressalto a necessidade de se buscar o desenvolvimento de uma concepção da
Educação Física que associe atividade intelectual e atividade corporal, de forma a melhor
integrar o ser humano no seu relacionamento entre o seu eu e o outro, entre o eu e o objeto
entre eu e o mundo.
Segundo Freire, (1994 p. 134) “Quem faz é o próprio corpo, quem pensa é
também o corpo. As produções físicas ou intelectuais são, portanto, produções corporais.
Produções essas que se dão na interação do individuo com o mundo”. No entanto a escola
reserva para a mente a quase totalidade de sua construção e para o corpo quase nada, é
incompreensíveis o descuido com a educação motora, vejam o desprezo com relação à
Educação Física.
Para Kunz, (2004), a Educação Física deve estar comprometida com
finalidades mais amplas, ou seja, além da sua especificidade, deve ainda se inserir nas
propostas políticas educacionais de tendência crítica da educação brasileira. Para o autor em
foco a Educação Física escolar é capaz de atuar nas seguintes concepções:
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Na busca de encontrar caminhos para que a Educação Física não seja uma
disciplina isolada na escola, e levando em conta os interesses das crianças, descrevo abaixo
minha experiência com o projeto, através da interdisciplinaridade na escola:
Projeto – Africanidade.
Mediante um debate praticado na escola a respeito da Lei 10639/2004
(BRASIL 2004) que trata especificamente da inclusão do conteúdo da história e cultura afro-
brasileira, na educação básica, nos níveis de educação infantil, educação fundamental,
educação média, educação de jovens e adultos e educação superior.
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relação entre a sua área de conhecimento e a Educação Física e vice-versa. Na busca deste
entendimento convidei, alguns professores para responder duas questões, sendo elas:
1) Quais as influências que você pode notar da disciplina de Educação Física
na sua atuação docente?
2) Quais as influências que você pode notar da disciplina sob sua
responsabilidade na Educação Física?
Quinze profissionais aceitaram participar desta empreitada: Necessário
ressaltar que minha escolha pela construção de perguntas abertas, devem-se ao desejo de
proporcionar aos entrevistados liberdade de expressão e que a opção por uma análise
qualitativa foi devido ao fato desta não envolver a “... manipulação de variáveis, nem
tratamento experimental, é o estudo do fenômeno em seu acontecer natural. Qualitativa
porque se contrapõe ao esquema quantitativista de pesquisa defendendo uma visão holística
dos fenômenos ” (André 1995) isto é, que leve em conta todos os componentes de uma
situação em suas interações e influência recíprocas.
De posse dos questionários respondidos, utilizei-me da Matriz Nomotética
(utilizando-se Discursos X Categorias), para a obtenção de uma compreensão, dos dados
coletados, não estabelecendo critérios de certo ou errado diante das repostas dos sujeitos
questionados. Para tanto, os Discursos foram, caracterizados pelos números de questionários
numerados um a um para posteriormente serem lançados em ordem crescente escritos em
algarismos romanos. As Categorias foram analisadas e numeradas em ordem crescente na
medida em que aparecem, sendo lançadas em algarismos arábicos.
Ressalto que a Matriz Nomotética foi composta por linhas e colunas inter-
relacionadas conforme indicação a seguir, sendo: Os discursos lançados em algarismos
romanos e as categorias, levantadas através do questionário lançadas verticalmente e por
escrito e também identificadas com letras maiúsculas do nosso alfabeto. Da interseção das
linhas e colunas surgiram as caselas que foram preenchidas ou não (conforme respostas
levantadas nos questionários) por algarismos arábicos.
Utilizei a questão nº (1) Quais as influências que você pode notar da disciplina
de Educação Física na sua atuação docente? para compor a Tabela I.
TABELA I – Quais as influências que você pode notar da disciplina Educação Física na sua atuação docente?
Resultados da MATRIZ I.
Na categoria “A” lateralidade, foi instituída por ser indicada como ferramenta
utilizada para iniciar o processo de ensino-aprendizagem da leitura e da escrita, por alguns
entrevistados.
Esta realidade pode ser verificada nos seguintes discursos:
Trabalhar com projetos para mim tem sido uma experiência positiva, pois
percebo que os alunos se envolvem mais quando trabalhamos alguns temas em projetos do
qual eles são construtores também, por exemplo, os projetos citados neste trabalho.
Temos que considerar que nos últimos tempos a mídia tem tido um papel
significativo nos incentivos às práticas das atividades físicas sempre relacionando-as com a
saúde (qualidade de vida).
Mediante esta relação não consigo me calar. Quem vive o cotidiano escolar
sabe que após as aulas de Educação Física, as crianças geralmente retornam para à sala de
aula, suadas e agitadas, é normal. Mas discordo com a idéia expressa de que o aluno após as
aulas de Educação Física apresenta seu trabalho intelectual dificultado.
É curioso, mas a categoria “B” obteve mais de 50% das participações em que
demonstram que regras e disciplinas aprendidas na Educação Física auxilia o trabalho das
demais disciplinas. Na minha opinião esse índice foi elevado em função dos esportes,
(influência da mídia), pois sem regras, disciplinas, respeito, organização entre outros não seria
possível desenvolvê-lo.
E a menos votada foi à categoria “H” Organização, quem olha de longe uma
aula de Educação Física geralmente a relaciona com uma bagunça total, talvez essa foi à
relação para receber um único voto.
Utilizei a questão nº (2) Quais as influências que você pode notar da disciplina
sob sua responsabilidade na Educação Física? para compor a Tabela II.
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TABELA II – Quais as influências que você pode notar da disciplina sob sua responsabilidade na Educação Física?
Discurso I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV
Categoria
A Desenvolvimento 1
cognitivo
B Motivado a 1 2
freqüentar aulas
de E.F.
C Importância da 1 1 1 1
atividade física
com textos e
atividades de
classe
D Ciências quando 1 1
trata do corpo
humano
(conhecer) e dele
cuidar “qualidade
de vida”
Resultados da MATRIZ II
Física no momento em que verbaliza as atividades. Fica uma dúvida, e a Educação Física não
trabalha o desenvolvimento cognitivo através das atividades?
Esta é a disciplina que mais trabalha conteúdos que também são vistos de
formas menos aprofundadas na Educação Física, por exemplo, conforme citado anteriormente
no trabalho alimentação saudável & atividade física, tratamos da importância da água para o
nosso corpo, após uma atividade as crianças perceberam que ficaram com sede, elas
entenderam a importância da água ligada à atividade física, de maneira superficial citamos a
desidratação (doença causada pela falta de água), sendo que em ciências eles vêem a água de
forma mais aprofundada, como os cuidados com a água, as doenças transmitidas pela água
etc...
Os seguintes sujeitos (III, IV, IX, XII, XIII, XIV E XV) não apresentaram
parecer referente esta questão, isso fez com que as caselas permanecessem em branco.
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5 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
algum esporte. Infelizmente esta realidade é constituída pelo pensamento visão de várias
pessoas que vivenciam uma realidade promovida... por nós, professores de Educação Física.
Assim, advogo sermos responsáveis por este infortúnio... mas também, acredito
sermos capazes e corajosos o suficiente para alterar tal realidade . Ao compartilhar desta
certeza e desta necessidade com todos aqueles que realmente pensam e atuam em prol de uma
educação consistente e digna, e ciente do papel que devo cumprir, finalizo este texto
utilizando-me de uma citação estruturada de Delours (2001 p. 89).
A educação deve transmitir, de fato, de forma maciça e eficaz cada vez mais
saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados a civilização cognitiva, pois são
as bases das competências do futuro. Simultaneamente, compete-lhe
encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficar
submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efêmeras, que
invadem os espaços públicos e privados e as levem a orientar-se para
projetos de desenvolvimentos individuais e coletivos. À educação cabe
fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e
constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar
através dele, deve fazer com que cada individuo saiba conduzir seu destino,
num mundo onde a rapidez das mudanças se conjuga com o fenômeno da
globalização.
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6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
30
ANEXO 1
ANEXO 1.1
Pirâmide alimentar
As vitaminas Os doces.
ANEXO 1. 4
ANEXO 1. 5
34
ANEXO 1.7
ANEXO 2
ANEXO 2.1
O BRASILEIRINHO.
Era uma vez, um lugar enorme onde moravam homens morenos, fortes e
pelados que viviam soltos na natureza. Certo dia, porém, apareceram em suas terras uns
homens brancos vestidos falando diferente, foram logo chamando os homens pelados de índio
e suas terras resolveram chamar de Brasil. Esses brancos vinham de longe de um lugar
chamado Portugal, depois da chegada deles não parou mais de chegar gente para morar na
terra do Brasil, vieram negros, holandeses franceses, espanhóis, italianos, japoneses, árabes,
alemães... ufa... Gente de lugares que os homens pelados nunca poderiam imaginar que
existissem. Com tanta gente junta a terra do Brasil foi ficando pesada, mas tão pesada que
acabou explodindo scabrum... E no meio da fumaça e do barulho fez se um arco íris que
anunciava o nascimento de um novo ser que iria morar na terra. Era o brasileirinho, não tinha
rosto, nem pernas, nem braços, nem bumbum, o corpo dele era um enorme coração. E dentro
se viam portugueses, mais holandeses, mais índio, mais franceses, mais negros, mais italianos,
mais japoneses, mais árabes, mais alemães, abraçados cantando, eles eram todos juntos os
pais do brasileirinho. O engraçado é que cada um cantava uma música diferente, num tom
diferente, mas o som que faziam era tão bonito que parecia até que a música era a mesma foi
ai que fiquei curiosa e resolvi chegar bem perto pra ver que musica cantavam. Descobri tudo e
agora quero convidar você a cantar e dividir comigo nosso imenso amor “brasileirinho”.
Eu sou a soma de tudo,
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Do português bigodão,
Do índio pelado e forte e também do negro irmão,
Eu sou brasileirinho e só tenho coração
Eu sou brasileirinho e só tenho coração.
Sou a soma das três raças,
E outras mais que se juntaram,
E com tantas raças juntas,
Foi que a coisa aconteceu,
Explodiu um arco íris desse tal Brasil nasceu
Explodiu um arco íris desse tal Brasil nasceu.
Brasil, Brasil, bemleirinho brasileirinho sou eu.
Não tenho corpo, nem pernas, nem braços, nem bumbum,
Tenho apenas coração pra sempre caber mais um,
E esse um que é você a quem convido a cantar,
Um sambinha, um forró o que a gente combinar.
De cada parte que trago, dentro do meu coração,
De Lisboa, de uma tribo ou ainda do Japão.
O canto é a língua que falo,
É como posso abraçar
Todas as minhas raças sem sair do lugar
Todas as minhas raças sem sair do lugar.”
O brasileiro nasceu e com ele inicia uma nova cultura, carregando um pouco da herança
cultural de todos que aqui chegaram. Todas as raças formando o brasileirinho. O Brasileirinho
simbolizado por um enorme coração.
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ANEXO 2.2
Samba de roda. Todos dançam no circulo e de dois em dois entram e saem da roda.
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Samba enredo, trabalhamos com os sambas das escolas do Rio e São Paulo. As mascaras para apresentação foram construídas
na sala de artes, com auxilio da professora de arte.
ANEXO 2.3
Tendo como mestra a mãe natureza notando brigas de animais, coices, saltos,
botes entre outros, os negros utilizando-se das manifestações culturais trazidas da África
(brincadeiras, competições), os negros criam e praticam uma luta de autodefesa para enfrentar
o inimigo. A capoeira era praticada nos momentos de folga, e para enganar os fazendeiros
enquanto praticavam, aliaram aos golpes a ginga e a música.
Nas fugas para os quilombos foi muito útil para os escravos nas lutas contra os
capitães.
Fotos da apresentação.
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ANEXO 2.4
Sou Negro
Meus avós foram queimados pelo Sol da África
Minh’alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs.
Contaram-me que meus avós vieram de Loanda
Como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor do engenho novo
E fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê na capoeira ou na faca
Escreveu não leu o pau comeu
Não foi um pai João humilde e manso.
Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malés ela se destacou.
Na minha alma ficou: o samba, o batuque, o bamboleio e o desejo de
libertação...
Fotos da apresentação.
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Leitura da poesia.
Todos os alunos participaram do evento, ora assistindo, ora apresentando.
ANEXO 2.5
Fotos da apresentação:
ANEXO 2.6
BANZO NEGRO
Negro clama liberdade
Negro clama liberdade
Negro clama liberdade
Negro não sabe o que é dor
Negro não tem alma não
Assim, dizia o feitor
Com seu chicote na mão
Malvado banzo me mata
Quero a Pátria voltar
Na minha terra sou livre
Qual avezinha no ar.
Negro, negrooooooo .........
Negro, negrooooooo.......
Fotos da apresentação
ANEXO 2.7
SOMOS TODOS IGUAIS
Fotos da apresentação:
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ANEXO 2.8
Vida de Negro
Vida de negro é difícil, é difícil com quê
Vida de negro é difícil, é difícil com quê
Eu quero morrer de noite na tocaia me matar
Eu quero morrer de açoite se tu negra me deixar
Vida de negro é difícil, é difícil com quê
Vida de negro é difícil, é difícil com quê
Meu amor eu vou me embora nessa terra vou morrer
O dia não vou mais ver nunca mais eu vou viver
Vida de negro é difícil, é difícil com quê
Vida de negro é difícil, é difícil com quê
Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê
Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê Lê
Fotos da apresentação.
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ANEXO 2.9
As borboletas
Brancas, azuis, amarelas e pretas.
Brincam na luz as belas borboletas
Borboletas brancas são alegres e francas.
Borboletas azuis gostam muito de luz.
As amarelinhas são tão bonitinhas!
E as pretas, então .. ............
Oh, que escuridão!
Fotos da apresentação.
ANEXO 2.10
Vi a estrela
Aprendi a lição
As mulheres chorando e os homens no chão
As crianças gemendo e o feitor com a chibata na mão
As crianças gemendo e o feitor com a chibata na mão
Onde filho do negro era escravo, coronel tinha liberdade
Trabalhar na capital e o negro no arraial
Onde o lápis do negro era a foice e o caderno o canavial
Ê Ê, vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz na hora, não espera acontecer
Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz na hora, não espera acontecer.
Fotos da apresentação.
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ANEXO 3