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BÁSICA
Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga
www.ipiranga.com.br
LUBRIFICAÇÃO
Petróleo
2
NA ANTIGUIDADE
OS FENÍCIOS
NA ÍNDIA FORAM
UTILIZAVAM O
ENCONTRADOS
OS EGÍPCIOS PETRÓLEO NA
INDÍCIOS DA UTILIZAÇÃO
UTILIZAVAM O CALAFETAÇÃO DAS
DO PETRÓLEO NO
PETRÓLEO NO EMBARCAÇÕES. SÉCULO IV A.C. COMO
EMBALSAMENTO MATERIAL DE LIGA NAS
DAS PESSOAS. CONSTRUÇÕES.
MUITO ANTERIOR
AO DESCOBRIMENTO,
O PETRÓLEO ERA OS ROMANOS E SEGUNDO
CONHECIDO NA AMÉRICA. GREGOS UTILIZAVAM O ANTIGO
OS INCAS E OS ASTECAS O PETRÓLEO PARA TESTAMENTO
UTILIZAVAM O PETRÓLEO FINS BÉLICOS. OS O BETUME FOI
PARA DIVESOS FINS. ASTECAS O UTILIZAVAM UTILIZADO NA
EM FLEXAS TORRE DE
INCENDIÁRIAS. BABEL.
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O atrito pode ser definido como a resistência que se manifesta ao
se movimentar um corpo sobre uma superfície.
Como o atrito é sempre menor que o atrito sólido, a lubrificação
consiste na interposição de uma substância fluída entre duas
superfícies, evitando-se assim, o contato sólido com sólido,
produzindo-se o atrito fluido.
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QUAL É A COMPOSIÇÃO DE UM ÓLEO
LUBRIFICANTE?
ESCOLHA DO CRU
PROCESSO DE REFINAÇÃO
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mais aplicados em condições de baixa temperatura. Os óleos
básicos naftênicos, além de possuir uma menor faixa de uso, se
comparado com os parafínicos, vem apresentando ultimamente
pequena e decrescente disponibilidade no mercado, devido a
escassez no mundo, das fontes de origem (tipo de cru).
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A capacidade de oxidação e formação de depósitos de um óleo
lubrificante estão relacionados com a composição do óleo básico.
As propriedades dos óleos básicos podem ser melhoradas através
da aplicação de aditivos.
Estes produtos são químicos produzidos para proporcionar e/ou
reforçar no óleo básico características físico-químicas desejáveis e
eliminar e/ou diminuir os efeitos de algumas características
indesejáveis a lubrificação.
A adição de aditivos aos óleos básicos deve-se ao avanço
tecnológico dos equipamentos que passaram a requerer uma
evolução também na lubrificação O óleo mineral puro tornou-se
insuficiente para lubrificar máquinas mais sofisticadas.
Os aditivos proporcionaram aos lubrificantes características, tais
como:
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Os aditivos que proporcionam as características mencionadas
acima, dependendo da necessidade, podem ser aplicados
individualmente ou em conjunto ao óleo básico.
PRINCIPAIS SEGMENTOS
LUBRIFICAÇÃO PLANEJADA
Surgia assim a filosofia de lubrificação industrial planejada: obter
uma lubrificação eficaz usando um mínimo de produtos, controlando
consumos e desempenho e, sobretudo, programando as paradas
para manutenção preventiva e preditiva.
A base do programa de computador recomenda os lubrificantes,
pontos de aplicação e periodicidade.
A elaboração do plano necessita ser feita por técnico qualificado o
qual, a partir do levantamento das máquinas existentes,
características dos lubrificantes, carga de trabalho e distribuição dos
equipamentos, preparará o plano de lubrificação, orientando em um
determinado fluxo particular para cada indústria.
Mas, para que essa evolução de processo se tornasse possível, os
produtos também precisaram evoluir.
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Ao conjunto de faixas de tolerância e limites de enquadramento de
cada fabricação, dá-se o nome de ESPECIFICAÇÃO.
Convém mencionar que as especificações não são garantia de bom
desempenho do lubrificante, pois somente a aplicação demonstra a
performance.
Os ENSAIOS DE LABORÁTORIO simulam condições de aplicação
do lubrificante sem, entretanto, garantir um bom desempenho de
serviço.
ENSAIOS DE LABORATÓRIO
São as seguintes as principais análises que definem características
e especificações de óleos e graxas lubrificantes:
1. Viscosidade
É a principal propriedade física de óleos lubrificantes. A viscosidade
está relacionada com o atrito entre as moléculas do fluido, podendo
ser definida como a resistência ao escoamento que os fluidos
apresentam sob influência da gravidade (viscosidade cinemática).
Viscosidade absoluta, ou viscosidade dinâmica é o produto da
viscosidade cinemática pela densidade.
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É um número empírico que indica o grau de mudança da
viscosidade de um óleo a uma dada temperatura. Alto IV significa
pequenas mudanças na viscosidade com a temperatura, enquanto
baixo IV reflete grande mudança da viscosidade com a temperatura.
3. Ponto de Fulgor
4. Ponto de fluidez
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Ponto de fluidez é a menor temperatura, expressa em múltiplos de
3°C, na qual a amostra ainda flui, quando resfriada e observada sob
condições determinadas.
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As características ácidas ou básicas dependem da natureza do
produto, do conteúdo de aditivos, do processo de refinação e da
deterioração em serviço.
8. Demulsibilidade
9. Diluição
Nos dá a percentagem de combustível que se apresenta como
contaminante numa amostra de óleo lubrificante.
10. Consistência
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O ponto de gota de uma graxa é a temperatura em que se inicia a
mudança de estado pastoso para o estado líquido (primeira gota).
12. Espectrometria
Trata-se de uma técnica amplamente utilizada na determinação
qualitativa e quantitativa de metais em óleos lubrificantes.
Os elementos metálicos podem ser provenientes da (aditivação
melhoradores de performance) e/ou de desgaste.
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utilização, daí as empresas optarem por aquele que melhor atende
as expectativas definidas no atendimento de seus clientes.
13. Infravermelho
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2. Turbinas
Turbinas são mecanismos através dos quais a energia do vapor,
água ou gás, é convertida em movimento para gerar trabalho.
Os modernos óleos de turbina devem ter algumas propriedades
importantes como viscosidade adequada, resistência à oxidação e
formação de borra, prevenção contra ferrugem, proteção dos
mancais contra corrosão, resistência à formação de espuma e fácil
separação da água, além de permanecer em uso por longos
períodos sem se degradar.
5. Guias e barramentos
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As guias e mesas das máquinas operatrizes devem permitir
deslizamentos suaves dos carros e porta-ferramentas, mesmo após
paralisações noturnas ou prolongados finais de semana. Esses
óleos são formulados a partir de básicos selecionados, enriquecidos
com agentes de oleosidade, extrema pressão e adesividade, o que
assegura operações dos carros sem trepidação, característica
indispensável as usinagens de precisão.
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Os fluídos de corte apropriadamente selecionados, manuseados e
aplicados, proporcionam maiores velocidades de corte, menos
afiações de ferramentas, maior produção e outras vantagens na
usinagem de peças de materiais ferrosos e não ferrosos.
Essencialmente, cabe a tais fluidos as seguintes funções básicas:
Agir como refrigerante
Agir como lubrificante
Proteger as partes contra ferrugem
8. Tratamento térmico
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Por tratamento térmico entende-se o conjunto de operações de
aquecimento, equalização da temperatura e resfriamento das ligas
metálicas no estado sólido, com a finalidade de modificar a
estrutura cristalina e alcançar as propriedades típicas e mecânicas
desejadas.
A escolha adequada do óleo depende, para citar apenas algumas
variáveis, das características do aço a ser tratado, da dureza
desejada, do tamanho da peça, da temperatura do banho e do
processo empregado. Esses produtos devem ser excepcionalmente
estáveis em temperaturas elevadas, possuindo resistência natural a
alterações químicas, possíveis de ocorrer durante o contato do meio
refrigerante como as superfícies metálicas quentes.
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A vida de um óleo lubrificante dentro de uma máquina é ingrata:
entra limpo, claro e, ao ser drenado, sai sujo, contendo impurezas,
mas satisfeito pelo cumprimento do dever.
O público consumidor se engana ao pensar que o óleo no período
de troca deve sair como entrou, isto é, limpo.
A função do lubrificante é de sacrifício, pois ele deve arrastar todas
as impurezas e desgaste, evitando que as mesmas se depositem
no motor ou equipamento.
Entre os diversos tipos de contaminantes, podem citar três grupos:
os abrasivos (poeiras, partículas de metais), os produtos
provenientes da combustão (água, ácidos e fuligem) e os produtos
provenientes da oxidação do óleo (verniz).
Nos motores a gasolina ocorrem a formação de depósitos, verniz e
borra, e nos motores a diesel, além dos depósitos, temos ainda a
formação de laca e fuligem.
No caso de uma combustão parcial, os produtos parcialmente
oxidados na câmara de combustão (líquidos) escorrem pelas
paredes dos cilindros e pelos pistões, convertendo-se em depósitos
pegajosos e em carbono. A presença de depósito é nociva, pois
além de reduzir a transferência de calor, provoca o agarramento
dos anéis.
No caso dos motores a diesel, encontramos outra variável
agravante. Trata-se do enxofre contido neste combustível. Este vai
dar origem a óxidos de enxofre, que em contato com a água origina
o ácido sulfúrico.
Para combater esta indesejada acidez (ação corrosiva) é
necessário uma adequada reserva alcalina. O percentual do enxofre
no diesel brasileiro é elevado, se comparado com a Europa e E.U.A.
Em resumo, o óleo lubrificante, para sair vencedor neste vasto
campo de combate, tem que possuir pelo menos as seguintes
qualidades: reduzir a resistência por fricção; proteger contra a
corrosão e desgaste; ajudar a vedação; ajudar no esfriamento;
contribuir para a eliminação de produtos indesejáveis.
Para isso, o óleo lubrificante recorreu a presença de aditivos.
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Chamado popularmente no ramo de pacote (package), é um
conjunto de aditivos componentes que são incorporados aos óleos
básicos. Este pacote seria formado principalmente dos seguintes
aditivos componentes: dispersante, detergente, antidesgastante,
anticorrosivo, antioxidante e modificador de viscosidade (em se
tratando somente de um óleo multiviscoso), além, se for necessário,
da presença de abaixador do ponto de fluidez e antiespumante.
Para uma melhor compreensão sobre os principais aditivos
componentes aplicados em um óleo lubrificante e automotivo,
acrescentamos os seguintes comentários:
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4. Aditivo – Tipo Modificador de Viscosidade
Visa transformar os óleos básicos de baixa viscosidade em óleos
mais viscosos, melhorando a relação viscosidade versus
temperatura, se comparando com os óleos de graus simples.
Composições típicas: copolímeros de olefinas, polisobutilenos, etc.
É fácil constatar a presença de alguns dos aditivos componente
mencionados acima, pois na análise típica de um óleo lubrificante,
podemos detectar os elementos nitrogênio proveniente do aditivo
tipo dispersante), zinco (proveniente do aditivo- tipo
antidesgastante), fósforo (proveniente do aditivo- antidesgastante),
magnésio ou cálcio (proveniente do aditivo - tipo detergente inibidor
e/ou inibidor de ferrugem), entre outros.
Outros ensaios de laboratório revelam importantes informações
sobre o lubrificante analisado, assim como ponto de fulgor, ponto de
fluidez, viscosidade, cinzas sulfatadas, nº de neutralização.
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Dentro da classificação SAE, o mesmo óleo de motor ou de
transmissão pode atender a dois graus de viscosidade SAE. Neste
caso o óleo é denominado Multiviscoso.
Em temperaturas baixas, um óleo multiviscoso 15W40 se comporta
como um óleo de grau SAE 15W e a 100°C é um óleo de grau SAE
40.
Para classificar o lubrificante de acordo com seu desempenho, são
feitos testes em motores padronizados, sob condições operacionais
controladas, denominadas “Seqüência de Testes”. Em cada uma
dessas seqüências é avaliado o desempenho do óleo lubrificante
nas várias partes de um motor sob condições variadas de
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funcionamento, como de temperatura, rotação, carga, tipo de
combustível. Estas condições são rigidamente controladas dentro
dos padrões estabelecidos para cada seqüência de teste.
Na classificação API-SAE-ASTM foram estabelecidas categorias
para os óleos de motores à gasolina, designadas pelas letras
A,B,C,D, E,F,G,H,J e L procedidas pela letra S, de Service (postos
de gasolina, garagens, revendedores autorizados). Para os óleos de
motores diesel, foram estabelecidas também, categorias
designadas pelas letras A,B,C,D,E,F,G,H e I precedidas pela letra
C, de Commercial (veículos mais pesados, destinados ao transporte
de cargas ou coletivos).
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SL Categoria introduzida a partir de 2002 para atender os atuais
requisitos dos fabricantes de motores à gasolina. Apresentam
características de desempenho com maior proteção contra a
oxidação, ferrugem e formação de borras e depósitos. Esta
categoria substituiu as anteriores.
F1 Super SF
F3 30, 40 ou 50 SE
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CATEGORIAS PARA MOTORES A DIESEL
CA Óleo com aditivos que promovem uma proteção aos mancais,
contra a corrosão, desgaste, evitando a formação de
depósitos de altas temperaturas. Óleo para uso em motores à
gasolina e motores diesel não turbinados (com aspiração
normal), operando em condições suaves ou moderadas, com
combustível de baixo teor de enxofre (0,4%). Este tipo de óleo
foi largamente usado nas décadas de 1940 e 1950.
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CE Óleo com aditivos, superando a categoria CD em ensaios
mais severos de desempenho. Satisfaz as exigências dos
fabricantes americanos quanto ao consumo de óleo
lubrificante, combustível, controle de depósitos, dispersância,
desgaste e corrosão. Homologada em abril de 1987. Indicado
para motores diesel turboalimentados em serviço severo.
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CG-4 Categoria introduzida em 1994, desenvolvida especialmente
para uso em motores projetados para atender aos níveis de
emissão do EPA (Agência de Proteção Ambiental) podendo
ser usada nos motores diesel de alta rotação em uso
rodoviário, usando óleo diesel com teor com teor de enxofre
inferior a 0,5%. Os óleos desta categoria destacam-se pela
proteção aos motores contra depósitos em pistões operando
em altas temperaturas, espuma, corrosão, desgaste,
estabilidade a oxidação e acúmulo de fuligem. Atende aos
testes de motor: CRC L-38, seqüência IIIE, GM 6.2L, MACK
T-8 e Caterpillar 1N. Acompanhada da sigla “CF-4” podem ser
utilizadas em todos os veículos com percentual de enxofre no
Diesel não superior a 0,5%.
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Brutus EGR 15W40
F1 Master 4X4 15W50
CI-4
NOTAS:
1. Motores turbinados ou superalimentados
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2. Borra de baixa e alta temperatura
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Assim foram classificados:
Os lubrificantes para motores a gasolina como A1-96, A2-96 e
A3-96 (a versão mais recente classifica-os como A1-98, A2-98 e
A3-98.)
Os lubrificantes para motores Diesel de veículos ligeiros como
B1-96, B2- 96 e B3-96 (a versão mais recente classifica-os como
B1-98, B2-98, B3-98 e B4-98.)
Os lubrificantes para veículos comerciais Diesel como E1-96,
E2-96 e E3-96 (a versão recente classifica estes lubrificantes como
E1-98, E2-98, E3-98, E4-98 e E5-99).
Quando um lubrificante é classificado com a versão 1 do norma (por
exemplo A1-98), significa que se trata de um lubrificante de baixa
viscosidade e que proporciona uma economia comprovada do
consumo de combustível.
Já as restantes versões (2, 3, etc.) estão diretamente relacionadas
com a qualidade do produto (quanto mais elevada é a norma, mais
exigentes são os ensaios que o lubrificante tem que superar.)
A seguir, tabela com as seqüências de testes com as performances
das categorias de testes para óleos de motores à gasolina e diesel:
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Requisitos de qualidade da ACEA e os respectivos lubrificantes
Ipiranga:
CLASSIFICAÇÃO DE
ÓLEOS PARA MOTORES 2T
A seleção do lubrificante adequado para motores 2T refrigerados a
ar, deve-se seguir as recomendações da API (American Petroleum
Institute), JASO (Japan Automobile Standards Organization), TISI
(Thai Industrial Standart Institute) e ISO (International Organization
for Standartization), conforme tabela comparativa a seguir:
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Um lubrificante tipo TC-W3 é largamente aceito para uso em
motores de popa de alta performance.
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As temperaturas dos óleos de transmissão de grau SAE 70W, 75W,
80W e 85W, para uma viscosidade de 150.000 Cp, são
determinadas de acordo com o método ASTM D-2983, utilizando o
Viscosímetro Brookfield.
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aplica, geralmente, aos diferenciais antiderrapantes. Contém
aditivos de Extrema Pressão.
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uma série de 18 graus de viscosidade cinemática (centistokes) a
40°C. Os números, que designam cada grau de viscosidade ISO,
representam o ponto médio de uma faixa de viscosidade.
ESPECIFICAÇÕES AGMA
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CLASSIFICAÇÃO AGMA PARA LUBRIFICANTES
DE ENGRENAGENS ABERTAS
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GRAXAS LUBRIFICANTES
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Na maioria das vezes, as graxas são usadas quando condições de
projetos requerem um lubrificante pastoso, com características de
desempenho similares ao dos óleos lubrificantes.
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Diz-se que a penetração é trabalhada, quando a graxa é
comprimida por um dispositivo especial 60 vezes a uma
temperatura de 25°C, antes de medir a penetração.
As graxas menos consistentes do que 0 (zero) são chamadas
semifluidas e as mais resistentes do que 6 (seis) são chamadas de
graxa de bloco.
Graxas de Cálcio
Aplicações
Lubrificação de máquinas em locais úmidos, em virtude da
graxa de cálcio ser insolúvel em presença de água e umidade.
Mancais de bucha. Os mancais devem ter velocidade e
temperaturas moderadas.
Não devem ser usadas em mancais de rolamento, devido às
altas temperaturas.
Não deve ser usada em temperaturas acima de 70°C, pois
havendo evaporação da água, o sabão e o óleo se separam.
Graxas de Lítio
Aplicações
São as graxas denominadas de múltiplas aplicações. São
recomendadas para temperaturas variáveis entre –10°C e
150°C e em presença de umidade. Sua ótima bombeabilidade
facilita seu uso em pistolas Graxeiras e sistemas de
lubrificação.
Quando formadas com óleos com baixo ponto de fluidez são
usadas para cabos e controle de aviões que estão sujeitos a
temperaturas baixas. As graxas de lítio foram desenvolvidas
particularmente para a aviação. São usadas Tanto no campo
automotivo como industrial (lubrificação de mancais de
buchas e rolamentos, pinos e chassis e em todas as
máquinas e veículos sujeitos à umidade, calor, poeira,
choque).
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Graxas de Complexo de Lítio
Aplicações
Substituem com vantagens as graxas à base de sabão de lítio
e argila (bentonita), não deixando resíduos sólidos na
lubrificação de mancais de rolamentos com temperaturas de
trabalho até 180°C. Apresenta características de resistência à
baixas e altas temperaturas (Ponto de Gota superior a 250°C),
propriedades de extrema-pressão, resistência à água,
estabilidade química, resistência a solicitações mecânicas e
compatibilidade com elastômeros.
Graxas Betuminosas
Aplicações
Lubrificação de grandes engrenagens abertas e
semifechadas, de correntes, de cabos de aço e de partes de
máquinas expostas às intempéries.
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LINHA IPIRANGA DE GRAXAS LUBRIFICANTES:
Mancais de Rolamento
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Antes de aplicar a graxa nos pinos graxeiros, os mesmos deverão
estar bem limpos, a fim de evitar a entrada de partículas abrasivas
que danificam o mancal. Evitar excesso de graxa nos mancais de
rolamento, pois é extremamente prejudicial. A quantidade de graxa
a ser colocada, em geral, deve ser suficiente para preencher 1/3
(mínimo) a 2/3 (máximo) dos espaços vazios de rolamento. Um
excesso de graxa provoca um aumento de temperatura de
operação de mancal. que não deve ultrapassar a 90°C. Nas
relubrificações, a quantidade em gramas deve ser
aproximadamente igual a 0,005 x D x B, onde D é o diâmetro
externo em mm e B a largura do rolamento em mm.
Mancais de Deslizamento
Os mancais de deslizamento podem ser subdivididos em:
1. Mancais Planos ou Radiais
Mancais de Bucha
Semi-Mancais
Mancais Bi-Partidos
Mancais de 4 Partes
2. Mancais de Guia
3. Mancais de Escora ou Axiais
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MANCAIS DE DESLIZAMENTO COM COPOS GRAXEIROS
Periodicamente abastecer com graxa nova até sentir uma
resistência maior ao girar pressor. Não colocar graxa em demasia,
pois pode danificar os elementos de vedação. A seguir, retirar
novamente o pressor e encher de graxa. Diariamente dar uma a
duas voltas no pressor.
FURO DE ÓLEO
Lubrificar com almotolia, diariamente.
PINO DE ÓLEO
Lubrificar com pistola para óleo, diariamente.
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LUBRIFICAÇÃO POR ANEL OU COLAR
Verificar o nível semanalmente. Em geral, o óleo deve ser
drenado semestralmente.
CAIXA DE ENGRENAGENS
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Nas caixas de engrenagens ou redutores de velocidade, podemos
encontrar lubrificação por circulação, por banho de óleo e salpico.
Quando as velocidades periféricas são elevadas (superior a
18m/seg) a lubrificação por banho ou salpico não são
recomendadas, pois devido à agitação violenta, ocorre a formação
de espuma, aquecimento excessivo e uma conseqüente perda de
potência e oxidação do óleo. Nestes casos, o óleo deve ser
circulado por meio de bombas e injetado sobre as engrenagens
antes do engrenamento.
Nos redutores, cujo método de aplicação é por banho de óleo, o
nível máximo deve cobrir o dente da engrenagem que mergulha.
Em geral, os fabricantes recomendam que os óleos de redutores
devam ser drenados semestralmente.
ENGRENAGENS ABERTAS
As engrenagens abertas, normalmente lubrificadas a pincel ou
espátula, devem receber uma leve camada de graxa.
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Em geral, devido ao baixo custo, é indicado para tais casos um
lubrificante de base asfáltica, pois possuem um grande poder de
aderência às superfícies metálicas.
Para facilitar o manuseio, o lubrificante deve ser aquecido. No caso
de lubrificantes com solventes especiais, não inflamáveis não é
necessário o aquecimento, o que facilita muito a aplicação. Após
ser aplicada, o solvente evapora-se rapidamente, deixando uma
película lubrificante e protetora sobre as superfícies. Recomenda-se
uma inspeção semanal para verificação da permanência da película
lubrificante. Em situações mais rigorosas de funcionamento, deve-
se inspecionar duas vezes por semana. Periodicamente deve ser
feita uma limpeza com querosene e uma nova camada de
lubrificante deve ser aplicada. Além do querosene, uma espátula
serve para remover dos dentes das engrenagens a graxa usada.
SISTEMAS HIDRÁULICOS
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Quanto ao sistema, três fatores influem preponderantemente na
escolha do óleo. O primeiro e, mais importante, é o tipo da bomba,
seguindo se a pressão e a temperatura de operação.
Para um sistema hidráulico funcionar perfeitamente, é necessário
que as tubulações de descarga e de sucção estejam abaixo do nível
inferior do óleo no reservatório, mantendo-se sempre a sucção,
abaixo e bem afastada da de descarga, para que se evite a
circulação de bolha de ar. Constantemente deve ser observado o
nível e completado se necessário, não permitindo que o nível
mínimo permissível seja ultrapassado.
Um período de mudança do óleo e troca ou limpeza dos filtros e
telas deverá ser estabelecido para cada caso e operação em
particular, levando-se em consideração que o período de utilidade
de um óleo depende das condições da máquina.
LUBRIFICAÇÃO CENTRALIZADA
Consiste em um reservatório, de onde o lubrificante (óleo ou graxa),
é bombeado sob pressão, através de tubos, para os diversos
pontos de aplicação. Estes sistemas são aplicados em máquinas
que possuem muitos pontos a lubrificar, ou pontos de difícil acesso,
que utilizem o mesmo lubrificante.
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A lubrificação centralizada pode ser dois tipos, a saber:
a) Com reaproveitamento de lubrificante.
b) Sem reaproveitamento de lubrificante.
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RECOMENDAÇÕES DE LUBRIFICAÇÃO
1 Use sempre óleos de primeira qualidade, recomendados pelo
fabricante do veículo.
2 Verifique se a classificação do serviço API e o grau de
viscosidade SAE estão de acordo com o indicado no manual
do proprietário.
3 Troque o óleo nos períodos recomendados, ou mais
freqüentemente quando as condições operacionais assim
exigirem.
4 Verifique sempre o nível do óleo do motor, mantendo-o
sempre entre as marcas MÍN e MÁX da vareta mediadora. O
nível deve ser verificado com o veículo na posição horizontal,
após estar parado um certo tempo, para o óleo poder escorrer
para o cárter.
5 Limpar o bujão antes de adicionar óleo ou verificar o nível de
óleo, utilize sempre pano ou papel absorventes. Nunca utilize
estopa ou outros materiais que soltem fiapos.
6 Evite misturar óleos de tipos e especificações diferentes.
7 Antes de trocar ou adicionar óleo no motor, câmbio ou
diferencial, verifique se os mesmos estão nas embalagens
originais e se estes são recomendadas para o seu veículo.
8 Esteja sempre atento para a ocorrência de vazamentos de
óleo, procurando sanar imediatamente a sua causa.
9 Troque o filtro de óleo nos períodos recomendados.
10 Limpe regularmente o filtro do ar, trocando-o nos períodos
recomendados.
11 Óleos usados devem ser armazenados para posterior
reaproveitamento. Nunca devem ser jogados em ralos,
esgotos, ou em locais que possam entrar em contato com a
água e vegetação. Além de poluírem a natureza e terem um
certo grau de toxidade para o homem, constitui-se fator de
economia para o País o seu reaproveitamento.
IMPORTANTE
Estas recomendações servem como base para lubrificação e troca
de óleo. Quando houver, entretanto, recomendação específica do
fabricante referente a período de troca de cargas e/ou
relubrificação, tal recomendação deverá ser seguida.
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CUIDADOS PARA ARMAZENAMENTO E
MANUSEIO DE LUBRIFICANTES
Manuseio Descuidado dos Tambores
Quedas bruscas, descidas de rampas sem proteção, rolar em
terreno irregular, resultam em furos, amassamentos ou
desaparecimento da identificação do produto.
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Misturas Acidentais de Produto
Sérios inconvenientes podem, surgir pela mistura de óleos ou
graxas.
Os produtos aditivados, muitas vezes, não se misturam
normalmente, podendo haver precipitação de aditivos.
Para não haver trocas possíveis, os vasilhames devem estar
claramente identificados.
Armazenagem ao Ar Livre
Não havendo possibilidade de se armazenar em recinto fechado,
devemos observar os seguintes cuidados:
a) Tambores deitados – evitar o contato com o chão colocando
os tambores sobre ripas de madeira, com os bujões numa
linha aproximadamente horizontal.
b) Tambores em pé – neste caso cobrir os tambores com um
encerado, e evitar o contato dos mesmos com o chão.
c) Embalagens pequenas – colocar sobre pranchas de maneira,
para evitar o contato com o chão e cobrir com um encerado.
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Almoxarifados de Lubrificantes
O almoxarifado deverá ficar afastado do processo de fabricação que
produzem poeira, podendo contaminar o produto. Afastado também,
de fontes de calor como caldeiras, que podem deteriorar o produto.
Recipientes de Distribuição
Estes deverão estar marcados da mesma forma que o tambor, para
evitar troca na hora da aplicação.
Todos os recipientes utilizados na distribuição (funis, almotolias,
pistolas graxeiras), deverão estar sempre limpos e é conveniente
lavá-los com querosene e secá-los, antes de cada distribuição. Não
se deve usar para limpeza panos que deixem fiapos, principalmente
estopa.
As graxas são mais difíceis de distribuir. É desaconselhável retirá-
las do vasilhame com pedaços de madeira, em virtude do perigo de
contaminação e aconselha-se a instalação de bombas manuais,
ficando assim sempre fechados os recipientes.
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NOTA:
1. Extremos de Temperatura
Além da contaminação, os lubrificantes podem ter suas
características alteradas, quando sujeitos aos extremos de
temperatura; isto se aplica especialmente a certas graxas, que
podem apresentar separação de óleo da massa de graxa quando
estocados em condições de calor excessivo.
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