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2.8 Geradores
A energia elétrica normalmente é produzida pela ação de máquinas
rotativas que acionadas mecanicamente por uma máquina primária
(turbina hidráulica, a vapor, a gás, máquina de combustão interna, ou
turbina eólica) produzem através de campos de indução
eletromagnéticos, uma onda senoidal de tensão com freqüência fixa e
amplitude definida pela classe de tensão do gerador.
Os geradores síncronos trifásicos representam a máquina mais
comum de geração em um sistema de potência. A palavra síncrona
significa que o campo girante no entreferro tem a mesma velocidade
angular que a do rotor. A freqüência f da tensão induzida é
diretamente proporcional ao número de pólos e à velocidade de
rotação do rotor. A freqüência é determinada por:
p n
f = ⋅
2 60 [Hz] (2.5)
2.8.1 Rotor
Parte girante da máquina, constituído de um material ferromagnético
envolto em um enrolamento chamado de enrolamento de campo, que
tem como função produzir um campo magnético constante para
interagir com o campo produzido pelo enrolamento do estator.
A tensão aplicada ao enrolamento do rotor é contínua e a intensidade
da corrente suportada por esse enrolamento é muito menor que o
enrolamento do estator. A corrente cc no enrolamento de campo
produz um fluxo magnético constante por pólo. A rotação do rotor com
relação ao estator causa a indução de tensão nos enrolamentos de
armadura. O rotor pode conter dois ou mais enrolamentos, sempre em
número par e todos conectados em série sendo que cada
enrolamento será responsável pela produção de um dos pólos do
eletroimã.
2.8.2 Estator
Os enrolamentos de armadura de um gerador trifásico podem ser
associados em estrela ou triângulo. A ligação ‘estrela’ é utilizada na
maioria dos geradores dos sistemas de energia elétrica. Geralmente,
o neutro é aterrado neste tipo de ligação sendo este aterramento feito
através de uma resistência ou reatância cuja finalidade é a de reduzir
a corrente de curto circuito.
Os geradores síncronos são construídos com dois tipos de rotores:
rotores de pólos salientes e rotores de pólos lisos ou simplesmente,
rotores cilíndricos. Os rotores de pólos salientes são em geral
acionados por turbinas hidráulicas de baixa velocidade (entre 50 e 300
rpm) a fim de extrair a máxima potência de uma queda d’água, e os
rotores cilíndricos são acionados por turbinas a vapor1 de alta
velocidade (até 3600 rpm).
Nas máquinas de pólos salientes porque o rotor está diretamente
ligado ao eixo da turbina e o valor de freqüência nominal é de 60 Hz, é
necessário um grande número de pólos. Os rotores de baixa
velocidade possuem um grande diâmetro para prover o espaço
necessário aos pólos.
Os geradores síncronos de alta rotação são mais eficientes que seus
equivalentes de baixa rotação. Para gerar a freqüência desejada o
número de pólos não poderá ser inferior a dois e assim a velocidade
máxima fica determinada. Para 60 Hz a velocidade máxima é de 3600
rpm. A alta velocidade de rotação produz uma alta força centrífuga, a
1
O vapor possui uma significante quantidade de energia por unidade de massa (1000 a 1250Btu/lb).
E g = Vt + I a (R s + jX s ) (2.6)
Eg
Eg
Eg
Ia
V
Ia V Ia V
Sobrexcitado
Subexcitado
Normal
Superexcitada Subexcitada
var var
GS GS
Rede Rede
(a) (b)
Figura 2.71 (a) Gerador síncrono superexcitado (FP atrasado): rede é vista pelo gerador como carga
indutiva e o gerador é visto pela rede como capacitor. (b) Gerador síncrono subexcitado (FP
adiantado): rede é vista pelo gerador como um capacitor e gerador é visto pela rede como indutor.
Va2
−
XS
D A
S = P 2 + Q 2 = Vt I a (2.7)
P + jQ = Vt I a (2.8)
Eg = Vt + jX S I a (2.9)
E g2 = Vt 2 + ( X s I a ) ∴
2
Eg2 − Vt 2
I =
2
a (2.10)
X S2