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Rosemary Tasso
Hilka Vier Machado
rosemarytasso@yahoo.com.br
Resumo
Este artigo tem como objetivo contribuir para o debate sobre a avaliação de desempenho docente do estado do
Paraná, apresentando um estudo à respeito da Avaliação Institucional utilizando uma ferramenta, instrumento
(formulário) de Avaliação Docente Diagonal Semestral. Busca-se analisar, por meio de referencial teórico a
necessidade de avaliar o desempenho docente e da aprendizagem por meio de ferramentas que comprovam o
desempenho dos professores e dos alunos da rede básica de ensino, através da avaliação institucional. A
discussão contempla os meios e procedimentos que através dos resultados alcançados pela pesquisa, fundamenta
o trabalho. Nele busca mostrar como é praticada (realizada) a Avaliação Diagonal Semestral no Estado do
Paraná. O trabalho sugere uma reavaliação do processo buscando o aperfeiçoamento do sistema atual.
1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos últimos anos do século XX, a formação dos professores foi
um dos campos do conhecimento educacional, mais discutidos nas práticas institucionais.
que é o exercício de sua função. Essa formação reflete na sua atividade prática que é
estabelecida entre o teórico e o prático. E que suas ações efetivas são concretizadas no interior
da sala de aula, no qual se consuma o papel da educação escolar.
3. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Segundo Macedo (2001), “uma visão do todo só poderá ser efetivada pela
análise das múltiplas relações que constituem qualquer fato, processo ou fenômeno”. Sendo
assim, a avaliação institucional requer a compreensão do todo da instituição podendo
visualizar vários seguimentos como o pedagógico e o estrutural.
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1
LIRA, S. L.S. Avaliação do desempenho docente: Por onde começar? Universidade Federal de Alagoas.
Monografia, Maceió, 2003.
8
Para Demo (1995, apud DIDONÊ et. al., 2007, p.33): professor de Políticas
Sociais e Metodologia Científica da Universidade de Brasília, “o primeiro movimento diante
de números como os da Prova Brasil é crucificar a escola e, em particular, os professores, mas
não podemos adotar a política do avestruz e achar que a culpa é só do aluno ou do governo,
que investe pouco em Educação”.
Ainda, Didonê et. al. (2007), “apontam os dados da Unesco, sobre o Brasil
que gasta em torno de 4,3% do Produto Interno Bruto com Educação, porcentagem bastante
semelhante à de muitos países desenvolvidos”.
Pessoa (apud DIDONÊ et. al., 2007, p.33), é mais incisivo. Ele aponta que o
tipo de contrato de trabalho que se estabelece entre o setor público e os profissionais da
Educação, gerou um corporativismo na categoria impensável entre outros tipos de
trabalhadores: “Se o professor falta, não é punido no bolso e poucos têm coragem de discutir a
culpa dele quando o aluno fracassa. Tudo é responsabilidade do sistema e ficamos por isso
mesmo”, ataca.
trabalho insatisfatórias muitas vezes e um salário que não é compatível com toda a carga que
envolve sua atividade. Sandoval e Romagnani (2005) constatam por inúmeras pesquisas que a
profissão de professor (a) não atrai mais a juventude e muitas escolas e diferentes áreas de
conhecimento já sentem a falta desse profissional.
Sendo assim, o papel dos líderes de Estado é garantir a eficácia dos seus
projetos, em torno de uma educação, justa e equânime, onde os atores desta engrenagem
possam provocar mudanças substânciais em torno da Gestão Democrática. Também o exame
Nacional do Ensino Médio - ENEM - que testa os concluintes do ensino médio, criando
escalas nacionais comparativas, a partir de competências, habilidades e conteúdos
previamente definidos.
escalas comparativas nacionais – que indicam uma opção conceitual e política no campo da
avaliação, que como já refere, esta opção vincula-se aos interesses políticos, econômicos do
capital.
aprofundar-se nesta área, ou por que aqueles que entendem que para o bom docente basta
dominar bem os conteúdos específicos.
Para ilustrar isso encontra-se em Paulo Freire uma proposição sobre os
saberes necessários à prática educativa-crítica, a partir de um ética pedagógica e de uma visão
de mundo, onde ensinar exige:
"[...] rigorosidade metódica; respeito aos saberes dos educandos; criticidade; estética
e ética; corporificação das palavras pelo exemplo; risco, aceitação do novo e rejeição
a qualquer forma de discriminação ;reflexão crítica sobre a prática; reconhecimento
e assunção da identidade cultural; consciência do inacabamento; reconhecimento do
ser condicionado; autonomia do ser do educando; bom senso; humildade, tolerância
e luta em defesa dos direitos dos educadores; apreensão da realidade; alegria e
esperança; convicção de que a mudança é possível; curiosidade; segurança,
competência profissional e generosidade; compreender a educação como forma de
intervenção no mundo: liberdade e autoridade; tomada de consciência de decisões;
saber escutar, reconhecer que a educação é ideológica; disponibilidade para o
diálogo, querer bem aos educandos”. (FREIRE 1997, apud, PENNA FIRME 1998,
p.29).
disso, há também uma relação entre a avaliação e a qualificação profissional. Está última,
precisa de um caráter permanente para assegurar a qualidade de ensino na educação básica.
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A escolha das escolas num total de (oito) e dos municípios (três) se deram
em função das proximidades que uma tem em relação à outra, visto que são circunvizinhas,
assim nominadas: Jandaia do Sul, Cambira e Bom Sucesso, sendo que num total de 05 escolas
são de Jandaia do Sul,02 no município de Cambira, uma em Bom Sucesso. Vale lembrar que
é uma avaliação Semestral, e professores que estão em estágio probatório, também
participam.
Percebe-se que através da pesquisa foi possível ter uma visão da totalidade
da Avaliação sob diversos aspectos: primeiramente buscou-se conhecer a realidade de cada
uma procurando na diversidade compreender os fatores que interferem no objeto de estudo
como o perfil dos professores e do alunado, localização da escola, envolvimento com a
comunidade, gestão democrática e avaliação institucional de cada uma.
Desta forma, fica evidente que é preciso traçar novas estratégias procurando
refletir sobre os dados acima sabendo-se que a responsabilidade neste aspecto repercute sobre
o papel do gestor em gerenciar com transparência,as ações dentro da escola sendo
fundamental para efetividade do processo. Assim a avaliação toma outra dimensão: Política,
Ética, Democrática e Participativa.
* Nesta atribuição os percentuais se dão em virtude dos entrevistados optarem por mais de uma
modalidade.
Fonte: Dados da pesquisa
Pela forma como é realizada mais da metade indicam-na com 65%. Desta
maneira, a pesquisa aponta a necessidade de reavaliar a forma/maneira como é realizada a
avaliação Diagonal Semestral nas escolas de educação básica no Estado do Paraná.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DIDONÊ, D. et al. O papel da avaliação. Revista Nova Escola. Ed. Abril. Jan./Fev. 2007,
p.31-33.
LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: 9394/96. Editora Vozes, Brasília, 1996.
ANEXOS
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1 - O que você acha da Avaliação de Desempenho (Avaliação Diagonal Semestral) dos Professores da Educação
Básica no Paraná?
( ) Boa ( ) Ótima ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Insatisfatória
2 - Você acha que através da Avaliação de Desempenho (Avaliação Diagonal Semestral) que hoje é praticada
nas escolas, é possível melhorar a Qualidade de Ensino?
Comente ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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4 – Você entende que nas Escolas Estaduais de Educação Básica no Paraná, quando da a Avaliação Diagonal
Semestral os professores se avaliam atribuindo notas iguais para todos, em função do quê ?
OBS; Sua colaboração ajudará imensamente a produzir um bom Trabalho, pois, a intenção do Artigo é provocar
uma Discussão nos órgãos responsáveis pela Educação Básica no Paraná, um olhar sobre o Profissional da
Educação com intuito de desenvolver Políticas Públicas que possam melhorar a Qualidade do Ensino sem
responsabilizar apenas os Docentes, mas produzir ferramentas reais de aferição e que não seja apenas mais um
documento burocrático que cabe somente a escola realizar.
Obrigada.