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INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir, que servirá de base para as respostas
de questões de História, Geografia e Língua Portuguesa.

Os sertões A Serra do Mar tem um notável perfil em nossa história. A prumo sobre o
Atlântico desdobra-se como a cortina de baluarte desmedido. De encontro às suas
escarpas embatia, fragílima, a ânsia guerreira dos Cavendish e dos Fenton. No alto,
volvendo o olhar em cheio para os chapadões, o forasteiro sentia-se em segurança.
Estava sobre ameias intransponíveis que o punham do mesmo passo a cavaleiro do
invasor e da metrópole.
Transposta a montanha, arqueada como a precinta de pedra de um continente. Era um
isolador étnico e um isolador histórico. Anulava o apego irreprimível ao litoral, que se
exercia ao norte; reduzia-o a estreita faixa de mangues e restingas, ante a qual se
amorteciam todas as cobiças, e alteava, sobranceira às frotas, intangível no recesso das
matas, a atração misteriosa das minas... Ainda mais o seu relevo especial torna-a um
condensador de primeira ordem, no precipitar a evaporação oceânica. Os rios que se
derivam pelas suas vertentes nascem de algum modo no mar. Rolam as águas num
sentido oposto à costa.
Entranham-se no interior, correndo em cheio para os sertões. Dão ao forasteiro a
sugestão irresistível das entradas. A terra atrai o homem; chama-o para o seio fecundo;
encanta-o pelo aspecto formosíssimo; arrebata-o, afinal, irresistivelmente, na correnteza
dos rios.
Daí o traçado eloqüentíssimo do Tietê, diretriz preponderante nesse domínio do solo.
Enquanto no S. Francisco, no Parnaíba, no Amazonas, e em todos os cursos d¶ água da
borda oriental, o acesso para o interior seguia ao arrepio das correntes, ou embatia nas
cachoeiras que tombam dos socalcos dos planaltos, ele levava os sertanistas, sem uma
remada, para o rio Grande e daí ao Paraná e ao Paranaíba. Era a penetração em Minas,
em Goiás, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso, no Brasil inteiro.
Segundo estas linhas de menor resistência, que definem os lineamentos mais claros da
expansão colonial, não se opunham, como ao norte, renteando o passo às bandeiras, a
esterilidade da terra, a barreira intangível dos descampados brutos. Assim é fácil
mostrar como esta distinção de ordem física esclarece as anomalias e contrastes entre os
sucessos nos dous pontos do país, sobretudo no período agudo da crise colonial, no
século XVII.
Enquanto o domínio holandês, centralizando-se em Pernambuco, reagia por toda a costa
oriental, da Bahia ao Maranhão, e se travavam reecontros memoráveis em que,
solidárias, enterreiravam o inimigo comum as nossas três raças formadoras, o sulista,
absolutamente alheio àquela agitação, revelava, na rebeldia aos decretos da metrópole,
completo divórcio com aqueles lutadores. Era quase um inimigo tão perigoso quanto o
batavo. Um povo estranho de mestiços levantadiços, expandindo outras tendências,
norteado por outros destinos, pisando, resoluto, em demanda de outros rumos, bulas e
alvarás entibiadores.
Volvia-se em luta aberta com a corte portuguesa, numa reação tenaz contra os jesuítas.
Estes, olvidando o holandês e dirigindo-se, com Ruiz de Montoya a Madri e Díaz Taño
a Roma, apontavam-no como inimigo mais sério.
De feito, enquanto em Pernambuco as tropas de van Schkoppe preparavam o governo de
Nassau, em São Paulo se arquitetava o drama sombrio de Guaíra. E quando a
restauração em Portugal veio alentar em toda a linha a repulsa ao invasor, congregando
de novo os combatentes exaustos, os sulistas frisaram ainda mais esta separação de
destinos, aproveitando-se do mesmo fato para estadearem a autonomia franca, no
reinado de um minuto de Amador Bueno.
Não temos contraste maior na nossa história. Está nele a sua feição verdadeiramente
nacional. Fora disto mal a vislumbramos nas cortes espetaculosas dos governadores, na
Bahia, onde imperava a Companhia de Jesus com o privilégio da conquista das almas,
eufemismo casuístico disfarçando o monopólio do braço indígena.
(EUCLIDES DA CUNHA. Os sertões. Edição crítica de Walnice Nogueira Galvão. 2
ed. São Paulo: Editora Ática, 2001, p. 81-82.)

QUESTÃO 01
Por que Euclides da Cunha considera o rio Tietê fundamental para a exploração colonial
e qual é a sua situação nos tempos atuais, em seu trecho paulistano?

Resolução
O texto de Euclides da Cunha descreve a utilização do Rio Tietê no processo de
ocupação do interior do território brasileiro. A descrição do autor detalha as facilidades
encontradas pelos desbravadores paulistas no acesso a regiões distantes do litoral, em
direção ao Centro-oeste e Sul do atual território nacional. O fato de o Tietê serpentear
em direção oposta ao mar, possuir correnteza e ser bastante navegável facilitou em
muito esse processo, tanto para bandeirantes quanto para as monções que deixavam São
Paulo rumo ao interior.
Atualmente o Rio Tietê perdeu sua possibilidade de navegação em trechos importantes,
em especial no seu trajeto urbano. A poluição, o assoreamento e até mesmo a falta de
capacidade política ou mesmo de interesse do poder público inviabilizam a utilização do
rio para fins de transporte de carga e pessoas.

QUESTÃO 02
Segundo o texto de Euclides da Cunha, houve duas colonizações portuguesas no Brasil,
diferentes e contrastantes. Escreva sobre as diferenças apresentadas pelo texto entre a
colonização do norte e a do sul, no que se refere à relação dos colonos com a metrópole
portuguesa.

Resolução
A colonização portuguesa foi bastante diversa se comparada à realidade nordestina e a
sulista. No Nordeste, a presença holandesa foi determinante para a reestruturação da
produção da cana-de-açúcar. Houve nesse contexto certa conivência dos senhores de
engenho frente à política generosa de Maurício de Nassau e a WIC. As bases
tradicionais do latifúndio monocultor e escravista foram mantidas e colocadas a serviço
do novo senhor em terras brasileiras, ou seja, o ³batavo´. No extremo sul da colônia, o
isolamento geográfico e étnico, foi responsável pelo surgimento de um tipo de colono
rebelde que questionava as determinações tanto da coroa portuguesa quanto da Igreja
Católica. Embates constantes desde a Aclamação efêmera do rei Amador Bueno em São
Paulo até os choques entre colonos e jesuítas, tendo como elemento propulsor a
escravização do indígena.

QUESTÃO 03
Sobre o ³domínio holandês´ citado por Euclides da Cunha, explique os interesses
econômicos em jogo e identifique os grupos sociais envolvidos nos ³choques
memoráveis´ travados no período dessa ocupação.
Resolução
A ocupação holandesa no Nordeste brasileiro está relacionada ao contexto da União
Ibérica e às disputas envolvendo os governos de Espanha e Holanda. Quando o governo
holandês entra em guerra contra o Império Espanhol, esse determina que os flamengos
não poderiam mais fazer o comércio do açúcar com o Brasil, indiretamente sobre
controle espanhol. Esse impedimento determina a ação da WIC no Nordeste. A
ocupação de pouco mais de duas décadas (1630-1654) isola a região e transforma
completamente as relações comerciais estabelecidas até então entre Portugal e sua
colônia. Os choques para a expulsão dos holandeses envolveram vários elementos
sociais como destaca o autor e compõem um dos elementos definidores da identidade
pernambucana. No entanto, os principais envolvidos na saída dos holandeses da região
foram os grandes proprietários que viram seus interesses ameaçados pela política
opressiva da WIC depois da demissão de Maurício de Nassau em 1644. Estudos mais
recentes como os realizados pelo historiador Evaldo Cabral, sugerem inclusive um
acordo entre os portugueses e holandeses para a definitiva saída dos holandeses da
região.

QUESTÃO 04
Processos de colonização distintos, como os apresentados pelo texto, dificultaram a
integração econômica do vasto território brasileiro. Qual foi a contribuição da
exploração de metais preciosos, no século XVIII, e a da industrialização, no século XX,
para uma maior integração econômica e territorial do país?

Resolução
A economia mineradora foi importante fator de integração econômica na medida em
que transformou a região das minas em pólo de atração de imigrantes (principalmente
reinóis) assim como de comerciantes de várias partes da colônia. Assim, o gado
nordestino e sulista, as tropas de mulas de São Paulo e as monções fluviais tomavam a
direção das minas para atender uma população cada vez maior, garantindo a ocupação
do interior do território colonial. A integração regional ocorreu à revelia da metrópole
portuguesa e dinamizou de maneira significativa a sociedade brasileira. Já a
industrialização no século XX, possibilitou a integração através de estradas para
escoamento da produção e circulação de mercadorias e pessoas, além de criar pólos de
atração de mão-de-obra e investimentos na região Sudeste. A demanda por matérias
primas para movimentar a indústria também contribuiu de maneira indireta para a
integração de diversas áreas do território nacional. Ao mesmo tempo, no entanto, essa
integração territorial conviveu com o agravamento do desequilíbrio regional, pois as
regiões Norte e Nordeste, salvo exceções, foram relegadas a um segundo plano.

QUESTÃO 05
Os territórios da América colonial, onde foram encontradas grandes jazidas de metais
preciosos, pertenciam à Espanha e a Portugal. Apesar dessas riquezas, Espanha e
Portugal não se industrializaram no século XVIII, como a Inglaterra.
Caracterize a relação entre exploração colonial, baixo desenvolvimento industrial dos
países ibéricos e industrialização da Inglaterra.

Resolução da 05
Apesar de conquistar as exuberantes jazidas de metais preciosos na América, as
metrópoles ibéricas, em grande parte influenciadas pela mentalidade nobiliárquica típica
da sociedade feudal, não foram capazes de direcionar a riqueza mineral para o
desenvolvimento de suas indústrias. A compra de manufaturados e outros produtos foi a
responsável pela chamada ³revolução dos preços´ na Europa no início do processo de
colonização da América, deixando explicita a fragilidade do modelo capitalista adotado
por essas nações que comprometeram suas respectivas economias em perpétuos déficits
em suas balanças comerciais. A monarquia nacional inglesa, desde a dinastia Tudor,
passando pelos embates da Revolução Puritana do século XVII, até a instauração da
monarquia parlamentar na revolução Gloriosa de 1688, pavimentou o caminho para o
processo da Revolução Industrial, em grande parte estimulada pela burguesia e pelos
avanços tecnológicos aplicados à produção industrial. O fortalecimento da marinha
inglesa, a criação de leis anti-vadiagem, a elaboração de um aparato legal que
respaldasse o processo de desenvolvimento capitalista, podem ser apontados como
elementos definidores desse processo de projeção econômica.

QUESTÃO 06
A palavra colonização deriva do verbo latino colo, com significado de ³morar e ocupar
a terra´. Nesse sentido geral, o termo colonização aplica-se a deslocamentos
populacionais que visam ocupar e explorar novas terras.
Nos séculos VIII e VII a.C., os gregos fundaram cidades na Ásia Menor, na península
itálica, na Sicília, no norte da África. Identifique algumas das características desse
processo de colonização que o diferenciam da colonização realizada pelos europeus no
continente americano nos séculos XVI ao XIX.

Resolução
O processo de colonização grega em direção a orla do Medit errâneo e Ásia Menor,
atendia às necessidades de obtenção de áreas para a prática da agricultura, logo após a
primeira diáspora grega, ocorrida com a desintegração do sistema gentílico. Ao
contrário do que ocorreu no processo de colonização da América, as trocas comerciais
eram intensas e havia muito mais uma relação de complementação e integração
econômica do que propriamente de exploração. Essa integração e relação vertical, foi
mantida entre as cidades-estado, o que não ocorreu no caso americano, marcado pela
imposição das metrópoles sobre as colônias. Em relação á utilização do trabalho
escravo, presentes nos dois casos, há uma diferenciação, já que o escravo africano era
parte integrante de uma complexa relação capitalista entre metrópoles e colônias e o
escravo grego era oriundo de escravidão por dívidas ou de captura em guerras.

QUESTÃO 07
Observe a fotografia dos habitantes de Canudos aprisionados pelas tropas federais em
1897.
Caracterize as circunstâncias sociais da formação do arraial de Canudos e o contexto
histórico de sua destruição.

Resolução
O contexto sócio-econômico da Guerra de Canudos é o de marginalização da população
sertaneja, isolada geograficamente e socialmente, a mercê do poder dos grandes
latifundiários e ignorada pelo regime recém instalado. Liderados por Antônio
Conselheiro, os sertanejos de Canudos tentaram manter um modo de vida solidário e
alternativo em pleno sertão baiano.
Considerados perigosos por propagar supostas propostas de restauração monárquica,
acusados de fanáticos, loucos e até de ³comunistas´, os revoltosos foram combatidos
por quatro expedições do Exército até a destruição completa do arraial em 1897.

QUESTÃO 08
Observe o cartaz.
Desde o final do século XIX, o sertão tem sido tema de diversas obras literárias,
cinematográficas, musicais e plásticas, de que são exemplos Os sertões, de Euclides da
Cunha, Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, Romaria, de Renato Teixeira
e, em certa medida, Abaporu, de Tarsila do Amaral. Indique duas obras, além das
citadas, alusivas à figura do sertanejo, e descreva seus conteúdos.

Resolução da 08
Um poema que retrata de maneira contundente a figura do sertanejo é Morte e Vida
Severina, de João Cabral de Melo Neto. Acompanhando a trajetória de um retirante,
Severino, o texto narra as dificuldades encontradas pelo sertanejo, assim como a
presença de personagens que compõem a sociedade nordestina, em um trajeto
migratório do sertão para a zona da mata, numa espécie de caminho inverso do
apresentado no texto ³Os Sertões´. O poema foi adaptado para sua versão teatral,
musicada por Chico Buarque de Holanda.
O ³Auto da Compadecida´ é um texto de Ariano Suassuna e conta as aventuras de dois
sertanejos, Chicó e João Grilo. Claramente inspirada no ³Auto da Barca do Inferno´ de
Gil Vicente, o texto apresenta personagens típicos do universo sertanejo, além de se
reportar à esperteza como característica do homem simples do sertão, numa menção
clara a imagem lendária de Pedro Malazartes.

QUESTÃO 09
Observe as imagens.
Modalidade esportiva importada da Inglaterra, o futebol foi de tal forma incorporado
pela sociedade brasileira, que se tornou um acontecimento cultural e político de massa.
O filme O ano em que meus pais saíram de férias, ambientado na Copa do Mundo de
1970, tem como tema as múltiplas faces desse fenômeno na cultura brasileira. Compare
as figuras acima à luz dos respectivos contextos históricos, observando seus aspectos
semelhantes e contrários, e escreva sobre o significado cultural e político do futebol
para a história da sociedade brasileira.

Resolução da 09
O uso do futebol enquanto elemento de projeção de imagem política pretensamente
mais popular tem sido comum na História recente da República. Nos anos 50, em
especial no governo JK, a onda de otimismo que tomou a sociedade brasileira foi
coroada com a conquista do título de campeão mundial de futebol em 1958. A vitória da
seleção brasileira foi associada ao sucesso do modelo desenvolvimentista do governo
JK, o último presidente eleito a passar a faixa a outro presidente eleito (Jânio Quadros),
nos momentos finais da democracia populista, encerrada com o golpe militar em 1964.
A foto seguinte traz o presidente Emílio Garrastazu Médici ao lado de Pelé na conquista
do terceiro título mundial brasileiro. A associação entre a imagem de sucesso da seleção
e de seus principais jogadores, ainda continua sendo a tônica da propaganda
governamental, no entanto além da valorização dos aspectos positivos do regime, o que
está em jogo é criar uma onda nacionalista e ufanista a partir da vinculação futebol /
governo / progresso / nacionalismo. Assim o futebol enquanto parte integrante da
cultura nacional foi e é amplamente utilizado para valorizar ou simbolizar os mais
diferentes regimes e propostas de governo. A comparação entre a importância do
futebol enquanto fenômeno de massas e a política romana do ³pão e circo´ é bastante
atraente para alguns sociólogos e historiadores. Mais que uma modalidade esportiva o
futebol tem inserção social e política, podendo eventualmente ser um poderoso
definidor da realidade nacional.

QUESTÃO 10
Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia (...) afogou os fervores sagrados
do êxtase religioso (...) nas águas geladas do cálculo egoísta. (...) Impelida pela
necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade todo o globo (...) Em lugar
do antigo isolamento de regiões e nações que se bastavam a si próprias, desenvolvem-se
um intercâmbio universal, uma universal interdependência das nações. (Marx e Engels.
Manifesto de 1848.)

Lakshmi Mittal, presidente de origem indiana da Mittal Steel, a maior siderúrgica do


mundo, provocou um terremoto na Argélia. A empresa argelina (...) rompeu no início
do mês um dos tabus mais enraizados na Argélia, o chamado popularmente fim-de-
semana islâmico, que inclui a quinta e a sexta-feira. (...) Para as empresas e os órgãos
argelinos que mantêm relações com o estrangeiro, a defasagem entre um fim-de-semana
[o islâmico] e outro [o universal, no sábado e domingo] ³é uma tremenda complicação´.
Eles só têm três dias úteis por semana (segundas, terças e quartas) para trabalhar com o
resto do mundo´. (El País, 19.06.2007.)

Escritos em épocas distintas e tendo naturezas distintas, os textos não deixam de


manifestar algumas semelhanças de conteúdo. Compare-os e indique essas semelhanças.

Resolução
Apesar de serem textos escritos em momentos históricos diferentes, o trecho do
Manifesto do Partido Comunista de 1848 e a reportagem do El Pais de 2007, expressam
alguns elementos contidos no panorama contemporâneo da globalização. O primeiro
destaca que para as necessidades do capitalismo não existem diferenças étnicas,
culturais ou religiosas que impeçam o capital de se reproduzir em escala global,
destacando inclusive o paulatino enfraquecimento do conceito de estado nacional e
soberania frente ao poder das grandes corporações; já o segundo texto aponta uma
medida tomada por uma grande empresa com interesses multinacionais. A abolição do
calendário muçulmano para tornar a empresa mais sincronizada ao mercado
internacional reafirma a idéia expressa no texto de Marx. Na análise desse caso
podemos constatar o desrespeito às diferenças étnicas em benefício da otimização dos
lucros, tendência típica do contexto atual da economia globalizada.

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