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Jan/2006
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ÍNDICE
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CAPÍTULO 01 - ÁLGEBRA VETORIAL
1 – VETORES
Analisando uma série de grandezas veremos que algumas são caracterizadas apenas por
uma medida ou módulo. Tais grandezas são chamadas de escalares. Como exemplos podemos citar:
o tempo, a massa, a temperatura. No decorrer de nosso curso consideraremos como escalar
qualquer número real.
Um outro grupo de grandezas necessitam de módulo, direção e sentido para a sua perfeita
identificação. Estas grandezas são chamadas de grandezas vetoriais. Como exemplo temos: força,
torque, campos elétricos e magnéticos. Para representar graficamente uma grandeza vetorial usa-se
um segmento de reta orientado (fig.1) a quem chamamos de vetor. Alertamos o leitor que essa
representação nem sempre será possível pois veremos que existem elementos que não podem ser
representados por um vetor apesar de apresentar propriedades operacionais idênticas às dos
vetores.
O módulo do vetor é representado pelo comprimento do segmento. A direção é definida pela reta
suporte do vetor enquanto que o sentido é determinado pela seta.
Indicamos o módulo do vetor por a (não em negrito) ou | |.
2 - VETORES EM R2
Podemos considerar vetores que pertencem a uma única reta, um plano e ao espaço. Vetores
que pertencem a uma única reta são ditos unidimensional ou vetores do espaço R. Vetores que
pertencem ao plano são ditos bidimensional ou vetores do espaço R2 e vetores no espaço
tridimensional são vetores de R3. Estas idéias podem ser estendidas para um espaço n-dimensional,
são vetores de Rn.
Iniciaremos nosso estudo com os vetores em R2.
Os vetores de R2 podem ser representados no plano cartesiano, conforme indicado na fig.2.
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A figura 2 mostra o vetor v cuja origem é o ponto A = (5, 4) e cuja extremidade é o ponto B = (9,
9).
Em geral, usa-se na álgebra vetorial substituir o vetor por um vetor equivalente (vetor de mesmo
módulo, mesma direção ou direção paralela e mesmo sentido) cuja origem coincide com a origem
dos eixos cartesiano, ou seja, um vetor como v'. Assim, o vetor v' é denominado, vetor equivalente
a v, localizado na origem.
Esse vetor será indicado por v' = (4, 5) onde (4, 5) são as coordenadas de sua extremidade.
IMPORTANTE
(1) Pela figura é fácil concluir que, se (x1, y1) e (x2, y2) são as coordenadas da origem e da
extremidade de um vetor, o equivalente localizado na origem será (x2 - x1, y2 - y1).
(2) O módulo do vetor v = (x, y), de acordo com o teorema de Pitágoras é
3 - VETORES EM R3
No espaço tridimensional, cada ponto é indicado por três coordenadas (x, y, z). Assim, todo
vetor de R3, localizado na origem será indicado por (x, y, z) onde (x, y, z) são as coordenadas de
suas extremidades.
Assim, o vetor u da fig.3, será u = (x, y, z).
4 - VETORES EM Rn
EXERCÍCIOS
1. Represente graficamente cada um dos vetores v1 = (2, -3), v2 = (-3, 4), v3 = (2, 2, 1) e v4 = (3,
4, -12).
2. Considere o vetor AB, onde A = (2, -3) e B = (5, 1). Determine o vetor equivalente a AB,
localizado na origem dos eixos cartesianos. Represente no plano cartesiano os vetores AB e seu
equivalente.
3. Considere o vetor AB, onde A = (3, -5, 1) e B = (5, -2, 5). Determine o vetor equivalente a AB,
localizado na origem dos eixos cartesianos. Represente no plano cartesiano os vetores AB e seu
equivalente.
5. Determine o módulos dos seguintes vetores: v1 = (2, -3), v2 = (-3, 4), v3 = (2, 2, 1), v4 = (3, 4,
4
-12) e v5 = (5, 1, 5).
Definição 1- Adição de Vetores: Dados os vetores u = (u1, u2, u3, ..., un) e v = (v1, v2,
v3, ..., vn), de Rn, define-se o vetor soma s = u + v, tal que
s = (u1 + v1, u2 + v2, u3 + v3, ..., un + vn)
Definição 2 - Multiplicação por escalar - Sejam: o vetor v = (v1, v2, v3, ..., vn) de Rn e o
escalar r ∈ R. Define-se o produto do escalar r pelo vetor v, como sendo o vetor rv, tal que rv =
(rv1, rv2, rv3, ..., rvn).
EXERCÍCIOS
2) Sejam u = (2, -4, 6), v = (-3, 12, -4) e w = (6, 3, -1). Determine o vetor x tal que:
a) x = u + v
b) x = 3u + 2w
c) x = 2u - v
d) x = 2 (u + v) + 3w
e) x = 2 (3u + 2w) - 3 (5v)
e) u + 2v = x - w
f) 3 (u + 2x) = 4x + 2w
3) Se u = (2, 2, 1), v = (0, -2, 4) e w = (7, -3, -2), determine o módulo do vetor 3u - 4v + 2w.
Costuma-se usar vetores unitários cujas direções com as direções positivas dos eixos
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cartesianos.
Para o plano, esses unitários são indicados por usa-se i e j (fig.1), tais que i = (1, 0) e j = (0, 1).
Ao aplicar essa notação para um vetor v = (a, b), teremos v = a.(1, 0) + b.(0, 1) = ai + bj.
Em R3, os unitários são indicados por i, j e k (fig.2), onde i = (1, 0, 0), j = (0, 1, 0) e k = (0, 0, 1).
Um vetor como v = (a, b, c) é indicado como v = ai + bj + ck.
EXERCÍCIOS
7 - PRODUTO ESCALAR
Sejam u = (x1, y1, z1) e v = (x2, y2, z2) dois vetores, que formam um ângulo θ . Define-se o
produto escalar de u por v, que é simbolizado por u.v como sendo o escalar (número real) | u |.| v
|. cos θ .
Observe que esse produto é indicado por um ponto. Não pode ser usado o sinal X pois este será
utilizado para outro tipo de produto.
O produto escalar é usado em muitas definições de grandezas físicas, como por exemplo o
trabalho que é definido pelo produto (vetor força) . (vetor deslocamento). Força e deslocamento são
duas grandezas vetoriais, mas o trabalho é uma grandeza escalar.
Para obter o produto escalar em função das coordenadas dos vetores, multipliquemos
inicialmente os unitários:
i.j = i.k = j.k = 1.1.cos 90º = 1.1.0 = 0 e i.i = j.j = k.k = 1.1.cos 0º = 1.1.1 = 1.
Escrevendo os vetores u e v em termos dos unitários, o produto u.v fica:
(x1i + y1j + z1k).(x2i + y2j + z2k) = x1x1i.i + x1y2i.j + x1z2i.k + y1x2j.i + y1y2j.j + y1z2j.k + z1x2k.i +
z1y2k.j + z1z2k.k = x1x1.1 + x1y2.0 + x1z2.0 + y1x2.0 + y1y2.1 + y1z2.0 + z1x2.0 + z1y2.0 + z1z2.1 =
x1x2 + y1y2 + z1z2.
Esta expressão para o produto escalar pode ser estendida a vetores com qualquer número de
coordenadas. Assim,
Pela definição | u |.| v |. cos θ é fácil verificar que se u e v são dois vetores
perpendiculares, o produto escalar é nulo pois cos 90º = 0.
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Exemplos:
(1) Se u = (2, 3, 4) e v = (-2, 4, 5) então u.v = 2.(-2) + 3.4 + 4.5 = -4 + 12 + 20 = 28 (observe
que o resultado é um número).
(2) Os vetores u = (2, -3, 4) e v = (5, 2, -1) são perpendiculares pois u.v = 2.5 + 3.(-2) + 4.(-1) =
10 - 6 - 4 = 0.
EXERCÍCIOS
1. Efetue as operações abaixo para u = (1, 4, 5), v = (3, 3, -2) e w = (-5, 7, 1).
a) u.v b) w.u c) 3u.2w d) (3u - 4v).(5w)
e) (u.v).w f) u.(v.w)
9 - PRODUTO VETORIAL
O produto vetorial, como o próprio nome diz, é uma multiplicação de dois vetores onde o resultado
será também um vetor. Para indicar o produto vetorial de u por v escrevemos u x v ou u ∧ v (nesta
última notação lê-se u vec v.
Os sinais x ou ∧ são usados para o produto vetorial e não podem ser substituído pelo ponto (.)
que é usado para o produto escalar.
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Com a mão direita aberta, formando um plano, aponta-se o primeiro vetor com o polegar. Os
demais dedos apontam o segundo vetor. A palma da mão indicará o sentido do produto.
O produto vetorial pode ser calculado a partir das coordenadas dos mesmos. Para isso,
vejamos os produtos dos vetores unitários i, j e k. Veja a fig. 2 (unitários no espaço tri-dimensional)
da aula anterior. O ângulo formado por i com j, j com k e i com k é 90º e o ângulo de i com i, j
com j e k com k é 0º. Assim, temos:
i x j = k; j x i = - k; i x k = - j; k x i = - j; j x k = i ; k x j = -i ; i x i = j x j = k x k = 0.
Note que o módulo de i x j é 1.1.sen90º = 1, o sentido de i x j se obtém usando a regra da mão
direita. Da mesma forma se obtém, j x i , j x k, k x j, i x k e k x i .
Um algoritmo simples pode ser usado para se obter o produto anterior. (1) Escreve-se as
coordenadas do segundo vetor debaixo das coordenadas do 1º vetor. (2) repete-se, à frente, as
duas primeiras colunas. (3) elimina-se a primeira coluna. (4) efetua-se os produtos conforme
indicados pelas linhas. Observe as cores e as posições dos produtos na figura a seguir.
EXERCÍCIOS:
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1 - Prove que u . v = v . u e (u . v) . w = u . (v . w).
2 - Prove, mediante um exemplo que o produto vetorial não é comutativo e nem associativo.
3 - Sejam u = (1, 2, 3), v = (-4, 8, -3) e w = (4, -2, -1) três vetores. Calcule:
(a)u.v (b)uxw ( c ) (u . v) . w ( d ) u x (v . w)
( e ) (u x v) . w ( f ) 2u x 3w ( g ) u . 2w + 3u . 4v
( h ) u x (w x v) ( i ) (u x w) x v ( j ) 2u . 3w
( k ) u . (v . w) ( m ) u x (v . w)
4 - Determine o co-seno do ângulo formado pelos vetores u e v dados no exercício 3.
5 - Determine um vetor que seja perpendicular ao plano formado pelos vetores (3, -4, -6) e (8, 5,
0).
6 - Calcule o módulo de (3, -4, -6) x (8, 5, 0).
7 - Sabe-se que o vetor (3, 6, -7) é paralelo ao vetor (3x, y + 2, 21). Calcule os valores de x e y.
8 - A operação u . v + u x v é possível ou não. Justifique sua resposta.
9 - A operação u. [(v + u) x v] é possível ou não. Justifique sua resposta. O resultado é um vetor
ou um escalar?
10 - PRODUTO MISTO
Para a forma (2), u.v = x1x2 + y1y2 + z1z2 que é um escalar. Assim, (u.v) x w = (x1x2 + y1y2 +
z1z2).(x3, y3, z3) que é um vetor.
No caso de (u.v) x w, o sinal x pode normalmente ser substituído pelo ponto.
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EXERCÍCIOS:
1. Considere os vetores u = (6, 6, 1), v = (2, 3, 5), w = (-3, -4, 1).
Calcule: a) (u.v).w b) u.(v.w) c) w.(u.v) d) u x (v.w)
e) u x (v x w) f) (u x v) x w g) w x (u x v).
2. Sabe-se que w = (2, 3, a) é paralelo ao plano formado pelos vetores u = (6, 6, 1), v = (2, 3, 5).
Calcule o valor de "a".
EXERCÍCIOS:
1 - Prove que u . v = v . u e (u . v) . w = u . (v . w).
2 - Prove, mediante um exemplo que o produto vetorial não é comutativo e nem associativo.
3 - Sejam u = (1, 2, 3), v = (-4, 8, -3) e w = (4, -2, -1) três vetores. Calcule:
(a)u.v (b)uxw ( c ) (u . v) . w ( d ) u x (v . w) ( e ) (u x v) . w
( f ) 2u x 3w ( g ) u . 2w + 3u . 4v ( h ) u x (w x v) ( i ) (u x w) x v
( j ) 2u . 3w ( k ) u . (v . w) ( m ) u x (v . w)
5 - Determine um vetor que seja perpendicular ao plano formado pelos vetores (3, -4, -6) e (8, 5,
0).
7 - Sabe-se que o vetor (3, 6, -7) é paralelo ao vetor (3x, y + 2, 21). Calcule os valores de x, e y.
10 - Calcule o vetor unitário na direção de (u.v) x w, se u = (1, 2, 3), v = (-4, 8, -3) e w = (4, -2,
-1).
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CAPÍTULO 2 - APLICAÇÕES DA ÁLGEBRA VETORIAL
Sejam A = (x1, y1, z1) e B = (x2, y2, z2) dois pontos no espaço R3. A distância entre os pontos A
e B é igual ao módulo do vetor AB, que, conforme visto no capítulo 1, se determina por
, onde
x = x2 - x1, y = y2 - y1 e z = z2 - z1.
2 - ÁREA DE UM TRIÂNGULO
A área do triângulo é determinada por: A = b.h/2, que para o triângulo PQR torna-se A =
(1/2)PR.QS.
Exemplo:- Calcular a área do triângulo de vértices A = (1, 2, 5), B = (5, -3, 7) e C = (0, -4, -2).
Façamos u = B - A e v = C - A. Desta forma teremos: u = (5 -1, -3 - 2, 7 - 5) e v = (0 -1, -4 - 2,
-2 - 5) ==> u = (4, -5, 2) e v = (-1, -6, -7).
Calculando u x v obtém-se: u x v = (47, 26, -29) cujo módulo é .
A área do triângulo é então: .
Obs.1 - Para encontrar a área do triângulo A = (x1, y1), B = (x2, y2) e C = (x3, y3), onde os lados são
pontos do plano, complete as coordenadas com z1 = z2 = z3 = 0 e aplique o mesmo raciocínio
anterior.
Obs. 2 - A área do quadrilátero ABCD equivale à soma das áreas dos triângulos ABC e ACD.
Dados os pontos A (x1, y1) e B (x2, y2), o ponto médio é aquele que divide o segmento em dois
segmentos cujas medidas são iguais á metade da medida do segmento AB.
Na figura a seguir, M(xm, ym) é o ponto médio do segmento AB.
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Pela semelhança dos triângulos ABB' e AMM' podemos escrever:
AM / AB = AM' / AB' ==> 1 / 2 = (xm - x1) / (x2 - x1) ==> 2xm - 2x1 = x2 - x1 ==> 2xm = x2 + x1
==> xm = (x2 + x1)/2.
Pela semelhança dos triângulos BAB' e BMM' tira-se BM / BA = BM' / BB' ==> 1 / 2 = (y2 - ym) / (y2
- y1) de onde se conclui ym = (y2 + y1)/2.
Portanto, o ponto médio do segmento AB, com A (x1, y1) e B (x2, y2), é [(x1 + x2)/2, (y1 + y2)/2].
O raciocínio pode ser estendido para o espaço R3, sendo [(x1 + x2)/2, (y1 + y2)/2, (z1 + z2)/2] as
coordenadas do ponto médio do segmento AB, sendo A = (x1, y1, z1) e B = (x2, y2, z2).
EXERCÍCIO
1. Calcule a área do triângulo formado pelos pontos médios dos lados do triângulo ABC sendo A =
(3, 2, 5), B = (5, -3, 7) e C = (0, -4, -2).
2. Calcule a área e o perímetro do triângulo ABC se A = (3, 2, 5), B = (5, -3, 7) e C = (0, -4, -2).
3. Note que o triângulo ABC dos exercícios 1 e 2 é o mesmo. Compare as áreas obtidas nos dois
exercícios. Que conclusão se pode tirar a respeito da área de um triângulo e da área do triângulo
formado pelos pontos médios desse triângulo?
4. Calcule as medidas das medianas do triângulo de vértices A = (3, 2, 5), B = (5, -3, 7) e
C = (0, -4, -2).
Consideremos o vetor v = (x1, y1, z1), que faz um ângulo θ com a reta r, conforme indicado na
figura 1 abaixo.
O módulo da projeção de v sobre a reta é |w| = |projr v| = |v|.cos θ . O vetor w é então w = |
w|.u, onde u é o vetor unitário que define a direção da reta r.
Temos então: w = |v|.cos θ .|u|.u, pois |u| = 1. Como |v|.cos θ .|u| = |v.u|, pode-se concluir
que:
Aplicação: Seja v = (6, -9, 8) um vetor e u = (3, 4, 12) um vetor que define a direção de uma reta.
A projeção de v sobre a reta é projr v = |v.uu|.uu, onde uu é o unitário na direção de u.
O módulo do vetor u é |u| = (32 + 42 + 122)1/2 = 13. Portanto, uu = (3/13, 4/13, 12/13).
Temos então v.u = 6.3/13 -9.4/13 + 8.12/13 = 108/13.
De onde se tira finalmente: projr v = (108/13).(3/13, 4/13, 12/13) = (324/13, 432/13, 1286/13).
Sejam u e v dois vetores que formam um ângulo θ , conforme indicado na figura 2 acima.
Pela definição do produto escalar: u.v = |u|.|v|.cos θ . Desse produto tiramos cos θ = u.v/|u|.|
v|.
EXERCÍCIOS
1. Mostre que, se v = (x1, y1, z1) e u = (x2, y2, z2), a projeção de v na direção definida por u é dada
por (x1x22 + y1y2x2 + z1z2x2, x1x2y22 + y1y22 + z1z2y2,x1x2z2 + y1y2z2 + z1z22)/(x22 + y22 + z22).
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2. Calcule o módulo da projeção do vetor (2, 3, 4) sobre a reta definida pela direção (1, 1, 1).
3. Determine a projeção do vetor (-9, 3, 7) sobre a reta definida pelo unitário (3/13, 4/13, 12/13).
4. Calcule o menor ângulo formado pelo vetores (5, 4, -1) e (2, 3, 4).
7. Calcule os ângulo do triângulo de vértices A = (1, 2, 3), B = (-5, 1, 2) e C = (7, -3, 6).
6. VOLUME DO PARALELEPÍPEDO
EXERCÍCIO
1. Três arestas de um paralelepípedo são determinadas pelos vetores u = (2, 3, 4), v = (5, -2, 4) e
w = (4, 10,-3). Calcule o seu volume.
2. Quatro vértices consecutivos de um paralelepípedo são A = (1, 4, 12), B = (6, -8, 14), C = (-5,
12, 6) e D = (9, 18, 15). Calcule o volume desse paralelepípedo.
3. Mostre que os pontos (2, 3, -1), (0, 3, 4), (4, -1, 2) e (-2, 4, 7) são co-planares (pertencem ao
mesmo plano). Sugestão: verifique que o volume do paralelepípedo onde os quatro pontos são
vértices consecutivos é nulo.
4. Os vértices de uma pirâmide de base triangular são os pontos A = (1, 4, 12), B = (6, -8, 14), C =
(-5, 12, 6) e D = (9, 18, 15). Se o volume da pirâmide é um terço do volume do prisma de igual
base e igual altura, calcule o volume da pirâmide.
5. Um prisma de base triangular tem base ABC, onde A = (6, 6, 1), B = (2, -10, 11) e C = (-4, 9,
7). O vértice D da aresta AC é D = (18, 7, 15). Calcule o volume desse prisma.
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CAPÍTULO 3 - A RETA EM R2 E R3
A reta tem como equação uma função de primeiro grau, podendo se apresentar sob diversas
formas. Entre as formas iremos analisar: as paramétricas, a reduzida, a geral e a segmentária.
Seja então a reta apresentada na figura abaixo:
Uma reta fica perfeitamente definida se conhecermos um de seus pontos e uma direção paralela
a ela.
Sejam então: A(xo, yo) um ponto da reta, u = (a, b) um vetor paralelo à reta e P(x, y) um ponto
genérico dessa reta. (fig. 1)
Como a reta r é paralela ao vetor u, podemos escrever: P - A = λ .u ⇔
⇔ (x - xo, y - yo) = λ .(a, b) ⇔ x - xo = λ a e y - yo = λ b ⇒
Exemplos:-
1 - Escrever a equação da reta que passa pelo ponto (2, -4) cuja direção é definida pelo vetor (5,
3).
Solução:- A solução é imediata de acordo com o que foi visto acima.
Resposta: x = 2 + 5λ e y = -4 + 3λ .
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4 - Dê um vetor v da forma (9x, 12) que seja paralelo à reta x = -2 + 3λ e y = 7 - 2λ .
Solução:- Um vetor paralelo à reta é u = (3, -2), tirado da própria equação. Ora, se v é paralelo à
reta então v é paralelo a u. Assim v = ku ⇒ (9x, 12) = k(3, -2) ⇒ -2k = 12 e 3k = 9x. De -2k = 12
tira-se k = -6 que levado em 3k = 9x ⇒ -18 = 9x ⇒ x = -2. O vetor é então (-18, 12).
.
Nesta forma, (a, b) é um vetor paralelo à reta e (x0, y0) é um ponto conhecido.
Da expressão bx - bxo = ay - ayo podemos obter bx + (-a)y + ayo - bxo = 0. Substituindo b por
A, (-a) por B e ayo - bxo por C, a igualdade anterior fica Ax + By + C = 0. Esta forma é chamada
equação geral da reta.
Se considerarmos dois vetores (A, B) e (a, b), seu produto escalar é Aa + Bb. Como foi feito A = b e
B = -a, teremos Aa + Bb = ba + (-a)b = ba - ab = 0 ⇒ (A, B) é perpendicular a (a, b). Como (a, b)
é paralelo à reta, podemos concluir que (A, B) é um vetor perpendicular à reta Ax + By + C = 0.
EXERCÍCIOS:
1 - Seja x = 3 + 4λ e y = -5 + 2λ as equações paramétricas da reta. Escreva as equações
simétricas, reduzida e geral para essa mesma reta.
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4 - Construa o gráfico de cada uma das retas citadas no exercício 3.
8 - Calcule a área e o perímetro do triângulo cujos lados são segmentos das retas y = 2x - 9, 3x +
4y - 1 = 0 e (x - 1)/2 = (x + 1)/3.
Lembrando:
(i) Dadas as equações x = xo + aλ e y = yo + bλ , (a, b) é um vetor paralelo à reta.
(ii) Na forma Ax + By + C = 0, (A, B) é um vetor perpendicular à reta.
(iii) Na forma y = mx + h, m = a/b, sendo (a, b) o vetor paralelo à reta.
(iv) Para duas retas paralelas, seus vetores (a, b) e (a’, b’) são da forma (a’, b’) = k(a, b) onde k é
um número real.
(v) Para duas retas perpendiculares, os vetores (a, b) e (a’, b’) também serão perpendiculares.
Neste caso, o produto escalar é nulo, ou seja aa’ + bb’ = 0.
Usando as condições acima, é simples verificar se duas retas são paralelas ou perpendiculares,
bem como encontrar uma reta que seja paralela ou perpendicular a outra reta dada.
Exemplo 1 – Determine a equação da reta que passa pelo ponto (2, 7) e que seja paralela à reta
cujas equações paramétricas são: x = 4 - 2λ e y = 5 + 3λ .
Solução:- Como a reta é paralela à reta dada, o vetor que define a direção de ambas é (-2, 3).
Temos então: x = 2 - 2λ e y = 7 + 3λ .
Exemplo 2 – Determine a equação da reta que passa pelo ponto (-2, 5) e é paralela à reta y = 4x +
3.
Solução:- Como m = 4, temos 4 = a/b. Como a reta passa pelo ponto (-2, 5), teremos: 5 = 4.(-2)
+ h è
h = 13. Portanto, a equação da reta será y = 4x + 13.
Exemplo 3 – Determine a equação da reta paralela à 3x – 2y + 4 = 0, que passa pelo ponto (1, 7).
Solução:- (3, – 2) é um vetor perpendicular à reta dada. Como se quer uma reta paralela à
primeira, este vetor também será perpendicular à reta cuja equação se quer determinar. Assim, 3.1
– 2.7 + C = 0 è C = 11 è 3x – 2y + 11 = 0.
Exemplo 4 – Escreva a equação da reta s que passa pelo ponto (2, -1), que seja perpendicular à
reta r: 3x + 2y + 5 = 0.
Solução:- O vetor (3, 2) é perpendicular à reta r, portanto, é paralelo à reta s. Assim, a equação
da reta é x = 2 + 3λ e y = -1 + 2λ ..
Exemplo 5 – Escreva a equação da reta s que passa pelo ponto (2, -1), perpendicular à reta x = 2 +
4λ e y = 5 - 3λ .
Solução:- O vetor (4, -3) é paralelo à reta dada. Portanto, perpendicular à reta pedida. O vetor
paralelo à reta pedida (a, b) deve ser tal que (a, b).(4, -3) = 0. Quaisquer valores de a e b que
satisfaçam o produto, pode ser usado como vetor paralelo à reta. Pode-se então fazer a = 3 e b =
4, pois 3.4 + 4(-3) = 0. Assim, a equação da reta pedida é x = 2 + 3λ e y = -1 + 4λ .
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EXERCÍCIOS:
2. Considere a reta r, dada sob a forma reduzida y = (2/3)x - (4/5). Escreva, na forma geral e
paramétrica, a equação da reta que passa pelo ponto (-1, -5), sendo a mesma:
a) paralela a r
b) perpendicular a r.
3. Considere a reta r, dada sob a forma geral, 3x - 2y + 6 = 0. Escreva nas formas geral, reduzida e
paramétrica, a equação da reta que passa pelo ponto (2, 5), sendo a mesma:
a) paralela a r
b) perpendicular a r.
4. Uma reta r passa pelo ponto (-4, 1) e tem sua direção definida pelo vetor (4, 5). Escreva a
equação paramétrica da reta que passa pelo ponto (1, -2) se a mesma é:
a) paralela a r
b) perpendicular a r.
3– A RETA NO ESPAÇO R3
Para o espaço tridimensional são consideradas três coordenadas (x, y, z). A determinação da
equação de uma reta nesse espaço tem as mesmas características que a equação da reta no espaço
R2, diferenciando apenas no número de coordenadas.
Sejam então, (1) um ponto (x0, y0, z0) conhecido, (2) o vetor v = (a, b, c) paralelo à reta r e (3) (x,
y, z) um ponto genérico da reta r, conforme indicados na figura abaixo.
O vetor u = (x - x0, y - y0, z - z0), por ser paralelo a v = (a, b, c), é tal que u = λ v, o que
permite escrever:
(x - x 0, y - y0, z - z 0) = λ .(a, b, c) = (aλ , bλ , cλ ).
Aplicando a definição de igualdade de vetores, conclui-se:
x - x0 = aλ ⇔ x = x0 + aλ ; y - y0 = bλ y = y0 + bλ e z - z0 = cλ z = z0 + cλ .
As equações:
x = x0 + aλ
y = y0 + b λ
z = z0 + cλ ,
são denominadas equações paramétricas da reta.
17
que constituem as equações segmentárias da reta.
É importante não esquecer que (a, b, c) é um vetor paralelo à reta enquanto que (x0, y0, z0) é um
ponto da reta.
Na figura o vetor u define as direções de retas como u e t, enquanto que r define a direção da
reta r.
O vetor u é perpendicular ao vetor v. Assim, o produto escalar u.v é nulo.
Entretanto, as retas r e u são perpendiculares enquanto que as retas r e t são ortogonais.
Para que as retas sejam perpendiculares, além do produto u.v ser nulo, o sistema formado pelas
equações das duas retas deve ter solução única.
No caso de serem ortogonais, não concorrentes, a solução do sistema formado pelas duas retas
não deve ter solução.
Para retas paralelas, os vetores que definem suas direções também serão paralelos. Assim, se s
e w são os vetores que definem as direções das retas, deve-se ter s = k.w.
Quando, as retas não são paralelas e o produto escalar dos vetores que definem suas direções
não for nulo, as retas serão concorrentes obliquas se o sistema apresentar solução única ou serão
reversas oblíquas se o sistema não tiver solução.
EXERCÍCIOS
1 - Escreva a equação da reta cuja direção é definida pelo vetor (2, 1, 2) e que passe pelo ponto (-
2, 3, 4).
2 – Escreva, na forma segmentária, a equação da reta que passa pelo ponto (3, 4, 2), paralela à
reta:
x = 3 + 2λ y = -4 + 7λ z = -5 - 3λ .
18
5 - Dê um vetor na forma (20, n, m) que seja paralelo à reta (x - 2)/4 = (y - 1)/3 = (z + 4)/(-2).
7 - Dê um ponto que pertença à reta do exercício 05 e outro que pertença à reta do exercício 6.
9 - Determine um vetor na forma (2a + 2, 3a, 1), que seja perpendicular à reta do exercício 6.
10 - Determine a equação da reta, nas formas paramétricas e segmentária, que passa pelos
pontos (2, 1, 2) e (5, -1, 7).
11 - Verifique se o ponto (6, -1, 0) pertence à reta que passa pelos pontos (4, -2, 3) e (5, 1, 5).
12 - Sejam A = (7, -13, 6), B = (4, -4, 5) e C = (9, -19, 2). Entre eles, qual (ou quais) passa (ou
passam) pela reta que contém os pontos (3, -1, 2) e (2, 2, 1).
19
Exemplo: Calcular a distância do ponto (2, -5, 7) à reta x = 4 + 3λ , y = -6 + λ , z = 2 - 4λ .
Temos, de acordo com o exposto acima: ponto da reta P = (4, -6, 2), vetor que define a direção da
reta v = (3, 1, -4) e ponto fora da reta Q = (2, -5, 7).
Calculando o vetor PQ = Q - P = (2 - 4, -5 + 6, 7 - 2) = (-2, 1, 5).
O produto v x PQ é (-9, 7, 5).
A reta em R2 tem formas como y = mx + h e os pontos são dados na forma (x1, y1) ou seja, com
apenas duas coordenadas. Podemos entretanto, considerar ambos como do espaço tridimensional
onde z = 0.
Assim, a reta seria indicada pelas equações y = mx + h e z = 0 enquanto o ponto seria indicado por
(x1, y1, 0).
Para obter o ponto da reta e o vetor que define sua direção podemos escrever a equação da reta na
forma:
x=0+λ
y = h + mλ
z = 0.
(0, h, 0) é o ponto da reta enquanto que v = (1, m, 0) é o vetor que define a direção da mesma.
Considerando P = (x1, y1, 0), ponto fora da reta, Q = (0, h, 0) ponto da reta, tiramos: PQ = (-x1, h -
y1, 0) e em conseqüência: u x PQ = (0, 0, h - y1 - mx1) cujo módulo é |u x PQ | = |h - y1 - mx1| = |
mx1 + y1 - h|.
EXERCÍCIOS:-
1 - Determinar a distância do ponto (3, -5) a cada uma das retas abaixo:
a ) x = 2 - 3λ e y = 1 + λ
b)x+y–1=0
c) y = 2x + 1
d) (x – 3)/2 = (y + 1)/1
3 – Prove que a distancia da reta Ax + By + C = 0 ao ponto (xo, yo) pode ser determinada por
4 – Determine a distância do ponto P(1, 1, 2) à reta que passa pelos pontos (-1, 0, 1) e (3, 1, 0).
5 - Determine a distância do ponto P(1, 2) à reta que passa pelos pontos (-1, 1) e (3, 1).
20
CAPÍTULO 4 – MUDANÇAS DE COORDENADAS
1 – INTRODUÇÃO
2 – TRANSLAÇÃO DE EIXOS
Consideremos os dois sistemas de coordenadas S(x, y) e S’(x’, y’), de modo que a origem de
S’(x’, y’) seja o ponto (a, b) em relação ao sistema S. Seja P um ponto de uma curva, conforme
indicado na figura.
3 – ROTAÇÃO
No item anterior vimos que aplicando uma translação podemos eliminar termos de primeiro
grau (termos em x ou em y). Na rotação é possível eliminar termos onde estas duas variáveis
aparecem multiplicadas, ou seja, eliminar termos em xy.
Na rotação, um sistema de eixos S’(x’, y’) é girado
de um ângulo θ , transformando num sistema de
eixos S(x, y). Vejamos isto em um gráfico.
As coordenadas em relação a S(x, y) são x = OB e y
= OA.
Do triângulo OB’P, tiramos: OB' = x’ = OPcosθ e
OA’ = PB' = y’ = OPsen θ . v
Com o triângulo POB obtemos:
(1) OB = x = OP.cos(θ - α ) = OP(cosθ cosα +
senα ν ε σ θ ) =
= (OPcosθ )cosα + (OPsenθ )senα = x'cosα +
y'senα
(2) PB = OA = y = OPsen(θ - α ) = OP(senθ cosα -
senα σ ο χ θ ) =
= (OPsenθ )cosα - OP(cosθ )senα = y'cosα - x’senα
Assim, a rotação θ , transforma as coordenadas (x’, y’) nas coordenadas (x, y) tais que:
x = x'cosα + y'senα
y = y'cosα - x’senα
que pode ser expresso pelo produto matricial abaixo
EXERCÍCIOS:-
1 – Elimine os termos em x e y na equação 2x2 + 4y2 + 4x - 8y – 31 = 0.
2 – Se for aplicada uma rotação de 45º em um sistema de eixos, quais serão as novas coordenadas
do ponto (5, -3)?
3 - Elimine o termo em xy na equação x2 – xy + y2 = 5 por meio de uma rotação.
4 – Calcule as novas coordenadas do ponto (1, 3) ao aplicar uma translação x’ = x – 1, y’ = y + 2 e
a seguir uma rotação de 60º no sistema de eixos original (xy).
5 – Um ponto tem coordenadas (-5, 8) em relação a um sistema de eixos. Qual será a origem de
um novo sistema de eixos, se as coordenadas desse ponto forem transformadas em (0, 2)?
22
CAPÍTULO 05– ESTUDO DAS CÔNICAS NO PLANO
1 – LUGAR GEOMÉTRICO
A maioria dos lugares geométricos são definidos em termos de distância entre pontos ou de
distância de ponto à reta. É interessante que estes conceitos sejam revistos para melhor
entendimento do conteúdo a seguir.
2.1 - Lugar geométrico dos pontos do plano eqüidistantes de dois pontos conhecidos
pertencentes ao mesmo plano (mediatriz) - (figura 1)
Sejam A = (x1,y1) e B = (x2, y2) os dois pontos conhecidos e P = (x, y) os pontos que
constituem o lugar geométricos definido acima.
Temos PA = PB ⇔ PA2 = PB2 (quadrados das distâncias) ⇔ (x - x1)2 + (y - y1)2 = (x - x2)2 + (y - y2)2.
x2 - 2xx1 + x12 + y2 - 2yy1 + y12 = x2 - 2xx2 + x22 + y2 - 2yy2 + y22 ⇔
(2x2 - 2x1)x + (2y2 - 2y1)y + (y22 - y12 + x22 - x12 = 0.
Como x1, x2, y1, y2 são constantes, a expressão tem a forma ax + by + c = 0, que é a equação de
uma reta.
2.2 - Lugar geométrico dos pontos do plano eqüidistantes de duas retas concorrentes
pertencentes ao mesmo plano (bissetriz) (figura 2)
23
(NA1 + MA2)x + (B1N + B2M)y + (C1N + C2M) = 0
Desta (NA1 + MA2)x + (B1N + B2M)y + (C1N + C2M) = 0 são as equações das duas bissetrizes dos
ângulos formados pelas duas retas.
2.3 - Lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de um ponto e uma reta dados
Seja, calcular a equação do lugar geométrico cujos pontos são eqüidistantes da reta x = -4 e
do ponto (4, 1).
A figura a seguir mostra a curva representativa do lugar geométrico nas condições descritas.
Sejam P = (x, y) os pontos do lugar geométrico. Tomando o ponto Q da reta, suas coordenadas são
(-4, y) teremos:
QP = RP è (x + 4)2 + (y – y)2 = (x – 4)2 + (y – 1)2 è
è x2 + 8x + 16 = x2 – 8x + 16 + y2 – 2y +1 è
y2 – 16x – 2y + 1 = 0. (veremos mais tarde que esta equação se refere a uma parábola)
EXERCÍCIOS
3. Escreva a equação do lugar geométrico cujos pontos eqüidistam duas unidades do eixo
horizontal.
4. Escreva a equação do lugar geométrico dos pontos cuja distância à reta y = 2x é igual ao dobro
da distância ao ponto (1, 5).
24
3 – AS CÔNICAS
Se tomarmos um cone duplo, através de cortes no mesmo por diferentes planos podemos
obter as curvas: circunferência, elipse, parábola e hipérbole. Tais curvas são por esta razão
denominadas de cônicas. Todas elas são lugares geométricos que apresentam propriedades
características que serão definidas nos próximos itens.
A parábola e a elipse são curvas que podem gerar, por rotação em torno de um eixo,
superfícies que apresentam propriedades que as permitem usar na área tecnológica. Quanto a
hipérbole, esta tem fundamental importância na área algébrica, principalmente facilitando cálculos
de integrais e definições da função logaritmo. Estas três curvas podem ser definidas como lugar
geométrico dos pontos cuja distância a um ponto fixo, denominado, foco é igual a uma constante
positiva vezes a distância a uma reta fixa chamada diretriz. Esta constante é denominada
excentricidade, que simbolizaremos por e.
Para a parábola teremos e = 1, para a elipse 0 < e < 1 e para a hipérbole e > 1.
Quanto à circunferência sua definição é : lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de um
ponto fixo chamado centro.
Vejamos inicialmente como são obtidas as cônicas a partir do cone duplo. (fig. 1)
– A CIRCUNFERÊNCIA
A forma (x - a)2 + (y - b)2 = R2 é denominada equação reduzida da circunferência onde (a, b) são as
coordenadas do centro é R é a medida do raio.
Ao desenvolver a equação reduzida da circunferência obtém-se:
x2 – 2ax + a2 + y2 – 2by + b2 = R2 è x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – R2 = 0.
A última equação pode ser escrita na forma Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0, onde C = 0, A + B
e F = A.(a2 + b2 - R2). A forma Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0 é denominada equação geral
do segundo grau e será uma circunferência nas condições descritas.
Aplicação 1 - Escrever, na forma geral, a equação da circunferência de raio 5 e centro (2, 3).
2 2
Na forma reduzida, a equação da circunferência é (x - 2) + (y - 3) = 52.
Desenvolvendo a igualdade, tem-se:
x2 - 4x + 4 + y2 - 6y + 9 = 25 ⇔ x2 + y2 - 4x - 6y - 12 = 0, que é a equação pedida.
25
Aplicação 2 - Determinar as coordenadas do centro e o raio da circunferência cuja equação é 2x2 +
2y2 - 12x + 4y - 10 = 0.
Neste caso devemos inicialmente eliminar os coeficientes de x2 e y2. Isto é possível pois basta dividir
todos os termos da equação por 2, o que irá resultar: x2 + y2 - 6x + 2y - 5 = 0.
Procuremos completar os quadrados para x2 - 6x e y2 + 2y, lembrando que (x + a)2 = x2 + 2xa + a2.
Desta forma [x2 - 6x + (6/2) 2] + [y2 + 2y + (2/2) 2] = 5 + 32 + 22 ⇔ (x - 3) 2 + (y + 1) = 16 ⇒ as
coordenadas do centro são (3, -1) e cujo raio é √16 = 4.
EXERCÍCIOS
A equação que fornece o raio exige que D2 + E2 – 4AF > 0. Esta é a terceira condição para que
uma equação de segundo grau seja uma equação de circunferência.
Como D2 + A2 e A são sempre positivos, é evidente que, satisfeitas as condições (1) e (2), a
equação será de uma circunferência se F for negativo. Entretanto, quando F for positivo, a equação
poderá ser ou não equação de uma circunferência.
Quando a equação de uma circunferência for dada na forma Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0,
pode-se determinar o seu centro (a, b) e o seu raio R, a partir das igualdades
EXERCÍCIOS
1. Entre as equações abaixo, informe quais não são equações de circunferência. Justifique.
Aquelas que forem equações de circunferência, determine as coordenadas do centro e o raio
a) 3x2 + 3y2 – 12x + 18y + 19 = 0
26
b) x2 + y2 – 12x + 18y – 21 = 0
c) 5x2 - 5y2 – 12x + 18y – 9 =0
d) 2x2 + 2y2 – 6xy– 12x + 18y – 9 = 0
e) x2 + y2 – 12x + 18y – 9 = 0
6 – POSIÇÃO RELATIVA
Considerando a função f(x, y) = (x - a)2 + (y - b)2 - R2 ,que também pode ser escrita na forma
f(x, y) = Ax2 + By2 + Cxy + dx + Ey + F, com A = B e C = 0, pode-se concluir, a partir das relações
acima que:
(1) f(x0, y0) = 0 o ponto pertence à circunferência,
(2) f(x0, y0) > 0 o ponto é exterior à circunferência, e
(3) f(x0, y0) < 0 o ponto é interior à circunferência.
27
EXERCÍCIOS
1 – Dê a posição de cada um dos pontos abaixo em relação à circunferência x2 + y2 – 3x + 4y – 9 =
0;
(a) (1, -4) (b) (4, 5) (c) (1, 1)
Justifique as respostas.
2 – De a posição de cada uma das retas abaixo em relação à circunferência x2 + y2 – 6x + 2y – 6 =
0
(a) 3x + y + 2 = 0 (b) 4x + 3x + 5 = 0 (c) 4x – y – 8 = 0
Justifique as respostas.
3 – Sabe-se que a reta 3x + 2y + C = 0 é tangente à circunferência x2 + y2 – 3x + 4y – 9 = 0.
Determine o valor de C.
4 – Para que valores de m, a reta 4x – 2y + m = 0 é secante à circunferência x2 + y2 – 6x + 2y – 6
= 0.
5 – De a posição relativa dos pares de circunferências.
a) x2 + y2 – 3x + 4y – 9 = 0 e x2 + y2 – 6x + 2y – 6 = 0
b) x2 + y2 – 6x + 2y – 6 = 0 e x2 + y2 – 6x + 2y – 10 = 0
c) ( x – 3)2 + (y – 2) 2 = 9 e (x – 7) 2 + (y – 5) 2 = 4
d) x2 + y2 – 6x - 6y – 7 = 0 e x2 + y2 – 10x - 6y + 12 = 0
e) x2 + y2 – 3x + 4y – 9 = 0 e x2 + y2 – 8x + 6y + 21 = 0
6 – Para cada um dos itens dos exercícios 1 a 5, construa um gráfico e verifique se sua resposta
está correta ou não.
7 – A PARÁBOLA
Definida como o lugar geométrico dos pontos eqüidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma
reta fixa (diretriz).
A distância VF é denominada distância focal e será representada pela letra “c”. F é o foco, cujas
coordenadas são (c, 0). A reta QV’ é a diretriz. A distância VV’ = VF pois a distância de qualquer
ponto da parábola ao foco é igual a distância do mesmo ponto à
diretriz. Assim, a equação da diretriz é y = - c.
Se (x, y) são as coordenadas do ponto P da parábola, as coordenadas
do ponto Q serão ( -c, y).
28
Se considerarmos um sistema de eixos x’y’ e a parábola com vértice na origem desse sistema,
sua equação será então y’2 = 4cx’.
Sendo (h, k) as coordenadas da origem desse sistema em relação ao sistema xy, teremos:
x’ = x – h e y’ = y – k.
Em conseqüência, a mesma parábola em relação ao sistema xy será então (y – k)2 = 4c(x – h).
Neste caso, as coordenadas do foco serão (h + c, k) e a diretriz terá equação x = h – c.
Quando a diretriz estiver à direita do foco, a concavidade da parábola ficaria virada para a
esquerda. Deduz-se para esse caso: (y – k)2 = -4c(x – h) onde o foco será o ponto (h – c, k) e a
diretriz x = h + c. (FIG 1)
Para a parábola com diretriz horizontal e concavidade para cima, de modo semelhante ao anterior
demonstra-se que a equação é (x – h)2 = 4c(y – k) com vértice (h, k), foco (h, k + c) e diretriz y
= h – c. (FIG.2)
Para o caso da parábola com concavidade para baixo, a equação torna-se (x – h)2 = -4c (y – k),
sendo o vértice (h, k), foco (h, k – c) e diretriz y = h + c. (FIG.3)
Resumindo:
Vértice (h, k)
Distância focal = c.
(1) Parábola com diretriz vertical e eixo horizontal, concavidade para a direita:
Equação: (y – k)2 = 4c(x – h)
Diretriz x = h - c
Eixo y = k
Foco (h + c, k)
(2) Parábola com diretriz vertical e eixo horizontal, concavidade para a esquerda:
Equação: (y – k)2 = -4c(x – h)
Diretriz x = h + c
Eixo y = k
Foco (h - c, k)
(3) Parábola com diretriz horizontal e eixo vertical, concavidade para cima:
Equação: (x – h)2 = 4c(y – k)
Diretriz y = k - c
Eixo x = h
Foco (h , k + c)
(4) Parábola com diretriz horizontal e eixo vertical, concavidade para baixo:
Equação: (x – h)2 = - 4c(y – k)
Diretriz y = k + c
Eixo x = h
Foco (h , k - c)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
1 – Determinar as coordenadas do vértice, a distância focal, as coordenadas do foco e a equação da
diretriz da parábola, cuja equação é 2x2 – 4x + y – 8 = 0 (ou y = -x2 + 2x + 8).
Para obter os elementos pedidos, devemos escrever a equação em uma das formas
(x – h)2 = + 4c(y – k) (y – k)2 = + 4c(x – h).
29
Como a equação tem um termo em x2, a forma própria será a primeira.
Temos então:
Separando os termos em x: 2x2 – 4x = -y + 8
Dividindo todos os termos por 2 x2 – 2x = -(1/2)y + 4
Completando o primeiro membro para obter um quadrado perfeito, x2 – 2x + 12 = -(1/2)y + 4 + 12
Formatando a equação: (x – 1)2 = -(1/2)y + 5 è (x – 1)2 = -(1/2)(y – 10)
è (x – 1)2 = -4.(1/8)(y – 10).
Da equação tira-se h = 1, k = 10, c = 1/8.
Portanto, vértice (1, 10), distância focal = 1/8, foco (h , k - c) = (1, 10 – 1/8) = (1, 79/8), diretriz y
= k + c è y = 10 + 1/8 è y = 81/8.
Note que foi usada a forma (x – h)2 = - 4c(y – k) o que implica uma concavidade dirigida para
baixo.
EXERCÍCIOS
8 – A ELIPSE
Elementos da elipse
C - centro,
F e F’ - focos,
A, A’, B, B’ - vértices.
FC = F’C - distância focal (c).
CA = CA’ – semi-eixo maior (a)
CB = CB’ – semi-eixo menor (b)
c/a = e - excentricidade (distância focal/semi-eixo maior)
30
De acordo com a segunda definição podemos relacionar os elementos “a”, “b” e ”c”,
observando:
1 – PF + PF’ = AF + AF’ è PF + PF’ = AF + A’F’ = 2a è a soma das distâncias dos pontos da elipse
aos focos é constante e igual ao eixo maior.
2 – BF’ + BF = 2a è 2BF = 2a è BF = a è Por Pitágoras BF2 = DF2 + CF2 è a2 = b2 + c2
9 – A EQUAÇÃO DA ELIPSE
31
da elipse são
x = x’ + h e y = y’ + k ⇔
⇔ x’ = x – h e y’ = y – k.
Resumindo:
Equação:
EXERCÍCIOS
4 – Escreva a equação da elipse de centro na origem cujo eixo maior vale 10 e distância focal igual a
8. Sabe-se que os dois focos estão numa mesma vertical.
5 – Abaixo estão indicadas três equações que têm como representação: uma circunferência, uma
parábola e uma elipse. Identifique a que tipo de curva pertence cada uma e justifique sua escolha.
a) 12x2 + 15x2 – 16x + 12y – 20 = 0
b) y2 + 4x – 6y + 12 = 0
c) 3x2 + 3y2 – 16x + 4y – 12 = 0
32
10 – A HIPÉRBOLE
(2) lugar geométrico dos pontos cuja diferença das distâncias a dois pontos fixos é constante e igual
ao à distância entre os vértices (eixo real).
Elementos da hipérbole:
V, V' - vértices
O - centro
F, F' - focos
VV' - 2a - eixo real
BB' - 2b - eixo imaginário
r, s - assíntotas
e - excentricidade = c/a
(relação entre distância focal e semi-eixo real).
BV = OF - c - distância focal
Obs. Alguns autores definem a distância focal como a distância entre os dois focos, ou seja, f = 2c.
Relação: c2 = a2 + b2
11 - A EQUAÇÃO DA HIPÉRBOLE
Considerando a hipérbole da figura acima, cujo eixo real é horizontal e centrada na origem, de
acordo com a definição (2) e tomando um ponto do ramo direito da hipérbole, pode-se escrever PF'
- PF = 2a.
Aplicando a fórmula da distância entre dois pontos na última igualdade, resulta:
Considerando a hipérbole com eixo real 2b na vertical, os focos seriam os pontos (0, c) e (0, -c).
Elementos da hipérbole:
V, V' - vértices
O - centro
F, F' - focos
VV' - 2b - eixo real
AA' - 2a - eixo imaginário
r, s - assíntotas
e - excentricidade = c/b
(relação entre distância focal e semi-eixo real).
AV = OF - c - distância focal
Obs. Alguns autores definem a distância focal como a distância entre os dois focos, ou seja, f = 2c.
Relação: c2 = a2 + b2
Se o vértice da hipérbole fosse deslocado para o ponto (h, k), usando o mesmo raciocínio aplicado à
parábola, obtém-se as equações gerais:
Resumindo:
Centro (h, k)
Distância focal c
Assíntotas y = (b/a)x e y = -(b/a)x
Relação c2 = a2 + b2
(1) Eixo real horizontal
Equação
34
Semi-eixo real - a
Semi-eixo imaginário - b
Excentricidade e = c/a
Focos (h + c, k), (h - c, k)
Vértices: (h + a, k), (h - a, k)
Equação
Semi-eixo real - b
Semi-eixo imaginário - a
Excentricidade e = c/b
Focos (h, k + c), (h, k - c)
Vértices: (h, k + b), (h, k - b)
EXERCÍCIOS
A parábola, a elipse e a hipérbole são cônicas que podem ser definidas como o lugar geométrico dos
pontos onde a razão entre as distâncias a um ponto fixo (foco) e a uma reta (diretriz) é constante.
Isto é, se d1 é a distância à reta e d2 é a distância ao ponto fixo, tem-se d2/d1 = e.
A constante e é denominada excentricidade.
Se e = 1, a curva é uma parábola; se e > 1 a curva é uma hipérbole e se 0 < e < 1 a curva é uma
elipse.
De acordo com a definição dada para as cônicas, considerando os elementos da figura e as fórmulas
das distâncias de ponto a reta e de ponto a ponto, podemos escrever:
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e2.(A2x2 + B2y2 + C2 + 2ABxy + 2ACx + 2BCy) = (A2 + B2).(x2 – 2x0x + x02 + y2 – 2y0y + y02)
⇔ (A2 + B2 - e2A2)x2 - 2Abxy + (A2 + B2 - e2B2)y2 - (2AC +2A2x0 + 2B2x0)x - (2BC + 2A2y0 + 2B2y0)y -
(C2 – A2x02 – B2x02 – A2y02 – B2y02).
Fazendo: (A2 + B2 + e2A2) = a; - 2AB = b; (A2 + B2 - e2B2) = c; - (2AC +2A2x0 + 2B2x0) = d;
- (2BC + 2A2y0 + 2B2y0) = e ; - (C2– A2x02 – B2x02 – A2y02 – B2y02) = f,
resulta na forma ax2 + bxy + cy2 + dx + ey + f = 0, que é a equação geral do segundo grau com
duas variáveis.
As cônicas são obtidas a partir de cortes em um cone duplo por um plano. Dependendo da forma em
que o plano corta o cone pode-se também obter um ponto (fig.1), uma reta (fig. 2) ou duas retas
(fig. 3). Estes casos particulares são denominados de cônicas degeneradas.
EXERCÍCIOS
CAPÍTULO 6– O PLANO
EXEMPLOS
1. Dada a equação 3x - 2y + 4z - 12 = 0,
37
a) escrever um vetor perpendicular ao plano
Conforme visto acima, os coeficientes das variáveis são as componentes do vetor perpendicular ao
plano. Portanto, v = (3, -2 , 4).
b) escrever um vetor na forma (3k, 2k - 1, 8), paralelo ao plano.
O vetor paralelo ao plano é ortogonal ao vetor normal ao plano. Neste caso, o produto escalar é
nulo.
Tem-se então: (3, -2, 4).(3k, 2k - 1, 8) = 9k -4k + 2 + 32 = 0 ⇔ 5k = 34 9k ⇒ k = 34/5.
O vetor pedido é: (3.34/5, 2.34/5 - 1, 8) = (102/5, 63/5, 8).
c) um ponto do plano.
Para se obter as coordenadas de um ponto, não sendo dada nenhuma condição, basta atribuir
valores arbitrários a duas variáveis e calcular o valor da terceira. Para x = 0, y = 0, ter-se-á 0 + 0 +
4k - 12 = 0 ⇒ k = 3.
O ponto é então (0, 0, 3).
2. Escrever a equação do plano que passa pelo ponto (1, 2, 3) sendo u = (-4, 5, -1) um vetor
normal ao plano.
1º processo: usando a(x - x0) + b(y - y0) + c(z - z0) = 0 tem-se: -4.(x - 1) + 5.(y - 2) + (-1).(z - 3)
=0⇔
-4x + 5y - z + 4 - 10 + 3 = 0 ⇔ 4x - 5y + z + 3 = 0.
2º processo: substituindo os valores de a, b, c, x, y e z na equação do plano e calculando d.
Neste caso, -4.1 + 5.2 - 1.3 + d = 0 d = -3. A equação é então, -4x + 5y - z - 3 = 0 ou 4x - 5y + z
+ 3 = 0.
EXERCÍCIOS:
1. Escreva a equação do plano que passa pelo ponto (-4, 5, 0) e perpendicular ao vetor (2, 1, -3).
2. Dê um vetor, na forma (6, a, b), perpendicular ao plano 3x + 5y - 2z + 17 = 0.
3. Escreva a equação do plano paralelo ao plano 2x - y + 2z + 5 = 0, que passa pelo ponto (7, 2,
-1).
4. Entre os pontos abaixo, qual ou quais pertence(m) ao plano 6x - 2y + z - 10 = 0.
a) (1, 3, 2), b) (0, 0, 5) c) (0, 0, 10) d) (1, 4, 12).
5. O ponto (3, 2k + 1, k) pertence ao plano x + y + z - 12 = 0. Determine as coordenadas do
ponto.
6. Os pontos (3, a, 2) e (b, 5, 1) pertencem ao plano 2x - y + 3z + 5 = 0. Calcule
a) a distância entre os pontos
b) a equação da reta que passa pelos pontos.
7. Dê três pontos do plano x + y + z - 2 = 0, não pertencentes à mesma reta e determine a área do
triângulo cujos vértices são estes pontos.
2. EQUAÇÕES PARAMÉTRICAS
Se u = (a1, b1, c1) e v = (a2, b2, c2) são dois vetores do plano, qualquer vetor do plano é uma
combinação linear de u e v. Isto é, para todo vetor w de π , w = ru + sv. com r e s reais.
Sejam então os pontos P = (x0, y0, z0) conhecido e Q = (x, y, z) genérico que pertencem ao plano.
Para PQ = w, pode-se escrever
(x – x0, y – y0, z – z0) = r.(a1, b1, c1) + s.(a2, b2, c2).
Aplicando o princípio da igualdade de vetores:
x – x0 = ra1 + sa2 ⇒ x = x0 + ra1 + sa2
y – y0 = rb1 + sb2 ⇒ y = y0 + rb1 + rb2
z – z0 = rc1 + sc2 ⇒ z = z0 + rc1 + rc2
As equações
x = x0 + ra1 + sa2
y = y0 + rb1 + rb2
z = z0 + rc1 + rc2
são chamadas de equações paramétricas do plano, onde (x0, y0, z0) é
um ponto conhecido do plano, r e s são dois parâmetros e (a1, b1, c1)
e (a2, b2, c2) são dois vetores que pertencem (ou são paralelos) ao
plano.
EXERCÍCIOS
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1. Dê três pontos do plano x = 2 - 4r + 2s; y = -4 + r + s; z = 2 - 3r + 3s.
2. Dê dois vetores que pertençam ao plano x = 2 - 4r + 2s; y = -4 + r + s; z = 2 - 3r + 3s.
3. Escreva as equações paramétricas do plano que passa pelo ponto (1, -3, 5) sendo u = (2, 1, 2) e
v = (3, -4, -1) dois vetores paralelo ao mesmo.
4. Escreva a equação do plano x = 2 - 4r + 2s; y = -4 + r + s; z = 2 - 3r + 3s na forma ax + by +
cz + d = 0 (forma geral).
5. Dê um conjunto de equações paramétricas para o plano 2x - 5y + 4z - 12 = 0.
3. DETERMINAÇÃO DE UM PLANO
(3) – Sejam A = (x1, y1, z1), B = (x2, y2, z2) e C = (x3, y3, z3) três pontos não colineares conhecidos.
Destes três pontos podemos obter os vetores AB e AC, tais que AB = (x2 – x1, y2 – y1, z2 – z1) e AC
= (x3 – x1, y3 – y1, z3 – z1).
O produto AB x AC é um vetor perpendicular ao plano formado pelos dois vetores.
Com o ponto A e o vetor AB x AC teremos o ponto e o vetor normal, de onde se pode obter a
equação do plano conforme visto no item 1, deste capítulo.
Seja por exemplo, determinar o plano que contenha os pontos A = (2, 3, 4), B = (-1, 0, 2) e C = (4,
7, -3).
Calculando os dois vetores:
AB = (-1 – 2, 0 – 3, 2 – 4) = (-3, -3, -2); AC = (4 – 2, 7 – 3, -3 – 4) = (2, 4, -7)
Ponto A = (2, 3, 4).
AB x AC = (29, -25, -6). (deixamos a cargo do leitor calcular o produto)
Equação do plano: 29.(x – 2) - 25.(y – 3) – 6.(z – 4) = 0 ou
29x - 25y – 6z + 41 = 0.
Poder-se-ia também resolver o sistema em função de “d” (ou atribui-se um valor qualquer ao termo
independente d), obtido pela substituição de x, y e z dos três pontos na equação ax + by + cz + d =
0.
Nesse caso teríamos o sistema:
2a + 3b + 4c + d = 0
-a + 0b + 2c + d = 0
4a + 7b – 3c + d = 0.
Em função de d, a solução do sistema é: c = -6d/41, b = -25d/41 e a = 29d/41.
Escrevendo a equação do plano: (29d/41)x + (-25d/41)y + (-6d/41)z + d = 0 que, dividindo todos
os termos por d é multiplicando por 41, resulta: 29x – 25y – 6z + 41 = 0.
(4) Da reta pode-se obter dois pontos. Com estes dois pontos e o ponto dado aplica-se o mesmo
raciocínio do item anterior.
Exemplo: Seja escrever a equação do plano que contém a reta x = 2 + 3λ , y = 3 + 3λ , z = 4 +
2λ e o ponto (4, 7, -3).
Da reta temos os pontos: para λ = 0, x = 2, y = 3, z = 4 e para λ = -1, x = -1, y = 0, z = 2.
Portanto, o plano contém os pontos (2, 3, 4), (-1, 0, 2) e (4, 7, -3), que são os mesmos pontos do
exemplo anterior.
(5) De uma das retas obtém-se um ponto e da outra reta obtém-se dois pontos. O problema recai
na situação descrita anteriormente.
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(6) Neste caso pode-se obter a interseção das duas retas (um ponto). Com este ponto comum e os
vetores que definem a direção da reta teremos dois vetores e um ponto do plano. O problema recai
no caso 3.
Pode-se também obter um ponto de uma reta e dois pontos da outra. Aplica-se então o raciocínio
usado para o caso de três pontos.
EXERCÍCIOS:
4. CASOS PARTICULARES
O ângulo formado por uma reta e um plano é determinado pela reta e sua projeção sobre o
plano, que é uma reta do plano. Na figura, o ângulo está indicado
por θ .
Sendo u = (a, b, c) o vetor normal ao plano : ax + by + cz + d = 0
e v = (A, B, C) o vetor que define a direção da reta r : x = x0 +
Aλ , y = y0 + Bλ , z = z0 + Cλ , O ângulo formado por u e v é o
complemento de θ .
Tem-se então: sen θ = cos (90º - θ ) = |u.v|/|u|.|v| conforme
definição do produto escalar.
Convém notar que o ângulo θ entre uma reta e um plano é tal
que 0 < θ < 90º.
O ângulo formado por dois planos é avaliado pelo ângulo formado por duas retas, uma em cada
plano, perpendiculares à interseção dos planos, ângulo esse compreendido entre 0º e 90º.
Os vetores v1 = (a1, b1, c1) e v2 = (a2, b2, c2), são perpendiculares às retas r1 e r2 dos planos por
serem perpendiculares aos planos. Assim, o ângulo formado pelas retas r1 e r2 (ângulo formado
pelos planos) é igual ao ângulo formado pelos vetores v1 e v2 por serem formados por lados
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perpendiculares.
Usando o produto escalar temos cos θ = v1.v2/|v1|.|v2|. Como 0º < θ < 90º, resulta cos θ = |
v1.v2|/|v1|.|v2|
EXERCÍCIOS
Na figura 3, não serão verificadas as relações a1/a2 = b1/b2 = c1/c2 e a1a2 + b1b2 + c1c2 = 0.
42
8. POSIÇÕES RELATIVAS DE RETAS E PLANOS
Para a reta r e o plano, que são paralelos, o vetor r que define a direção da reta é perpendicular ao
vetor u, normal ao plano. Desta forma, r.u = 0. Entretanto, a reta v, que pertence ao plano
também leva a v.u = 0.
Para verificar se a reta é paralela ao plano ou está contida no plano, devemos verificar se v.u = 0 e
se um ponto qualquer da reta pertence também ao plano. Se o ponto da reta pertencer ao plano
então a reta está contida no plano, caso contrário ela é paralela ao plano.
Pode-se também resolver o sistema formado pela equação da reta e equação do plano. Se o sistema
apresentar infinitas soluções (sistema indeterminado) a reta estará contida no plano e se o sistema
não apresentar solução (sistema impossível) a reta é paralela ao plano.
Para a reta s, perpendicular ao plano, os vetores u e s são paralelos. Neste caso s = k.u.
EXERCÍCIOS
Os pontos onde uma reta ou as retas onde um plano intercepta os planos cartesianos são
chamados de traços da reta ou traços do plano.
Na figura 1 apresentada acima, os traços da reta são os pontos A, B e C. Na figura 2, os traços
do plano ABC são as retas AB, AC e BC.
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Sendo x = x0 + aλ , y = y0 + bλ , z = z0 + cλ as equações paramétricas de uma reta, ao
calcular as coordenadas dos pontos A, B e C ter-se-á:
(1) ponto A: z = 0 ⇒ λ = -z0/c. Substituindo λ nas equações de x e y, resulta:
x = x0 - a.(z0/c) e y = y0 - b.(z0/c).
Assim, as coordenadas de A são: (x0 - a.z0/c, y0 - b.z0/c, -z0/c).
(2) ponto B: y = 0 ⇒ λ = -y0/b. Substituindo λ nas equações de x e z, resulta:
x = x0 - a.(y0/b) e z = z0 - b.(y0/b).
Assim, as coordenadas de B são: (x0 - a.y0/b, -y0/b, z0 - c.y0/b).
(3) ponto C: x = 0 ⇒ λ = -x0/a. Substituindo λ nas equações de y e z, resulta:
y = y0 - b.(x0/a) e z = z0 - c.(x0/a).
Assim, as coordenadas de C são: (-x0/a, y0 - b.x0/a, z – c.x0/a).
Para planos paralelos aos planos cartesianos temos as situações da figura abaixo.
EXERCÍCIOS
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3. Dê a posição do plano y + x - 3 = 0 em relação aos planos cartesianos.
4. Dê a equação dos traços do plano x + y - 3 = 0 com os planos cartesianos.
1. INTRODUÇÃO
Neste sistema, as coordenadas do ponto P serão indicadas por (r, θ ). Na notação indicada, r é o
módulo ou distância radial e θ , um ângulo polar ou argumento.
A indicação “um ângulo polar” se justifica pois θ pode ser qualquer ângulo da forma θ + 2kπ .
Observando a figura pode-se relacionar as coordenadas cartesianas (x, y) com as coordenadas
polares (r, θ ).
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Vejamos como são plotados alguns pontos no plano acima.
P (6, 5π /6) – este ponto estará na circunferência de raio 6 e sobre o eixo referente ao ângulo 5π /6.
2. CONVERTENDO COORDENADAS
Cos θ = x/r = 4/4.√2 = √2/2 e sen θ = y/r = -4/4.√2 = - √2/2 ⇒ θ = 315º = 5π /6.
Portanto, (4, - 4) = (4.√2, 5π /6).
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EXERCÍCIOS
1. Represente em um sistema de coordenadas polares os pontos:
a) (2, π ) b) (5, 3π /2) c) (-4, π /3) d) (6, 2π + 7π /6)
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