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01 /2008
Prof. Frederico Firmo de Souza Cruz
Depto. de Fìsica-UFSC
notas V-
Axiomas da termodinâmica
Vamos agora desenvolver os aspectos formais da termodinâmica. Neste sentido vamos sumarizar
o que foi apresentado nos capítulos anteriores na forma de postulados, a partir dos quais poder-
emos formalizar e ir além na análise de sistemas termodinâmicos.
Podemos entender que o objetivo da termodinâmica, é analisar os processos envolvendo temper-
atura nos sistemas físicos. Como já dissemos anteriormente, a termodinâmica diz respeito a pro-
cessos que levam um sistema de uma situação de equilíbrio a outra situação também em equi-
líbrio. Como vimos também , embora isto restrinja o acompanhamento dos processos limitando
a processos quasi-estáticos reversíveis, e que liguem estados em equilíbrio a estados em equi-
líbrio, vimos que isto nos permitiu denir funções de estado, através dos quais conseguimos
estender o tratamento a processos irreversíveis. As funções de estado são portanto essenciais e é
a partir da fundamentação destas funções de estado na forma de postulados que iremos desen-
volver todo o aparato formal da termodinâmica.
Postulado 1
Existem estados particulares ( estados de equilíbrio) de sistemas simples que, macroscopica-
mente, são caracterizados completamente por uma energia interna U, volume V e número de
moles N1 ; N2 ; N3 ; : Nr de seus componentes químicos
Postulado II
Existe uma função chamada entropia , S; dos parâmetros extensivos que é denida para todo
estado de equilíbrio e que tem as seguintes propriedades. Os valores assumidos pelos parametros
extensivos, na ausência de vinculos ou restrições internas, são aquêles que maximizam a entropia
na variedade de estados de equilíbrio.
Este postulado, contém a denição de entropia, assim como contém uma armação importante
que é a associação da entropia e equilíbrio a uma condição de máximo.
Postulado III
A entropia de um sistema composto é aditiva , isto é a entropia de sistema constituído por um
conjunto de subsistemas, é a soma das entropias de cada sub-sistema. A entropia é uma função
da energia continua diferenciável e é monotonicalmente crescente.
Como consequência destes postulados a entropia deve satisfazer algumas condições
X
S = s( )
onde
s ( ) s ( ) ( U ( ) ; V ( ) ; N1( ) ; : Nr( ) )
1
este postulado também implica que a entropia é uma função homogênea de primeira ordem nos
parâmetros extensivos. Supondo por exemplo um sistema subdividido em partes iguais, sendo
que cada uma tem entropia s s ( u; v; n 1 ; n 2 ; n r ) . Neste caso temos que a entropia total do sis-
tema é
s ( u; v; n 1 ; n 2 ; n r ) = s ( u; v; n 1 ; n 2 ; n r )
A propriedade de crescimento monotonico implica que
@S > 0
@U V; n
Isto também nos permite escalar as propriedades de um sistema pelo número total de moles.
Isto é
U ; V ; 1 ) = Ns ( u; v )
S ( U ; V; N ) = NS ( N N
onde u = U / N e v = V / N
Postulado IV: A entropia de qualquer sistema se anula no estado em que
@U = 0
@S V; N
Um aspecto que vai ser crucial no desenvolvimento da termodinâmica é que a relação funcional
entre entropia e energia interna é tal que quando a entropia é máxima, a energia interna é
mínima. Isto vai permitir, estabelecer princípios de mínimo e ou de extremos, da mesma forma
como o zemos na mecânica clássica.
2
De onde
dU = TdS ? PdV + dN
Obervem que dentro do enfoque axiomático as variáveis intensivas acima são denidas como tal.
A consistência destas denições com as grandezas físicas mensuráveis, é obtida a posteriori, con-
trastando estas denições com resultados empíricos, ou com os resultados teóricos já obtidos
anteriormente. Porém podemos notar pelos desenvolvimentos que zemos nos capitulos anteri-
ores a veracidade das denições acima.
Um ponto importante nestas denições é que a partir da equação fundamental U ( S; V; N ) se
pode obter equações
T = T( S; V; N )
P = P ( S; V; N )
= ( S; V; N )
Tais relações, expressando os parâmetros intensivos em termos das variáveis extensivas indepen-
dentes, são o que na teoria axiomática se dene como equações de estado.
Embora o conhecimento de uma única equação de estado ( denida como acima) não seja su-
ciente, o conhecimento das três equações de estado é equivalente a se conhecer a equação funda-
mental. Isto permite armar que com o conhecimento das equações de estado ou da equação
fundamental se tem uma descrição completa.
A característica intensiva destas grandezas é dentro deste enfoque uma decorrência do fato de
que são derivadas de uma grandeza extensiva que é homogenea em primeira ordem. Segue disto
que a derivada com relação a uma variável extensiva gera uma grandeza homogêna de ordem
zero, que é o que caracteriza a grandeza como intensiva.
Visto que as variáveis expressas nas equações de estado são obtidas pela derivação da equação
fundamental da energia com relação a grandezas extensivas, estas variáveis devem ser funções
das variáveis extensivas homogêneas de ordem zero. Por exemplo
T( S; V; N ) = T( S; V; N )
Isto mostra que as denições são consistentes com o caráter intensivo destas variáveis.
Uma segunda forma da equação fundamental, é a chamada representação entrópica, onde a
entropia toma o papel da energia interna. Isto é, ao invés de expressar a energia interna como
função da entropia, se expressa a entropia em função da energia interna e das outras variáveis
extensivas.
S = S ( U ; V; N )
Se por conveniência denirmos as variáveis f U ; V; N g como f X0 ; X1 ; X2 g pode-se escrever
S = S ( X0 ; X1 ; X2 )
dS =
X @S
i
@Xi dXi
e se pode denir
@S
Fi = @X
i
3
como as variáveis intensivas na representaçã entrópica . Não é difícil demonstrar que
F0 = T1 e Fk = PTk
Exemplos
Encontre as equações de estado para um sistema cuja equação fundamental é
U = v0 S 3
R2 NV
resp:
T = 3 vR0 2 NV
S2
3
v 0
P = R2 NV S
2
3
= ? vR0 2 NS2 V
b) encontre em função de T V e N
S = R2 NVT i 1 / 2
v0 3
2
= ? vR V 1 / 2 T 3/ 2
2
0 3 3 / 2 N1 / 2
c) Desenhar no diagrama P V duas isotermas. dena uma escala convenientemente.
Para tanto vamos encontrar a expressão da pressão em função de V e N
2
P = R2 N 1 / 2 T3/ 2
v0 3 3/ 2 V 1 / 2
Equação de Euler
Uma das conseqüências formais da extensividade da equação fundamental é que a forma fun-
cional da energia interna ou da entropia devem satisfazer algumas condições, importantes e úteis
para o tratamento dos sistemas termodinâmicos
U ( S; X1 ; X2 ) = U ( S; X1 ; X2 )
Diferenciando com relação a
@U = U
@
por outro lado
@U = @U @S + X @U @Xi
@ @S @ i
@ ( Xi ) @
4
tomando a derivada para = 1 e igualando as duas equações acima teremos
U = @U
X @U
@S S + @Xi Xi
i
Para deixar mais claro vamos tomar um sistema com uma única componente
U = TS ? pV + N
Utilizando o mesmo raciocínio pode-se mostrar que
S = UT + Fi Xi
X
S = T1 U + Tp V ? TN
Relação de Gibbs-Duhem
Com as variáveis intensivas são homogêneas de ordem zero, e isto vai implicar que as variáveis
intensivas não são independentes. .
Para se demonstrar esta assertiva, vamos tomar como exemplo a pressão
P = P ( S; V; N )
a homogeneidade de ordem zero nos permite escrever
P = P ( S / N; V / N; 1 )
onde estamos apenas utilizando = 1 / N e a homogeneidade de ordem zero. Isto implica que P
é função apenas de s = S / N e v = V / N . OU seja se tíanhamos 3 variáveis a pressçao é funçcão
de apneas duas variáveis. Isto pode ser generalizado
P = P ( S / Xt ; X 1 / Xt ; : X t ? 1 / Xt ; 1 )
Ou seja a homogeneidade de ordem zero implica que se as equaçãos fundamentais são funções de
t variáveis, as variaveis intensivas associadas são variáveis de ordem zero e portanto dependem
de t-1 variáveis, o que implica numa dependencia entre as variáveis intensivas.
Utilizando esta propriedade vamos agora obter relações innitesimais entre as variáveis inten-
sivas. Tomando como ponto de partida
a a forma de U temos que
X X
dU = T dS + S dT + Pi dXi + Xi dPi
i i
Mas
X
dU = T dS + Pi dXi
i
5
temos que
X
SdT + Xi dPi = 0
i
6
Potenciais termodinâmicos .
7
Para se obter a partir da derivada a reta que é realmente a tangente à curva, é necessário se ter
g , o ponto onde a tangente corta o eixo vertical. Isto estabelece uma relação biunívoca entre
um ponto da curva f x 0 ; f ( x 0 ) g a derivada f y = df( x )/ dx, g} que pode ser expresso como
g = ( yx 0 ? f ( x 0 ) )
Esta expressão nos garante que se invertermos a relação y = df ( x ) / dx obtendo x em função de
y , isto é, x ( y ) podemos obter uma função g (y) que tem uma relação biunivoca com a função
f(x) que dene a curva
g ( y ) = [ y x ( y ) ? f ( x ( y ) )]
Observem que o sinal é arbitrário e pode ser escolhido convenientemente dependendo do
problema em questão. Na mecância clássica se utiliza o sinal positivo, mas na termodinâmica o
sinal negativo é utilizado.
Uma outra forma geral de denir a transformada de Legendre é como sendo a transformação
que maximiza a expressão de g ( y ) com relação a x. Isto é, tomando a derivadada de g( y ) com
relação de x teremos
@g @f ( x )
@x = y ? @x = 0
o que implica que é a transformação tal que y é a derivada função a ser transformada.
Como já dissemos esse tipo de transformação ocorre na mecânica clássica quando se quer uma
nova função que esteja associada a lagrangeana L ( q; q_ ) de um sistema mas que possa ser escrita
em função do momento. Esta função é a função hamiltoniana.
Em primeiro lugar, observem que o momento é a derivada da Lagrangeana com relação a veloci-
dade q_
p = @L (@qq;_ q_ )
L ( q; q_ ) = 12 mq_ 2 ? V ( q )
H ( q; p) = pq_ ? 12 mq_ 2 + V ( q )
H ( q; p) = 2pm + V ( q )
2
8
Por exemplo, anteriormente vimos que na química as reações ocorrem em geral sob condições
normais de temperatura e pressão. Isto signica que um número grande de processos termod-
inâmicos associados a reações químicas podem ser melhor tratados numa representação onde a
energia interna pode ser escrita em termos da pressão U U [ p] que é igual a derivada da
energia interna com relação ao volume. A transformada de Legendre pode então ser realizada
p = ? @U (@V
S; V )
e podemos então denir uma nova função termodinâmica que é dada por
H = ? [ ? pV ? U ( S; V )]
H ( p; S ) = U ( S; V ) + pV
Para compreendermos a utilidade desta representação vamos tomar a diferencial de H
dH = dU + pdV + Vdp
= Vdp + T dS
Assim em processos a pressão constante temos que dH = TdS isto é a variação de H ( denomi-
nado entalpia é igual ao calor envolvido no processo.
Pode-se assim estabelecer as relações de Maxwell para a entalpia observando que H é uma
função de estado e dH é uma diferencial exata
V = @H
@p T = @H
@S
que geram as relações de Maxwell
@T j = @V j
@p S @S p
F = U ? TS
dF = ? S dT ? pdV + dN
Cujas relações de Maxwell
@S j = @p j
@V T @T V
G = U ? TS + pV
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onde
dG = ? SdT + Vdp + dN
cujas relações de Maxwell são
@V j = @S j
@T p @p T
Princípios de extremos
Para melhor analisar a profundidade da formulação, vamos nesta secção mostrar como o o
segundo postulado vai implicar em princípios de extremos , isto é de maximos e mínimos, que
vão nos dar a importância e o signicado físico de cada um dos potenciais termodinâmicos que
obtivemso na secção anterior.
Da forma como foi postulado, o postulado II diz respeito a sistemas isolados e sem vínculos
internos . Entretanto podemos ampliar um pouco mais o seu domínio , visto que não tratamos
apenas de sistemas isolados, e nem sempre estamso tratando apenas de condições internas que
levam a um aumento da entropia ( processos internos irreversíveis) - di S > 0 . Por exemplo, nós
tratamos vários processos onde a temperatura e a pressão são mantidas constantes, pela inter-
ação do sistema com um meio. Nestes processos, supondo que levem de um estado de equilíbrio
a outro, a presença de processos internos irreversíveis levam ao aumento de entropia. Diante de
tais condições que restringem as possibilidades de realização do sistema, o processo termod-
inâmico que leva o sistema ao equilíbrio vai ser tal que extremiza uma grandeza termodinâmica,
como a energia livre de Gibbs, de Helmholtz, ou a entalpia.
d e S = dU p
T + TdV = 0
que é nulo porque dU = 0 e dV = 0
Reescrevendo em termos da variação total da entropia temos então que no processo onde U e V
são constantes teremos,
dS ? d i S = 0
ou seja
dS = di S > 0
e a entropia vai aumentar até alcançar um valor máximo, quando o sistema alcançar o equi-
líbrio.
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Tomemos agora um processo isentrópico e isocórico, isto é , S e V constantes. É fácil ver que
dU = Tde S ? p dV
que pode ser escrito como
dU = T( dS ? d i S ) ? pdV
como S e V são constantes, teremos
dU = ? Td i S 6 0
Isto é são processos que vão minimizar a energia. Como interpretar tais processos. Suponha um
sistema onde T V e N, são mantidos constantes. Neste caso a entropia do sistema também deve
se manter constante. Qualquer processo que envolva um decaimento com variação da energia
deve ser feito de tal forma que o calor gerado pelo processo dissipativo interno seja transmitido
para o meio de tal forma a manter a entropia do sistema constante e minimizando a energia.
Para analisar processos onde os sistemas mantém a temperatura T e o volume V xos, é melhor
utilizar a energia livre de Helmholtz para a qual
dF = ? SdT ? pdV
que também irá se anular, o que nos leva também a uma condição de minímo para F. Para com-
preender melhor oque ocorre vamos reescrever dF a partir de F = U ? TS
dF = dU ? TdS ? SdT
que pode ser escrito como
dF = dU ? Tdi S ? Tde S
= dQ ? p dV ? Tde S ? Tdi S
Ou seja
dF = ? Td i S 6 0
Um exemplo : Evolução da forma de uma gota
Uma gota pode ser entendida como uma quantidade de líquido em equilíbrio no interior de um
meio, pode ser vapor de água. A gota estará sujeita a uma pressão externa, que será equilibrada
pela tensão supercial e pela pressão interna. Observe que a pressão interna é diferente da
externa sendo que a interna é sempre superior à externa. A pressão interna tende a expandir a
gota até que se desfaça. Porém a tensão supercial age no sentido oposto equilibrando o sis-
tema. Através de diversos experimentos é possível se comprovar que para produzir um aumento
innitesimal na área A de uma interface liquido vapor mantendo a temperatura e o volume
total( volume da gota mais o volume do vapor que a encerra) é necessário se realizar um trabalho
na forma
W = ?
dA
como o trabalho é negativo, isto indica que a tensão supercial age contra a expansão. Isto
indica tambem que há uma diferença entre as duas pressões, interna e externa. (pressão do
vapor e do líquido.
11
O
é tensão supercial que tem dimensão de energia por área, ou de forma equivalente de
força por unidade de comprimento. Para deduzir uma relação entre a tensão supercial e as
pressões de vapor e do liquido, podemos imaginar um experimento onde uma gota de líquido se
encontra no interior de um cilindro, cheio de vapor, cujo volume é determinado por um pistão
xo.
Numa situação como esta onde o sistema é mantido a volume total constante e temperatura
constante, podemos nos perguntar sob que condições a gota se estabilizaria. Isto é qual seria a
condição de equilibrio . Nas condições acima é mais interessante trabalharmos com um potencial
termodinâmico onde a temperatura e volume sejam as variáveis, energia livre de Helmholtz
F = U ? TS
de onde
dF = dU ? S dT ? T dS
= dW ? SdT
que no caso onde T é constante nos dá dF = dW
Para a gota temos que o trabalho realizado numa variação do tamanho da gota seria o trabalho
da variação do volume devido a pressão externa e interna mais o trabalho realizado pela tensão
supercial.
dW = dF = pvapor dVvapor + pliquido d Vliquido ?
dA
Como o volume total é mantido constante temos
dVliquido = ? dVvapor
de onde teremos
dF = ( pliquido ? pvapor ) dVliquido ?
d A
A condição de equilíbrio pode então ser obtida de dF = 0
( pliquido ? pvapor ) dVliquido =
d A
Como
Vliquido = 4 r
3
3
e
A = 4 r 2
Podemos escreve
A = ( 4 ) 1 / 3 (3 V ) 2 / 3
De tal forma que no equilíbrio deveremos ter
( pliquido ? pvapor ) = 2r
Esta expressão foi deduzida de forma diferente e independente por Thomas Young e Pierre
Simon Laplace em 1 805.
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Equação fundamental para um gás ideal e suas transfor-
madas de Legendre
A entropia S ( T; V; N ) é uma função de estado e para um sistema com número xo de partícuals
pode ser escrita como
dS = @S @S
@T dT + @V dV
Utilizando
Q = T @S
Cv = dT @T
e as relações de Maxwell
@S j = @P j
@V T @T V
teremos
dS = = CTv dT + Nk V 1 dV
= Nkcv ln TT + Nk ln VV
c 0 0
= Nk ln U c v + Nk ln VV
U v
0 0
0 0
onde tem as dimensões tais que o argumento do logaritmo é adimensional. Analisando esta
expressão vemos que satisfaz a propriedade da extensividade, mas que quando T ! 0 ou V / N !
0 a entropia tende a menos innito violando o postulado de Planck. Na verdade a noção de gás
ideal não pode ser estendida para estas condições, visto que um gás ideal pode ser considerado
como um gás de pontos que podem portanto ser colapsados a um único ponto, ou única singu-
laridade. Para estender no entanto o tratamento a um domínio grande de densidades, pode-se
escolher um valor adequado para constante . Esta escolha não modica fundamentalmente a
descrição de um gás ideal. Considerações quânticas podem ajudar a uma melhor denição desta
constante de tal forma a se ter, para um gás ideal uma descrição mais próxima do postulado de
Planck. Isto levou à equação de Sackur-Tetrode que não trataremos aqui.
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Utilizando esta arbitrariedade das constantes podemos ainda denir a entropia de um gás ideal
na forma
U c v V + Nk c
S = Nk ln N c p p
Onde utilizamos o calor especíco adimensional a pressão constante que é tal que , c p ? cv = 1 , e
por conveniência retiramos o valor de referencia S0 e introduzimos o último termo proporcional
a c p . Esta introdução corresponde a redenir o substituindo por um .
U = TS ? pV + ;
é satisfeita, demonstrando a consistência.
Para se escrever a equação fundamental da energia pode-se inverter a equação da entropia o que
nos dá
! 1 / cv
U ( S; V; N ) = N c p e S / Nk ? c p
V
H ( p; S; N ) = U + pV
= U ? c1 U
v
=
U
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Por outro lado pode-se mostrar que se
S
N 1 k T e k Nc?v
1
p = ? @U N
cp
cv
=
@V V cv V
de onde se tem
cv / c p S
N = p e? k N c p + 1
V kT
E se tem ainda que
S 1 /cp
T = T kTp e Nkc v ? c p
De onde
S c p
e Nkc v ? c p = T kT
T p
S ( T; P; N ) = Nk cv l n T c p kT + Nkc p
T
c
p
T vV
S ( T; V; N ) = Nk ln NTc v + Nk c p
De onde
H = Nkc pT
G ( T; p; N ) = H ? TS
cp
T
= ? Nk cv T l n T kT
p
F ( T; V; N ) = U ? TS
! 1/v
U ( S; V; N ) = Nkc v T Ne V
S / Nk ? c p
U ( T; N ) = Nkc v T
Tc v V
F = ? Nk T 1 + ln NT cv
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Teremos então
= ? NkT( 1 + ln TN V
cv
F ( T; V; N )
!
p e S / Nk ? c p 1 / c p
H ( p; S; N ) = c pNk k
G ( T; P; N ) = ? ? N kT ln kT
cp
p
-
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