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TRIBUNAL DE EXECUÇÃO DE LISBOA

1º Juízo Cível
2ª Secção
Procº. Nº 25925/05.3YYLSB - Execução Comum

Ex.mo/a Sr./a. Doutor/a. Juiz de Direito,

Isabel Cristina Rodrigues da Silva, solteira, maior, com o NIF,


203.727.223, e João Manuel Rodrigues Pinto, solteiro, maior, com
o NIF 194.970.426, ambos com o domicílio profissional na Rua
Cidade da Horta, nº 56 – Garagem 1000-1034 LISBOA, executados
nos autos à margem referenciados, e ali melhor identificados, em
que é exequente o Condomínio do Prédio urbano sito na Rua Cidade
da Horta, nº 56, Lisboa, vêm deduzir OPOSIÇÃO À PENHORA-
EXECUÇÃO, artº 863-Aº do CPC, o que fazem, nos termos e com os
fundamentos seguintes:


Quanto ao nº 1 dos factos, os executados não sabem nem têm que
saber;


Os factos vertidos no artº 2º correspondem à verdade;

POR EXCEPÇÃO

Quanto aos restantes factos plasmados nos artºs nºs 3, 4, 5, 6, 7, 8,
(nota-se que não existe o artº 9) 10, 11, 12, 13, 14 e 15, da douta
Execuação vão constestados por excepção, não podendo produzir os
efeitos pretendidos pelo exequente, nem os executados devem o
que quer que seja ao Exequente. De facto:
a)-Os executados nunca foram convocados para as assembleias de
condóminos do Condomínio ora Exequente, nem lhe foram enviadas
a ordem dos trabalhos onde os factos articulados foram, aliás,
irregularmente, discutidos, deliberados ou aprovados;

b)-Os executados, porque nunca foram convocados, nunca estiveram


presentes em assembleias de condóminos do dito Condomínio, onde
os factos articulados foram discutidos, deliberados ou aprovados; E,
naturalmente,

c)-Os executados, porque nunca foram convocados, nunca


mandataram ninguém para os representar nas assembleias de
condóminos do dito Condomínio, onde os factos articulados foram
discutidos, deliberados ou aprovados;

d)-Os executados nunca foram informados dos factos em mérito,


nem o Condomínio lhes enviou cópia da/s Acta/s das assembleias de
condóminos, para tomada de conhecimento e, eventualmente,
impugná-las nos prazos e termos legais;

PRESCRIÇÃO

As contribuições nas despesas comuns do prédio, referentes aos
períodos dos anos de 2002 e 2003, prescreveram. Vide alínea g) do
artº 310º do C.C.


Pelo que deve a presente excepção ser julgada procedente e,
consequentemente, seja julgada a execução improcedente, com
todas as legais consequências,

AD CAUTELAM

Caso não proceda a excepção ora suscitada, que não se concede, os
mesmos factos referidos no presente artigo 3º, por hipótese
meramente académica, vão contestados por Impugnação. Assim,


Não é verdade que os executados devam qualquer quantia ao
Condomínio, ora Exequente referente a “contribuições nas despesas
comuns do prédio” pois a fracção a que refere a presente execução,
não tem qualquer ligação ou acesso para as partes comuns do
edifício onde está inserida, ou seja, não se serve da entrada, nem da
escada, nem a qualquer parte comum que dê acesso às restantes
fracções que servem de habitação. Mais,


A fracção em mérito tem quatro entradas próprias para a garagem ,
sendo duas portas e dois portões ; Assim,


Aquela fracção, ou seja os coproprietários, ora os executados, não
devem pagar qualquer contribuição nas despesas comuns do prédio,
vulgarmente o condomínio, na proporção da sua permilagem (vide
1424º do CC, especialmente o nº 2), considerando que:

a)- não faz, por impossibilidade técnica de acesso ao uso das


escadas, das entradas, dos vãos, dos patamares nem outras partes
do edifício, e consequentemente, não deve contribuir para o
pagamento da sua limpeza;

b)- Não usa, por impossibilidade técnica de acesso ao sistema


eléctrico das escadas e restantes acessos às restantes fracções, leia-
se, habitações, e não usa os elevadores, e, consequentemente, não
deve pagar o consumo da água e energia eléctrica;
c)- Não usa, por impossibilidade técnica de acesso a outros espaços
do edifício –que não sejam os que estão exclusivamente dentro ds
sua fracção pelas entradas específicas e próprias- por não existir
qualquer acesso para as restantes partes comuns do edifício.

Nestes termos

Nos melhores de Direito e sempre com o mui douto


suprimento de V.Exa, deve a presente oposição ser
recebida, e a excepção -e prescrição- ser julgada
procedente, e em consequência a presente
execução deve improceder, condenado o
exequente nas despesas e custas do processo e
procuradoria condigna, o que será de JUSTIÇA.

Junta: junta duas procurações forense e comprovativo do pagamento


da taxa justiça.

TESTEMUNHA a apresentar.

1-Paula Justo, div. Administrativa.


2-Iria Solange Garrido, solteira, jurista e técnica superior

E.D.

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