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Abstract. This project aims to analyze the importance of playing in the teaching and learning
process, especially in teaching Portuguese Language supported by theater theoretic studies, the
upbringing and the native language. The market research tries to demonstrate how important
the theater is as a source of playful educational activity, and the benefits that these activities
offer in helping the educational foundation required for living in society. In this perspective,
games are a valuable resource for teacher-learner development and interaction.
Assim, esses jogos, propiciam que o indivíduo e o grupo experimentem novas sensações
que favoreçam o seu desenvolvimento quanto à criatura humana. Essas dinâmicas possuem o
privilégio de desenvolver, ao mesmo tempo, a percepção individual como, também a coletiva.
Uma vez que o teatro é um grande jogo, pois possibilita integração entre os elementos
previsíveis e imprevisíveis da vida humana que determinam o resultado a ser obtido. No
momento da apresentação o elenco estará envolvido, ao mesmo tempo, com elementos que ele
domina, isto é, o texto e suas ferramentas para expressá-lo e com o desconhecido: as reações
do público. Nota-se que para se chegar a essa etapa existem regras a serem seguidas, pré-
determinadas tanto para o elenco como para o público, conhecedores do jogo que devem
chegar no horário, prestar atenção no que está sendo dramatizado. Assim, todos contribuem ou
não para um bom resultado final do espetáculo. Por sua vez, para que o elenco transforme o
texto em elemento previsível, ele precisa buscar meios que o familiarizem com história, com o
modo de pensar e sentir da sua personagem.
Desse modo, os atores ensaiam durante meses para se aproximarem do modo de vida e
época das suas personagens com o objetivo de transportar o público para a narrativa. Durante
os ensaios o elenco utiliza os jogos teatrais para a construção da personagem. Ao construir a
personagem, o ator se descobre como ser, isto é, o jogo teatral revela quem se é. A
apresentação é o momento do reconhecimento do trabalho de pesquisa feito pelo elenco para
se contar os costumes de determinada sociedade. Assim, público e atores, juntos farão o
espetáculo.
Por meio das atividades lúdicas, da mímica e da expressão corporal, poderá ser observado
o processo de desenvolvimento global do educando, que poderá desenvolver o gosto pelas
artes, valorizando as atividades culturais; interpretando o potencial das palavras e do corpo
como fontes inesgotáveis de motivação cognitiva e afetiva. Relacionando as suas emoções
vivenciadas, ao longo dessas dinâmicas, com a sua vida cotidiana. Dessa forma, que a prática
teatral é reconhecida, pelos estudiosos como Spolin (2005), não só como um meio a serviço da
didática, mas também como uma forma de conhecimento e experiência válida por ela mesma.
O jogo teatral pode ser visto, como um meio facilitador no ensino-aprendizagem cabendo
ao educador direcioná-lo para um melhor aproveitamento dos educandos. Essa ferramenta é
muito utilizada na preparação do ator, tornando o teatro uma grande fonte dos jogos lúdicos.
Uma vez que para que o ator represente com naturalidade é preciso que ele vivencie, isto é,
que ele se ponha no lugar do outro. Assim essas dinâmicas teatrais são utilizadas para que o
ator possa perceber suas próprias emoções, as emoções das suas personagens, dos seus colegas
e do seu público, ou seja, estabelece, ao mesmo tempo, uma conexão com o indivíduo e com o
coletivo.
Ao ceder por empréstimo algumas de suas técnicas e recursos para tal programa de ação, o
teatro estará cumprindo uma das mais nobres missões: contribuir para o desenvolvimento mais
amplo e harmonioso da personalidade de todos integrantes da coletividade.
Conforme Spolin (2005, p.9):
Para o aluno que esta iniciando a experiência teatral, trabalhar com um grupo dá
segurança, por um lado e, por outro lado, representa uma ameaça. Uma vez que a
participação numa atividade teatral é confundida por muitos como exibicionismo ( e
portanto com o medo de se expor), o indivíduo se julga isolado contra muitos.
Neste caso, também, pode-se dizer que o professor é um mediador que busca técnicas
novas para ler o texto para seus alunos. Estes recursos podem ser encontrados nos jogos
teatrais que visam o conhecimento de si próprio e do mundo.
Para isso é preciso que se trabalhe com e no texto, tanto os seus aspectos denotativos como
os conotativos. O primeiro momento o aluno pesquisa os significados das palavras, no
segundo ele deverá interpretar o significado oculto delas. Neste momento cabe ao professor
conduzir o caminho despertando a participação dos alunos, através dos jogos de preparação do
ator.
De acordo com Possenti (1998, p.30-31):
Saber falar significa saber uma língua. Saber uma língua significa saber uma
gramática. (...) pode-se dizer que saber uma gramática é saber dizer e saber entender
frases. Quem diz e entende frases faz isso porque tem um domínio da estrutura da
língua.
O mais valioso método é a junção do estudo tradicional com a oralidade, cabendo ao
professor trabalhar com as duas variantes da língua e ensinar qual é mais adequada nas
diferentes circunstâncias que o aluno enfrentará durante o seu dia-a-dia.
A associação do lúdico e o prazer para a aquisição do conhecimento permitem uma
poderosa ferramenta para o professor conquistar o interesse dos seus alunos. Nessa
perspectiva, a ausência de prazer na sala de aula pode gerar a indisciplina, já que está pode ser
vista como reação ao “jogo do poder” imposto pelo professor.
A partir desta perspectiva, estudiosos como Alves, dentre outros acreditam que o
importante é despertar no aluno o gosto por aprender, associando o prazer em estudar. Cabe ao
professor, mediador do conhecimento, ousar para fazer com que o educando saboreie o
processo de aprendizagem. “... Esta é a regra fundamental desse computador que vive no
corpo humano: só vai para a memória aquilo que é objeto do desejo. A tarefa primordial do
professor: seduzir o aluno para que ele deseje e, desejando aprenda” (Alves, 1994, 41-42).
Já que, muitas vezes, o professor prefere ministrar a sua aula pelos métodos tradicionais
por medo de se arriscar e perder o controle da turma. Uma vez que a atividade lúdica é
dinâmica e propõe uma reflexão do indivíduo perante a sociedade.
O professor tem que estar ciente do papel que ocupa em sala de aula, ele é um mediador
entre os alunos e a sociedade, como comenta Freire (1997,60):
Esta é uma grande descoberta: a educação é política! Depois de descobrir que
também é um político, o professor tem de se perguntar: “Que tipo de política estou
fazendo em classe?” Ou seja: “Estou sendo um professor a favor de quem?” Ao se
perguntar a favor de quem está educando, o professor também deve perguntar-se
contra quem está educando. Claro que o professor que se pergunta a favor de quem
e contra quem está educando também deve está ensinando a favor e contra alguma
coisa. Essa ”coisa” é o projeto político, o perfil político da sociedade, o “sonho”
político. Depois desse momento, o educador tem que fazer a sua opção, aprofundar-
se na política e na pedagogia de oposição.
Diante desta visão, o professor deve se questionar de quem e para quê seu trabalho será
feito e, ainda mais, se conscientizar do papel que ocupa na sociedade. É claro que só a
Educação não irá mudar o mundo, porque a transformação da sociedade consiste em uma série
de pequenas mudanças e a Educação é uma delas.
Assim, a educação libertadora possibilita uma relação de importância entre educador e
educando no processo de educação, eliminando a única e absoluta importância do professor.
Desse modo, o que diferencia o educador do educando é o fato do primeiro ter mais
experiência de vida, mas ambos são peças fundamentais para o bom êxito do processo.
4. Conclusão
Nota-se que o jogo está presente em todas as áreas, isto é, nas relações sociais, cabendo ao
emissor, nesses três casos o professor-diretor escolher qual o tipo de “jogo” que será feito ao
longo de seu trabalho, ou seja, qual a relação que estabelecerá com o seu grupo.
Com base no próprio sentido da palavra “grupo”; que se refere a um conjunto de pessoas
que desejam e trabalham pelo mesmo propósito. Pode-se estabelecer um paralelo com o papel
do professor que nesse caso, é o de mediador e incentivador de espírito de equipe, deixando de
lado o autoritarismo em suas aulas.
Visto que em tese o grupo de educandos possui como objetivo: aprender, enquanto a meta
do grupo docente é de ensinar. O que dificulta muitas vezes é que quando acontece o encontro
entre professores e alunos, nem sempre o grupo docente se utiliza às maneiras mais adequadas
para atingir seu objetivo, em contrapartida os alunos, muitas vezes reagem agressivamente às
estas regras impostas.
Assim, o professor, no momento em que entra na sala de aula, tem a opção de estabelecer
um grupo, ou uma guerra de poderes. Isto é, o professor forma um grupo quando conscientiza
que todos, igualmente, são importantes e responsáveis pelo processo de ensinar e aprender
mutuamente. De modo contrário, pode gerar um confronto e uma briga de poderes entre o seu
papel e os alunos; que subdividem em aqueles que acatam suas ordens, ou aqueles que as
protestam por meio da bagunça.
Por sua vez, esta indisciplina pode ser decorrente de, simplesmente, não fazer os exercícios
propostos em sala de aula até uma atitude de constante agressividade com o professor. Fato
esse que além de ocasionar um grande tumulto nessa relação, gera um enorme obstáculo ao
processo de ensino-aprendizagem.
Segundo essa perspectiva, o professor promove o “jogo do poder”, em que ele se torna rival
dos alunos e mede quem possui mais força, já que dita ordens e quer encontrar estudantes que
as acatam sem nada contestar. Como já foi dito, nem sempre os alunos obedecem, protestando
por meio da indisciplina, enquanto o professor responde através do autoritarismo.
Vale ressaltar que a função do professor não é fazer com que os educandos obedeçam às
suas regras sem refleti-las e sim que eles respeitem seu trabalho e absorvam as suas sugestões
de estratégias para o processo de construção do conhecimento.
Segundo Marcellino, (1986, 59):
Quero falar aqui de um jogo, o “jogo do saber”. Pode-se praticá-lo em vários locais,
ou melhor, em todo em qualquer espaço social, de uma maneira ou de outra.
Sendo assim, toda a sociedade seria como uma sala de aula, sem limites de paredes
ou teto. Mas, ele tem, ou deveria ter, na sala de aula das escolas um espaço
privilegiado para o seu exercício. Dessa forma, procurarei apontar aqui, algumas
características do “jogo do saber” dentro dos limites da sala de aula.
Falar do “jogo do saber” é tentar recuperar o caráter lúdico do ensino /
aprendizagem...
MARCELLINO, Nelson Carvalho. A sala de aula como espaço para o “jogo do saber” in:
A sala de aula: que espaço é esse? 2ed. Campinas, SP, Papirus, 1986.
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP, Mercado de
Letras: Associação de Leitura do Brasil,1996