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Um grande a suplantar...

1
Urgências

“Uma das áreas mais problemáticas


do SUS, onde as diretrizes de
descentralização, regionalização e
hierarquização estão pouco
implementadas.”

Dificuldades do SUS na
atenção às Urgências

Baixo investimento em estratégias de


Promoção da Qualidade de Vida e Saúde;

Modelo Assistencial ainda fortemente


centrado na oferta de serviços e não na
necessidade dos cidadãos;

Dificuldades do SUS na
atenção às Urgências

Forte racionalidade hospitalocêntrica,


indicativa de hierarquização e
integralidade precárias;

Dissociação com outras estratégias e


níveis de atenção (enfoque promocional,
atenção básica, assistência/internação
domiciliar);

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Dificuldades do SUS na
atenção às Urgências
Conjunto de referências e contra-
referências subdimensionadas e
deficientes, pouco claras e
freqüentemente desrespeitadas;
Distribuição inadequada da oferta de
serviços de urgência, agravada na medida
em que se caminha para o interior do
País(Neurologia, Neurocirurgia, Ortopedia,
UTI, PSQ);

Dificuldades do SUS na
atenção às Urgências

Maior concentração de recursos


especializados nos grandes centros
urbanos, o que, por outro lado, não dá
garantia de efetividade de oferta e acesso
à população;

Nos hospitais Gerais e de


Urgências

Longas filas:
Portas de urgência pequenas;
 Pronto socorros com áreas físicas,
equipamentos e RH insuficientes para
acolher a demanda;
 Demora e desqualificação no
atendimento;

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Nos hospitais Gerais e de
Urgências

Pacientes internados em macas:

Escassa oferta de leitos de observação


e/ou observação;

Presença de macas nos restritos espaços


dos pronto socorros;

Nos hospitais Gerais e de


Urgências
Atendimento desumano:
 Ausência de acolhimento;
 Ausência de triagem de risco;
 Inadequação na oferta e acesso aos meios
diagnósticos e terapêuticos;
 Longas filas na porta dos OS;
 Ausência de qualquer diferenciação de risco;

Nos hospitais Gerais e de


Urgências
Múltiplos adiantamentos de cirurgias
agendadas/cancelamento de
procedimentos

 Disputa por leitos hospitalares e de terapia


intensiva entre casos agudos e crônicos,
independentemente da gravidade;

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As Urgências no País
Os leitos de UTI são disputados pela
urgência com o restante dos serviços
hospitalares;

P.S dos grandes improvisam os leitos de


UTI necessários ao atendimento das
urgências, nas áreas de observação;

As Urgências no País

Insuficiência da rede assistencial de


média complexidade constituída pelos P.S
de pequenos hospitais e PAs;

Unidades de Pronto
Atendimento
Unidades instaladas para dar vazão à
demandas não satisfeitas da atenção
básica e portas hospitalares;

Atuação sem qualificação de RH e


materiais

Ausência de retaguarda diagnóstica;

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Atenção Básica à Saúde
Atendimento só com consulta agendada:

Falta de acolhimento dos quadros agudos


de baixa complexidade;

Busca alternativa de atendimento em


portas abertas de serviços de urgência
hospitalar ou não;

Atenção Básica à Saúde


Desqualificação estrutural:

Falta de qualificação para prestar o


1°atendimento as urgências graves que
possam ocorrer nas unidades básicas de
saúde ou nos PSFs;
 Recursos Humanos;
Área física;
Equipamentos e insumos;

No Atendimento Pré-hospitalar Móvel

Serviços de Resgate:
Lógica de despacho, sem regulação
médica;
Intervenção não medicalizada;
Prestação de 1° atendimento e suporte
básico de vida;

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No Atendimento Pré-hospitalar
Móvel
Samu em: Presença de:
 Porto Alegre;  Regulação Médica;
 Campinas;  USA;
 Vale do Ribeira;
 USB;
 Ribeirão Preto;
 Araras;
 São Paulo;
 Fortaleza;
 Aracaju;
 Belo Horizonte;

Implantação da
Política Nacional de
Atenção às Urgências
2003-2006

Política Nacional
de Atenção às Urgências

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Atenção às Urgências como
prioridade de Governo

Marcos legais
Portaria n°2048 de 05/11/2002
Regulamenta o atendimento das
urgências e emergências no País;

Portaria n°1863 de 29/09/2003


Institui a Política Nacional de Atenção às
Urgências, a ser implantada em todas as
unidades federadas, respeitadas as três
esferas da gestão;

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Marcos legais
Portaria n°1864 de 29/09/2003
Institui o componente Pré-hospitalar móvel
da Política Nacional de Atenção às
Urgências, por intermédio da implantação
de Serviços de Atendimento Móvel de
Urgência em Municípios e Regiões de
todo o território Brasileiro;

Marcos legais
Portaria n°2072 de 30/10/2003
Institui o Comitê Gestor Nacional de
Atenção às Urgências;

Portaria n° 1828 de 02/09/2004


Institui incentivo financeiro para
adequação da área física das Centrais de
Regulação Médica de Urgência em
Estados , Municípios e Regiões em todo o
território nacional;

Marcos legais
Portaria n°2420 de 09/11/2004
Constitui grupo técnico visando avaliar e
recomendar estratégias de intervenção do
SUS para abordagem dos episódios de
morte súbita;
Portaria n° 2657 de 16/12/2004
 Estabelece as atribuições das Centrais de
Regulação Médica de Urgência e o
dimensionamento técnico para a
estruturação e operacionalização das
centrais SAMU-192;

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Portaria n°2048/2002
Demarca um novo cenário na atenção às
urgências, definindo:
As urgências deverão ser acolhidas em qualquer
porta de entrada do Sistema de Saúde;
Profissionais da Saúde e não oriundos desta
área, reconhecidos pelo Gestor Público, atuarão
em conjunto;
Regulação Médica nas funções técnicas e
gestoras como ordenadora da atenção às
urgências;
Criação e organização dos NEU;

PORTARIA GM n° 1863/03
POLÍTICA NACIONAL
DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS
Qualificação e Educação Permanente
Organização de Redes Assistenciais

Regulação Médica de Urgências


Estratégias Promocionais
Humanização

Princípios Norteadores
1. Garantir universalidade, equidade e
integralidade no atendimento às
urgências clínicas, cirúrgicas, gineco-
obstétricas, psiquiátricas, pediátricas e as
relacionadas às causas externas
(acidentes e violências);

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Princípios Norteadores
2. Consubstanciar diretrizes de
regionalização da assistência às
urgências;
 Adequação criteriosa da distribuição dos
recursos;
 Implantação dos sistemas estaduais,
regionais, municipais e suas respectivas
redes de atendimento;

Princípios Norteadores
3. Adotar estratégias promocionais que
garantam:
 Prevenção de doenças e agravos;
 Proteção da vida;
 Recuperação da saúde;
 Humanização no atendimento às
urgências;

Princípios Norteadores
4. Fomentar, coordenar e executar projetos
estratégicos de atendimento às
necessidades coletivas urgentes e
transitórias, a partir da construção de
mapas de risco regionais e locais para
as seguintes situações:
 Perigo iminente a vida;
 Calamidade pública;
 Acidentes com múltiplas vítimas;

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Princípios Norteadores
5. Contribuir no desenvolvimento de
processos e métodos de coleta de
dados, análise e organização dos
resultados das ações e serviços de
urgência, permitindo que seja possível
uma visão dinâmica do:
 Estado de saúde da população;
 Desempenho do SUS;

Princípios Norteadores
6. Integrar o Complexo Regulador do
SUS:
 Promover intercâmbio com outros
subsistemas de informações inter-
setoriais;
 Implementação e aperfeiçoamento
permanente da produção de dados;
 Democratização de informações;

Princípios Norteadores
7. Qualificar a assistência e promover a
educação permanente das equipes do
SUS na Atenção às Urgências, de
acordo com os princípios de
integralidade e humanização;

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Eixos de Intervenção
1. Estratégia Promocional de Qualidade
de Vida e Saúde:
 Mobilização Nacional em torno ao
combate à Violência e demais Causas
Externas de Agravos de Urgência;

Eixos de Intervenção
2. Regulação Médica das Urgências:
 Ferramenta de defesa ao direito de
acesso aos pacientes acometidos por
agravos de urgência;
 Interligação entre outras regulações;
 Promoção qualificada de entrada e saída
dos pacientes no sistema;

Eixos de Intervenção
3. Organização dos Sistemas Regionais
de Atenção às Urgências-
Hierarquização:
 Pactos gestores de referência e contra-
referência;
 Fluxo operacionalizado pela Central de
Regulação Médica;

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Eixos de Intervenção
4. Capacitação e Educação permanente
dos Profissionais que atuam na área:
 NEP- Núcleo de Educação Permanente;
 NEU- Núcleo de Educação em Urgência;
 Atuação através da problematização da
realidade destes trabalhadores;
 Composição pluri-institucional, sob a
coordenação do gestor loco-regional;

Eixos de Intervenção
5. Humanização da Atenção às
Urgências:
 Redução de filas;
 Redução do tempo de espera por
atendimento;
 Absorção da clientela;
 Responsabilização dos serviços;
 Gestão participativa;
 Educação permanente;

Espaços estratégicos de
Integralidade
Pré-Hospitalar fixo:
Unidades Básicas de Saúde;
Unidades de Saúde da Família;
Agentes Comunitários;
Ambulatórios;
Centros Especializados;
Centros de Diagnóstico e terapia;
Unidades não-hospitalares de atendimento às
urgências;

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Espaços estratégicos de Integralidade
Pré-Hospitalar móvel:
 SAMU 192;
Hospitalar :
 P.S de Unidades hospitalares;
 Leitos de Internação;
 Gerais;
 Especializados;
 Retaguarda;
 Longa permanência;
 UTI;
Pós-hospitalar:
 Atenção domiciliar;
 Reabilitação;

Responsabilidade Tripartite

Regionalização
dos SAMU

Ministério da Saúde

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Serviço Pré-Hospitalar Móvel
“Atendimento que procura chegar
precocemente à vítima, após ter ocorrido um
agravo a sua saúde (de natureza traumática,
não-traumática e/ou psiquiátrica) que possa
levar a sofrimento, seqüelas ou mesmo à
morte, sendo necessário, portanto, prestar-
lhe atendimento e/ou transporte adequado a
um serviço de saúde devidamente
hierarquizado e integrado no Sistema Único
de Saúde.”

Atendimento Pré-Hospitalar Móvel


Um importante observatório do sistema e
da saúde da população;
Induz a organização da rede de atenção e
estruturação dos serviços;
Deseja induzir importante processo de
pactuação regional;
Permite a leitura das necessidades da
população, fornecendo informações
epidemiológicas como ferramenta de
planejamento e gestão;

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Atendimento Pré-Hospitalar Móvel
Garante o primeiro acolhimento no local
do evento e o acesso facilitado nas
unidades fixas;
 Permite o enlace com outros atores não
oriundos da área da saúde;

A Regulação Médica e a Organização de


Sistemas de Atenção

Regulação Médica das


Urgências
Capítulo II
Elemento ordenador e orientador do
Sistema de Atenção Integral às Urgências,
que estrutura a relação entre os vários
serviços, qualificando o fluxo dos
pacientes no sistema e gerando uma porta
de comunicação aberta ao público em
geral, através da qual os pedidos de
socorro são recebidos.

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Regulação Médica
Deve acolher a clientela, prestando-lhe
atendimento e redirecionamento para os
locais adequados à continuidade do
tratamento, através do trabalho Integrado
da Central de Regulação Médica de
Urgência com outras Centrais de
Regulação. Tais Centrais,
obrigatoriamente interligadas entre si,
constituem um verdadeiro complexo
regulador da assistência.

Regulação Médica das


Urgências
Ao Médico regulador devem ser oferecidos
todos os meios necessários para o bom
exercício de sua função, devendo também
possuir delegação direta dos gestores
municipais e estaduais para o seu
acionamento;

Regulação Médica das


Urgências
Ao Médico regulador cabe:
Competência Técnica;
Discernimento do grau presumido de
urgência e prioridade de cada caso;
Competência Gestora;
Ter autoridade delegada pelos Gestores
para decidir sobre os meios disponíveis,
acionando-os, de acordo com seu
julgamento;

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Regulação Médica das
Urgências
Regulação do Setor Privado (incluídas as
concessionárias de rodovias);

Profissionais da área de Segurança,


Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e
Rodoviária e outras reconhecidas pelo
Gestor Público da Saúde, devem atuar
orientados pela Regulação Médica,
trabalhando de forma integrada;

192 VAGA ZERO Atribuição da


área da saúde
Número Nacional O atendimento deve ser prestado
de Urgência independentemente da existência
Médica ou não de leitos vagos.

Complexo Regulador

OUTRAS CENTRAIS
REGULADORAS CENTRAL
SERVIÇO DE EXAMES
SOCIAL ESPECIALIZADOS

CENTRAL DE REGULAÇÃO
MÉDICA DE URGÊNCIAS

CENTRAL REDE CENTRAL CONSULTAS


DE LEITOS ASSISTENCIAL ESPECIALIZADAS

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Parâmetro para dimensionamento das
ambulâncias
Unidade de Suporte Básico de Vida
(USB)
Custeio da Unidade
1/100.000 habitantes; Móvel, Insumos e
Equipe !

Equipe:
Auxiliar /Técnico de Enfermagem;
Condutor Socorrista;

Repasse de R$12.500/mês/USB;

Parâmetro para dimensionamento das


ambulâncias
Unidade de Suporte Avançado de Vida
(USA)
 1/450.000 habitantes; Custeio da
 Equipe: Unidade Móvel,
 Médico; Insumos e Equipe !
 Enfermeiro;
 Condutor Socorrista;

 Repasse de R$ 27.500/mês/USA;

Parâmetro para dimensionamento das


ambulâncias
Central de Regulação Médica

 Recebe R$ 19.500/mês;
 Equipe Administrativa:
 Coordenador;
 Médico Regulador;
 Enfermeiro;
 Operador de Frota;
 TARM;
 Manutenção das Instalações prediais;

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Pré-requisitos e Compromissos

Elaboração e formalização dos planos


municipais ou regionais de atenção as
urgências, articulados ao plano estadual
de atenção às urgências aprovados pelos
respectivos Conselhos de Saúde e
Bipartite;
Apresentar projeto de implantação e
implementação do SAMU e do NEU;

Pré-requisitos e Compromissos

Implantar as Coordenações Estaduais e


Municipais de Urgência;

Constituir os Comitês Gestores de


Urgência nos âmbitos Estadual, Regional
e Municipal;

Pré-requisitos e Compromissos

Elaborar planos estratégicos Estaduais,


Regionais e Municipais de atendimento às
necessidades coletivas, urgentes e
transitórias decorrentes de situações de
perigo iminente, de calamidades públicas
e de acidente com múltiplas vítimas, a
partir da construção de mapas de risco,
revistos anualmente;

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Cabe ao Gestor Municipal
1. Execução da Atenção Pré-Hospitalar
Móvel, SAMU-192;
2. Execução da Regulação Médica da
atenção às Urgências e dos demais
elementos do Complexo Regulador da
Assistência;
3. Constituir e Coordenar os Comitês
Gestores Municipais de Atenção às
Urgências;

Cabe ao Gestor Estadual


Atuar em caráter complementar aos
municípios, conforme pactuação, com as
seguintes funções:
 Promover a interlocução inter e intra-regional;
 Monitorar em tempo real o sistema de atenção
integral às urgências quanto a sua
acessibilidade e resolubilidade;
 Avaliar sistematicamente os fluxos pactuados,
propondo correções quando necessário;

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Municípios cobertos Distribuição
por Região

Ambulâncias Habilitadas por


Região

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Ambulâncias

Equipamentos

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Central de Regulação Médica
Central Antiga Central Padronizada

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Atualmente...mais de 27.000
Samuzeiros em Território Nacional

Estatísticas da Rede Nacional


SAMU 192
Perfil das ocorrências
 70% - Casos Clínicos;
 15% - Traumáticas;
 7% - Gineco-obstétricas;
 5% - Psquiatria;

 Em 10% das Regulações não há necessidade de enviar


equipe ao local da ocorrência;

 USA -13%;
 USB – 87%;

Desfazendo Alguns Mitos


 O SAMU cria demanda!

 O SAMU está lotando as emergências dos hospitais;

 O SAMU só está preparado para atender trauma;

 O SAMU só deverá atender casos clínicos, ficando os


Bombeiros com os traumas;

 Quem não consegui chegar (Vivo!), agora chega;

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Desafios
 Afirmar conceitos de Regulação Médica das Urgências;

 Organizar os Núcleos de Educação em Urgência;

 Implementar as Portarias;

 Rever valores de custeio e financiamento do projeto;

 Garantir responsabilidade tripartite;

 Afirmar a marca Nacional SAMU 192;

Desafios
 Incorporar novas tecnologias;

 Envolver o controle social;

 Sensibilizar os gestores para compreensão de que o


SAMU192 não só organiza a Atenção às Urgências,
como também o SUS;

 Acompanhamento e avaliação dos SAMUs implantados;

 Implementar os demais componentes da Política


Nacional de Atenção às Urgências para que
efetivamente tenhamos um sistema organizado que
responda às necessidades da população;

Onde desejamos chegar...

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...desejamos chegar...

30
Sociedade Reconstruir
Organizada Políticas

Governo

Compromisso
com Negociação
Resultados

31

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