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Ensaios triaxiais
(tradução de Bardet, 1997)
Solos granulares
Após a preparação da amostra
Os resultados de um ensaio de triaxial devem identificar as características do solo testado.
Para provetes secos de solos granulares, o peso volúmico seco inicial ( γd0) e o índice de vazios
inicial, e0, são dados por:
(1)
1
(2)
Em que γw é o peso volúmico da água, W é o peso seco da amostra, V0 =H0A0 é o volume inicial
da amostra e Gs é a densidade das partículas sólidas. Tendo em conta que as amostras são
cilíndricas e sendo A0 o valor médio da área da secção transversal da amostra e D0 o seu
diâmetro inicial vem:
(3)
4
Note-se que o fluxo ascendente de água intersticial tem de ser lento para prevenir a
ocorrência de expansão ou compactação da amostra durante a fase de saturação.
∆ (4)
Em que ∆Vc é a variação de volume medida devida à consolidação. A altura do provete, Hc, e a
área média, Ac, do mesmo após consolidação são determinadas assumindo que as
deformações radiais e axiais são iguais:
1 ∆
1
(5)
3
∆
1 (6)
∆
1 3
Após a consolidação o peso volúmico seco, γdc, e o índice de vazios, ec, são:
(7)
1
(8)
∆ (9)
∆ (10)
Em que ∆V é a variação de volume e ∆H é a variação da altura do provete. Estas duas
grandezas são medidas desde o início da fase de corte. Os valores positivos correspondem a:
∆V - diminuições de volume; ∆H – dimuições de altura. As deformações axial, ε1, e volumétrica,
εv, são:
∆
(11)
∆
(12)
A área média da secção transversal, A, da amostra é:
∆
1
(13)
∆ 1
∆ 1 ∆ 1
As tensões de corte, t, e normal, s, são:
(14)
2
!
!
(15)
2
Em que P é a força aplicada no êmbolo, σ1 é a tensão axial e σ3 é a tensão radial, constante. No
ínício da fase de corte P=0. Durante o ensaio drenadom as tensões efectivas e totais são iguais
pois não há pressão intersticial (i.e., u=0):
" (16)
" (17)
O módulo de Young é claculado a partir do declive inicial da curva t-ε1:
∆
#2
(18)
∆
Em que ∆t é o aumento em t, correspondente a um aumento ∆ε1 em ε1. O coeficiente de
Poisson é calculado a partir do declive inicial da curva εv - ε1:
1 ∆
$ 1
(19)
2 ∆
Em que ∆εv é o aumento em εv, correspondente a ∆ε1. Os ângulos de atrito residual e de pico
são calculados a partir das relações seguintes (assumindo c’=0kPa):
" "
% & '() * + '() '()
(20)
" ! " " ! ,"
Durante o ensaio em condições não drenadas (εv =0), a Equação 13 transforma-se em:
(21)
1
As tensões efectivas de corte t e normal s’ são:
,
& (22)
" (23)
O módulo de distorsão, G, é calculado apartir do declive inicial da curva curva t-ε1:
1 ∆
(24)
6 ∆
Em que ∆t é o aumento em t, correspondente a um aumento ∆ε1 em ε1. O ângulo de atrito de
pico é calculado a partir do máximo de t/s’ usando a relação:
% & . '()
(20)
" /01
Bardet, J-P. (1997). “Experimental soil mechanics”, Prentice-Hall Inc., New Jersey, ISBN 0-13-
374935-5