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Com a nova lei 11.638/07 e 11.

941/09, ocorreram nova diretrizes na contabilidade, ou


seja, a contabilidade pretende observar a relação da essência em detrimento da
forma, procurando evidenciar a relação econômica da entidade. Isto ocorreu devido
uma iniciativa de integração brasileira com o mercado internacional.

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Entender os desempenhos nos possibilita identificar:

Pontos Fortes internos


Pontos Fracos Externos

Ameaças e
Oportunidades

Com o objetivo de alinhar:


Pontos Fortes e Oportunidades
Alavancar Pontos Fracos
Neutralizar Ameaças

A análise das demostrações interessa aos:

Proprietários
Administradores
Fornecedores
Bancos
Governo
Funcionários
Concorrentes e principalmente aos investidores

DMPL

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Essa demonstração dispensa a elaboração da DLPA, pois tem como principal objetivo
demonstrar a composição de todas as contas do Patrimônio Líquido, revelando a
evolução dessas contas e os eventos que influenciam na modificação de seus saldos.

A DMPL é fundamental para mostrar ao sócio como está evoluindo seu investimento.

Na DMPL estão registrados o capital dos sócios, o lucro do período, a destinação


desse lucro, doações, ágios, prejuízos, pagamentos de dividendos, reavaliação de
ativos, integralizações pelos sócios de novos investimentos e redução de capital
(retirada de sócios, por exemplo). Essa demonstração tem por objetivo mostrar as
variações ocorridas em cada uma das contas integrantes do grupo Patrimônio Líquido.

A partir da DMPL – do lucro nela registrado – o investidor deve ler a Demonstração de


Resultados, para saber onde perdeu ou ganhou.

RENTABILIDADE

A rentabilidade mostra a evolução do Patrimônio Líquido. O objetivo é constatar


quanto os sócios lucraram com seu investimento. o Patrimônio Líquido está na coluna
dos passivos. Exatamente porque não é dinheiro da empresa, mas sim dos sócios.
Para se mostrar a rentabilidade sobre o capital próprio compara-se o Lucro Líquido da
empresa no exercício pelo seu Patrimônio Líquido (LL/PL).

É preciso relativizar a rentabilidade pelo exame da qualidade do lucro. É necessário


verificar se ele provém das atividades normais da empresa ou se é resultado de
realizações não-operacionais (venda de ações, de ativos permanentes ou
participações em outras sociedades, etc.). O leitor do balanço deve ir à Demonstração
de Resultados examinar com cuidado os dados sobre as receitas e despesas não-
operacionais

Na DMPL encontramos a aplicação dos seguintes princípios contábeis

Princípio da entidade – o princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto


da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação
de um patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes,
independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, ma
sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção o patrimônio não se confunde com
aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Princípio da continuidade – a continuidade ou não da entidade, bem como sua vida


estabelecida ou provável, devem ser considerados quando da classificação e
avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas.
Princípio da oportunidade – refere-se, simultaneamente, à tempestividade, à
integridade do registro das mutações patrimoniais, determinando que este seja feito
no tempo certo e com a extensão correta.
Princípio da atualização monetária – os efeitos do poder aquisitivo da moeda
nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da
expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. Critérios de
Classificação do Patrimônio Líquido

De acordo com a Lei n.º 6.404/76, são classificadas no Patrimônio Líquido as contas
representativas:

• dos investimentos dos proprietários na sociedade;

• de valores recebidos como doações e subvenções para investimento;

• das reservas oriundas de lucros;

• das reservas provenientes de reavaliação de ativos.

As contas pertencentes ao patrimônio Líquido estão distribuídas nos seguintes grupos:

1º) Capital Social

O capital social é constituído ou aumentado através de contribuições dos acionistas


com bens suscetíveis de avaliação em dinheiro. As contas representativas do Capital
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada.

As principais contas pertencentes a este grupo são: Capital e Capital a Integralizar


(esta como daquela).

2º) Reservas de Capital

As contas que registrarem:


• os valores recebidos, a título de ágio na subscrição de ações, que
ultrapassarem a importância destinada à formação do Capital Social;

• o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

• o prêmio recebido na emissão de debêntures;

• as doações e as subvenções para investimento;

(Estas contas são estudadas no nível da Contabilidade Intermediária)

3º) Reservas de Reavaliação

As contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de


novas avaliações, com base em laudo aprovado pela Assembléia Geral de Acionistas.
(Reavaliação de Imóveis).

4º) Reservas de Lucros

As contas constituídas pela apropriação de lucros da empresa. Essas reservas podem


ser constituídas por imposição legal (Reserva Legal), por determinação estatutária
(Reservas Estatutárias) e por propostas aprovadas pelos proprietários – sócios e
acionistas – com finalidades específicas (Reservas para Contingências, Reservas para
Expansão etc.).

5º) Lucros ou Prejuízos Acumulados

Os Lucros ou Prejuízos do exercício são transferidos para a conta lucros (Prejuízos)


Acumulados e aí permanecem até a destinação do lucro ou amortização do prejuízo.

6º) Ações em Tesouraria

As contas representativas de Ações em Tesouraria (ações emitidas pela própria


empresa e por ela readquiridas) são destacadas no Balanço Patrimonial como
redutoras das contas do Patrimônio Líquido que registrarem a origem dos recursos
aplicados em sua aquisição. Representam capital devolvido a certos sócios.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

É a demonstração das movimentações ocorridas com as diversas contas que


compõem o Patrimônio Líquido, durante um determinado exercício, fazendo clara
indicação do fluxo de uma conta para outra e indicando a origem e o valor de cada
acréscimo ou diminuição do Patrimônio Líquido.

Tem como finalidade primordial evidenciar as mutações ocorridas no exercício com as


contas do Patrimônio Líquido, indicando claramente e de forma sumária e coordenada,
a formação e a utilização de todas as reservas (não apenas das originadas por lucros,
como a DLPA), as modificações no capital da empresa e facilitando a compreensão do
cálculo dos dividendos obrigatórios.

Trata-se, portanto, de informação que complementa os demais dados constantes do


Balanço e da Demonstração do Resultado do Exercício; é particularmente importante
para as empresas que tenham, seu Patrimônio Líquido formado por diversas contas e
mantenham com elas inúmeras transações.

É útil e necessária ainda na elaboração da Demonstração das Origens e Aplicações


de Recursos, já que parte de tais mutações, no total do Patrimônio Líquido, representa
parcelas que representam origens ou aplicações de recursos.
Finalmente, para as empresa que avaliam seus investimentos permanentes em
coligadas e controladas pelo método patrimonial, torna-se de muita utilidade receber
dessas empresas investidas tal demonstração, para permitir um adequado tratamento
contábil das variações da equivalência patrimonial no exercício.

Essa demonstração não é obrigatória pela Lei das S.A., mas sua publicação é exigida
pela CVM em sua Instrução n.º 59, de 22.12.86, para as companhias abertas.

Apesar de não exigi-la, reconhecendo a importância dessa demonstração é que a Lei


das S.A. a mencionou, aceitando-a como exposto no parágrafo 2 o. do art. 186;
estabelece esse parágrafo que a DLPA "poderá ser incluída na demonstração das
mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia."

Logicamente, se a empresa elaborar tal demonstração, incluindo-a como integrante de


suas demonstrações financeiras do exercício, deverá deixar de elaborar a DLPA,
desde que as informações desta estejam incluídas, no mesmo nível de informação,
naquela.

As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros
motivos, tais como:

a) itens que afetam o patrimônio total:

• acréscimo pelas correções monetárias das contas do patrimônio;

• acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício;

• redução por dividendos;

• acréscimo por reavaliação de ativos;

• acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos;

• acréscimo por subscrição e integralização de capital;

• acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações
integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal;

• acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de


subscrição;

• acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures;

• redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda;

• acréscimo ou redução por ajustes de exercícios anteriores;

b) itens que não afetam o total do patrimônio:

• aumento de capital com utilização de lucros e reservas;

• apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta de Lucros


Acumulados para formação de reservas;

• compensação de prejuízos com reservas.

A técnica é fazer um papel de trabalho, utilizando uma coluna para cada uma das
contas do patrimônio da empresa e abrindo uma coluna TOTAL, que representa a
soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais.
As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma
coordenada. Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na
linha correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de
Capital pelo do aumento, e, na mesma linha, as reduções nas contas de reservas e
lucros utilizadas no aumento de capital pelos valores correspondentes.

Dessa forma, a preparação consiste no seguinte:

a) abrir um papel de trabalho colunado, no qual se transcreve, no topo de cada coluna,


os nomes das contas, reservando espaço nas primeiras colunas para descrição da
natureza das transações, e uma coluna final para o total;

b) saldo de abertura - transcrever os saldos de cada conta na data do Balanço final do


exercício anterior. Somar os saldos por conta para preencher a coluna TOTAL;

c) Adicionar ou subtrair os movimentos ocorridos nas referidas contas, no período,


abrindo linha para cada natureza de transação, como: correção monetária, aumento
de capital, lucro do exercício, dividendos distribuídos, etc.

d) totalizar, ao final, as colunas, cujos saldos devem coincidir com os saldos do


Balanço, e totalizar também as linhas.

A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido pode ser apresentada das


seguintes formas, conforme exemplificado abaixo:

• detalhada, ou seja, mostrando o movimento em cada conta do patrimônio como


na forma do modelo apresentado na seção anterior;

• sumariada, nesse caso, as reservas de capital e as reservas de lucros são


apresentadas pelo seu total, em vez de por conta.

Note-se que ambos os modelos apresentam a utilidade requerida. O modelo detalhado


tem a vantagem de ser mais completo, por apresentar todas as alterações nas contas
patrimoniais. Todavia, o modelo sumariado apresenta a vantagem de permitir uma
melhor compreensão das mutações patrimoniais, por ser mais objetivo.

Objetivando o aprimoramento e padronização na elaboração e publicação da DMPL,


para as companhias abertas, a CVM, por sua Instrução n.º 59, de 22.12.86,
estabeleceu a obrigatoriedade de divulgação desta demonstração, prescrevendo os
critérios a serem utilizados e o modelo de sugestão para apresentação, também
exemplificado abaixo.

As mutações do patrimônio líquido poderão ser informadas alternativamente em uma


Nota Explicativa às Demonstrações Financeiras, neste caso a empresa terá de
publicar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, já que esta não estará
sendo substituída.

Referencias bibliograficas

http://analgesi.co.cc/html/t19917.html

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