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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS ADMNISTRATIVAS E JURÍDICAS


CURSO DE DIREITO
TEORIA GERAL DO PROCESSO

RELATÓRIO

Acadêmico:

Elcio Antônio Garcia Júnior

BOA VISTA - RR

OUTUBRO DE 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA
CENTRO DE CIÊNCIAS ADMNISTRATIVAS E JURÍDICAS
CURSO DE DIREITO
TEORIA GERAL DO PROCESSO

RELATÓRIO

Acadêmico:

Elcio Antônio Garcia Júnior

Relatório apresentado à
Universidade Federal de Roraima,
Departamento de Ciências de
Administrativas e Jurídicas, Curso de
Direito, para obtenção de nota na
disciplina Teoria Geral do Processo,
ministrada pelo professor Rodrigo
Furlan.

BOA VISTA – RR

OUTUBRO DE 2010
INTRODUÇÃO

O presente estudo encontra-se dentro de um dos temas mais atuais do


Processo Administrativo. A pretensão deste relatório é estabelecer os conceitos
existentes e comumente estudados entre os princípios, preceitos fundamentais,
e as fases do processo administrativo fiscal.

Através desta pesquisa tem-se a pretensão de esclarecer os


questionamentos e assuntos expostos em uma aula especifica que foi de suma
importância para o saber de todos os alunos presentes.

Quanto à metodologia serão respeitadas todas as formulações quanto


às formas de confecção deste tipo de documento, observando todas as
instruções do professor Furlan acerca da forma de confecção de tal pesquisa.

O presente feito é composto por uma estrutura básica de uma


acadêmica tradicional contendo introdução, desenvolvimento contendo
diversos tópicos que de maneira coerente serão apresentados, e uma
conclusão, expondo as metas alcançadas e o aprendizado jurídico adquirido ao
decorrer do trabalho.

Ademais, acrescenta-se a utilização da pesquisa on line, uma vez que


a internet apresenta-se como mecanismo eficaz ao acesso de conteúdos e
materiais que agregam valor significativo a qualquer estudo.
Dia 30/09/2010, aula de teoria geral do processo.

Aula Processo Administrativo Fiscal, Professor Leonardo Frota.

A aula foi ministrada, pelo acadêmico e professor Leonardo frota, e tinha como
objetivo esclarecer aos outros acadêmicos as funções e etapas do processo
administrativo fiscal. Para facilitar a leitura do relatório, relatarei a aula
ministrada por tópicos dos assuntos que foram abordados pelo Leonardo.

• Conceitos fundamentais.

A administração pública não pode esquecer-se de buscar a realização


da justiça, não devendo este objetivo ficar restrito somente ao pode
judiciário. Por esse motivo os órgãos da administração devem buscar
realizar o controle dos seus atos. A justiça administrativa irá atuar
compondo os conflitos administrativos, e isso será feitos por meio de
dois sistemas:

1. O sistema francês, que estabelece uma dupla jurisdição. Nesse


sistema a função jurisdicional é compartilhada com a
administração, e esta também irá ter o poder de julgar, além das
funções executivas tradicionais.

2. O sistema inglês estabelece que a jurisdição seja algo exclusivo


do poder judiciário. Nesse sistema a jurisdição A solução de
conflitos entre particulares e a administração ou de outros
órgãos é de competência do poder judiciário.
Sobre influencia do modelo inglês, no Brasil prevalece o princípio da
universalidade de jurisdição, segundo o qual existe uma reserva absoluta de
jurisdição, de onde irá decorrer a dupla proibição de que seja excluída da
apreciação do poder judiciário qualquer lesão de direito individual, se esta
lesão decorrer dos atos da administração. Este principio está contido na
Constituição Federal, Art. 5º inciso XXXV.

O processo Administrativo fiscal pode ser conceituado como o


conjunto de atos interligados e coordenados praticados para obtenção da
decisão de uma controvérsia ocorrida no âmbito administrativo. Em relação ao
âmbito administrativo, o processo será caracterizado pela atuação de
interessados na presença da administração publica, com o objetivo de obter
determinada providencia ou reconhecimento de algum direito. Porém existe
uma controvérsia em relação à denominação processo e procedimento. O
primeiro retrata a relação jurídica especifica; e o segundo define o desenrolar
dos atos e fatos que configuram o caminho que se percorre ate chegar ao ato
final. Em relação ao processo fiscal existem especificações que o distingui dos
demais. A sua fundamentação legal está ligada a constituição federal e a
outros dispositivos como o Decreto Lei nº 822/69 que delegou competência
para o poder executivo legislar sobre processo fiscal; e o Decreto nº 70.235/72
dispõe sobre o processo administrativo fiscal. A jurisprudência pátria confere ao
decreto força de lei em função da delegação de competência.

• A fonte do processo administrativo fiscal.

As fontes no direito são leis e outros dispositivos que irão dar base
para que existam as normas que regulam direitos. No processo administrativo
fiscal, as fontes serão as normas que irão informar e orientar o fenômeno
processual, ou seja, orientam o processo administrativo ate a obtenção de uma
decisão final, assegurando garantias importantes para o exercício dos direitos
dos cidadãos. O {direito processual fiscal não surgiu só da lei, tanto que o
dispositivo existente no inciso I do artigo 2º, da lei nº 9.784/99, prevê que a
administração deve atuar conforme a lei e o direito. Essa expressão indica que
existe uma diferenciação entre a lei e o direito. As normas serão partes de um
âmbito maior, que é o direito, e traduzindo essa expressão entenderemos que
para o processo administrativo, a lei não será a única fonte. Abaixa serão
listadas as fontes, respectivamente com as suas definições e peculiaridades:

1. A lei: é a mais importante das fontes do direto administrativo.


Abrange, como já foi dito, desde a constituição até os atos
normativos mais simples como os decretos, os regulamentos e
as instruções. Podemos ressalta ainda que os atos normativos
das autoridades administrativas integram a legislação tributaria,
mas não tem caráter de lei em sentido formal,dessa forma,
portanto, tais atos não podem inovar, indo além daquilo que esta
previsto em lei. {O processo Administrativo vem sendo
instaurado e conduzido com base no decreto nº 70.235/72 com
as alterações introduzidas pela Lei nº 8.748/99. Nessa lei são
definidas as regras de estruturação dos órgãos de julgamento,
de competência para realização de atos processuais e explica
os direitos e deveres das partes envolvidas no processo. A Lei
n}9.784 irá ter a função de norma geral, pela qual serão
estabelecidas as regras de relacionamento entre a
administração e os particulares, seus direito e deveres.

2. Jurisprudência: é o conjunto reiterado de decisões proferidas


pelos tribunais administrativos ou judiciais com relação a
aplicação de certo preceito jurídico na solução de casos iguais.
No Brasil a jurisprudência não tem a força coercitiva do países
ingleses, onde devem ser respeitados os precedentes judiciais.
Aqui a jurisprudência não é de cumprimento obrigatório dos
órgãos do poder publico, sendo usado como orientação. A
jurisprudência como fonte indireta é bastante elogiado pelos
órgãos administrativo e exerce influencia significativa nos
julgamentos administrativos, mesmo não sendo obrigatório.
3. Costumes: è a reiteração de pratica uniforme, por parte da
administração, no tratamento e na solução de determinados
casos. Embora haja uma divergência muito grande em relação à
validade de praxes administrativa como fonte do direito, na falta
da lei aplicável ao caso concreto, elas podem prestar um grande
auxilio ao direito processual fiscal. O costume será fonte do
direito administrativo, quando preencher a omissão da lei como
quando servir à sua interpretação e incidência, porém não a
revoga.

4. Princípios Gerais do direito: São proposições fundamentais que


se encontram na base de toda legislação, constituindo o roteiro
que irá orientar o sistema legislativo. Os princípios, em relação
ao processo administrativo, estão previsto não só nos atos
específicos que o regulam como também nas outras regras do
direito objetivo que condicionam o funcionamento global do
sistema. Cada sistema processual se funda em princípios que
se estendem a todos os ordenamentos e em outro que lhe são
próprios.

• Princípios constitucionais.

A constituição é a fonte primeira do direito processual. Inserida nela


podemos observar um sistema de principio que busca regular a denominada
jurisdição constitucional. A compreensão do direito processual, em especial, do
processo administrativo fiscal, depende do exame dos princípios
constitucionais, já que estes é que dão estrutura e coesão ao ordenamento
jurídico.Na atual constituição federal, os princípios mais relevantes que
interferem no campo processualista fiscal são:

1. Principio do devido processo legal.


É considerado o princípio fundamental do processo, por ser a base
sobre o qual os outros se sustentam. Representa a garantia inerente ao estado
democrático de direito de que ninguém será condenado sem que lhe seja
assegurado o direito de defesa. No Brasil, a constituição federal reporta-se ao
principio do devido processo legal, no artigo 5º inciso LIV, que prescreve “
ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo
legal”.No inciso seguinte é tratado a obediência a esse princípio no âmbito do
processo administrativo, prevendo que: “ aos litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a
ampla defesa”.Esse principio do pode ser entendido de duas formas diferentes:
a primeira, é a forma genérica, caracterizada pelo trinômio, vida- liberdade-
propriedade.Em sentido processual te um significado mais restrito e
compreende a garantia de ampla defesa, o contraditório, a prévia determinação
de competência e o direito a uma decisão fundamentada que ponha termino ao
processo.

2. Principio do contraditório e da ampla defesa.

O direito do contraditório e da ampla defesa são manifestações do


princípios do devido processo legal, contido no artigo 5º da constituição. O
principio do contraditório tem uma grande ligação com a igualdade das partes e
se traduz em duas formas: a primeira, pela necessidade de conhecimento da
existência da ação de todos os atos do processo ás partes e; e a segunda pela
a possibilidade que a parte vai ter de reagir aos atos que foram
desfavoráveis.Sintetizando o princípio do contraditório é constituído por dois
elementos: a informação e a reação.

O princípio da ampla defesa é o princípio que irá possibilitar rebater de


forma irrestrita as acusações, alegações, argumentos, interpretações de fatos,
interpretações jurídicas,, para evitar sanções ou prejuízos. È importante
observar que a constituição federal assegurou a dupla garantia do contraditório
e da ampla defesa e da ampla defesa, já que a existência do direito a defesa
não envolveria um modo contraditório do seu exercício, podendo a
administração limitar-se a considerar as razões apresentadas pelo
administrado. A garantia foi feita de modo que o contraditório e a ampla defesa
estejam ligados intimamente, sendo o contraditório o pressuposto da ampla
defesa. Especificamente no processo administrativo fiscal no artigo 2º inciso X,
da lei 9.784/99 prescreve “a garantia dos direitos à comunicação, à
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de
recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de
litígio” O poder judiciário tem entendido que o desrespeito a os princípios da
ampla defesa e do contraditório no processo administrativo fiscal enseja a
nulidade da decisão administrativa.

3. Princípio da isonomia.

A democracia de um estado se organiza com base na isonomia, que é


meta primordial para qualquer desses estados e o modelo de justiça que tem
origem na mais remota das civilizações. Esse principio esta contido no artigo
5º, caput e inciso I, da constituição federal, que diz q todos são iguais perante a
lei. Aplicado ao campo do processo administrativo, esse principio traduz-se na
garantia de que o litigantes devem receber tratamento igual. Tanto os
promotores envolvidos no processo, como as partes devem merecer as
mesmas oportunidades. Porém, em relação ao processo administrativo fiscal,
que envolve a administração e o particular, a questão desse principio toma uma
especial relevância, porque a legislação traz algumas vantagens processuais a
fazenda nacional como: O recurso de oficio de decisões contrarias à fazenda, a
intimação pessoal das decisões interlocutórias e das decisões contrairias da
fazenda, o recursos especial a câmara Superior de Recursos Fiscais. Esses
privilégios dado a fazenda nacional têm sua sustentação no principio da
supremacia do interesse publico sobre o privado.

4. Princípio do direito a petição.


O artigo 5º, XXXIV da constituição federal assegura a todos
independente de taxas o direito de petição aos poderes públicos, em defesa de
direito e contra a ilegalidade ou abuso de poder. Todo sujeito de direito seja
pessoa física, seja pessoa jurídica, é titular de direito de petição. Deve-se
entender que a garantia a petição é um direito de obter do poder publico a
manifestação sobre o que lhe for solicitado. Portanto o direito de petição não
será apenas o direito de te providencia requerida ao poder publico, mais o
direito à manifestação fundamentada a respeito da providencia que é
solicitada.No direito de petição, previsto constitucionalmente, s estabelece o
processo administrativo ,que é gênero de que o processo administrativo fiscal é
espécie.Compondo o processo administrativo , a consulta fiscal é direito
constitucionalmente assegurado. O artigo 3º da lei nº 9.784/99, no inciso I,
assegura ao administrado o direito de ser tratado com respeito pelas
autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e
cumprimento de suas obrigações, não fazendo sentido o estado dar direito a
petição e não para apreciação do que nela contém. Os pedidos relacionados à
matéria fiscal devem ser analisados, primeiramente pelos delegados e
inspetores da receita federal, e os recursos interpostos destas decisões, pelo
superintendente da respectiva região fiscal.

5. Principio da proibição de prova ilícita.

Inserido nas garantias da defesa e do contraditório, esta o direito de


prova pelo qual devem ser admitidos todos os meios para provar a verdade dos
fatos que se fundem a ação ou a defesa. Entretanto esse direito, não é
absoluto, pois o ordenamento jurídico estipulou limites para a obtenção de
provas em razão da proteção ao direitos personalíssimos e dos direitos
fundamentais. No artigo 5º, inciso LVI, da constituição federal, vai estipular que
são inadmissíveis as provas obtidas por meio ilícito. A prova ilícita pode se
dividir em duas: ilícita material, irá se refere ao momento formativo da prova; e
a ilícita formal ocorre quando a prova decorre da forma ilegítima pela qual ela
se produza, muito embora a sua origem seja licita.
6. Principio da publicidade

Garantia dada pela constituição federal, estipulada no artigo 5º inciso


LX, quanto aos atos praticados pela administração publica é previsto no artigo
37 caput. Este princípio deriva da necessidade de transparência na atuação
administrativa.O principio da publicidade vigora para todos os setores e todos
os âmbitos da atividade administrativa. De acordo com esse princípio os atos
processuais devem ser públicos, significando que o particular, tem meios para
saber o que esta acontecendo no seio da administração. A garantia
constitucional da publicidade dos atos administrativo tem como objetivo permitir
o controle social a atuação dos agentes públicos, porém deixar que outros
tenham livre acesso a informações sigilosas constantes nos autos, pode
acarretar danos morais e materiais aos contribuintes.

7. Principio da motivação das decisões.

Esse principio esta ligado ao artigo 93, inciso IX, da constituição, que
estabelece que as decisões judiciais devem ser motivadas sob pena de
nulidade. Motivar significa que, tanto quem decide como quem se insurge
contra o ato administrativo, deve dizer a razão que o levou a decidir ou de sua
não concordância com o ato administrativo. O principio da motivação é
essencial ao processo administrativo, definindo como sendo o principio da
obrigatoriedade de que seja explicado tanto o fundamento normativo quanto o
fundamento fático da decisão , enunciando, sempre que necessário, as razões
técnicas e jurídicas que servem de calço ao ato conclusivo, de molde a poder-
se avaliar a procedência jurídica e racional perante ao caso.

• Princípios de direito administrativo.


Depois de uma analise do princípio constitucionais do processo
administrativo fiscal, passa-se a bordar os princípios gerais do direito
administrativos, o principiais princípios serão:

1. Principio da legalidade.

E constituição irá estabelecer que ninguém será obrigado a fazer ou


deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei , artigo 5º inciso II. No
direito administrativo a concepção da legalidade é ainda mais restritiva, pois
prescreve que o administrador somente esta autorizado a praticados atos que a
lei lhe indicar que devam ser praticados. Dessa forma se a lei estabelecer
algum requisito material ou formal que deva ser seguido para proferir sentença
de um ato, o não-atendimento do requisito impregna o ato de vício. Com isso
as autoridades administrativas não possuem interesse subjetivo a defender,
devendo exercer a sua função de acordo com os moldes prescritos nas normas
legais pertinentes. A relação tributaria surgida em decorrência do
descumprimento da norma tributaria ou do exercício do direito de petição
obedecerá sempre às normas que regulam a administração tributaria.

2. Principio da proporcionalidade e razoabilidade.

O principio da proporcionalidade determina que a aplicação da lei seja


proporcional aos fins que ela visa em face da situação concreta. Deve haver
certa lógica entra a decisão administrativa e a sua proposta de eficácia. A
razoabilidade tem fundamento na analise valorativa, afastando condutas
contrarias ao bom-senso que não estabeleçam relação racional entre a
finalidade normativa e a conduta administrativa. O administrador deve agir
com certa margem de descrição, visando adequar a providencia requerida as
necessidades administrativas.

3. Principio da moralidade.
A inserção de elementos de ordem moral no regime jurídico-
administrativo, ligando a conduta do agente publico no desempenho de sua
função, pode ser entendida a partir dos princípios que a orientam, visto que se
manifesta nos princípios da razoabilidade, proporcionalidade, publicidade,
motivação do ato e proibição do desvio da finalidade. O principio da moralidade
completa o principio da legalidade, dando a este um conteúdo axiológico e faz
com que a conduta seja legal e justa.Esse principio terá a sua aplicação no
processo administrativo de acordo com o artigo 2º inciso IV da Lei nº9.784/99,
que dispões “atuação segundo padrões éticos e probidade, decoro e boa-fé”.

4. Principio da segurança

Busca preservar as relações jurídicas estabelecidas ante as alterações


da conjuntura política de governo. Este positivado no preâmbulo da
constituição e influencia todo o ordenamento jurídico pátrio. Por esse motivo se
tornam conseqüência desse principio outros princípios como o da
irretroatividade da lei, o respeito ao direito adquirido,à coisa julgada e ao ato
jurídico prefeito e os institutos da prescrição e da decadência. A Lei nº 9.784/99
impõem o principio da segurança jurídica como critério a ser obedecido pela
administração publica federal, preceito contido no parágrafo único, inciso XIII
do artigo 2º dessa lei.

5. Principio da eficiência

Principio acrescentado pela emenda constitucional de 19/98 enunciado


no caput do artigo 37. Esse principio determina que a administração publica
deve agir de modo rápido e preciso para produzir os resultados que satisfaçam
às necessidades da população. Assim a administração deve adotar
procedimentos de simplicidade razoável, para garantir um processo célere,
simples,, econômico e efetivo em alcançar resultados propostos
6. Principio da finalidade.

O principio da finalidade surge pela necessidade de que toda a ação da


administração publica se destina a satisfação do interesse publico. O ato
administrativo deve nortear-se pela efetivação do bem comum da coletividade.
A finalidade não pode ser afastada do interesse publico, pois o administrador
tem que praticar o ato com finalidade publica, sob pena de desvio de finalidade,
uma modalidade de abuso de poder. Para que o processo consiga alcançar o
fim que é preestabelecido se torna importante que a exigência fiscal e o pedido
inicial sejam claros quanto formação do pedido, com a exposição dos fatos e
seus fundamentos, como estabelece o artigo 6º, inciso IV da Lei nº 9.784/99

• Princípios específicos

1. Principio da verdade material

Exprime que a administração deve tomar decisões com base nos fatos
tais como se apresentam na realidade, não se satisfazendo com a versão dada
pelas partes. Por isso tem o direito e o dever de juntar para o julgamento todos
os dados, informações, documentos a respeito da matéria tratada, sem estar
jungida aos aspectos considerados pelos sujeitos

2. Principio do informalismo moderado.

O direito brasileiro inclina-se para o rigor formal, com exceção aos


juizados especiais, e esse formalismo compreende a totalidade formal dos
processos abrangendo a delimitação de poderes, faculdades e deveres dos
sujeitos processuais, coordenação de sua atividade, ordenação do
procedimento e organização do processo, tendo em vista atingir a suas
finalidades primordiais. O processo administrativo formal apresenta pequenas
incorreções de forma, de modo que o aceso do administrado ao processo se
torna mais fácil, até pelo fato de que o contribuinte não precisa de um
advogado para ser representado. A adoção do formalismo simples esta contido
no artigo 2º, inciso IX da lei nº9. 784/99 que prevê “Adoção de formas simples,
suficientes para propiciar grau de certeza r respeito aos direitos dos
administradores”. Esse informalismo moderado se torna mais adequado ao
autocontrole da legalidade pela administração publica e mais aberta à busca da
verdade real que é a base de todo sistema, desde que seja preservada as
garantias fundamentais do administrador. O formalismo deve ser um valor a
informar o processo administrativo fiscal, observada, contudo, a sistematização
necessária.

3. Principio da oficialidade

Segundo esse principio e de responsabilidade da própria administração


impulsionar o ate o seu ato-fim. Esse principio vai atribuir a movimentação do
processo administrativo à administração, pois uma vez iniciado o processo
passa a pertencer ao poder publico, a quem compete o seu impulsionamento,
até a decisão final.Se a administração fere o principio da oficialidade o seus
agentes podem ser responsabilizados pela omissão. Outra conseqüência
desse principio é a de que a instancia não permite, nem o processo se extingue
pelo discurso de tempo, senão quando a lei estabelecer.

4. Principio da Preclusão

Ligada ao principio do impulso processual, a preclusão consiste em um


fato impeditivo a garantir o avanço progressivo da relação processual e a
causar impedimento ao recuo às fases anteriores do procedimento. A
preclusão ocorre com a relação à pretensão de impugnar ou recorrer a
instancia superior
• Fases processuais do Processo Administrativo Fiscal

O processo Administrativo fiscal, por estar intimamente ligado a relação


jurídica tributária, é desenvolvido por varias fases que apresentam
peculiaridades, sendo muitas vezes o estado autor da exigência fiscal, titular do
interesse em jogo e juiz da lide tributaria. Podemos separar os fases desse
processo em quatro fases:

1. A inicial.

2. A defesa.

3. A de instrução.

4. Julgamento.

1. A fase inicial

Essa fase vai estar disposta no artigo 7º, 10º, 11º do Decreto nº
70.235/72, que prevê:

Art. 7º O procedimento fiscal tem início com:

I - o primeiro ato de ofício, escrito, praticado por servidor competente,


cientificado o sujeito passivo da obrigação tributária ou seu
preposto;

II - a apreensão de mercadorias, documentos ou livros;

III - o começo de despacho aduaneiro de mercadoria importada.

Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no local
da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente:
I - a qualificação do autuado;
II - o local, a data e a hora da lavratura;
III - a descrição do fato;
IV - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável;
V - a determinação da exigência e a intimação para cumpri-la ou
impugná-la no prazo de trinta dias;
VI - a assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e
o número de matrícula.

Art. 11. A notificação de lançamento será expedida pelo órgão que


administra o tributo e conterá obrigatoriamente:
I - a qualificação do notificado;
II - o valor do crédito tributário e o prazo para recolhimento ou
impugnação;
III - a disposição legal infringida se for o caso;
IV - a assinatura do chefe do órgão expedidor ou de outro servidor
autorizado e a indicação de seu cargo ou função e o número de
matrícula.
Parágrafo único. Prescinde de assinatura a notificação de
lançamento emitida por processo eletrônico.

A fase inicial é caracterizada por um movimento de fiscalização que irá


envolver uma sucessão de atos e termos escritos, que terão como finalidade
promover à determinação e à exigência do credito tributário. Depois desse
ponto o procedimento abrange certas ações promovidas por representantes da
fazenda nacional, tendo como destinatário os contribuintes, verificando a
ocorrência do fato gerador de tributo, incluindo intimações para esclarecimento
de informações, identificação e quantificação da base de calculo, cálculos
matemáticos entre outros procedimentos. O estado irá exercer a função de
lançamento do sujeito passivo e da quantificação da obrigação. Diante a esse
procedimento pode ocorrer três situações:
1- Concordância com a pretensão do fisco e efetivação do
recolhimento sem oposição;

2- Discordância inerte: Revelia;

3- Discordância efetiva: Impugnação.

A intimação do contribuindo vai acontecer seguindo certos requisitos


estabelecidos pelo artigo 23 do Decreto nº 70.235/72, que prevê:

Art. 23. Far-se-á a intimação:


I – pessoal;
II - por via postal, telegráfica ou por qualquer outro meio ou via, com
prova de recebimento no domicílio tributário eleito pelo sujeito passivo;
III - por meio eletrônico, com prova de recebimento, mediante:
a) envio ao domicílio tributário do sujeito passivo; ou
b) registro em meio magnético ou equivalente utilizado pelo sujeito
passivo.
§ 1o Quando resultar improfícuo um dos meios previstos no caput
deste artigo ou quando o sujeito passivo tiver sua inscrição declarada
inapta perante o cadastro fiscal, a intimação poderá ser feita por edital
publicado:
I - no endereço da administração tributária na internet;
II - em dependência, franqueada ao público, do órgão encarregado da
intimação; ou
III - uma única vez, em órgão da imprensa oficial local.

2. Fase de defesa

Essa fase se inicia com a impugnação do contribuinte ao lançamento


fiscal dirigido a delegacia da receita federal de julgamento ao qual o
interessado esta vinculado. O contribuinte irá procurar demonstra que não
existe relação jurídica, a qual decorre a exigência fiscal, entre ele e a
administração. Para isso o contribuinte precisará contestar o motivo do
lançamento fiscal, devendo impugnar todos os itens da exigência com os quais
não concorda, apresentando todas as provas dos fatos que esta alegando. È
admitida pelo processo administrativo fiscal todos os meios de provas para
dispor sobre os fatos para comprovar os fatos alegados em sua defesa. Tais
procedimentos estão fundamentados nos artigos 14, 15, 16 do Decreto nº
70.235/72.

Art. 14. A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do


procedimento.

Art. 15. A impugnação, formalizada por escrito e instruída com os


documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão
preparador no prazo de trinta dias, contados da data em que for feita a
intimação da exigência.

Art. 16. A impugnação mencionará:


I - a autoridade julgadora a quem é dirigida;
II - a qualificação do impugnante;
III - os motivos de fato e de direito em que se fundamenta, os pontos
de discordância e as razões e provas que possuir;
IV - as diligências, ou perícias que o impugnante pretenda sejam
efetuadas, expostos os motivos que as justifiquem com a formulação
dos quesitos referentes aos exames desejados, assim como, no caso
de perícia, o nome, o endereço e a qualificação profissional do seu
perito.
V - se a matéria impugnada foi submetida à apreciação judicial,
devendo ser juntada cópia da petição.

3. Fase de Instrução
O processo fiscal e instaurado pela apresentação da impugnação pelo
contribuinte, após este fato começa a fase de instrução, onde se complementa
as provas da fase da defesa e se produzem as provas técnicas que serão as
diligências e pericias. A finalidade dessa fase é esclarecer os fatos, para que
se possa proceder ao julgamento das lides. Quem terá o comando do
processo, para que se instaurem diligências ou pericias quando necessária, é a
autoridade julgadora, isso decorre por causa do principio da oficialidade. Tal
acepção esta contida nos artigos 18,28 e 29 do Decreto nº 70.235/72.

Art. 18. A autoridade julgadora de primeira instância determinará, de


ofício ou a requerimento do impugnante, a realização de diligências ou
perícias, quando entendê-las necessárias, indeferindo as que
considerar prescindíveis ou impraticáveis, observando o disposto no
art. 28, in fine

Art. 28. Na decisão em que for julgada questão preliminar será também
julgado o mérito, salvo quando incompatíveis, e dela constará o
indeferimento fundamentado do pedido de diligência ou perícia, se for o
caso.

Art. 29. Na apreciação da prova, a autoridade julgadora formará


livremente sua convicção, podendo determinar as diligências que
entender necessárias.

Outros dispositivos legais reforçam esta idéia do principio da


oficialidade , como o artigo 29 da lei n° 9.784/99, dizendo que a condução da
instrução deve ser realizada ex officio.

Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar


os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício ou
mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do
direito dos interessados de propor atuações probatórias.
§ 1o O órgão competente para a instrução fará constar dos autos os
dados necessários à decisão do processo.

§ 2o Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados


devem realizar-se do modo menos oneroso para estes.

Assim com a existência da falta de apresentação de dados, atuação ou


documentos, necessários à apreciação do pedido formulado é que o processo
será arquivado. Artigo 40 da lei n° 9.784/99

Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao


interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não
atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva
apresentação implicará arquivamento do processo.

4. Fase do Julgamento

Após a realização de todas as medidas saneadoras do processo,


passa-se para a fase do julgamento, onde é decidida a controvérsia entre o
fisco e o contribuinte. O julgamento se dá em primeira estância nas delegacias
da receita federal, e em segunda instância pelo conselho de contribuintes.
Nessa fase ocorrerá duas possibilidades:

1. A decisão de primeira instância contraria ao contribuinte. A


mantida pela delegacia da receita a exigência fiscal, dando
oportunidade ao contribuinte requerer a reaparição da decisão
por meio da interposição de recurso voluntario à segunda
instância. A matéria em segunda instância será apreçada por
um órgão de julgamento colegiado que é o conselho de
contribuinte.

2. A decisão de primeira instância favorável ao contribuinte.


Acontecerá quando a delegacia reconhecer a improcedência
da cobrança ao contribuinte. Se o montante de credito do
recurso for maior do que R$ 500.000,00, há recurso de oficio
obrigatório ao conselho de contribuinte, e se o conselho
confirmar a decisão o credito e exonerado definitivamente. Se
ocorrer o contrario, o contribuinte pode interpor recurso
voluntario à câmara superior de recursos fiscais.

As decisões das câmaras do conselho de contribuinte cabem dois


tipos de recursos à câmara superior de recursos fiscais, que são:
recurso de divergência entre decisões de câmaras e recursos
especial contra decisão unânime . A decisão dessa alta instância
põe fim ao processo administrativo sem previsão de qualquer
revisão se favorável ao contibuinte.
CONCLUSÃO

O escopo deste estudo foi investigar todas as concepções do devido


processo administrativo fiscal, com a finalidade de buscar um entendimento
coerente no que concerne a proposta estipulada pelo professor Furlan, que
cedeu o seu espaço para o acadêmico Leonardo frota, esclarecer-nos sobre
as matérias processuais administrativas do fisco.

A descrição dos principais pensamentos propostos ,dos princípios e


preceitos, norteou o trabalho a fim de demonstrar o resultado exposto nesse
feito acadêmico.

Quanto aos preceitos abordados em aula, no decorrer da execução do


estudo foi possível tomar ciência da conceituação e divergência de
pensamentos entre os doutrinadores. Tal fato proporcionou o desenvolvimento
do senso crítico no exercício de identificação e escolha de argumentos
pertinentes.

Podemos concluir que foi possível adquirimos um posicionamento


crítico da realidade jurídica, e uma maior compreensão acerca do processo
administrativo fiscal, sendo que isto irá nos beneficiar no estudo futuro de
outras matérias e nos fará começar a trilhar nosso caminho em direção ao
ramo específico que pretendermos seguir dentro do Direito
BIBLIOGRAFIA

NEDER, Marcos Vinicius. Processo Administrativo fiscal federal


comentado: decreto lei nº 70.235/72 e 9.784/99. São Paulo: Dialética, 2002

CAMPOS, Djalma. Direito Processual Tributário. 4ª Ed. São Paulo:


Atlas,1996

CABRAL, Antônio da Silva. Processo Administrativo Fiscal. São Paulo:


Saraiva, 1993

GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 5ª Ed. São Paulo:


Saraiva, 2000

MARTINS, Ives da Silva. Processo Administrativo Fiscal. Vol. 4. São


Paulo: Dialética 1999

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