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Trabalho do 1º Bimestre
O relatório deverá conter no mínimo quatro e no máximo cinco páginas – papel A4, Arial
12, espaçamento simples e margens de 2 cm (este arquivo está nesse formato).
Megalômano, dizem uns. Pretensioso, afirmam outros. Sonhador, como ele mesmo se
define. Ousado, no mínimo; e teimoso o suficiente para acreditar em idéias que a razão
chega a duvidar que sejam viáveis. Este é Roberto Medina, filho de Abraham, outro
visionário que fazia tudo diferente — ainda que malograsse, pois seu intento era inventar
o que ninguém havia imaginado, muito menos feito, antes.
No dicionário de Medina, os problemas foram feitos para serem superados, o não existe
para virar um sim, o erro de hoje é a lição indispensável para o sucesso do amanhã. No
balanço das vidas — sua e da Artplan — destaca-se não apenas o fato de já terem
garantido seus lugares na história da publicidade brasileira, mas também a certeza e o
background de que a discreta etapa presente é somente o fôlego para a retomada de
vôos ainda mais espetaculares. Como se verá nesta entrevista, não faltam razões para a
crença de que o panorama da comunicação, no Brasil e no mundo, ainda vai ter muito
que falar de Roberto Medina, um valente cavaleiro andante da ousadia
Meu pai, que foi um homem extraordinário em todos os sentidos, exerceu forte
influência, pois foi um pioneiro no campo do marketing e da comunicação.
Meu pai, ainda menino, começou a trabalhar como servente na Casa Garson, que era famosa aqui no
Rio de Janeiro pela venda de pianos. Ali, ele se transformou em vendedor, gerente e sócio, tendo sido
responsável pelo grande crescimento da empresa. Em seguida fundou uma rede de lojas de
eletrodomésticos denominada Rei da Voz, que dominava o mercado carioca e foi, por muitos anos, a
líder brasileira nas vendas da chamada "linha branca".
Ainda aos 16 anos, meu pai sem me contar toda a verdade, ele me incumbiu de levantar fundos junto
ao comércio carioca para a comemoração do Natal, que a Associação Comercial fazia com o Rei da
Voz. Era coisa de 2,5 milhões de dólares, nos dias de hoje. Falei com todo mundo, cheio de vontade,
mas voltei frustradíssimo com o resultado. Meu pai perguntou quanto eu tinha levantado, respondi que
300 mil dólares. Aí ele abriu o jogo e disse: "Muito bem, pois eu nunca consegui nem um tostão e venho
pagando tudo sozinho..."Ele nunca parava de inventar, fazia coisas que ainda hoje seriam modernas.
Um dia, por exemplo, ele cismou que geladeira e máquina de lavar roupa podiam ter cores, chamou o
presidente da Brastemp e apresentou sua idéia. O homem argumentou, de forma bem lógica, que "linha
branca" não era para ter cor, que não era desse jeito em lugar nenhum do mundo e tudo o mais que
você pode imaginar para matar a idéia. Meu pai não se conformou e foi falar com a GE. Diante de uma
nova recusa, simplesmente alugou um galpão e passou a pintar por conta própria os eletrodomésticos.
Para lançar a novidade, publicou o primeiro anúncio em cores em O Globo. Depois disso, como as
pessoas fizeram fila na porta da loja para comprar, as indústrias mudaram de postura e passaram a
fazer a linha branca com cor... aqui e no exterior. E isso marcou minha carreira para sempre.
5. Ele criou seu próprio negócio durante a faculdade/colégio?
Durante a Faculdade sempre fui o líder de trabalhos na turma, mas já nessa época
comecei a trabalhar na Midas Propaganda, que era a house da rede e cuidava de
tudo, da propaganda aos eventos, passando pela produção do Noite de Gala. Lá, eu
fiz de tudo um pouco e esta foi a minha escola profissional, sem grandes teorias, mas
com muita prática.
Minha paixão pelos grandes eventos, aliás, nasceu ali, com aquilo que eu via
acontecer no dia-a-dia. As lições eram constantes.
Não, a Artplan era do Grupo Veplan, do José Isaac Perez, meu cliente até hoje, e onde eu entrei, em
1968, como RTVC. Lá, fiz de tudo e terminei comprando o negócio, em 1972. De uma casinha na Lagoa
Rodrigo de Freitas, onde oito pessoas se apertavam, chegamos a ser uma das maiores agências do
País e a fazer coisas que marcaram época, como a vinda do Sinatra, o Rock in Rio e a árvore de Natal
da Bradesco Seguros
21.Pergunte se ele faria isso de novo? Caso positivo, o que faria diferente?
22.Que conselhos ele daria a uma pessoa que quer se tornar um empreendedor?
Desde o seu início, em 1967, a Artplan revolucionou o mercado com ações de comunicação integradas e diferenciadas.
Isto em uma época em que expressões como below the line, experiência de marca e comunicação total, estavam
longe de fazer parte do vocabulário do mercado. Pensar o cliente como um todo e acreditar que o impossível é apenas
uma questão de tempo sempre foram características marcantes do seu DNA.
Hoje, presidida por Rodolfo Medina, a Artplan está entre as 20 maiores agências brasileiras e vai ainda mais longe.
Porque não faz apenas anúncios e eventos, mas gera fatos econômicos, políticos e culturais e coloca a imaginação a
serviço de resultados. Essa eficiência se traduz no total envolvimento de cada pessoa da equipe da idéia esboçada ao
resultado final. Seja ele um anúncio de rodapé em algum pequeno jornal ou uma árvore de Natal flutuante de 85m de
altura que transformou o Natal do Rio. Essa energia é a nossa energia e só poderia partir daqui