Legislação de Carácter Geral

Diplomas Legais
estabelecem prescrições mínimas de Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho (SHST)

mas...
a sua aplicação ainda não é generalizada.

Serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho

Factor de:

prevenção de riscos;
DLnº
DL nº441/91
441/91

diminuição da sinistralidade;
de14
de 14de
deNov
Nov

aumento da produtividade;

aumento da competitividade
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Objectivos da implementação de um sistema de SHST:

♦Diminuição dos acidentes de trabalho;
♦Diminuição de doenças profissionais;
♦Diminuição dos custos económicos;
♦Diminuição dos custos humanos

Custos de acidentes de trabalho (C)

C = CD + CI
• Directos (CD), e
• Indirectos (CI)

CI = 4x CD
De acordo com Heinrich
(média da indústria americana)
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Teoria de Bird

Relativamente Custos directos

aos custos
relacionados com
os acidentes de
trabalho, apenas
se consegue ver
Custos indirectos
a ponta do
iceberg • Quantificáveis
• Não quantificáveis
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Custos Directos (custos segurados)

• Indemnizações;
• Gastos em assistência médica;
• Encargos acessórios de gestão;

Custos Indirectos (custos não segurados)

• Tempo perdido pelo acidentado e por outros trabalhadores

• Tempo utilizado na investigação do acidente;
• Tempo utilizado na selecção e formação de novos trabalhadores;
• Perdas de produção;
• Perdas por reparações das instalações;
• Perdas em produtos defeituosos;
• Perdas de eficiência e rendimento do trabalhador quando regressa ao trabalho;
• Perdas comerciais por falta de entrega dos produtos;
• Deterioração da imagem da empresa.
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Pirâmide de acidentes
1 Acidente com lesão
grave
10 Acidentes com lesão
leve
30 Acidentes com dano à
propriedade

600 quase acidentes

(1969, Insurance Company of North America)

Esta representação serve apenas a título de exemplo, uma vez que

existem vários estudos com conclusões ligeiramente diferentes.
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LEGISLAÇÃO PORTUGUESA
Acções de carácter geral
Comentado na 1ª aula
Decreto-Lei nº 441/91 de 14 de Novembro
Estabelece o regime jurídico do enquadramento da SHST transpondo a Directiva 89/391/CEE.

Decreto-Lei nº 26/94 de 1 de Fevereiro

Estabelece o regime de organização e funcionamento das actividades de SHST.

Lei nº 7/95 de 29 de Março

Alteração, por ratificação, do Decreto-Lei nº 26/94 de 1 de Fevereiro.

Decreto-Lei nº 191/95 de 28 de Julho

Regulamenta o regime de SHST à Administração Pública.

Portaria nº 1179/95 de 26 de Setembro

Aprova o modelo da ficha de notificação da modalidade adoptada pela empresa para a
organização dos serviços de SHST.
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Portaria nº 53/96 de 20 de Fevereiro
Altera a Portaria nº 1179/95, de 26 de Setembro.

Portaria nº 53/96 de 26 de Setembro

Altera a Portaria nº1179/95 de 26 de Setembro.

Lei nº 100/97
Aprova o Regime Jurídico dos Acidentes de Trabalho

Lei nº 113/99 de 3 de Agosto

Desenvolve e concretiza o regime geral das contra-ordenações laborais.

Lei nº 118/99 de 11 de Agosto

Desenvolve e concretiza o regime geral das contra-ordenações laborais,

Decreto-Lei nº 488/99 de 17 de Novembro

Define as formas de aplicação do Decreto-Lei n.o 441/91, de 14 de Novembro,
à Administração Pública.
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Decreto Lei nº 109/2000 de 30 de Junho
Altera o Decreto-Lei nº 26/94 de 1 de Fevereiro estabelecendo o regime de organização e
funcionamento das actividades de SHST

Decreto-Lei nº 110/2000 de 30 de Junho

Dá cumprimento ao disposto no Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, estabelecendo as
normas de acesso à certificação profissional e as condições de homologação dos respectivos
cursos de formação profissional

Lei nº 14/2001 de 4 de Junho

Primeira alteração do artigo 20º do Decreto-Lei nº 110/2000, de 30 de Junho
(estabelece as condições de acesso e de exercício das profissões de técnico superior de
segurança e higiene do trabalho e de técnico de segurança e higiene).

Portaria nº 467/2002 de 23 de Abril

A presente portaria regula a instrução do requerimento de autorização de serviços

externos ou de alteração da autorização, a vistoria prévia e os parâmetros a ter em conta
na decisão, de acordo com o regime legal de organização e funcionamento das actividades
de segurança, higiene e saúde no trabalho
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Portaria nº 299/2007 de 16 de Março

Aprova o modelo de ficha de aptidão, a preencher pelo médico do trabalho face aos
resultados dos exames de admissão, periódicos e ocasionais, efectuados aos trabalhadores.

Portaria nº 1184/2002 de 29 de Agosto

Aprova o modelo de relatório anual da actividade dos serviços de segurança, higiene e
saúde no trabalho.

Resolução do Conselho de Ministros nº 105/2004

Aprova o Plano Nacional de Acção para a Prevenção (PNAP)

Lei nº 7/2009 de 12 de Fevereiro

Aprova o Código do Trabalho

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ANÁLISE DO
DECRETO-LEI Nº 26/94 DE 1 DE FEVEREIRO

(Com redacção rectificada pelas Leis nos 7/95, de 29 de Março,

118/99, de 11 de Agosto e 109/2000 de 30 de Junho)

Objectivo

Estabelecer o regime de organização e funcionamento das actividades de

SHST.

Responsabilidades

A entidade empregadora deve organizar as actividades de SHST de

forma a abranger todos os trabalhadores, visando a prevenção dos riscos
profissionais e a prevenção da saúde dos trabalhadores.
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Organização dos serviços

Modalidade de organização dos serviços:

•Internos;
•Inter-empresas;
•Externos.

Qualquer que seja a modalidade, a empresa

deve:

• Ter um trabalhador com preparação adequada que a

represente perante o serviço externo ou inter-empresas;
• ter organização interna que assegure as actividades em
caso de emergência.
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Serviços Internos

• Criados na própria empresa e só abrangem os seus trabalhadores;

• fazem parte da estrutura e hierarquia da empresa.

Estabelecimentos com pelo menos 400 trabalhadores;

 Estabelecimentos com pelo menos 50 trabalhadores e
Obrigatório em

tenham actividades consideradas de risco devem

organizar serviços internos.

Actividades de risco
• Trabalhos em obras de construção e afins com riscos
de queda em altura ou soterramento;
• Actividades de indústria extractiva;
• Trabalho hiperbárico;
• Actividades que envolvam quantidades significativas
de substâncias perigosas;
• Actividades relacionadas com pirotecnia;
• Actividades da indústria siderúrgica e naval; etc..
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As acções de SHST podem ser

Empresas
feitas pelo:
•até 9 trabalhadores;
-empregador;
•com actividade não
-trabalhador designado,
considerada de risco
desde que tenha preparação
adequada e permaneça
habitualmente no edifício

Empresas com mais de 400 trabalhadores podem ser dispensados de ter

serviços internos se:

If e Ig nos 2 últimos anos for muito abaixo da média do sector;

não tenha sido punido por falta muito grave no cumprimento de
legislação de SHST;
que respeita os valores limites de exposição a substâncias ou
factores de risco, verificado por vistoria.
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Serviços Externos

• São contratados;
• Não isenta o empregador das responsabilidades que lhe são
atribuídas pela legislação relativa a SHST.

A entidade empregadora comunica ao IDICT todos as características do

tipo de serviço (identificação, nº de trabalhadores abrangidos, horas
semanais de prestação de serviços, etc. . Artigo 8º) no prazo de 30 dias a
contar do início da actividade externa.

O contracto celebrado entre a entidade empregadora e a

entidade prestadora de serviços deve constar de um
documento escrito.
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Os serviços externos devem ter:

Recursos humanos: 2 técnicos superiores de higiene e segurança

no trabalho e/ou médico do trabalho;
Instalações devidamente equipadas;
Equipamentos e utensílios necessários à avaliação das condições
de trabalho e vigilância da saúde.

Serviços Inter-empresas

• São criados por várias empresas para a utilização comum dos

trabalhadores que nelas prestam serviços.;
• O acordo entre as empresas tem que constar em documento escrito
e a aprovar pelo IDICT.
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FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS

Objectivos dos serviços de SHST

• Estabelecimento e manutenção das condições de trabalho que

asseguram a integridade física e mental dos trabalhadores;
• Desenvolvimento das condições técnicas que asseguram as
medidas preventivas previstas na legislação (DL nº 441/91 de 14 de
Novembro);
• Desenvolvimento de condições e meios que asseguram a
informação e formação dos trabalhadores.
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Elementos que devem existir actualizados:

• Resultados de avaliações de riscos;

• Listas de acidentes de trabalho e respectivos relatórios;
• Listas de baixa por doença;
• Listas de medidas propostas ou recomendadas pelos serviços de
segurança e saúde no trabalho.

Garantia mínima de funcionamento dos serviços de SHST

Nº de trabalhadores > Actividade diária

150

Nº de trabalhadores > 60 Tempo considerado

ou necessário e
Outros casos regularmente
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Dever de cooperação dos trabalhadores

Devem cooperar, em especial:

• Tomar conhecimento da informação e participar na formação;
• Comparecer aos exames médicos;
• Prestar informações que permitam avaliar a sua aptidão física e
psíquica, entre outras…

MÉDICO DE TRABALHO
A responsabilidade técnica da vigilância da saúde dos trabalhadores
cabe a um médico de trabalho.
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MÉDICO DE TRABALHO

Horas necessárias à realização de actos

médicos (rotina ou emergência )

Alteração pela Lei nº7/95 de 29 de

Março

MÉDICO DE TRABALHO

Indústria: 1 hora por mês, por 10

trabalhadores:
Comércio: 1 hora por mês, por 20
trabalhadores.
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Exames médicos

Destinam-se a verificar a aptidão física e psíquica dos trabalhadores para

o exercício da sua função.

Devem realizar-se:
• Admissão;
• Anualmente: para trabalhadores < 18 anos e > de 50 anos;
• Bianualmente: para trabalhadores entre 18 e 50 anos.
• Exames ocasionais: sempre que haja alterações substanciais, e
regresso ao trabalho após 30 dias de ausência por motivos de
acidente ou doença.

Todos os encargos são suportados pelo empregador.

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Direcção e acompanhamento

A direcção dos serviços de SHST deve ser dirigidos por:

• Técnicos com curso superior e formação específica (integrada ou
complementar);
• Médico do trabalho, quando não há o referido técnico;
• Empresas externas não evitam a presença de um técnico interior
è empresa;
• Outros trabalhadores menos qualificados tecnicamente mas que
desempenham essa função há muito tempo.

Relatório de actividades => www.dgeep.mtss.gov.pt

A entidade empregadora elaborará um relatório anual da actividade de

SHST, que enviará no 1º trimestre do ano seguinte a que diz respeito,
aos delegados concelhios de saúde e às delegações e sub-delegaçãos
do Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de
Trabalho (IDICT).
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Notificação

A entidade empregadora deve enviar ao IDICT a notificação da modalidade

adoptada para a organização da SHST, 30 dias após ao estabelecimento
da modalidade (por alteração ou início de funcionamento).

PORTARIA Nº 1179/95
DE 26 DE SETEMBRO

Aprova o modelo da ficha de notificação da modalidade adoptada pela

empresa para a organização dos serviços de SHST.
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PLANO NACIONAL DE ACÇÃO PARA A PREVENÇÃO

(PNAP)
Resolução do Conselho de Ministros nº 105/2004

Concebido como um instrumento de política global de prevenção de riscos

profissionais e combate à sinistralidade

PNAP integra um conjunto de medidas (12) e acções com

desenvolvimento previsto num horizonte temporal de três anos,
projectando-se em diversas e importantes vertentes da melhoria das
condições de trabalho e do combate à sinistralidade laboral.
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Medidas

Apuramento do impacte da legislação existente nas empresas e da

respectiva eficiência no domínio da prevenção de riscos profissionais,
bem como a elaboração da regulamentação geral em falta.

Estabelecimento ou aperfeiçoamento de normas específicas de

segurança no trabalho no sector da construção civil e obras públicas,

Fomento e sedimentação de uma cultura de prevenção, assente na

promoção de boas práticas empresariais no âmbito da prevenção dos
riscos profissionais.

Assegurar uma efectiva integração das matérias relacionadas com a

segurança, higiene e saúde no trabalho nos curricula escolares, incluindo
a formação de professores nestes domínios.