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1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Adultos e idosos
O clopidogrel deve ser administrado sob a forma de uma toma única diária de 75 mg, com
ou sem alimentos.
Doentes pediátricos
A segurança e eficácia do clopidogrel em crianças e adolescentes ainda não foram
estabelecidas.
4.3. CONTRA-INDICAÇÕES
O clopidogrel não pode ser recomendado durante os 7 dias após a fase aguda do acidente
vascular cerebral isquémico, devido à inexistência de dados.
A experiência existente com doentes com doença hepática moderada, que possam apresentar
diátese hemorrágica, é limitada. O clopidogrel deverá, portanto, ser utilizado com precaução
nesta população de doentes (ver secção 4.2).
Este medicamento contém óleo de rícino hidrogenado que pode causar distúrbios gástricos e
diarreia.
Anticoagulantes orais
A administração concomitante de clopidogrel com anticoagulantes orais não é recomendada
visto poder aumentar a intensidade das hemorragias (ver secção 4.4).
Heparina
Num estudo clínico realizado em indivíduos sãos, o clopidogrel não determinou a alteração
da dose de heparina, nem alterou o efeito da heparina sobre a coagulação.
A co-administração de heparina não produziu qualquer efeito sobre a inibição da agregação
plaquetária induzida pelo clopidogrel. É possível que exista uma interacção
farmacodinâmica entre o clopidogrel e a heparina, conduzindo a um risco aumentado de
hemorragia. Deste modo, a associação destes dois fármacos deve ser efectuada com
precaução (ver secção 4.4).
Trombolíticos
A segurança da administração concomitante do clopidogrel, agentes trombolíticos
específicos ou não para a fibrina e heparinas foi determinada em doentes com enfarte agudo
de miocárdio. A incidência de hemorragias de relevância clínica foi semelhante à observada
na administração concomitante de agentes trombolíticos e heparina com o ácido
acetilsalicílico (ver secção 4.8).
Para além da informação relativa às interacções específicas do fármaco acima descritas, não
foram realizados estudos de interacção com o clopidogrel e alguns fármacos normalmente
administrados em doentes com doença aterotrombótica. Contudo, os doentes que
participaram em ensaios clínicos com o clopidogrel tomaram vários medicamentos
concomitantes incluindo diuréticos, beta-bloqueantes, IECAs, antagonistas do cálcio,
hipolipemiantes, vasodilatadores coronários, hipoglicemiantes (incluindo a insulina),
antiepilépticos e antagonistas GPIIb/IIIa sem evidência de interacções adversas de
relevância clínica.
Como não existem dados clínicos sobre a exposição ao clopidogrel durante a gravidez, é
preferível não usar clopidogrel durante a gravidez como medida de precaução.
Os estudos em animais não indicam quaisquer efeitos nefastos directos ou indirectos no que
respeita à gravidez, ao desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou ao desenvolvimento
pós-natal (ver secção 5.3).
Desconhece-se se o clopidogrel é excretado no leite humano. Os estudos em animais
demonstraram excreção de clopidogrel no leite materno. Como medida de precaução, a
amamentação não deve ser continuada durante o tratamento com clopidogrel.
A hemorragia é o efeito secundário notificado com maior frequência tanto nos ensaios
clínicos como na experiência pós-comercialização, onde na maioria dos casos foi notificada
durante o primeiro mês de tratamento.
No estudo CAPRIE, em doentes tratados com clopidogrel ou com AAS, a incidência global
de qualquer hemorragia foi 9,3%. A incidência de casos graves foi de 1,4 % para o
clopidogrel e 1,6% para o AAS.
No estudo CURE a taxa de episódios hemorrágicos major para o clopidogrel + AAS foi
dependente da dose de ácido acetilsalicílico (< 100 mg: 2,6%; 100-200 mg: 3,5%;
> 200 mg: 4,9%), tal como para a taxa de episódios hemorrágicos major para o placebo +
ácido acetilsalicílico (< 100 mg: 2,0%; 100-200 mg: 2,3%; > 200 mg: 4,0%).
O risco de hemorragia (que representa risco de vida, major, minor e outras) diminuiu ao
longo do ensaio: 0-1 mês (clopidogrel: 9,6%; placebo: 6,6%), 1-3 meses (clopidogrel: 4,5%;
placebo: 2,3%), 3-6 meses (clopidogrel: 3,8%; placebo: 1,6%), 6-9 meses (clopidogrel:
3,2%; placebo: 1,5%), 9-12 meses (clopidogrel: 1,9%; placebo: 1,0%).
Não se verificou um excesso de hemorragias major, com clopidogrel + AAS, nos 7 dias
após cirurgia de bypass coronário em doentes que interromperam a terapêutica mais de 5
dias antes da cirurgia (4,4% clopidogrel + ácido acetilsalicílico vs 5,3% placebo + ácido
acetilsalicílico). Em doentes que continuaram a terapêutica nos 5 dias anteriores à cirurgia
de bypass coronário, a taxa do efeito foi de 9,6% para o clopidogrel + ácido acetilsalicílico e
6,3% para placebo + ácido acetilsalicílico.
Reacções adversas que ocorreram durante os ensaios clínicos ou que foram notificadas
espontaneamente estão descritas na tabela a seguir. A sua frequência está definida de acordo
com as seguintes convenções: frequentes (≥ 1/100 a < 1/10); pouco frequentes (≥ 1/1000 a
< 1/100); raros (≥ 1/10000 a < 1/1000), muito raros (< 1/10000). Os efeitos indesejáveis são
apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de frequência.
4.9. SOBREDOSAGEM
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Numa análise de subgrupo por tipo de evento incluído (enfarte de miorcárdio, acidente
vascular cerebral isquémico e doença arterial periférica) o benefício parece ser superior
(atingindo um significado estatisticamente relevante de p = 0,003) para os doentes com
doença arterial periférica (particularmente para aqueles também com história de enfarte de
miocárdio) (RRR = 23,7%; IC: 8,9 a 36,2) e mais fraco (mas com uma diferença não
estatisticamente relevante da apresentada pelo ácido acetilsalicílico) nos doentes com
acidente vascular cerebral (RRR = 7,3%; IC: -5,7 a 18,7 [p = 0,258]). Nos doentes
admitidos no ensaio apenas com história de enfarte de miocárdio recente, o clopidogrel
revelou resultados numéricos inferiores, mas não estatisticamente diferentes dos revelados
pelo ácido acetilsalicílico (RRR = -4,0%; IC: -22,5 a 11,7 [p = 0,639]). Como complemento,
a análise a um subgrupo definido pela idade dos doentes sugere que o clopidogrel apresenta
efeitos benéficos mais relevantes em doentes com idades ≤ 75 anos.
Uma vez que o estudo CAPRIE não foi desenhado para avaliar a eficácia em subgrupos
individuais, não é claro se as diferenças encontradas na redução do risco relativo, avaliadas
numa perspectiva das condições de inclusão, são reais ou resultado do acaso.
Síndrome coronária aguda
O estudo CURE incluiu 12 562 doentes com síndrome coronária aguda sem elevação do
segmento ST (angina instável ou enfarte de miocárdio sem onda Q) e que eram incluídos
num prazo de 24 horas após o início do episódio mais recente da dor no peito ou sintomas
consistentes com isquémia. Os doentes teriam de apresentar alterações no ECG compatíveis
com nova isquémia ou elevação das enzimas cardíacas, troponina I ou T até pelo menos
duas vezes acima do limite normal. Os doentes foram aleatorizados para o clopidogrel (dose
de carga de 300 mg seguida de 75 mg/dia, N=6 259) ou placebo (N=6 303, ambos
administrados concomitantemente com o ácido acetilsalicílico (75-325 mg uma vez por dia)
e outras terapêuticas padrão. Os doentes foram tratados durante um ano. Foram
administradas heparinas em mais de 90% dos doentes, não tendo sido afectada de forma
significativa a taxa relativa de hemorragias entre o clopidogrel e o placebo pela terapêutica
concomitante com heparina.
O número de doentes que atingiram o objectivo primário combinado (morte CV, EM,
acidente vascular cerebral ou isquémia refractária) foi de 1035 (16,5%) no grupo tratado
com o clopidogrel e 1187 (18,8%) no grupo tratado com placebo e uma redução do risco
relativo de 14% (IC 95% de 6%-21%; p=0,0005) para o grupo tratado com clopidogrel. Este
benefício deve-se em grande parte à redução estisticamente significativa na incidência de
EM [287 (4,6%) no grupo tratado com clopidogrel e 363 (5,8%) no grupo tratado com
placebo]. Não se observou qualquer efeito na taxa de hospitalização por angina instável.
Em doentes com enfarte do miocárdio com elevação do segmento ST, foram avaliadas a
segurança e eficácia do clopidogrel em dois ensaios clínicos, o CLARITY e o COMMIT,
randomizados, controlados por placebo e de dupla ocultação.
O ensaio clínico CLARITY incluiu 3 491 doentes no prazo de 12 horas após o início do
enfarte do miocárdio com elevação do segmento ST e orientados para a terapêutica com
trombolíticos. Os doentes receberam clopidogrel (300 mg de dose de carga, seguidos de 75
mg/dia; n=1752) ou placebo (n=1739), ambos em associação com AAS (150 a 325 mg de
dose de carga, seguidos de 75 a 162 mg/dia), um agente fibrinolítico e, quando apropriado,
heparina. Os doentes foram acompanhados durante 30 dias. O objectivo primário foi a
ocorrência do composto de uma artéria ocluída relacionado com enfarte no angiograma no
momento pré-alta ou morte ou enfarte do miocárdio recorrente antes da angiografia
coronária.
Para doentes que não realizaram uma angiografia, o objectivo primário foi a morte ou
enfarte do miocárdio recorrente por volta do Dia 8 ou da alta hospitalar. A população de
doentes incluiu 19,7% de mulheres e 29,2% de doentes com idade igual ou superior a 65
anos. Um total de 99,7% dos doentes recebeu fibrinolíticos (68,7% específicos para a
fibrina e 31,1% não específicos para a fibrina); 89,5% heparina; 78,7% bloqueadores beta;
54,7% IECAs e 63% estatinas.
Quinze por cento (15,0%) dos doentes do grupo do clopidogrel e 21,7% no grupo do
placebo alcançaram o objectivo primário, representando uma redução absoluta de 6,7% e
36% de redução da vantagem a favor do clopidogrel (95% IC: 24 - 47%, p <0,001), na sua
maioria devido a uma diminuição das artérias ocluídas relacionado com o enfarte. Este
benefício foi consistente ao longo de todos os subgrupos predefinidos segundo a idade e
sexo dos doentes, localização do enfarte e tipo de fibrinolíticos ou heparina usados.
O desenho factorial 2x2 do ensaio clínico COMMIT incluiu 45 852 no prazo de 24 horas
após o início dos sintomas suspeitos de enfarte do miocárdio confirmado por um
electrocardiograma anormal (isto é elevação do segmento ST, depressão do segmento ST ou
bloqueio do ramo esquerdo). Os doentes receberam clopidogrel (75 mg/dia; n=22 961) ou
placebo (n=22 891), em associação com o AAS (162 mg/dia), durante 28 dias ou até à alta
hospitalar. Os objectivos co-primários foram a morte por qualquer causa e a primeira
ocorrência de um novo enfarte, síncope ou morte. A população incluiu 27,8% de mulheres,
58,4% de doentes com idade igual ou superior a 60 anos (26% ≥ 70 anos) e 54,5% de
doentes a receberem fibrinolíticos.
O clopidogrel reduziu significativamente o risco relativo de morte por qualquer causa em
7% (p=0,029) e o risco relativo da associação de um novo enfarte, síncope ou morte em 9%
(p=0,02), representando uma redução absoluta de 0,5% e 0,9% respectivamente. Este
benefício foi consistente em todas as idades, para ambos os sexos e com ou sem
fibrinolíticos e foi observado nas primeiras 24 horas.
Em seres humanos, após uma dose oral de clopidogrel marcado radioactivamente através do
14
C, verificou-se uma taxa de excreção urinária de aproximadamente 50% e fecal de
aproximadamente 46%, nas 120 horas posteriores à administração da dose. A semi-vida de
eliminação do principal metabolito circulante foi de 8 horas, quer após a administração de
dose única, quer após a administração de doses repetidas.
Durante a fase de estudos não clínicos executada em ratos e babuínos, os efeitos mais
frequentemente observados foram alterações hepáticas. Estes ocorrem com doses pelo
menos 25 vezes superiores ao nível de exposição humana, com uma dose de 75 mg/dia, e
foram uma consequência do efeito nas enzimas metabolizantes hepáticas. Não se verificou
efeito nas enzimas metabolizantes hepáticas em seres humanos, em indivíduos submetidos
a uma dose terapêutica de clopidogrel.
Para doses muito elevadas foi notificada, para o rato e para o babuíno, uma baixa tolerância
gástrica ao clopidogrel (gastrite, erosões gástricas e/ou vómitos).
O clopidogrel foi testado numa gama de estudos de genotoxicidade in vitro e in vivo, onde
demonstrou não possuir actividade genotóxica.
Não foi observado qualquer efeito do clopidogrel na fertilidade do rato macho e fêmea e
também não se revelou teratogénico quer no rato quer no coelho. Quando administrado no
rato em amamentação, o clopidogrel causou um ligeiro atraso no desenvolvimento da
ninhada. Estudos específicos de farmacocinética, efectuados com clopidogrel marcado
radioactivamente, mostraram que o composto de origem ou os seus metabolitos são
excretados pelo leite. Consequentemente, um efeito directo (toxicidade moderada), ou um
efeito indirecto (menor palatibilidade), não podem ser excluídos.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.2. INCOMPATIBILIDADES
Não aplicável.
2 anos
Blisters de OPA/Alu/PVC-Alu.
Embalagens contendo 14, 20, 28, 30, 56, 60 comprimidos revestidos por película.
N.º de registo 5207535 no Infarmed: 14 comprimidos revestidos por película, 75 mg, blister
de OPA/Alu/PVC-Alu
N.º de registo 5207543 no Infarmed: 20 comprimidos revestidos por película, 75 mg, blister
de OPA/Alu/PVC-Alu
N.º de registo 5207550 no Infarmed: 28 comprimidos revestidos por película, 75 mg, blister
de OPA/Alu/PVC-Alu
N.º de registo 5207568 no Infarmed: 30 comprimidos revestidos por película, 75 mg, blister
de OPA/Alu/PVC-Alu
N.º de registo 5207576 no Infarmed: 56 comprimidos revestidos por película, 75 mg, blister
de OPA/Alu/PVC-Alu
N.º de registo 5207600 no Infarmed: 60 comprimidos revestidos por película, 75 mg, blister
de OPA/Alu/PVC-Alu
06/2010
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Excipiente(s):
Irbesartan Sandoz 75 mg Comprimidos revestidos por película
6,463 mg de lactose mono-hidratada.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Irbesartan Sandoz 150 mg Comprimidos revestidos por película são comprimidos revestidos
por película brancos, ovais, biconvexos, com a gravação “150” de um lado e ranhurado no
outro lado.
A ranhura destina-se apenas a facilitar a quebra para facilitar a deglutição e não a dividir em
doses iguais.
1
Irbesartan Sandoz 300 mg Comprimidos revestidos por película são comprimidos revestidos
por película brancos, ovais, biconvexos, com a gravação “300” de um lado e ranhurado no
outro lado.
A ranhura destina-se apenas a facilitar a quebra para facilitar a deglutição e não a dividir em
doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Tratamento da doença renal em doentes com hipertensão e diabetes mellitus tipo 2 como parte
de um regime farmacológico anti-hipertensivo (ver secção 5.1).
A dose inicial recomendada usual e a dose de manutenção são de 150 mg, uma vez por dia. O
irbesartan numa dose de 150 mg uma vez por dia proporciona geralmente um melhor controlo
da pressão arterial nas 24 horas do que a dose de 75 mg. No entanto, pode considerar-se o
início da terapêutica com 75 mg, em particular nos doentes hemodializados e nos idosos com
mais de 75 anos.
Nos doentes não adequadamente controlados com 150 mg uma vez por dia, a dose de
irbesartan pode ser aumentada para 300 mg, ou podem adicionar-se outros antihipertensores.
Em particular, a adição de um diurético como a hidroclorotiazida tem apresentado um efeito
aditivo com o irbesartan (ver secção 4.5).
Nos doentes com diabetes do tipo 2 hipertensos, a terapêutica deve ser iniciada com 150 mg
de irbesartan uma vez por dia e ajustada até 300 mg uma vez por dia, como dose de
manutenção preferível para o tratamento da doença renal.
Insuficiência renal
Não é necessário um ajuste posológico em doentes com insuficiência renal. Uma dose inicial
mais baixa (75 mg) deve ser considerada nos doentes em hemodiálise.
Insuficiência hepática
Não é necessário um ajuste posológico em doentes com insuficiência hepática ligeira a
moderada. Não há experiência clínica em doentes com insuficiência hepática grave.
Doentes idosos
Se bem que se deva considerar o início do tratamento com 75 mg em doentes com mais de 75
anos, habitualmente não é necessário o ajuste posológico nos idosos.
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A utilização de irbesartan em crianças e adolescentes não é recomendada por não existirem
dados suficientes sobre segurança e eficácia (ver secções 4.8, 5.1 e 5.2).
Método de administração
Irbesartan Sandoz deve ser tomado uma vez por dia com ou sem alimentos.
4.3 Contra-indicações
Hipertensão renovascular
Existe um risco acrescido de hipotensão grave e de insuficiência renal quando doentes com
estenose arterial renal bilateral ou estenose da artéria que irriga um único rim funcionante são
tratados com medicamentos que afectam o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Apesar
deste efeito não estar documentado com irbesartan, pode ser antecipado um efeito semelhante
com os antagonistas dos receptores da angiotensina-II.
Hipercaliemia
Tal como outros medicamentos que afectam o sistema renina-angiotensina-aldosterona, pode
ocorrer hipercaliemia durante o tratamento com irbesartan, especialmente em presença de
insuficiência renal, proteinúria evidente devida a doença renal diabética, e/ou insuficiência
cardíaca. Recomenda-se a monitorização cuidadosa do potássio sérico nos doentes em risco
(ver secção 4.5).
Aldosteronismo primário
3
Os doentes com aldosteronismo primário não respondem geralmente aos medicamentos
antihipertensores que actuam por inibição do sistema renina-angiotensina. Assim, não se
recomenda o uso de irbesartan.
Lítio
Não se recomenda a associação de lítio e irbesartan (ver secção 4.5).
Gravidez
Os inibidores da ECA ou os antagonistas dos receptores da angiotensina II (ARAIIs) não
devem ser iniciados durante a gravidez. As doentes a planear engravidar devem ser mudadas
para tratamentos antihipertensores alternativos, com um perfil de segurança estabelecido para
utilização na gravidez, a não ser que a terapêutica continuada com inibidores da ECA/ARAIIs
seja considerada essencial. Quando é diagnosticada uma gravidez, o tratamento com
inibidores da ECA/ARAIIs deve ser interrompido imediatamente, e, se apropriado, deve ser
iniciada uma terapêutica alternativa (ver secções 4.3 e 4.6).
Advertências gerais
Em doentes cujo tónus vascular e função renal dependem predominantemente da actividade
do sistema renina-angiotensina-aldosterona (por exemplo, doentes com insuficiência cardíaca
congestiva grave ou doença renal subjacente, incluindo estenose arterial renal), o tratamento
com inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou com antagonistas dos receptores
da angiotensina-II que afectam este sistema foi associado a hipotensão aguda, azotemia,
oligúria e, raramente, a insuficiência renal aguda. Tal como com qualquer antihipertensor, a
redução excessiva da pressão arterial em doentes com cardiopatia isquémica ou doença
isquémica cardiovascular pode conduzir a enfarte do miocárdio ou a acidente vascular
cerebral.
Lactose
Irbesartan Sandoz contém lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp, ou malabsorção glucose-galactose,
não devem tomar este medicamento.
4
Suplementos de potássio e diuréticos poupadores do potássio
Tendo por base a experiência com o uso de outros medicamentos que afectam o sistema
renina-angiotensina, o uso concomitante de diuréticos poupadores do potássio, suplementos
do potássio, substitutos de sal contendo potássio ou outros medicamentos que podem
aumentar os níveis séricos do potássio (por exemplo, heparina) pode levar a aumentos do
potássio sérico e não são, consequentemente, recomendados (ver secção 4.4).
Lítio
Durante a administração concomitante de lítio com inibidores da enzima de conversão da
angiotensina foram referidos aumentos reversíveis nas concentrações séricas de lítio e
toxicidade. Até ao momento foram notificados, muito raramente, efeitos semelhantes com o
irbesartan. Consequentemente, não se recomenda esta associação (ver secção 4.4). Caso a
associação seja necessária, recomenda-se a monitorização cuidadosa dos níveis séricos do
lítio.
5
diagnosticada uma gravidez, o tratamento com ARAIIs deve ser interrompido imediatamente,
e, se apropriado, deve ser iniciada uma terapêutica alternativa.
Sabe-se que a exposição à terapêutica com ARAIIs durante o segundo e o terceiro trimestre da
gravidez induz fetotoxicidade humana (diminuição da função renal, oligoidrâmnios, atraso na
ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia)
(ver
secção 5.3).
Caso tenha ocorrido exposição aos ARAIIs a partir do segundo trimestre da gravidez,
recomenda-se uma avaliação da função renal e do crânio por ultra-sons.
Os lactentes cujas mães tenham tomado ARAIIs devem ser cuidadosamente observados
quanto a hipotensão (ver também secções 4.3 e 4.4).
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Com base
nas suas propriedades farmacodinâmicas, não é provável que o Irbesartan Sandoz afecte esta
capacidade. Quando se conduz ou trabalha com máquinas deve ter-se em atenção que durante
o tratamento podem ocorrer tonturas ou fadiga.
Hipertensão
Nos ensaios controlados por placebo em doentes com hipertensão, a incidência global de
acontecimentos adversos não diferiu entre os grupos com irbesartan (56,2%) e os grupos com
placebo (56,5%). A interrupção por acontecimentos adversos, quer clínicos quer laboratoriais,
foi menos frequente nos doentes tratados com irbesartan (3,3%) do que nos doentes tratados
com placebo (4,5%). A incidência de acontecimentos adversos não foi relacionada com a dose
(no intervalo das doses recomendadas), o sexo, a idade, a raça ou a duração do tratamento.
Nos ensaios controlados por placebo, nos quais 1.965 doentes receberam irbesartan, foram
notificadas as seguintes reacções adversas medicamentosas.
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Doenças dos órgãos genitais e da mama Pouco frequente Disfunção sexual
Perturbações gerais e alterações no local Frequente Fadiga
de administração Pouco frequente Dor torácica
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quinase), cãibras musculares
Doenças renais e urinárias Desconhecida Insuficiência renal incluindo
casos de falha renal em doentes
em risco (ver secção 4.4)
Afecções dos tecidos cutâneos e Desconhecida Vasculite leucocitoclástica
subcutâneos
Doentes pediátricos/adolescentes
Num ensaio aleatorizado em 318 crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade, hipertensos,
na fase em dupla ocultação de 3 semanas ocorreram os seguintes acontecimentos adversos
relacionados: cefaleias (7,9 %), hipotensão (2,2 %), tonturas (1,9 %), tosse (0,9 %). No
período de 26 semanas sem ocultação deste ensaio, as alterações laboratoriais observadas com
maior frequência foram aumentos de creatinina (6,5 %) e valores de CK elevados em 2 % das
crianças tratadas.
4.9 Sobredosagem
Sintomas
A experiência em adultos expostos a doses até 900 mg/dia durante 8 semanas não revelou
toxicidade. As manifestações mais prováveis de sobredosagem são hipotensão e taquicardia;
com a sobredosagem pode ocorrer também bradicardia.
Tratamento
Não está disponível informação específica sobre o tratamento da sobredosagem com
irbesartan. O doente deve ser sujeito a vigilância clínica, com tratamento sintomático e de
suporte. As medidas sugeridas incluem a indução do vómito e/ou lavagem gástrica. O carvão
activado pode ser útil no tratamento da sobredosagem. O irbesartan não é removido por
hemodiálise.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Hipertensão
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O irbesartan reduz a pressão arterial com alteração mínima da frequência cardíaca. A redução
da pressão arterial é dependente da dose para as doses diárias únicas, com tendência para
estabilizar com doses superiores a 300 mg. As doses de 150-300 mg uma vez ao dia reduzem
a pressão arterial no vale (24 horas pós-dose) em qualquer posição, em média cerca de 8-13/5-
8 mm Hg (sistólica/diastólica) superiores às reduções associadas com o placebo.
A eficácia de irbesartan não é influenciada pela idade ou pelo sexo. Tal como se verifica com
outros medicamentos que afectam o sistema renina-angiotensina, os doentes hipertensos de
raça negra têm nitidamente uma resposta inferior à monoterapia com irbesartan. Quando o
irbesartan é administrado concomitantemente com uma dose baixa de hidroclorotiazida
(ex.12,5 mg por dia), a resposta anti-hipertensiva é semelhante nos doentes negros e não
negros.
Não há efeitos clinicamente importantes sobre o ácido úrico sérico ou a secreção urinária de
ácido úrico.
A redução da pressão arterial com doses alvo ajustadas de irbesartan de 0,5 mg/kg (baixa), 1,5
mg/kg (média) e 4,5 mg/kg (elevada) foi avaliada em 318 crianças e adolescentes de 6 a 16
anos de idade, hipertensos ou em risco (diabéticos, história familiar de hipertensão), durante
um período de três semanas. No final das três semanas a redução média do basal na variável
primária de eficácia, a pressão sanguínea sistólica de vale na posição sentada (SeSBP) foi de
11,7 mmHg (dose baixa), 9,3 mmHg (dose média), 13,2 mmHg (dose elevada). Não houve
aparentemente diferença significativa entre estas doses. A variação média ajustada da pressão
sanguínea diastólica de vale na posição sentada (SeDBP) foi a seguinte: 3,8 mmHg (dose
baixa), 3,2 mmHg (dose média), 5,6 mmHg (dose elevada). Durante um período subsequente
de duas semanas em que os doentes foram re-aleatorizados para medicamento activo ou
placebo, os doentes a receber placebo tiveram aumentos de 2,4 mmHg e de 2,0 mmHg na
SeSBP e SeDBP, respectivamente, em comparação com as variações de + 0,1 e - 0,3 mmHg
nos doentes a receber todas as doses de irbesartan (ver secção 4.2).
9
e placebo quanto a morbilidade e mortalidade. Em 1715 doentes com hipertensão, diabetes do
tipo 2, proteinúria ≥ 900 mg/dia e creatinina sérica entre 1,0-3,0 mg/dl, foram avaliados os
efeitos de irbesartan a longo prazo (média 2,6 anos) na progressão da doença renal e em todas
as causas de mortalidade. As doses foram ajustadas, de acordo com a tolerância, de 75 mg até
uma dose de manutenção de 300 mg de irbesartan, de 2,5 mg até 10 mg de amlodipina, ou
placebo. Em todos os grupos de tratamento os doentes receberam entre 2 e 4 fármacos anti-
hipertensivos (e.g. diuréticos, bloqueadores beta, bloqueadores alfa) para atingir a pressão
sanguínea pré-definida de ≤ 135/85 mm Hg ou uma redução de 10 mm Hg na pressão sistólica
se o basal fosse > 160 mm Hg. Sessenta por cento (60%) dos doentes no grupo placebo
atingiram esta pressão sanguínea, enquanto nos grupos de irbesartan e amlodipina esta
percentagem foi de 76% e 78%, respectivamente. O irbesartan reduziu significativamente o
risco relativo no endpoint primário combinado de duplicar a creatinina sérica, doença renal
terminal ou todas as causas de mortalidade. Aproximadamente 33% dos doentes no grupo do
irbesartan atingiram o endpoint primário renal composto em comparação com 39% e 41% nos
grupos do placebo e amlodipina [20% redução do risco relativo versus placebo (p = 0,024) e
23% redução do risco relativo em comparação com a amlodipina (p = 0,006)]. Quando foram
analisados os componentes individuais do endpoint primário, não foi observado efeito em
todas as causas de mortalidade, enquanto se observou uma tendência positiva na redução na
doença renal terminal e uma redução significativa na duplicação da creatinina sérica.
Foram avaliados subgrupos de género, raça, idade, duração da diabetes, pressão sanguínea
basal, creatinina sérica e taxa de excreção da albumina. Nos subgrupos de sexo feminino e
raça negra que representaram 32% e 26%, respectivamente, da população total do estudo, não
foi evidente um benefício renal, apesar de os intervalos de confiança não o excluírem. Quanto
ao endpoint secundário de acontecimentos cardiovasculares fatais e não fatais, não houve
diferença entre os três grupos da população total, apesar de ter sido observada um aumento da
incidência de enfarte do miocárdio não fatal para o sexo feminino e uma diminuição da
incidência de enfarte do miocárdio não fatal para o sexo masculino no grupo do irbesartan
versus placebo. Foi observado um aumento da incidência de enfarte do miocárdio não fatal e
de acidente vascular cerebral no sexo feminino no regime com irbesartan versus a amlodipina,
enquanto a hospitalização devida a insuficiência cardíaca foi reduzida na população total. No
entanto, não foi encontrada uma explicação para estes achados no sexo feminino.
10
(< 30 mg/dia) foi mais frequente no grupo de 300 mg de irbesartan (34%) do que no grupo do
placebo (21%).
Absorção e distribuição
Após a administração oral, o irbesartan é bem absorvido: os estudos de biodisponibilidade
absoluta apresentaram valores de cerca de 60-80%. A administração concomitante com os
alimentos não influencia de modo significativo a biodisponibilidade do irbesartan. A ligação
às proteínas plasmáticas é de cerca de 96%, com ligação negligenciável aos componentes
sanguíneos celulares.
O volume de distribuição é de 53-93 litros. Após a administração oral e intravenosa do
irbesartan marcado com 14C, 80 a 85% da radioactividade plasmática circulante é atribuída ao
irbesartan inalterado.
O irbesartan apresenta uma farmacocinética linear e proporcional à dose para a gama de doses
de 10 a 600 mg. Foi observado um aumento menos que proporcional na absorção oral com
doses superiores a 600 mg (duas vezes a dose máxima recomendada); o mecanismo para este
efeito é desconhecido. As concentrações plasmáticas máximas obtêm-se ao fim de 1,5 a 2
horas após a administração oral. A depuração total e a depuração renal são de 157-176 ml/min
e de 3-3,5 ml/min, respectivamente. A semi-vida de eliminação terminal do irbesartan é de
11-15 horas. As concentrações plasmáticas no estado estacionário são obtidas 3 dias após o
início de um regime posológico de uma vez ao dia. Acumulação limitada de irbesartan (<
20%) observa-se no plasma após doses diárias repetidas uma vez ao dia. Num estudo foram
observadas concentrações plasmáticas de irbesartan ligeiramente mais altas em doentes
hipertensos do sexo feminino. Contudo, não houve diferenças na semi-vida e na acumulação
do irbesartan. Não é necessário o ajuste posológico nos doentes do sexo feminino. Os valores
da AUC e Cmáx do irbesartan eram também ligeiramente mais elevados nos indivíduos idosos
(≥ 65 anos) do que nos indivíduos jovens (18-40 anos); contudo, a semi-vida terminal não foi
alterada de modo significativo. Não é necessário o ajuste posológico nos doentes idosos.
Metabolismo e eliminação
O irbesartan é metabolizado pelo fígado por conjugação glucorónica e oxidação. O principal
metabolito em circulação é o glucuronido de irbesartan (cerca de 6%). Estudos in vitro
indicam que o irbesartan é oxidado primariamente pela enzima CYP2C9 do citocromo P450;
a isoenzima CYP3A4 tem efeitos que são de desprezar.
O irbesartan e os seus metabolitos são eliminados tanto pela via biliar como renal. Após a
administração oral ou IV do irbesartan marcado com 14C, cerca de 20% da radioactividade é
recuperada na urina e o restante nas fezes. Menos de 2% da dose é excretada na urina na
forma
inalterada.
Populações especiais
Pediátrica: a farmacocinética do irbesartan foi avaliada em 23 crianças hipertensas após a
administração de doses diárias únicas e múltiplas de irbesartan (2 mg/kg) até uma dose diária
máxima de 150 mg durante quatro semanas. Destas 23 crianças, 21 foram avaliáveis para
comparação da farmacocinética com adultos (doze crianças tinham mais de 12 anos, nove
crianças tinham entre 6 e 12 anos). Os resultados mostraram que as taxas de Cmáx, AUC e
depuração foram comparáveis às observadas nos doentes adultos a receber 150 mg diários de
11
irbesartan. Após administração diária única repetida foi observada uma acumulação limitada
de irbesartan (18 %) no plasma.
Não houve evidência de toxicidade sistémica anormal ou de toxicidade nos orgãos-alvo com
doses clinicamente relevantes. Nos estudos de segurança não-clínica, doses altas de irbesartan
(≥ 250 mg/kg/dia em ratos e ≥ 100 mg/kg/dia em macacos) causaram uma redução nos
parâmetros relacionados com os glóbulos vermelhos (eritrócitos, hemoglobina, hematócrito).
Em doses muito elevadas (≥ 500 mg/kg/dia) o irbesartan induziu alterações degenerativas ao
nível do rim (tais como nefrite intersticial, distensão tubular, túmulos basófilos, concentrações
plasmáticas elevadas da ureia e creatinina) no rato e no macaco que são consideradas
secundárias aos efeitos hipotensivos do medicamento o que conduz a perfusão renal
diminuída. Além disso, o irbesartan induziu hiperplasia/hipertrofia das células justa-
glomerulares (em ratos com ≥ 90 mg/kg/dia e em macacos com ≥ 10 mg/kg/dia). Todas estas
alterações foram consideradas como sendo causadas pela acção farmacológica do irbesartan.
Para as doses terapêuticas de irbesartan no ser humano, a hiperplasia/hipertrofia das células
justa-glomerulares renais não parece ter qualquer significado.
Os estudos animais com o irbesartan mostraram efeitos tóxicos transitórios (cavidade pélvica
renal aumentada, hidroureter ou edema subcutâneo) em fetos de rato, os quais foram
resolvidos após o nascimento. No coelho foi observado aborto ou reabsorção precoce com
doses que provocavam toxicidade materna significativa, incluindo morte. Não foram
observados efeitos teratogénicos no rato e no coelho.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Núcleo do comprimido
Celulose microcristalina
Lactose mono-hidratada
Croscarmelose sódica
Sílica coloidal anidra
Hipromelose
Estearato de magnésio
12
Lactose mono-hidratada
Dióxido de titânio (E171)
Talco
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
2 anos
Blisters em oPA/Al/PVC//Al e PVC/PVDC//Al: 7, 10, 14, 20, 28, 30, 56, 60, 84, 90, 98 e 100
comprimidos revestidos por película.
Blisters em oPA/Al/PVC//Al e PVC/PVDC//Al em dose unitária: 56x1 e 100x1 comprimidos
revestidos por película.
Frascos em HDPE com tampa de rosca em PP: 100 e 250 comprimidos revestidos por
película.
13
Blister Alu/PVC/PVdC 14 unidades: 5239223
Blister Alu/PVC/PVdC 28 unidades: 5239231
Blister OPA/Alu/PVC-Alu 14 unidades: 5239306
Blister OPA/Alu/PVC-Alu 28 unidades: 5239314
27-10-2009
Outubro de 2009
14
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
10 mg: comprimidos revestidos por película ovais, rosa pálido, ranhurados, convexos,
gravados com SIM 10 numa das faces.
20 mg: comprimidos revestidos por película ovais, laranja, ranhurados, convexos, gravados
com SIM 20 numa das faces.
40 mg: comprimidos revestidos por película ovais, rosa, ranhurados, convexos, gravados com
SIM 40 numa das faces.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Hipercolesterolemia
Tratamento da hipercolesterolemia primária ou da dislipidemia mista, como adjuvante da
dieta, sempre que a resposta à dieta e a outros tratamentos não farmacológicos (ex. exercício
físico, perda de peso) for inadequada.
Prevenção cardiovascular
Redução da mortalidade e morbilidade cardiovasculares em doentes com doença
cardiovascular aterosclerótica evidente ou com diabetes mellitus, quer tenham níveis de
1
colesterol normais ou aumentados, como adjuvante da correcção de outros factores de risco e
de outras terapêuticas cardioprotectoras (ver secção 5.1).
O intervalo posológico é de 5-80 mg/dia administrados por via oral numa dose única à noite.
Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos em intervalos não inferiores a 4
semanas, até um máximo de 80 mg/dia administrados em dose única à noite. As doses de 60
mg e 80 mg são apenas recomendadas em doentes com hipercolesterolemia grave e em risco
elevado de complicações cardiovasculares.
Hipercolesterolemia
O doente deve estar a fazer uma dieta padronizada para a redução do colesterol, e deverá
continuar com esta dieta durante o tratamento com sinvastatina. A dose inicial habitual é de
10-20 mg/dia administrados em dose única à noite. Os doentes que necessitem de uma grande
redução do C-LDL (mais de 45 %) podem iniciar a terapêutica com 20-40 mg/dia em dose
única administrada à noite. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efectuados da
forma anteriormente especificada.
Prevenção cardiovascular
A dose habitual de sinvastatina é de 20 a 40 mg/dia, em toma única à noite, nos doentes em
elevado risco de doença cardíaca coronária (doença cardíaca coronária com ou sem
hiperlipidémia). A terapêutica farmacológica poderá ser iniciada em simultâneo com a dieta e
o exercício físico. Os ajustes posológicos, se necessários, devem ser efectuados da forma
anteriormente especificada.
Terapêutica concomitante
Sinvastatina é eficaz isoladamente ou em associação com sequestrantes dos ácidos biliares. A
administração deve ocorrer 2 horas antes ou > 4 horas após a administração de um
sequestrante dos ácidos biliares.
Nos doentes a tomar ciclosporina, danazol, genfibrozil, outros fibratos (excepto o fenofibrato)
ou doses hipolipemiantes (≥ 1 g/dia) de niacina concomitantemente com sinvastatina, a dose
de sinvastatina não deve exceder 10 mg/dia. Em doentes a tomar amiodarona ou verapamil
concomitantemente com sinvastatina, a dose de sinvastatina não deverá exceder 20 mg/dia
(ver secções 4.4 e 4.5).
2
O intervalo posológico recomendado é de 10-40 mg/dia, a dose máxima recomendada é de 40
mg/dia. As doses devem ser individualizadas de acordo com o objectivo terapêutico
recomendado, tal como recomendado pelas recomendações de tratamento pediátrico (ver
secções 4.4 e 5.1). Os ajustes devem ser feitos em intervalos de 4 semanas ou mais.
4.3 Contra-indicações
Miopatia/Rabdomiólise
A sinvastatina, tal como outros inibidores da redutase da HMG-CoA, provoca ocasionalmente
miopatia que se manifesta como dor, sensibilidade ou fraqueza musculares com elevações de
creatinaquinase (CK) mais de dez vezes superiores ao limite superior da normalidade (LSN).
Por vezes a miopatia toma a forma de rabdomiólise, com ou sem insuficiência renal aguda
secundária a mioglobinúria, tendo ocorrido muito raramente casos de morte. O risco de
miopatia é aumentado pelos elevados níveis de actividade inibidora da redutase da HMG-CoA
plasmática.
Medição da creatinaquinase
A creatinaquinase (CK) não deverá ser medida após o exercício físico vigoroso ou na
presença de qualquer outra causa passível de aumentar os níveis de CK, uma vez que isto
torna difícil a interpretação daqueles valores. Se os níveis basais de CK estiverem
significativamente elevados (> 5 x LSN), deverão ser reavaliados após 5 a 7 dias para
confirmar os resultados.
Antes do tratamento
3
Todos os doentes a iniciar terapêutica com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina esteja a
ser aumentada, devem ser avisados sobre o risco de miopatia e aconselhados a relatar de
imediato qualquer dor, sensibilidade ou fraqueza musculares que ocorram sem explicação.
A prescrição de sinvastatina deve ser feita com precaução em doentes com factores
predisponentes para rabdomiólise. Os níveis de CK devem ser avaliados antes do início da
terapêutica com sinvastatina, para estabelecer um valor de referência basal, nas seguintes
situações:
Durante o tratamento
Se ocorrer dor, fraqueza ou cãibras musculares durante o tratamento com uma estatina, os
níveis de CK devem ser medidos. Se estes níveis estiverem significativamente elevados (> 5 x
LSN), na ausência de exercício físico vigoroso, o tratamento deverá ser interrompido. Se os
sintomas musculares forem graves e causarem desconforto diário, ainda que os níveis de CK
sejam < 5 x LSN, deverá ser considerada a descontinuação do tratamento. Se houver suspeita
de miopatia por qualquer outra razão, o tratamento deve ser descontinuado.
A terapêutica com sinvastatina deve ser temporariamente interrompida durante alguns dias
antes de grande cirurgia electiva e quando surjam estados médicos ou cirúrgicos graves.
Medidas para reduzir o risco de miopatia causado pelas interacções medicamentosas (ver
secção 4.5)
O risco de miopatia e rabdomiólise está significativamente aumentado pela utilização
concomitante de sinvastatina com inibidores potentes do CYP3A4 (tais como o itraconazol,
cetoconazol, eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do VIH,
nefazodona), assim como com genfibrozil, ciclosporina e danazol (ver secção 4.2).
O risco de miopatia e rabdomiólise está também aumentado pelo uso concomitante de outros
fibratos, doses hipolipemiantes (≥ 1 g/dia) de niacina ou pelo uso concomitante de
amiodarona ou verapamil com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.5).
Ocorre também um ligeiro aumento do risco quando o diltiazem é usado com sinvastatina 80
mg. Não há dados disponíveis no que diz respeito à dose de 60 mg. O risco de miopatia,
incluindo rabdomiólise, pode estar aumentado pela administração concomitante de ácido
fusídico com estatinas (ver secção 4.5).
4
Consequentemente, no que diz respeito aos inibidores do CYP3A4, a utilização concomitante
de sinvastatina com itraconazol, cetoconazol, inibidores da protease do VIH, eritromicina,
claritromicina, telitromicina e nefazodona está contra-indicada (ver secções 4.3 e 4.5). Se o
tratamento com itraconazol, cetoconazol, eritromicina, claritromicina ou telitromicina for
inevitável, a terapêutica com sinvastatina tem que ser interrompida durante o tratamento.
Além disso, deve usar-se de precaução quando se associa a sinvastatina com alguns inibidores
menos potentes do CYP3A4: ciclosporina, verapamil, diltiazem (ver secções 4.2 e 4.5). Deve
ser evitada a ingestão concomitante de sumo de toranja e de sinvastatina.
Deve usar-se de precaução ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez que qualquer
um destes medicamentos administrados isoladamente pode causar miopatia.
Deve ser evitada a utilização combinada de sinvastatina em doses superiores a 20 mg por dia
com amiodarona ou verapamil, excepto se for provável que o benefício clínico supere o risco
aumentado de miopatia (ver secções 4.2 e 4.5).
Caso a combinação seja necessária, os doentes a tomar ácido fusídico e sinvastatina devem ser
cuidadosamente monitorizados (ver secção 4.5). Pode ser considerada a suspensão temporária
do tratamento com sinvastatina.
Efeitos hepáticos
Nos estudos clínicos, ocorreram, num número reduzido de doentes adultos tratados com
sinvastatina, aumentos persistentes (para > 3 x LSN) das transaminases séricas. Quando a
administração de sinvastatina foi interrompida ou suspensa nestes doentes, os níveis de
transaminases baixaram lentamente, de um modo geral, para os níveis anteriores ao
tratamento.
Recomenda-se que sejam realizados testes de função hepática antes do início da terapêutica, e
posteriormente quando indicado clinicamente. Doentes tratados com uma dose de 60 mg ou
80 mg devem fazer um teste adicional antes do início da titulação, 3 meses após a titulação
para a dose de 60 mg ou 80 mg e periodicamente (por ex. semestralmente) no primeiro ano de
tratamento. Deverá ser dada atenção especial aos doentes que registem aumentos dos níveis
das transaminases séricas, e, nestes doentes, as medições deverão ser repetidas de imediato, e
depois realizados mais frequentemente. Se os níveis das transaminases séricas mostrarem
aumentos progressivos, especialmente se aumentarem para mais de 3 x LSN e forem
persistentes, a sinvastatina deverá ser suspensa.
O medicamento deve ser usado com precaução em doentes que consumam quantidades
substanciais de álcool.
Tal como acontece com outros agentes hipolipemiantes, têm sido referidas elevações
moderadas das transaminases séricas (< 3 x LSN) na sequência do tratamento com
sinvastatina. Estas alterações surgiram pouco tempo após o início do tratamento com
sinvastatina, foram geralmente transitórias, não foram acompanhadas de quaisquer sintomas e
não foi necessária a interrupção do tratamento.
5
Utilização em crianças e adolescentes (10-17 anos de idade)
A segurança e eficácia da sinvastatina em doentes com 10-17 anos de idade com
hipercolesterolemia familiar heterozigótica foi avaliada num ensaio clínico controlado em
rapazes adolescentes no Estadio Tanner II e superior e em raparigas com pelo menos um ano
pós-menarca. Os doentes tratados com sinvastatina tiveram um perfil de experiências adversas
geralmente similar aos doentes tratados com placebo. Doses superiores a 40 mg não foram
estudadas nesta população. Neste estudo controlado limitado não houve qualquer efeito
detectável no crescimento ou maturação sexual nos rapazes ou raparigas adolescentes, ou
qualquer efeito na duração do ciclo menstrual em raparigas. (ver secções 4.2, 4.8 e 5.1). As
adolescentes do sexo feminino devem ser aconselhadas a tomar medidas contraceptivas
adequadas durante a terapêutica com sinvastatina (ver secções 4.3 e 4.6). em doentes com
idade < 18 anos, a eficácia e segurança não foram estudadas para períodos de tratamento com
duração > 48 semanas e são desconhecidos os efeitos a longo prazo na maturação física,
intelectual e sexual. A sinvastatina não foi estudada em doentes com menos de 10 anos de
idade nem em crianças pré-púberes e em raparigas pré-menarca.
Excipientes:
Este produto contém lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à
galactose, deficiência em lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não devem
tomar este medicamento.
Interacções farmacodinâmicas
Interacções farmacocinéticas
6
Medicamentos que interagem Recomendação
Inibidores potentes do CYP3A4: Contra-indicado com sinvastatina
Itraconazol
Cetoconazol
Eritromicina
Claritromicina
Telitromicina
Inibidores da protease do VIH
Nefazodona
Gemfibrozil Evitar, mas se necessário não exceder 10 mg
diários.
Ciclosporina Não exceder 10 mg de sinvastatina
Danazol diariamente
Outros fibratos (excepto fenofibratos)
Niacina (≥1 g/dia)
Amiodarona Não exceder 20 mg de sinvastatina
Verapamil diariamente
Diltiazem Não exceder 40 mg de sinvastatina
diariamente
Ácido fusídico Os doentes devem ser cuidadosamente
monitorizados. Pode ser considerada a
suspensão temporária do tratamento com
sinvastatina.
Sumo de toranja Evitar tomar sumo de toranja em simultâneo
com sinvastatina.
Ciclosporina
O risco de miopatia/rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
ciclosporina, particularmente com doses mais elevadas de sinvastatina (ver secções 4.2 e 4.4).
Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 10 mg por dia em doentes a
tomar concomitantemente ciclosporina. Apesar de o mecanismo não ser totalmente
7
compreendido, a ciclosporina aumenta a AUC do ácido da sinvastatina, possivelmente devido,
em parte, à inibição do CYP3A4.
Danazol
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pelo uso simultâneo com danazol com
doses mais elevadas de sinvastatina (ver secção 4.2 e 4.4).
Genfibrozil
O genfibrozil aumenta a AUC do ácido da sinvastatina em 1,9 vezes, possivelmente devido à
inibição da via metabólica de glucoronidação (ver secções 4.2 e 4.4).
Amiodarona e verapamil
O risco de miopatia e rabdomiólise está aumentado pela administração concomitante de
amiodarona ou verapamil com doses superiores de sinvastatina (ver secção 4.4). Num ensaio
clínico em curso, foi relatada miopatia em 6 % dos doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e
amiodarona.
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de
aproximadamente 1 % em doentes a tomar 40 mg ou 80 mg de sinvastatina e verapamil. Num
estudo de farmacocinética, a administração concomitante com verapamil resultou num
aumento de 2,3 vezes da exposição ao ácido da sinvastatina, possivelmente devido, em parte,
à inibição do CYP3A4. Consequentemente, a dose de sinvastatina não deve exceder 20 mg
por dia em doentes a tomar concomitantemente amiodarona ou verapamil, excepto se for
provável que o benefício clínico ultrapasse o risco aumentado de miopatia e rabdomiólise.
Diltiazem
Uma análise dos ensaios clínicos disponíveis mostrou uma incidência de miopatia de 1 % em
doentes a tomar 80 mg de sinvastatina e diltiazem. O risco de miopatia em doentes a tomar 40
mg de sinvastatina não foi aumentado pelo uso concomitante de diltiazem (ver secção 4.4).
Ácido fusídico
O risco de miopatia pode estar aumentado pela administração concomitante de ácido fusídico
com estatinas, incluindo sinvastatina. Foram reportados casos isolados de rabdomiólise com
sinvastatina. Pode ser considerada a suspensão temporária do tratamento com sinvastatina. Os
doentes tratados com ácido fusídico e sinvastatina devem ser cuidadosamente monitorizados
se a administração de ambos os medicamentos for comprovadamente necessária (ver secção
4.4).
Sumo de toranja
O sumo de toranja inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de grandes
quantidades (mais de 1 litro por dia) de sumo de toranja e sinvastatina resultou num aumento
de 7 vezes na exposição ao ácido da sinvastatina. A ingestão de 240 ml de sumo de toranja de
manhã e de sinvastatina à noite, resultou também num aumento de 1,9 vezes. Logo, deve ser
evitada a ingestão de sumo de toranja durante o tratamento com sinvastatina.
Anticoagulantes orais
8
Em dois estudos clínicos, um realizado em voluntários saudáveis e o outro em doentes
hipercolesterolémicos, 20-40 mg/dia de sinvastatina, potenciou modestamente o efeito dos
anticoagulantes cumarínicos: o tempo de protrombina registado como Razão Normalizada
Internacional (INR) aumentou de um valor inicial de 1,7 para 1,8 no estudo efectuado em
voluntários e de 2,6 para 3,4 no estudo efectuado nos doentes. Foram relatados casos muito
raros de aumento da INR. Nos doentes a tomar anticoagulantes cumarínicos, o tempo de
protrombina deverá ser determinado antes de iniciar a sinvastatina, e com a frequência
necessária durante a fase inicial do tratamento, para assegurar que não ocorrerá alteração
significativa no tempo de protrombina. Assim que se registar um tempo de protrombina
estável, este poderá ser monitorizado a intervalos geralmente recomendados para doentes que
tomam anticoagulantes cumarínicos. Caso se altere a dose ou se interrompa o tratamento com
sinvastatina, dever-se-á repetir o mesmo procedimento. A terapêutica com sinvastatina não foi
associada a hemorragias ou a alterações do tempo de protrombina em doentes que não tomam
anticoagulantes.
Gravidez
Sinvastatina está contra-indicada durante a gravidez (ver secção 4.3).
Não foi estabelecida a segurança em mulheres grávidas. Não foram efectuados ensaios
clínicos controlados com sinvastatina em mulheres grávidas. Foram recebidos relatos raros de
anomalias congénitas após exposição intra-uterina a inibidores da redutase da HMG-CoA.
Contudo, numa análise de aproximadamente 200 gestações, seguidas prospectivamente,
expostas durante o primeiro trimestre a Sinvastatina ou a outro fármaco estreitamente
relacionado com um inibidor da redutase da HMG-CoA, a incidência de anomalias congénitas
foi comparável à observada na população em geral. Este número de gestações foi
estatisticamente suficiente para excluir um aumento igual ou superior a 2,5 vezes de
anomalias congénitas em relação à incidência de base.
Apesar de não haver evidência de que a incidência de anomalias congénitas nos recém-
nascidos de doentes a tomar Sinvastatina ou outro fármaco estreitamente relacionado com um
inibidor da redutase da HMG-CoA difira da observada na população em geral, o tratamento
materno com Sinvastatina pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, que é um precursor da
biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um processo crónico e uma suspensão episódica
dos fármacos hipolipemiantes durante a gravidez deverá ter muito pouco impacto no risco a
longo prazo associado a hipercolesterolemia primária. Por estas razões, a Sinvastatina não
deve ser usada em mulheres grávidas, a tentar engravidar ou com suspeita de estarem
grávidas. O tratamento com Sinvastatina deve ser suspenso durante o período da gravidez ou
até que se determine que a mulher não está grávida (ver secção 4.3).
Aleitamento
Não se sabe se a sinvastatina, ou algum dos seus metabolitos, é excretada no leite humano.
Uma vez que muitos medicamentos são excretados no leite humano, e devido ao potencial de
reacções adversas graves, as mulheres que tomam Sinvastatina não deverão amamentar os
seus filhos (ver secção 4.3).
9
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
No estudo HPS (ver secção 5.1), que envolveu 20.536 doentes tratados com 40 mg/dia de
Sinvastatina (n = 10.269) ou com placebo (n = 10.267), os perfis de segurança foram
comparáveis entre doentes tratados com 40 mg de Sinvastatina e doentes tratados com
placebo durante os 5 anos de duração média do estudo. As percentagens de interrupção
devidas a efeitos colaterais foram comparáveis (4,8 % nos doentes tratados com 40 mg de
Sinvastatina, em comparação com 5,1 % nos doentes que receberam placebo). A incidência de
miopatia foi < 0,1 % em doentes tratados com 40 mg de Sinvastatina. O aumento das
transaminases (> 3 x LSN, confirmada por repetição do teste) ocorreu em 0,21 % (n = 21) dos
doentes tratados com 40 mg de Sinvastatina, em comparação com 0,09 % (n = 9) dos doentes
que receberam placebo.
10
Doenças do sistema nervoso:
Raros: cefaleias, parestesias, tonturas, neuropatia periférica.
Doenças gastrointestinais:
Raros: obstipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náuseas, vómitos,
pancreatite.
Afecções hepatobiliares:
Raros: icterícia/hepatite
Muito raros: insuficiência hepática.
Registou-se, raramente, uma aparente síndrome de hipersensibilidade que incluiu algumas das
seguintes manifestações: angioedema, síndroma do tipo lúpus, polimialgia reumática,
dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de sedimentação
aumentada, artrite e artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor, dispneia e mal-estar.
4.9 Sobredosagem
Até à data, foram notificados alguns casos de sobredosagem; a dose máxima tomada foi de
3,6 g. Todos os doentes recuperaram sem sequelas. Não existe tratamento específico em caso
de sobredosagem. Neste caso, dever-se-ão adoptar medidas genéricas sintomáticas e de
suporte.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
11
Após a administração oral, a sinvastatina, uma lactona inactiva, é hidrolisada no fígado na
forma do beta-hidroxiácido activo correspondente, que tem uma actividade significativa na
inibição da redutase da HMG-CoA (redutase da 3-hidroxi-3-metilglutaril-CoA). Esta enzima
cataliza a conversão de HMG-CoA em mevalonato, um passo inicial e limitante da velocidade
de biossíntese do colesterol.
12
colesterol total basal de 212-309 mg/dl (5,5-8 mmol/l). Neste estudo multicêntrico, de
distribuição aleatória, em dupla ocultação e controlado por placebo, os doentes com angina ou
enfarte do miocárdio (EM) prévio foram tratados com dieta, com o tratamento habitual e com
20-40 mg/dia de Sinvastatina (n = 2.221) ou com placebo (n = 2.223) durante um tempo
médio de 5,4 anos. A sinvastatina reduziu o risco de morte em 30 % (redução do risco
absoluto de 3,3 %). O risco de morte por doença coronária foi reduzido em 42 % (redução do
risco absoluto de 3,5 %). Sinvastatina reduziu também em 34 % o risco de ocorrência de
acontecimentos coronários major (morte por doença coronária com EM silencioso e não fatal
confirmado em hospital). Além disso, a sinvastatina reduziu significativamente o risco de
acontecimentos cerebrovasculares fatais e não fatais (acidente vascular cerebral e acidente
isquémico transitório) em 28 %. Em relação à mortalidade não cardiovascular, não houve
diferença estatisticamente significativa entre os grupos.
13
A sinvastatina é uma lactona inactiva que é rapidamente hidrolisada in vivo no correspondente
beta-hidroxi-ácido, que é um potente inibidor da redutase da HMG-CoA. A hidrólise ocorre
principalmente no fígado; a hidrólise no plasma humano é muito baixa.
Absorção
No homem, a sinvastatina é bem absorvida e sofre uma considerável extracção de primeira
passagem hepática. A extracção no fígado depende do fluxo sanguíneo hepático. O fígado é o
principal local de acção da forma activa. A disponibilização do beta-hidroxiácido para a
circulação sistémica após a administração de uma dose oral de sinvastatina foi inferior a 5 %
da dose. A concentração plasmática máxima dos inibidores activos é atingida
aproximadamente 1-2 horas após a administração da sinvastatina. A ingestão concomitante de
alimentos não afecta a absorção.
A farmacocinética das doses únicas e múltiplas de sinvastatina revelou que não ocorreu
acumulação do medicamento após a administração de doses múltiplas.
Distribuição
A ligação da sinvastatina e do seu metabolito activo às proteínas é > 95 %.
Eliminação
A sinvastatina é um substrato do CYP3A4 (ver secções 4.3 Contra-indicações e 4.5
Interacções medicamentosas e outras formas de interacção). Os principais metabolitos da
sinvastatina presentes no plasma humano são o beta-hidroxiácido e quatro metabolitos activos
adicionais. Após a administração oral de uma dose de sinvastatina radioactiva ao Homem, 13
% da radioactividade foi excretada na urina e 60 % nas fezes, no período de 96 horas. A
quantidade recuperada nas fezes representa os equivalentes de medicamento absorvido e
excretado na bílis, assim como medicamento não absorvido. Após uma injecção intravenosa
do metabolito beta-hidroxiácido, a sua semi-vida média foi de 1,9 horas. Na urina, foi
excretada uma média de apenas 0,3 % da dose IV, como inibidores.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Núcleo do comprimido:
Amido pré-gelatinizado
Lactose mono-hidratada
Celulose microcristalina
Butil – hidroxianisol (E320)
14
Ácido ascórbico (E300)
Ácido cítrico mono-hidratado (E330)
Estearato de magnésio.
Revestimento:
Hipromelose
Talco
Dióxido de titânio (E171).
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável
3 anos
Blister
Não conservar acima de 30ºC. Manter os blisters na embalagem exterior para proteger da luz.
15
Sandoz Farmacêutica Lda.
Alameda da Beloura, Edifício 1
2º andar, Esc. 15
2710-693 Sintra
Blister (Alumínio/PVC):
10 mg:
5999487 – 60 unidades
5748785 - 50 unidades
5748686 - 20 unidades
20 mg:
5999586 – 60 unidades
5748983 - 50 unidades
5748884 - 20 unidades
40 mg:
5999685 – 60 unidades
5749189 – 50 unidades
5749080 – 20 unidades
10 de Setembro de 2010
16
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
Cápsulas gastrorresistentes.
Cabeça branca, corpo branco, cada um impresso com “OME 20” contendo grânulos castanhos,
amarelados.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Adultos:
Úlceras duodenais
A dose habitual é 20 mg, uma vez por dia. A duração do tratamento é 2-4 semanas.
Tratamento de manutenção: para prevenção da recorrência, é aconselhada uma cápsula de 10 mg uma
vez por dia.
Esofagite de refluxo
A dose habitual é 20 mg, uma vez por dia. A duração do tratamento é 4-8 semanas.
Notas:
Em casos isolados de úlceras duodenais, úlceras gástricas benignas e esofagite de refluxo, a dose de
omeprazol pode ser aumentada para 40 mg de omeprazol, uma vez por dia.
Apenas se a terapêutica de erradicação não for indicada ou não tiver sido bem sucedida, as úlceras
gástricas e duodenais podem ser tratadas com omeprazol em monoterapia.
Síndrome de Zollinger-Ellison
A dose deve ser ajustada individualmente e continuada sob vigilância de um especialista enquanto
clinicamente indicado. A dose inicial recomendada é 60 mg uma vez por dia. Com doses superiores a
80 mg por dia, a dose deve ser dividida e administrada duas vezes por dia. Em doentes com síndrome de
Zollinger-Ellison o tratamento não está sujeito a um limite de duração.
Terapêutica de erradicação
Doentes com úlceras pépticas devidas a infecções por Helicobacter pylori devem ser tratados com
terapêutica de erradicação com combinações apropriadas de antibióticos com regimes posológicos
adequados. A selecção de um regime apropriado deve ser baseada na tolerabilidade do doente e nas
orientações terapêuticas. Foram testadas as seguintes combinações:
- Omeprazol 20 mg, amoxicilina 1000 mg, claritromicina 500 mg, todos duas vezes por dia.
- Omeprazol 20 mg, claritromicina 250 mg, metronidazol 400-500 mg, todos duas vezes por dia.
A duração do tratamento para a erradicação é 1 semana. Para evitar o desenvolvimento de resistência, a
duração do tratamento não deve ser reduzida.
Em doentes com úlceras activas, pode ser feita uma extensão da terapêutica com omeprazol em
monoterapia de acordo com a posologia e duração do tratamento dadas anteriormente.
A terapêutica de combinação incluindo metronidazol não deve ser considerada como primeira escolha
devido ao potencial carcinogénico do metronidazol. A aplicação de metronidazol deve ser restringida a
períodos de tratamento inferiores a 10 dias.
Idosos
Não é necessário um ajuste da dose em doentes idosos.
Tratamento dos sintomas tais como azia e a regurgitação ácida em doença de refluxo gastro-esofágico:
O tratamento dura entre 2-4 semanas. Se não houver alívio dos sintomas dentro de 2-4 semanas o
doente deve ser reavaliado.
Em combinação com antibióticos no tratamento da úlcera duodenal causada pela Helicobacter pylori.
Ao seleccionar combinação terapêutica adequada, deve ser considerada a orientação oficial local
referente à resistência bacteriana, à duração do tratamento (mais comummente 7 dias mas por vezes até
14 dias), e o uso adequado de agentes antibacterianos.
O tratamento deve ser supervisionado por um especialista.
Peso Dose
Insuficiência renal
Não é necessário um ajuste da dose em doentes com insuficiência da função renal.
Insuficiência hepática
Uma vez que a biodisponibilidade e semi-vida podem aumentar em doentes com insuficiência da função
hepática, a dose requer um ajuste com uma dose diária máxima de 20 mg.
Método de administração
As cápsulas devem ser tomadas oralmente com um copo de água. As cápsulas não devem ser esmagadas
ou mastigadas.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade conhecida ao omeprazol ou a qualquer dos excipientes.
A terapêutica de combinação com claritromicina não deve ser utilizada em doentes com insuficiência
hepática.
Em doentes com úlcera péptica, o status da doença por H. pylori deve ser determinado se relevante. Em
doentes que demonstrem ser H. pylori-positivos, a eliminação das bactérias por terapêutica de
erradicação deve ser tentada sempre que possível.
Se se suspeitar de úlcera gástrica, a possibilidade de cancro deve ser excluída antes de ser instituído o
tratamento com omeprazol, uma vez que o tratamento pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico.
Uma acidez gástrica diminuída, devido a qualquer causa – incluindo inibidores da bomba de protões -
aumenta as contagens gástricas de bactérias normalmente presentes no tracto gastrointestinal. O
tratamento com medicamentos redutores de acidez leva a um risco ligeiramente aumentado de infecções
gastrointestinais, tais como Salmonella e Campylobacter.
Em doentes com insuficiência hepática grave, os valores das enzimas hepáticas devem ser verificados
periodicamente durante o tratamento com omeprazol.
Para assegurar uma melhor eficácia no tratamento de úlceras associadas a AINEs, a possibilidade de
interromper a administração do agente causal deve ser fortemente considerada.
O tratamento de manutenção de úlceras associadas com a ingestão de AINEs deve ser restringido a
doentes em risco.
Devido aos dados de segurança limitados para doentes com tratamento de manutenção durante mais de
1 ano, deve ser feita uma revisão regular do tratamento e uma avaliação rigorosa do risco-benefício na
utilização prolongada excedendo 1 ano.
Durante o tratamento de associação, também deve haver precaução em doentes com disfunção renal ou
hepática (para restrições posológicas ver secção 4.2).
Algumas crianças com doenças crónicas podem necessitar de um tratamento prolongado, embora não
seja recomendado.
Embora isto não seja conhecido para o omeprazol administrado oralmente, foram relatadas cegueira e
surdez na utilização da forma injectável de omeprazol; como tal, em doentes graves, é recomendada a
monitorização da visão e audição.
Este medicamento contém lactose. Como tal, os doentes com problemas hereditários raros de
intolerância à galactose, deficiência em lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não
devem tomar este medicamento.
Uma vez que o omeprazol é metabolizado no fígado através das isoformas do citocromo P450
(principalmente CYP 2C19, S-mefenitoína hidroxilase) e inibe as enzimas da subfamília CYP2C (CYP
2C19 e CYP 2C9) pode atrasar a eliminação de outras substâncias activas metabolizadas por estas
enzimas. Isto foi observado para o diazepam (e também para outras benzodiazepinas como o triazolam
ou o flurazepam), fenitoína e varfarina. É recomendada a monitorização periódica dos doentes tratados
com varfarina ou fenitoína e poderá ser necessária uma redução na dose de varfarina ou fenitoína.
Outras substâncias activas que podem ser afectadas são o hexobarbital, o citalopram, a imipramina, a
clomipramina, etc.
O omeprazol pode inibir o metabolismo hepático do dissulfiram. Foram relatados alguns casos
possivelmente relacionados de rigidez muscular.
Existem dados contraditórios sobre a interacção de omeprazol com ciclosporina. Como tal, os níveis
plasmáticos de ciclosporina devem ser monitorizados nos doentes tratados com omeprazol, uma vez que
é possível um aumento nos níveis de ciclosporina.
As concentrações plasmáticas de omeprazol e claritromicina são aumentadas durante a administração
concomitante.
Devido à acidez intragástrica diminuída, a absorção de cetoconazol ou itraconazol pode estar reduzida
durante o tratamento com omeprazol tal como acontece com outros inibidores da secreção de ácido.
O omeprazol pode reduzir a absorção oral de vitamina B12. Isto deve ser tido em consideração em
B
doentes com valores basais baixos de vitamina B12 submetidos a tratamento prolongado com omeprazol.
Devido a uma potencial interacção clinicamente significativa, o hipericão não deve ser utilizado
concomitantemente com omeprazol.
O omeprazol não deve ser utilizado em combinação com atazanavir/ritonavir devido à redução nos
níveis de atazanavir.
Não existe evidência de uma interacção do omeprazol com cafeína, propranolol, teofilina, metoprolol,
lidocaína, quinidina, fenacetina, estradiol, amoxicilina, budesonido, diclofenac, metronidazol,
naproxeno, piroxicam ou antiácidos. A absorção do omeprazol não é afectada pelo consumo de álcool
ou alimentos.
Estudos epidemiológicos limitados não indicam reacções adversas durante a gravidez ou aumentos na
taxa de malformações em geral. No entanto, existe informação insuficiente em relação a malformações
específicas.
Existem dados insuficientes sobre a exposição de bebés através do leite materno. A concentração de
omeprazol no leite materno humano atinge aproximadamente 6% da concentração plasmática máxima
na mãe.
A utilização de omeprazol durante a gravidez e aleitamento requer uma avaliação cuidadosa do risco-
benefício.
Não foram realizados estudos sobre a capacidade de conduzir veículos e utilizar máquinas. No entanto,
exceptuando os efeitos indesejáveis que afectam o SNC ou as capacidades visuais (ver secção 4.8), o
omeprazol não tem influência ou tem uma influência negligenciável na capacidade de conduzir ou
utilizar maquinaria.
4.8 Efeitos indesejáveis
Raros:
Parestesias e sensação de cabeça leve
(atordoamento). Confusão mental e alucinações
predominantemente em doentes graves ou idosos.
Muito raros:
Agitação e reacções depressivas
predominantemente em doentes graves ou idosos.
Afecções oculares Pouco frequentes:
Perturbações visuais (visão enevoada, perda de
acuidade visual ou redução do campo de visão).
Estas condições geralmente desaparecem com a
interrupção da terapêutica.
Afecções do ouvido e do labirinto Pouco frequentes:
Disfunção auditiva (por exemplo, zumbidos).
Estas condições geralmente desaparecem com a
interrupção da terapêutica.
Doenças gastrointestinais Frequentes:
Diarreia, obstipação, flatulência (possivelmente
com dor abdominal), náuseas e vómitos. Na
maioria destes casos, os sintomas melhoram se a
terapêutica for continuada.
Pouco frequentes:
Alteração do paladar. Esta condição geralmente
desaparece com a interrupção da terapêutica.
Raros:
Descoloração negro-acastanhada da língua durante
a administração concomitante de claritromicina e
quistos glandulares benignos: ambos foram
reversíveis após a interrupção do tratamento.
Muito raros:
Xerostomia, estomatite, candidíase ou pancreatite.
Afecções hepatobiliares Pouco frequentes:
Alterações nos valores das enzimas hepáticas (que
desaparecem com a interrupção da terapêutica).
Muito raros:
Hepatite com ou sem icterícia, insuficiência
hepática e encefalopatia em doentes com doença
hepática grave preexistente.
Perturbações cutâneas e do tecido Pouco frequentes:
subcutâneo Prurido, erupções cutâneas, alopecia, eritema
multiforme ou fotosensibilidade e tendência
aumentada para transpirar.
Muito raros:
Síndrome de Stevens-Johnson ou necrólise
epidérmica tóxica.
Afecções musculosqueléticas e dos tecidos Raros:
conjuntivos Fraqueza muscular, mialgia e artralgia.
Doenças renais e urinárias Muito raros:
Nefrite (nefrite intersticial).
Perturbações gerais e alterações no local de Pouco frequentes:
administração Edema periférico (que desapareceu com a
interrupção da terapêutica).
Muito raros:
Hiponatriemia, ginecomastia.
A segurança do omeprazol foi avaliada em um total de 310 crianças com idade entre 0 a 16 anos com
doenças relacionadas com ácido gástrico. Existem poucos dados a longo prazo sobre a segurança das 46
crianças que receberam terapêutica de manutenção com omeprazol durante um estudo clínico para a
esofagite erosiva grave até 749 dias. O perfil de eventos adversos era geralmente o mesmo que para os
adultos, no tratamento a curto prazo e tratamento a longo prazo. Não existem dados a longo prazo sobre
os efeitos do tratamento com omeprazol durante a puberdade e o crescimento.
4.9 Sobredosagem
Não está disponível informação sobre os efeitos de uma sobredosagem com omeprazol em seres
humanos. Doses orais únicas elevadas até 160 mg/dia e doses diárias até 400 mg bem como doses
intravenosas únicas até 80 mg e doses intravenosas diárias até 200 mg ou 520 mg em 3 dias,
respectivamente, foram toleradas sem efeitos indesejáveis.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Como consequência do seu modo de acção, o omeprazol leva a uma inibição tanto da secreção basal
como da secreção estimulável de ácido, independentemente do tipo de estímulo.
Assim, o omeprazol aumenta o valor de pH e reduz o volume de secreção de ácido gástrico.
Como base fraca, o pró-fármaco omeprazol acumula-se no ambiente ácido das células parietais e apenas
se torna eficaz como um inibidor da H+/K+-ATPase após ser protonado e rearranjado.
Num ambiente ácido a um pH inferior a 4, o omeprazol protonado é convertido em omeprazol
sulfonamida, a substância activa propriamente dita.
A maioria da experiência clínica disponível de ensaios clínicos controlados randomizados indica que o
omeprazol a 20 mg duas vezes por dia em combinação com dois antibióticos durante 1 semana atinge
uma taxa de erradicação de H. pylori > 80% em doentes com úlceras gastroduodenais. Tal como
esperado, foram observadas taxas de erradicação significativamente mais baixas em doentes com
isolados de H. pylori resistentes ao metronidazol na baseline. Assim, a informação local sobre
prevalência de resistência e orientações terapêuticas locais devem ser tidas em consideração na escolha
de um regime de associação apropriado para terapêutica de erradicação de H. pylori. Além disso, em
doentes com infecção persistente, deve ser tido em consideração o potencial desenvolvimento de
resistência secundária (em doentes com estirpes susceptíveis primárias) a um agente anti-bacteriano nas
considerações para um novo regime de tratamento.
A evidência clínica indica adicionalmente que, após uma terapêutica de erradicação bem sucedida em
doentes com úlcera péptica, as taxas de recorrência de úlceras duodenais e, muito provavelmente,
também úlceras gástricas são excepcionalmente baixas em comparação com o curso natural da doença
com infecção decorrente.
Dados pediátricos
Em um ensaio clínico não controlado em crianças (1 a 16 anos de idade), com esofagite de refluxo
grave, o omeprazol em doses de 0,7 a 1,4 mg / kg melhorou o nível da esofagia em 90% dos casos, e
reduziu significativamente os sintomas de refluxo. Num ensaio unicamente cego, crianças com idades
entre 0-24 meses, com diagnóstico clínico de DRGE foram tratadas com 0,5, 1,0 ou 1,5 mg de
omeprazol / kg. A frequência de episódios de vómitos/regurgitação diminuiu 50% após 8 semanas de
tratamento, independentemente da dose.
O omeprazol acumula-se como uma base fraca no ambiente ácido do sistema intracelular de canais das
células parietais. Neste ambiente ácido, o omeprazol é protonado e convertido na substância activa,
omeprazol sulfonamida. A substância activa liga-se covalentemente à bomba gástrica de protões (H+,
K+-ATPase) na superfície secretória da célula parietal gástrica e inibe a sua actividade. A duração da
inibição da secreção gástrica é, como tal, substancialmente mais longa que o período no qual o
omeprazol base está presente no plasma. O grau de inibição da secreção ácida está directamente
correlacionado com a área sob a curva de concentração plasmática-tempo (AUC) mas não com a
concentração plasmática em qualquer dado tempo.
O omeprazol é inteiramente metabolizado, principalmente no fígado pelo CYP 2C19. Uma pequena
percentagem dos doentes tem falta de uma enzima CYP 2C19 funcional e têm uma taxa de eliminação
reduzida de omeprazol. A sulfona, o sulfureto e o hidroxi-omeprazol são encontrados no plasma.
Estes metabolitos não têm um efeito significativo na secreção de ácido.
Cerca de 20% da dose administrada é excretada nas fezes e os restantes 80% são excretados na urina
como metabolitos. Os dois principais metabolitos urinários são o hidroxi-omeprazol e o ácido
carboxílico correspondentes.
Em doentes com insuficiência renal, a cinética do omeprazol foi muito semelhante àquela em indivíduos
saudáveis. Mas, uma vez que a eliminação renal é a via excretória mais importante para o omeprazol
metabolizado, a taxa de eliminação é reduzida para um grau correspondente à redução na função renal.
Se o omeprazol for administrado uma vez por dia, pode ser evitada a acumulação.
A biodisponibilidade do omeprazol está ligeiramente elevada nos doentes idosos e a taxa de eliminação
está ligeiramente diminuída. Mas os valores individuais são quase iguais aos de indivíduos jovens
saudáveis e não existe indicação de que a tolerância em doentes idosos tratados com doses normais de
omeprazol esteja reduzida.
Em doentes com doença hepática crónica, a depuração do omeprazol do omeprazol está reduzida e a
semi-vida plasmática pode aumentar até aproximadamente 3 horas. A biodisponibilidade pode ser
superior a 90%. O omeprazol administrado num regime posológico de 20 mg uma vez por dia durante 4
semanas foi bem tolerado e não foi observada acumulação de omeprazol ou dos seus metabolitos.
A biodisponibilidade de uma dose oral única de omeprazol é aproximadamente 35%. Com a
administração repetida, a biodisponibilidade aumenta para aproximadamente 60%. Em doentes com
função hepática restringida pode aumentar para mais de 90% devido a um efeito de primeira passagem
reduzido.
Durante o tratamento com as doses recomendadas para crianças a partir da idade de 1 ano, foram
obtidas concentrações plasmáticas semelhantes, em comparação aos adultos. Em crianças com menos de
6 meses, a depuração do omeprazol é baixa devido à baixa capacidade de metabolizar omeprazol.
Não existem resultados de estudos de toxicidade crónica que sugiram que quaisquer efeitos indesejáveis
desconhecidos até à data possam ocorrer em seres humanos.
Foram observados hiperplasia e carcinóides das células enterocromafinas gástricas em estudos em ratos
tratados com omeprazol ou sujeitos a fundectomia parcial. Estas alterações são o resultado de
hipergastrinemia sustentada secundária à inibição do ácido.
Em estudos de mutagenicidade (in vitro e in vivo) não foram observados resultados de relevância
clínica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Grânulos
Hidroxipropilcelulose de baixa substituição
Celulose microcristalina
Lactose anidra
Croscarmelose de sódio
Povidona (valor de K de 22,5 – 27,0)
Polisorbato 80
Ftalato de hipromelose
Dibutilo sebacato
Talco
Invólucro da cápsula
Cabeça e corpo para Omeprazol, Cápsulas a 20 mg:
Carragenina
Cloreto de potássio
Dióxido de titânio E171
Óxido de ferro amarelo E172
Óxido de ferro vermelho E172
Hipromelose
Água purificada
Tinta de impressão:
Shellac
Álcool etílico
Álcool isopropílico
Propilenoglicol
Butanol
Hidróxido de amónia
Hidróxido de potássio
Óxido de ferro negro E172
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
2 anos
Frascos brancos em HDPE com tampa de rosca em PP e excicante: caixas contendo um frasco de 7, 14,
15, 28, 30, 49, 50 e 100 cápsulas ou caixas contendo 2 frascos de 28, 30, 49 e 50 cápsulas.
Frascos de vidro âmbar com tampa de rosca em HDPE com agente excicante inserido contendo sílica
gel em caixas de 15 cápsulas.
Não aplicável.
19.05.2010