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Equipamento
METROLOGIA
ÍNDICE
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Inspetor de Equipamentos - METROLOGIA
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
A área de ensaios não destrutivos no Brasil é considerada uma das mais desenvolvidas,
com um elevado nível de utilização das técnicas de END, aplicadas através de
procedimentos cuidadosamente validados e um enorme contingente de técnicos treinados,
qualificados e certificados segundo padrões internacionais. Os END são aqui aplicados não
somente para avaliar a integridade de materiais, equipamentos e produtos, mas também
como ferramenta de primeira grandeza para apoiar a análise e a avaliação de riscos na
operação de instalações industriais.
Esta apostila trás uma visão geral do que é a Metrologia e a sua importância nos dias de
hoje, principalmente na área dos Ensaios não destrutivos.
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CAPÍTULO 2. METROLOGIA
Metrologia, palavra de origem grega (metron, medida; logos, tratado), é a ciência dos pesos
e medidas ou, se quiser, a ciência da instrumentação e das medidas com ela realizadas.
Atualmente, porém, esta designação está mais intimamente ligada ao domínio das medidas
de alta exatidão.
A metrologia passou a fazer parte do nosso dia-a-dia. Os nossos consumos diários, água,
eletricidade, telefone são medidos e pagamos pelos resultados das medições. Os radares
nas ruas, os exames de sangue, a temperatura controlada de um ar-condicionado, entre
outras grandezas.
2.1 Implantação
O motivo pela implantação da metrologia A ISO série 9000 define explicitamente a relação
entre garantia da qualidade e metrologia, estabelecendo diretrizes para se manter um
controle sobre os instrumentos de medição da empresa, tornando assim necessária, a
implantação de um processo metrológico na empresa que busca ou possui uma certificação.
O fator “globalização dos mercados” também põe em prática um de seus principais
objetivos, que é traduzir a confiabilidade nos sistemas de medição e garantir que
especificações técnicas, regulamentos e normas existentes, proporcionem as mesmas
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2.4 Medição
Durante toda a nossa vida realizamos medições. Medir é uma necessidade humana, na
modernidade é cada vez mais importante obter medições confiáveis.
Entende-se por medição um conjunto de operações que tem por objetivo atribuir um valor
(número) a um determinado fenômeno. Por exemplo, avaliar a velocidade de um carro,
conhecer o número de defeitos de uma linha de produção, etc.
Do ponto de vista técnico, quando uma medição é realizada, espera-se que ela seja:
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Obs. Quanto mais exata for a medida, significa que ela está mais próxima do valor de referência.
repetitiva, com pouca ou nenhuma diferença entre medições efetuadas sob as mesmas
condições;
Procedimento validado
Técnico A
Técnico B
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Medir
Obter o certificado
de calibração
Interpretar o
resultado
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Realizar o ensaio
Calibrar o
instrumento ou
sistema de ensaio
Medir
Obter e analisar
Tratar o resultado certificado de
da medida calibração
Interpretar o Controlar o
resultado da instrumento ou
medida sistema de ensaio
Isso acaba gerando uma confiabilidade nas medições que serão realizadas no dia-a-dia pelo
profissional, minimizando os erros e melhorando os resultados finais dos ensaios.
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CAPÍTULO 3. TERMINOLOGIA
Precisão - Grau de concordância entre indicações ou valores medidos, obtidos por medições
repetidas, no mesmo objeto ou em objetos similares, sob condições especificadas.
NOTA 1: A precisão de medição é geralmente expressa na forma numérica por meio de
medidas de dispersão como o desvio-padrão, a variância ou o coeficiente de variação, sob
condições de medição especificadas.
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Valor verdadeiro convencional (de uma grandeza) – Valor atribuído a uma grandeza
específica e aceito, às vezes por convenção, como tendo uma incerteza apropriada para
uma dada finalidade.
Buscou-se com isso não apenas enfocar os aspectos da adequada correspondência dos
termos entre as línguas estrangeiras envolvidas, mas também da própria filosofia de
concepção do Vocabulário. Dessa forma mantém-se uma padronização da linguagem
metrológica brasileira.
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CAPÍTULO 4. CALIBRAÇÃO
Assim, executar calibrações, conforme o requisito das normas, não é regular, ajustar ou
verificar simplesmente se os equipamentos de END estão operando dentro do esperado, é
muito mais!
Calibração é uma política de alto nível para assegurar resultados confiáveis das
medições e ensaios realizados pela empresa
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Calibrar é medir equipamentos e compará-los com padrões para assegurar que os mesmos
são estáveis e que podem fornecer valores de medição confiáveis em qualquer condição
para as quais o mesmo foi desenhado, produzido e destinado. São um fato que instrumentos
e equipamentos que executam medidas e que estejam fora da tolerância (OOT – Out of
Tolerance), da precisão e da exatidão planejadas para o mesmo, podem gerar falsas
informações levando a produtos sem confiabilidade, insatisfação dos clientes, aumentos dos
custos de garantia, re-trabalho e reposição e, principalmente, ocasionando um aumento do
risco do uso do material ou do equipamento ensaiado.
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A norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 é um dos documentos que os laboratórios (inclusive)
(os das indústrias) utilizam para compor seus manuais, instruções e procedimentos.
Cada instrumento ou sistema de medição deve ter uma ficha com o todo o seu histórico de
calibração, manutenção, ajustes, etc, ou seja, de tudo que aconteceu com o instrumento.
Conteúdo mínimo:
Nome do equipamento
Nome do fabricante, modelo e nr. de identificação
Analise de que o equipamento atende às especificações
Localização atual, se apropriado
Instruções importantes do fabricante
Datas, resultados e cópia de todos os certificados
Critério de aceitação
Plano de manutenção, quando apropriado
Quaisquer danos, mau funcionamento, reparos, etc.
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Apesar de todos os cuidados, quando realizamos alguma medida poderá surgir uma dúvida;
qual é o valor correto? Por exemplo, você olha no relógio da parede e vê 11hs, no mesmo
instante você olha o relógio do seu pulso que está marcando 10hs, de que maneira
poderemos saber qual é a hora certa?
Neste instante, é necessário recorrer a um padrão de medição. Para este caso o padrão
poderia ser o relógio do Observatório Nacional. Para tirar a dúvida ligamos para o
Observatório e conheceremos a hora certa.
Um padrão tem a função básica de servir como uma referência para as medições
realizadas. Por convenção consideramos o Observatório Nacional como sendo o valor
verdadeiro convencional da hora do Brasil.
Então sempre que quisermos saber a hora certa teremos que ligar para o Observatório???
A resposta é não! Se ajustarmos os relógios com o valor informado por eles poderemos
medir as horas a qualquer momento.
Quando calibramos os relógios, eles foram relacionados com o Observatório Nacional, isto
é, as medidas feitas têm como referência o Observatório. Este relacionamento é
denominado rastreabilidade de uma medição.
5.2 Rastreabilidade
Toda unidade de medida tem uma definição (tomada como uma unidade ideal e parte do SI),
uma realização (atingida geralmente por meio de experiências cujos resultados sejam os
mais próximos possíveis da definição, sendo geralmente executada por um laboratório
nacional) e uma representação. Quando a realização é obtida, o laboratório nacional
mantém esse valor como uma representação da unidade, sendo, portanto, o mais alto
padrão com o qual outras representações são comparadas.
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Padrões Internacionais
Rastreabilidade
Padrões nacionais
Padrões de Referência
Padrões de Trabalho
Usuários
Padrão Nacional (padrão primário): padrão reconhecido por uma decisão nacional para
servir como base para estabelecer valores a outros padrões a que se refere.
A rastreabilidade dos padrões de medição segue da base maior da pirâmide para a parte
menor (topo).
Todo equipamento que possui influência na qualidade da medição, incluindo aqueles para
medições auxiliares, devem ser calibrados antes de serem colocados em uso, pois é
necessário saber se os mesmos estão medindo corretamente, conforme suas características
e especificações.
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Rastreabilidade: Propriedade do resultado de medição pela qual tal resultado pode ser
relacionado a uma referência através de uma cadeia ininterrupta e documentada de
calibrações, cada uma contribuindo para a incerteza de medição.
Conforme facilmente se constata a partir das noções agora definidas, os diferentes padrões
estão hierarquizados de acordo com as qualidades metrológicas segundo uma escala
decrescente dos primários para os de trabalho.
Genericamente, e para uma mesma grandeza, um padrão de trabalho é mais barato do que
um primário. Como tal, e também porque as precisões exigidas não são as mesmas em
todas as situações de medida, os diferentes tipos de padrão encontram-se em diferentes
tipos de laboratório.
Todo resultado de todas as medições devem ser expressos por um número e por uma
unidade. Por exemplo: 10 mm, 4,5 V, 80 m/s, etc.
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6.1 Importância
6.2 Unidades
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São as unidades formadas pela combinação das unidades de base segundo relações
matemáticas que correlacionam as correspondentes grandezas. A tabela a seguir apresenta
algumas unidades derivadas:
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Todas as unidades podem ser estendidas sobre uma faixa de 48 ordens de grandeza do seu
valor base. Os multiplicadores são todos potências de 10. Aqui estão alguns deles:
Para uma padronização existem regras para se utilizarem os símbolos do SI, esses
símbolos são expressos em caracteres romanos e minúsculos. As exceções são o µ
(mícron) e o Ω (ohm), que são letras gregas.
Exemplo: metro – m
grama - g
Se o nome da unidade é um nome próprio, a primeira letra do símbolo é maiúscula. Ao
escrevermos a unidade por extenso devemos utilizar letra minúscula.
Os símbolos das unidades não têm plural e não são seguidos por pontos.
Exemplo: 10 kg
500 m
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Na divisão de uma unidade por outra deve-se utilizar uma barra inclinada ou um traço
horizontal.
Exemplo: km/h ou km
h
Existe, portanto, uma ligação entre o número de algarismos significativos com que se
apresenta um valor medido e a resolução do aparelho de medida utilizado, o que torna ilícito
expressar, não só esse valor como outros que dele resultem por manipulações matemáticas,
com maior números de algarismos significativos do que os resultantes dessa resolução.
Com a régua acima, se você medir o comprimento do lápis verá que ele está entre 9,2 e 9,3
cm. Quantos décimos de milímetros devemos considerar? É impossível precisar. O
algarismo que deverá aparecer após o numero 9 não carrega a mesma certeza. Ele é, por
esta razão, denominado duvidoso, e o 9 é correto. Então, a medida do comprimento do lápis
deve ser expressa por dois algarismos. Por exemplo, 9,1; 9,2 ou 9,3.
Resumindo:
Algarismos significativos, em uma medida, são aqueles que sabemos estarem corretos e
mais o primeiro duvidoso.
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• Quantidade após o algarismo duvidoso maior que 5, 500, etc. → arredonda-se o algarismo
duvidoso para mais:
5,77 5,8
• Quantidade após o algarismo duvidoso menor que 5, 500, etc. → arredonda-se o algarismo
duvidoso para menos;
5,33 5,3
1,85 1,9
Existe uma outra regra que o valor do arredondamento não deve ser maior do que 5% do
valor real.
Exemplo 1:
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Exemplo 2:
Dessa forma precisamos tomar um certo cuidado ao se arredondar um valor, qualquer que
seja, pois um arredondamento feito pode ser tanto desprezível como também pode
ocasionar em reprovação de um determinado item o qual esteja aprovado ou vice-versa.
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Dificilmente obtemos resultados nas calibrações 100% exatas, isto é, isenta de erros. Na
realidade o que devemos é conhecer e manter estes erros dentro de limites aceitáveis. O
operador deve dominar pelo menos três tipos de erro que provocam influência aditiva no
erro de medição: O erro grosseiro, o erro sistemático e o erro aleatório.
O erro grosseiro é aquele cujo valor encontrado difere muito de todos os outros, em um
conjunto de medições. Os erros grosseiros, normalmente, correspondem a um único valor
que deve ser desprezado quando identificado.
Leitura errônea
Defeito do sistema de medição
Manipulação indevida
Anotação errada
Descuido com paralaxe
Defeito no sistema de medição
Etc
Embora a eliminação completa do erro grosseiro seja impossível, sua causa deve ser
detectada e reduzida, principalmente com treinamento do pessoal envolvido. Erros
grosseiros acontecem quando se atribui falta de cuidado ou maus hábitos.
Exemplo:
A segunda medida realizada é um “erro grosseiro”, pois difere muito das outras.
Na maioria das vezes o erro sistemático não é constante na faixa de operação do sistema
de medição, tornando-o de difícil previsão. Este erro pode ser eliminado na calibração, pois
normalmente ele se apresenta linearmente.
Observe no exemplo acima que os erros sistemáticos das medições se mantém próximos,
ou seja, dependendo do tipo do instrumento, o mesmo pode ser ajustado internamente por
um técnico capacitado e treinado.
Este termômetro pode estar aprovado ou reprovado quanto aos seus erros apresentados,
isso vai depender do processo em que este instrumento será utilizado, seus critérios de
aceitação e especificações.
atritos
vibrações
folgas
flutuações na rede de alimentação
instabilidade interna
condições ambientais
etc.
Esses erros dificilmente podem ser eliminados, pois ocasionam medições espalhadas mais
ou menos simetricamente em torno do valor médio.
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Valor Verdadeiro
Erro na 1ª medida Erro na 2ª medida Erro na 3ª medida
Convencional
5,0 -0,2 -0,5 -0,1
10,0 0,0 -0,7 0,2
20,0 0,3 -0,1 -0,4
Neste exemplo podemos notar que o erro sistemático não segue qualquer tipo de lógica,
como, por exemplo, uma curva que torne os resultados previsíveis. Tudo indica que a
origem deste erro seja um defeito do sensor ou mesmo do circuito eletrônico do indicador.
Numa série de medições com este medidor, a indicação do instrumento com um padrão de
30 µm varia entre 20 µm e 25 µm, mas quando ele recebe uma pancada leve com a ponta
dos dedos, a indicação é de 30 µm. Neste caso o instrumento está infiel, portanto o erro
aleatório pode ser devido ao atrito dos mancais, eletricidade eletrostática no visor, folga no
pivô, ponteiro enroscado (em caso de instrumentos analógicos), etc. Deve ser enviado para
manutenção imediatamente.
É um fator numérico que a partir de um resultado que ainda não foi corrigido é multiplicado
para compensar o erro sistemático.
Para se obter o Valor Real, deve-se multiplicar o Valor Indicado no Instrumento da máquina
pelo fator de correção correspondente à posição da chave.
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A precisão é definida pelo desvio padrão de uma série de medidas de uma mesma amostra
ou um mesmo ponto. Quanto maior o desvio padrão, menor é a precisão.
A precisão está relacionada com as incertezas aleatórias da medição e tem relação com a
qualidade do instrumento.
Nota: No último VIM emitido, o termo “Precisão” foi substituído pelo termo “Repetitividade”.
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a b c d
Obs. A incerteza de medição dos alvos “a” e “c” é maior do que “b” e “d”. A Incerteza das medidas é
representada pela dispersão dos valores. (Incerteza dispersão)
Valor Verdadeiro
Equipamento 1ª medida 2ª medida 3ª medida Média
Convencional
A 50,0 51,0 51,0 51,0 51,0
B 50,0 50,1 50,3 50,2 50,2
Com os dados acima é possível concluir que o equipamento A é mais preciso do que o
equipamento B, pois obteve menos variações entre as três medições realizadas no mesmo
ponto. Em contra partida, ele é menos exato, pois a média dos valores obteve um maior
desvio em relação ao valor de referência.
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Não existem medições 100% exatas, ou seja, nenhuma medição pode ser apresentada em
um ponto exato, por exemplo, 10,2 mm. As medições sempre giram em torno de uma faixa,
pois existem vários fatores que fazem com que essas medidas não se tornem 100%
confiáveis, devido a condições ambientais, incertezas herdadas dos instrumentos padrões,
dúvidas em leituras, etc.
Embora não seja ainda de entendimento geral e até mesmo algumas vezes de
desconhecimento de alguns, cumpre-nos observar que dentre as parcelas mostradas na
expressão do Resultado de uma medição, a Incerteza de medição é a mais importante, até
mesmo do que a Média das medidas e mereceria uma maior compreensão e aplicação.
Sob o mesmo ponto de vista, errado estaria se a medição fosse feita, por exemplo com uma
trena e o resultado apresentado fosse: 4,010 x 4,047 m (sem a declaração da Incerteza de
medição).
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10,2
Dessa forma concluímos que sempre temos que estar atentos a Incerteza de medição
declarada junto ao resultado da medição e esta é fundamental para classificar se um
instrumento de medição está “Aprovado” ou “Reprovado” para um determinado trabalho.
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Resultado da medição
Para cada ponto medido é necessário calcular uma incerteza de medição, até chegar a esse
resultado final que é chamado de incerteza expandida deve-se combinar todas as fontes de
incertezas individuais e posteriormente realizar outros cálculos.
Existem procedimentos para o cálculo da incerteza de medição, são métodos que para
chegar nos resultados finais requerem um grande conhecimento técnico (da área específica)
e estatístico. Em alguns casos requerem também pesquisas árduas de dias ou talvez de
meses para chegar a resultados reais.
Obs. Para maiores informações sobre os cálculos de incerteza de medição, o documento do INMETRO “NIT-
DICLA-021” é recomendado.
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Todos os instrumentos que são utilizados nas medições do dia-a-dia e que afetem na
qualidade do produto devem ser calibrados, isso já sabemos, e todos os instrumentos de
medição que são calibrados devem ter critérios de aceitação definidos quanto aos
resultados finais apresentados no certificado de calibração.
Normas técnicas
Processo de medição
Características do instrumento (especificações técnicas)
Incerteza de medição obtida na calibração
Etc.
Claro que não! Não é necessário conhecer como se calcula a incerteza da medição, mas é
primordial que se conheça qual será a incerteza aproximada (ou a menor incerteza) que
será obtida na calibração.
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Critério de aceitação
Dessa forma, a faixa do resultado da medição poderá se mover com uma certa folga, não
fazendo com que qualquer erro pequeno ultrapasse a faixa do critério de aceitação.
Obs. Esse critério de aceitação também poderá ser chamado de Tolerância de Processo ou somente
de Tolerância.
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Um dos itens mais importantes para o responsável que analisa um certificado de calibração
é entender cada informação descrita nele. Sem dúvida, um dos maiores temores da maioria
dos envolvidos nas atividades metrológicas de uma empresa, é quando chega o certificado
de calibração. Ele sabe que o auditor vai questioná-lo sobre esse certificado, mas como
saber se está correto, se o equipamento está adequado ao processo, como entender aquela
tal de incerteza e esse fator de abrangência (fator do que?? Nossa!!).
Bom, para clarear um pouco as coisas quando contratamos um laboratório que é acreditado
e/ou reconhecido pela Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, podemos garantir que este
certificado contém todas as informações necessárias, pelo menos conforme recomenda a
norma. Nesta norma podemos encontrar todas as informações que um certificado de
calibração ou um relatório de ensaio devem conter.
Obs. Convém que os equipamentos utilizados em processos que afetem a qualidade do produto
sejam calibrados em laboratórios acreditados e/ou reconhecidos pela Norma ABNT NBR ISO/IEC
17025, pois estará sendo garantida a confiabilidade na calibração e nas próprias informações
contidas no certificado de calibração.
Para evitar problemas indesejados com a incerteza ou com o seu certificado, defina muito
bem a calibração, tendo os pontos de calibração definidos de acordo com a faixa de
uso do instrumento, a resolução do instrumento deve ser adequada à capacidade de
medição requerida, avalie a melhor capacidade de medição (incerteza mínima fornecida pelo
laboratório considerando um equipamento próximo ao ideal) do laboratório.
Exemplo 1: O projeto de uma peça indica que a espessura em uma determinada cota deve
ser de 10,0 + 0,5 mm.
Valor Verdadeiro
Valor Nominal Erro + Incerteza
Convencional
10,0 9,7 -0,3 0,3
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Neste caso o critério de aceitação é de + 0,5 mm em relação ao valor nominal da peça que é
de 10 mm, ou seja, o instrumento estaria aprovado se na medição o resultado estivesse
dentro da faixa de 9,5 mm a 10,5 mm, como o valor medido foi de 9,7 mm essa peça está
aprovada.
Somente o erro sistemático foi considerado, mas e a incerteza de medição? Ela também faz
parte do resultado, sendo assim é necessário que ela também seja incluída nessa análise.
O correto seria somar o erro (em módulo) com a incerteza de medição e comparar com o
critério de aceitação definido, conforme informado abaixo:
Ponto de 10ºC:
Critério de aceitação
Resultado da medição
Ponto de 50ºC:
Critério de aceitação
Resultado da medição
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Ponto de 100ºC:
Critério de aceitação
Resultado da medição
Nota: Mesmo o instrumento de medição estando aprovado para o critério de aceitação definido, não
significa que o erro sistemático informado não deve ser compensado nos resultados obtidos.
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Quando um operador escolhe um instrumento para realizar o seu ensaio, ele precisa garantir
a confiança daquela medida, a confiança dos resultados finais que serão obtidos, para isso
ele precisa:
Medições incorretas
Dificuldades no controle de processos
Produtos com qualidade instável
Entre outros pontos importantes
Resumindo:
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As normas especificam que qualquer equipamento de medição e ensaio deve ser calibrado
antes do uso e regularmente, após esta calibração inicial.
d) padrões de elevada hierarquia e de uso exclusivo para fins de calibração. (Os padrões
não podem ser utilizados para outra finalidade);
As calibrações devem ser realizadas tendo por referência as especificações dos fabricantes
e outras, desde que aplicáveis ao equipamento a ser calibrado. Tais especificações de
serviços devem ser claras e devem ser formalmente aceitas pelo laboratório antes do início
dos serviços.
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BIBLIOGRAFIA
Metrologia na Indústria
Edição ano 2001
Editora Érica Ltda.
Autor: Francisco Adval de Lira
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FOLHA DE EXERCÍCIOS
Algarismos significativos
a. 0,11
b. 0,52
c. 0,538
d. 0,9
a. 52,29
b. 40,14
c. 0,54
d. 0,12
e. 350,05
Erros de medição
3. Qual dos valores medidos podem ser caracterizados como um erro grosseiro?
a.
Valor nominal 1ª medida 2ª medida 3ª medida 4ª medida
500,50 500,12 500,13 500,49 500,15
b.
Valor nominal 1ª medida 2ª medida 3ª medida 4ª medida
0,20 0,26 0,33 0,34 0,34
10,0 10,1
20,5 20,4
29,9 30,2
41,3 41,3
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100 1,10
350 1,15
350 0,98
100 2,50
Precisão e Exatidão
6. Analisando os manuais de três paquímetros, qual deles seria o melhor para a sua
empresa considerando que você necessita de um que tivesse boa repetitividade nas
medições, ou seja, pouca dispersão entre as medições de um mesmo trabalho.
7. Considerando a média das medições, qual dos dois micrômetros abaixo possui a melhor
exatidão?
Valor do
Micrômetro 1ª medida 2ª medida 3ª medida Média
padrão
A 4,0 4,12 4,12 4,12 4,12
B 4,0 4,07 4,05 4,09 4,07
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Paquímetro
Valor Verdadeiro Valor no Instrumento
Erro + Incerteza
Convencional em Teste Status
(mm) (mm)
(mm) (mm)
5,0 5,01 0,01 0,01
Termômetro
Valor Verdadeiro Valor no Instrumento
Erro + Incerteza
Convencional em Teste Status
(ºC) (ºC)
(ºC) (ºC)
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Bloco padrão
Valor Verdadeiro
Valor Nominal Erro + Incerteza
Convencional Status
(mm) (mm) (mm)
(mm)
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