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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS

MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Unidades 05

Sistemas de Classificação
Importância da Classificação
Especificação de materiais

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país,
fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico
brasileiro.

É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único


Foro Nacional de Normalização através da Resolução n.º 07 do
CONMETRO, de 24.08.1992.
É membro fundador da ISO (International Organization for
Standardization), da COPANT (Comissão Panamericana de Normas
Técnicas) e da AMN (Associação Mercosul de Normalização).

A ABNT é a única e exclusiva representante no Brasil das seguintes


entidades internacionais: ISO (International Organization for
Standardization), IEC (International Electrotechnical Comission); e das
entidades de normalização regional COPANT (Comissão
Panamericana de Normas Técnicas) e a AMN (Associação Mercosul
de Normalização).
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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
É o processo de aglutinação de materiais por características
semelhantes. Deve considerar os atributos de abrangência, a
flexibilidade, praticidade.
Tipos de Classificação: é necessária uma divisão que norteie as
várias formas de classificação, proporcionando decisões e
resultados que auxiliem no investimento e diminuem o risco de
falta.
• por tipo de demanda
• por materiais críticos
• por perecibilidade
• por periculosidade
• por possibilidade de fazer ou compras
• por tipos de estocagem
• por dificuldade de aquisição
• por mercado fornecedor

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

Classificação

catalogação normalização

simplificação padronização

especificação codificação

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
PADRONIZAÇÃO

Padrões são um meio de assegurar qualidade e, como regra


geral, reduzir custos.
A padronização deve ser entendida em vários aspectos.
Um deles é o de reduzir a variedade de materiais que nossa
empresa utiliza.
A redução da variedade de materiais nos leva a uma
simplificação do controle de estoques, a uma diminuição
do espaço destinado à estocagem e a uma diminuição do
custo da própria estocagem.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

PADRONIZAÇÃO
Um outro aspecto da padronização de materiais é o de
obedecer a padrões técnicos (ABNT, ISO, SAE, ASTM,
DIN, NEMA, ...), que nos permite trabalhar com maior
segurança, principalmente quando os padrões são impostos
pela legislação.
Um terceiro aspecto é o de obedecer a padrões de
mercado, ou seja, devemos dar preferência à utilização de
materiais que sejam facilmente encontrados no mercado
fornecedor, o que em geral redunda em diminuição do
custo do material.
Uma implicação habitual da padronização é, também, a
redução de custos de manutenção e de projetos.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
ESPECIFICAÇÃO
A descrição de um item através de suas características
(atributos, propriedades), conhecida por nome,
nomenclatura, descrição, denominação, designação,
especificação, etc., é uma das formas de identificação de
materiais.
O termo especificação é, em geral, empregado com o
significado de identificar precisamente o material, de
modo a torná-lo inconfundível (ou seja, específico),
principalmente para fins de aquisição.
O conjunto de descrições de materiais forma a
nomenclatura de materiais da empresa. É altamente
interessante a padronização da nomenclatura.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
ESPECIFICAÇÃO
Uma nomenclatura padronizada é formada por uma
estrutura de nomes ou palavras-chave (nome básico e
nomes modificadores), dimensões, características físicas
em geral (tensão, cor, etc.), embalagem, aplicação,
características químicas, etc. É conhecida, também, como
nomenclatura estruturada.
O nome básico é a denominação inicial da descrição
(exemplo: arruela, parafuso, etc.), enquanto o nome
modificador é um complemento do nome básico (exemplo
para arruela: pressão, lisa, cobre, etc.). Um nome básico
pode estar associado a vários modificadores.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
ESPECIFICAÇÃO

Exemplo: Arruela lisa de Cobre, espessura 0,5 mm,


diâmetro interno 6 mm, diâmetro externo 14 mm.
nome básico = Arruela
modificadores = lisa, cobre, ...
A nomenclatura deve ser apresentada em catálogos em
diversas ordens para facilidade de se encontrar o código de
identificação a partir do nome ou vice-versa, ou então para
se encontrar o material pretendido a partir de
características conhecidas.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CODIFICAÇÃO

A identificação por códigos pode ser feita por


diversos tipos de códigos: seqüencial, em grupos,
em faixas, mnemônicos, numéricos,
alfanuméricos, etc. O que é fundamental é que
para cada item haja um e um só código, assim como
que o código não produza confusões de
comunicação, principalmente com o uso de
caracteres que podem ser confundidos um com o
outro (zero com a letra O, cinco com a letra S, dois
com a letra Z, seis com a letra G, etc.).

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

CODIFICAÇÃO - ALGUNS TIPOS DE CÓDIGOS

CÓDIGO SEQÜENCIAL - quando o código é


formado a partir de um código inicial e de uma regra
de seqüência. O código seqüencial, apesar de poder
ser alfabético ou alfanumérico, é, normalmente, um
código composto por caracteres numéricos com a
regra de seqüência “soma 1”. A cada novo item a ser
identificado um novo código é dado, somando-se 1
ao último código dado. Para se definir um código
seqüencial basta determinar-se o primeiro código e a
regra de seqüência.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CODIFICAÇÃO - ALGUNS TIPOS DE CÓDIGOS
Para fins de processamento de dados é interessante
definir-se previamente o número máximo de
caracteres (posições) que o código pode ter, bem
como não usar espaços ou zeros à esquerda do
código. Assim, por exemplo, para se codificar
materiais em uma empresa que jamais terá mais que
6.000 itens, pode-se utilizar um código de 4
posições, começando-se pelo número 1001.
VANTAGENS DO CÓDIGO SEQÜENCIAL: é
simples, tanto em estrutura como no modo de se dar
novos códigos, e é compacto, utilizando poucos
caracteres.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CODIFICAÇÃO - ALGUNS TIPOS DE CÓDIGOS
CÓDIGO EM GRUPOS - quando o código é dividido
em grupos e a cada grupo se associa um significado.
Exemplo: os códigos 30 -12 - 347 e 30-13 - 523, em
que 30 = materiais elétricos; 30 -12 = fios e cabos
nus e 30 -13 = fios e cabos isolados.
Os caracteres separadores de grupos são,
usualmente, o “-” ou o “.”.
Recomenda-se usar sempre o hífen como
separador, pela sua clareza e não confusão com o
ponto decimal.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
CODIFICAÇÃO - ALGUNS TIPOS DE CÓDIGOS
O computador permite facilmente a utilização de
códigos seqüenciais com a colocação dos grupos ao
lado do código de identificação, unindo as vantagens
dos códigos seqüenciais com as dos códigos em
grupos.
VANTAGENS DO CÓDIGO EM GRUPOS: possui
informação dentro do próprio código, o que pode
contribuir para evitar erros grosseiros de código
errado (por exemplo, em uma fatura usar um código
do grupo de parafusos e a descrição de um material
de limpeza), facilitar a distribuição física em
almoxarifados, etc.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

CODIFICAÇÃO - ALGUNS TIPOS DE CÓDIGOS

CÓDIGO EM FAIXAS - quando, numa codificação


seqüencial, certas faixas de códigos possuem um
significado tal como o dos grupos do código em
grupos.

Exemplo:
101 a 299 = matérias primas
301 a 599 = semi-acabados
601 a 999 = acabados

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

CODIFICAÇÃO - ALGUNS TIPOS DE CÓDIGOS

CÓDIGOS MNEMÔNICOS - quando possui


caracteres que permitem associação fácil de idéia
com o elemento a ser codificado.
Exemplo: as siglas de estados do Brasil.

VANTAGENS DO CÓDIGO MNEMÔNICO: fácil


memorização e dedução do significado do código.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

CÓDIGO DE BARRAS

É a tecnologia de identificação automática mais


avançada disponível, aplicável aos objetos. Seu
objetivo é a identificação e localização repetitiva de
produtos em nível industrial e comercial.

O sistema é constituído por séries de linhas e


espaços de diversas larguras, que armazenam
informações com ordenamentos diferentes,
denominados simbologias.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

CÓDIGO DE BARRAS

Para implementação do código de barras a indústria


deverá filiar-se à EAN - Associação Internacional de
Numeração de Artigos.
O código EAN é composto por 13 dígitos e inclui:
País + Empresa + Produto + Dígito de Controle
Fonte: Código de Barras: Desenvolvimento, Impressão e Controle de Qualidade. Guillermo
E. Erlei, São Paulo: Makorn Books, 1994.

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
Exemplo de Codificação Decimal
00 - 00 - 000

Chave aglutinadora

Chave individualizadora

Chave descritiva

1ª chave 2ª chave 3ª chave

00 – Ferragens 00 – Pregos 000 – tam. 10x10


001 – tam. 13x15
002 – tam. 14x15

01 – Parafusos 000 – cab.red. 1/4x1/8


001 – cab.red 1/4x3/16

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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
FSC – Federal Suplly Clasification

00 00 0000000

Código de Grupo

Código de Classe

Número de Identificação

FSN
7520 – 123 – 4567

Sendo:

7520 Código de Classe.


1234567 Número de Identificação.
7520.123.4567 FSN.
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CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS
EAN-13

3 dígitos (cedidos pela EAN) : País


5, 4 ou 3 dígitos (cedidos pela EAN do Brasil) : Empresa
4, 5 ou 6 dígitos (cedidos pela EAN do Brasil) : Produto
1 dígito (obtido através de cálculo algoritmo): Dígito de controle

Dígito de
controle

Produto

Empresa

País

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS
MATERIAIS E PATRIMONIAIS
Unidades 06

Recebimento de materiais
Conceito de qualidade
Padrões de qualidade
Inspeção de qualidade
Recebimento quantitativo
Procedimentos operacionais

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QUALIDADE
Qualidade é um conjunto de propriedades que
o material deve ter para satisfazer a
determinado uso. (levar em conta o aspecto
utilização).
Maior preço x Maior qualidade
Atributos = é a condição de satisfazer ou não
um determinado uso.
Combinação de característica: grau de
funcionamento, durabilidade, facilidade,
simplicidade, etc..

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QUALIDADE
Philip Kotler & Gary Armstrong: “Qualidade do produto
significa que o mesmo seja capaz de mostrar um alto
desempenho, através de alguns critérios.”

Falconi: “Um produto ou serviço de qualidade é aquele


que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma
acessível, de forma segura e no tempo certo às
necessidades do cliente.”

David Garden: “é a preocupação não só em satisfazer


as necessidades do consumidor, mas também a do
próprio mercado.”

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QUALIDADE
Responsabilidade pela determinação da qualidade:
área de tecnologia, área de desenvolvimento de
produtos, assistência técnica, usuários, área de
compras, etc..

O nível de qualidade a ser alcançado e/ou mantido


depende de uma série de fatores. A empresa ao
definir que o produto será fabricado de acordo com
certas especificações de qualidade, deve ter
realizado, previamente, uma análise de 02 (dois)
fatores básicos na qualidade de um produto:

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QUALIDADE
•Aspectos Internos – as condições materiais,
instalações, matéria-prima, pessoal, e quais os
custos para atingir ou manter determinado nível
de qualidade. A medida de confiabilidade de um
produto aceito como de boa qualidade em relação
às especificações.
•Aspectos Externos – quais os desejos dos
consumidores? Existem exigências e condições
governamentais quanto à qualidade do produto
fabricado? Ocorrem exigências para determinado
tipo de mercado consumidor?

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QUALIDADE

Qualidade Técnica – produto mais


adequado ao uso, de
responsabilidade das áreas de
desenvolvimento, tecnologia,
engenharia, e/ou usuários.
Melhor compra
Qualidade Econômica – qualidade
técnica razoável para aquisição, de
responsabilidade da área de
aquisição.

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QUALIDADE
Aspectos que auxiliam na descrição da qualidade:
-Vantagens – confiabilidade, padronização, etc..
1. Marca
-Desvantagens – limita a concorrência

-Descrição das características físicas


e químicas
2. Por especificação -Material e método de manufatura
-Desempenho

3. Métodos variados -Planta e/ou desenho


-Amostra

4. Combinações
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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Recepção - Conferência - Tecnologia


Função responsável pela verificação da conformidade
dos materiais com suas especificações.

Consiste em uma série de operações através


das quais a empresa compradora constata que
o fornecedor cumpriu as condições
estabelecidas na documentação de compra. É
uma operação de igual importância à compra,
pois trata-se de um contato externo da
empresa, caracterizando-se por uma
transferência de responsabilidades.
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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Recepção - Conferência - Tecnologia

Relação custo X benefício


Cuidados
Quem recebe diferente de quem compra

CONTROLE DE QUALIDADE
Problema típico da Administração da Produção

X
RECEBIMENTO DE MATERIAIS
Problema típico da Administração de Material

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Recepção - Conferência - Tecnologia

ORIGEM:
REQUISIÇÃO DO MATERIAL
PROCESSO DE COMPRA
ESPECIFICAÇÃO

TIPO DE RECEBIMENTO

QUALITATIVO QUANTITATIVO

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

DIRETRIZES ESPECÍFICAS

• Deverá atuar preferencialmente, no sentido de auditar o


sistema de controle dos fabricantes e incentivar a implantação
desses sistemas, assessorando as indústrias produtoras dos
principais materiais utilizados pela organização.

• Deverá articular-se com órgãos interessados de forma a


permitir a correta tomada de decisão no caso das não
conformidades.

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

DIRETRIZES ESPECÍFICAS

• Deverá articular-se com as áreas responsáveis pela


normalização técnica de materiais, na empresa e no setor,
subsidiando revisões e aperfeiçoamento das Normas
Técnicas em função dos dados gerados pelo processo de
inspeção .

• Deverá dispor de sistema de informação para registro e


divulgação do desempenho técnico dos fornecedores.

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

PRINCIPAIS ATIVIDADES

INSPEÇÃO DE FÁBRICA
INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO
LEVANTAMENTO DOS CUSTOS DE INSPEÇÃO
ANÁLISE DE DESEMPENHO DE FORNECEDORES
AUDITAGEM DE SISTEMA DE GARANTIA DE
QUALIDADE
PARTICIPAÇÃO NOS COMISSIONAMENTOS DE
CERTIFICAÇÃO

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

LOCAIS DE RECEBIMENTO

LOCAIS PRÓPRIOS
LOCAIS DE TERCEIROS
NOS FORNECEDORES

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Documentos :
Ordem de Compra
Nota Fiscal
Boletim de Inspeção de Material
Nota de Entrada de Material

Problemas:
Custo da devolução, Fornecimento em partes do pedido,
Dispositivos de classificação dos defeitos, Levantamento
de responsabilidades

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Recebimento Quantitativo:

Contagem Geral – consiste em contar todo o material


recebido. É utilizado para itens
importantes (exemplo: Classe A).

Amostragem – consiste em retirar uma pequena


quantidade de amostra.
É bom esclarecer que o tamanho da
amostra deve ser calculado
matematicamente, existindo para isto
fórmulas específicas para sua
determinação;

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS
Recebimento Qualitativo:
Inspeção

Duplo Ensaio – será visto posteriormente

Testes
Destrutivos

Não Destrutivos

Qualidade

Quantidade Especificação Técnica


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Divergências
RECEBIMENTO DE MATERIAIS

Que quantidade de peças defeituosas poderá ser


tolerada em cada lote de um produto recebido?

1º - Nenhuma

2º - Critérios previamente acordados

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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

DUPLO ENSAIO DE RECEBIMENTO

LOTE

RECEBE RECUSA

<5% > 10 %
> 5 % ou < 10 %
NOVO LOTE

<5% >5%
RECEBE RECUSA
(percentuais ilustrativos)
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RECEBIMENTO DE MATERIAIS

POLÍTICA DE ATUAÇÃO

Aquisição Desempenho
Operacional
Armazenagem
Preservação Confiabilidade

Manutenção Manutenibilidade
Operação Segurança

A todo material corresponde uma relação custo x


benefício que deve ser otimizada a nível de empresa
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