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1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1.1CONCEITO
1.1.1 Critério da Legalidade
Direito administrativo é o estudo da lei
1.1.2 Escola do Serviço Público
A administração preocupa-se apenas com o serviço publico desempenhado
pelo Estado.
1.1.3 Critério do Poder Executivo
Apenas os atos emanados do Executivo são suscetíveis de controle da
administração.
1.1.4 Critério Principiológico
Conjunto de princípios. (Está certo, mas se mostra insuficiente)
1.1.5 Critério Residual ou Negativo
Exclui-se as atribuições do legislativo e judiciário e se verificara a tutela
administrativa
1.1.6 Critério da distinção de autoridade jurídica e social no Estado
Estudam-se as regras jurídicas decorrentes da ação social do estado.
1.1.7 Critério da Administração Pública de Hely Lopes (adotado)
É o conjunto de princípios e regras que disciplinam os órgãos e os agentes
que desempenham função administrativa do Estado, realizando de forma direta,
concreta e imediata os fins desejados pelo estado.
1.2FONTES
Lei (sentido amplo)
Doutrina, jurisprudência..
1.3SISTEMAS ADMINISTRATIVOS
1.3.1 Conceitol
Mecanismos para a preservação do Estado de Direito
1.3.2 Espécies
1.3.2.1 Contencioso Administrativo / S.Frances / Dualista
Há dualidade de jurisdição. Existem dois órgãos que exercem jurisdição:
comum e administrativa, vinculada ao Poder Executivo. Desde a proclamação da
República, não existe no Brasil. Adveio da Franca, uma vez que o Terceiro Estado
(vassalos) após a revolução, apoderou-se do executivo e legistativo, todavia,o
judiciário manteve os juízes, que conheciam as leis. Assim, adotou-se o sistema a fim
de o poder judiciário não ter atribuição para rever os atos administrativos, como, por
exemplo, a própria revolução Francesa.
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Direito Administrativo
1.4ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1.4.1 Administração Pública em sentido Amplo
Abarca os conceitos de Governo + administração em sentido estrito.
1.4.2 Governo
Objetivo / Atividade Refere-se a atividade política: administrar.
“governo”
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Direito Administrativo
1.5CONCEITO
Regime jurídico da administração publica – sentido amplo para
referir-se ao regime publico e privado que a administração pode se
sujeitar.
≠
Regime jurídico administrativo - Conjunto de princípios e regras
que norteiam a Administração visando o alcance do interesse
público primário prerrogativa e sujeição. (MSZP)
1.7PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO
Princípios mínimos – LIMPE
Dois Pilares ou Pedra de Toque: SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO (PRERROGATIVA) e INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE
PÚBLICO (SUJEIÇÃO).
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Direito Administrativo
1.7.6 Impessoalidade
Define-se como isonomia (CELSO ANTONIO e JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO
FILHO) que não discrimina ou privilegia determinado grupo em detrimento dos
demais. Define-se ainda como finalidade pública (Hely Lopes Meirelles e José Afonso
da Silva) – não é o agente que atua, mas a própria administração.
Embasa a teoria do funcionário de fato.
1.7.7 Moralidade
Ética boa fé probidade SV 13, que não atinge cargos políticos 579951.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.7.9 Publicidade
Restrita – inabilitação de processo licitatório
EP de três anos
Avaliacao especial de desempenho
Avaliacao periódica de desempenho
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Direito Administrativo
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
Contrato de concessão de SP
Contrato de permissão de SP
Ato administrativo de autorização de SP
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Direito Administrativo
1.10.2 Desconcentração
Distribuição interna de competência. A desconcentração pode dar-se na
administração direta (união cria secretaria) ou indireta (SEM cria superintendência).
Assim, no primeiro caso a atividade será administrativa centralizada
desconcentrada e no segundo descentralizada desconcentrada.
1.11.1 Direta
União
Estado
DF
Município
E seus respectivos Órgãos
A administração sob o enfoque amplo abrange todos os órgãos de todos os
poderes. Sob o aspecto estrito, a administração abrange os órgãos do executivo, nos
termos do Dec 200/67
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Direito Administrativo
Apenas por lei especifica (não há possibilidade de se criar órgão por decreto
autônomo, diante da expressa vedação constitucional).
VI - dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
Não há possibilidade extinguir cargo ainda que vago! A possibilidade de
decreto autônomo se limita a extinção de função e cargo quando vago e organizar a
administração quando não implicar aumento de despesa.
1.11.1.1.2 Classificação
Independente
Autônomo
Superiores
Subalternos
Podem ser classificados em burocráticos (a cargo de uma pessoa fisica
ordenada verticalmente ex. diretoria) e colegiados (pessoas ligadas horizontalmente,
ex tribunais)
em que a competência será do ente que criou que almeja o órgão. Ora será criada por
lei, ora autorizada.
Criada autarquia e fundação de direito público
1.11.2.3 Caracteristicas
Legalidade
Independencia
Especialidade
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Direito Administrativo
As subsidiárias não são órgãos, mas pessoas jurídicas distintas que não
integram a administracao publica indireta.
1.13.1.2 Espécies
1.13.1.2.1 Comum
1.13.1.2.2 Fundacional
1.13.1.2.3 Especial
Não se pode confundir com agencia reguladora (embora esta figure nesta
classificação), pois a condição de autarquia especial não é atribuída apenas àqueles
que ostentem competência regulamentar, a exemplo da USP.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.13.2.2 Competência
De direito público equiparado a autarquia, JF, portanto;
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Direito Administrativo
1.13.2.3 Criação
Lei específica (ordinária) – SE pública
Lei autoriza – Se privada
Lei complementar definirá a área de atuação das fundações
públicas. Cuidado, pois para criar Fundacao basta lei especifica
(ordinária).
Quarentena
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Direito Administrativo
1.14.1 Espécies
1.14.1.1 Sociedade de Economia Mista
1.14.1.1.1 Conceito
P. Juridica de direito privado, criada sob a forma de S.A, com capital misto. Se
federal, competência estadual.
SÚMULA 517, STF AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA SÓ TÊM
FORO NA JUSTIÇA FEDERAL, QUANDO A UNIÃO INTERVÉM COMO
ASSISTENTE OU OPOENTE.
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Direito Administrativo
Não basta que o capital seja parte privado e parte publico para se
tornar SEM, fazendo-se necessária a autorização legislativa, caso contrária
será uma controlada pelo poder publico (fora da adm indireta...(já que este
ostenta o maior capital votante)
1.14.2 Modalidades
1.14.2.1 Exploradoras de atividade econômica
1.14.2.2 Prestadoras de serviço publico
1.14.2.2.1 Falencia e P. jurídica de direito privado
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Direito Administrativo
1.15 DIRIGENTES
São pessoas escolhidas, normalmente, pelo chefe do executivo para
coordenação da pessoa jurídica publica. O supremo entende que, em se tratando de
autarquia e fundação publica, possível que o poder legislativo aprove a escolha do
dirigente. Todavia, em se tratando de Empresa publica e sociedade de economia
mista não cabe controle pelo legislativo, sob pena de inconstitucionalidade.
1.17.2 Conceito
É uma pessoa jurídica formada por associação de entes pessoas políticos,
para gestão associada de servicos públicos. Pode assumir natureza jurídica de direito
publico e direito privado. Se de direito público, será associação pública. Se privada, a
lei não impõe denominação.
1.17.3 Características
Gestão associada de serviço público (ou cooperação)
Só podem ser celebrados por entes federados A união não pode celebrar
diretamente com município, sem que o Estado faça parte do contrato.
Protocolo de Intenções, que deve ser ratificado por lei
§ 2o O protocolo de intenções deve definir o número de votos que
cada ente da Federação consorciado possui na assembléia geral,
sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.
Contrato
Criação de Pessoa Jurídica, o Consórcio Público, que será, por opção dos
entes:
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Direito Administrativo
1.17.6 Recursos
Art. 8o Os entes consorciados somente entregarão recursos ao
consórcio público mediante contrato de rateio.
Art. 2, VII, Decreto 6017/07 VII - contrato de rateio: contrato
por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a
fornecer recursos financeiros para a realização das
despesas do consórcio público;
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
TERCEIRO SETOR
1.18.1.1 Licitação
Não há incidência da lei 8.666/93 (TCU), pois o art. 22, XXVII só se dirige à
administração direta e indireta. A lei 8.666/93 não poderia alargar o seu alcance para
abranger essas entidades; A expressão “entidades controladas” do § único do art. 1°
só abrange empresas públicas e entidades de economia mista (art. 243 §2° Lei da S.A)
não alcançando atividades paraestatais. Não entanto, devem licitar nos moldes de
procedimento simplificado, devendo elaborar regulamentos próprios para contratação,
obedecendo aos princípios da licitação publica.
1.18.1.2 Remuneração
Fontes de recurso: a) Orçamentário – de acordo com o projeto; b)
Parafiscalidade: são beneficiários da parafiscalidade e tem legitimidade para cobrar a
contribuições parafiscais.
1.18.1.3 Pessoal
Empregado de regime privado (CLT)
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Direito Administrativo
1.18.2.2 Desqualificação
Havendo descumprimento das regras constante do contrato de gestão,
poderá ser desqualificada, resultando a reversão dos bens, sem prejuízo das outras
sanções.
1.18.3.1 Requisitos
Um ano na atividade
O art. 2 veda atividades como OSCIP
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Direito Administrativo
Administração privada
Termo de parceria para executar um projeto específico
Recebe contraprestação via recurso publico; não se fala em dotação
orçamentária
Não tem bens ou servidores públicos.
OSCIP OS
Vinculado Discricionário
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
PODERES
Poder do Estado é diferente de poder da administração. O primeiro
diz respeito ao executivo, legislativo e judiciário.
1.20 CONCEITO
O instrumento para se salvaguardar a ordem pública, preservando o
interesse público sobre o particular.
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Direito Administrativo
Poder fiscalização
Revisão
Delegar e avocar competência
A delegação é admitida inclusive em ocasiões estranhas ao poder
hierarquico (Órgão especial e conveniente sob o ponto de vista
tecnico, social, jurídico, segundo art. 12). Não há essa previsão
para avocação.
Inadmitida, segundo a doutrina, para: a) atos políticos; b) outro
poder, salvo previsão constitucional.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.22.5.2 Conceito
Art. 78, CTN
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de
intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e
aos direitos individuais ou coletivos
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Direito Administrativo
P. ADMINISTRATIVA P. JUDICIÁRIA
1.22.5.6 Legitimados
Particular não pode declarar o poder de policia. Pode, no máximo,
executar atos materiais
EMENTA: DIREITO CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 58 E SEUS
PARÁGRAFOS DA LEI FEDERAL Nº 9.649, DE 27.05.1998, QUE
TRATAM DOS SERVIÇOS DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÕES
REGULAMENTADAS. 1. Estando prejudicada a Ação, quanto ao § 3º
do art. 58 da Lei nº 9.649, de 27.05.1998, como já decidiu o
Plenário, quando apreciou o pedido de medida cautelar, a Ação
Direta é julgada procedente, quanto ao mais, declarando-se a
inconstitucionalidade do "caput" e dos § 1º, 2º, 4º, 5º, 6º, 7º e 8º do
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.22.5.7 Atributos
Discricionariedade
Imperatividade/coercibilidade
Auto executoriedade - O gozo da autoexecutoriedade depende: a) de lei
expressamente admitindo ou b) urgência.
Exigibilidade – agir passivamente. (sempre existe nos atos de
polícia)
Executoriedade – agir ativamente (depende de lei autorizativa,
salvo urgência)
Ressalvem-se as execuções de obrigações pecuniárias (salvo 8.666 em que a
administração administrativa pode cobrar multa). Para tanto, a execução de atos
materiais necessita de lei autorizativa.
1.22.5.9 Casuística
RMS 19820 – o rodízio é legal e manifestação do poder de policia.
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA.
LEI MUNICIPAL. PROGRAMA DE RESTRIÇÃO AO TRÂNSITO DE
VEÍCULOS AUTOMOTORES (RODÍZIO MUNICIPAL). DECADÊNCIA.
TERMO INICIAL DO PRAZO PREVISTO NO ART. 18, DA LEI Nº
1.533/51. PRECEDENTES JURISPRUDENCIAIS. AUSÊNCIA DE DIREITO
LÍQUIDO E CERTO. NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA.
1(...)
4. Nada obstante, e apenas obiter dictum, há de se
considerar que, no caso sub examine, a atividade
engendrada pelo Estado atinente à implementação do
programa de restrição ao trânsito de veículos automotores
no Município de São Paulo, cognominado de "rodízio",
insere-se na conceituação de Poder de Polícia, que,
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.23 OBS
1.23.1 Prescricao
1.23.1.1 Pagamento de multa não impede discussão posterior
SÚM. N. 434-STJ.
O pagamento da multa por infração de trânsito não inibe a discussão
judicial do débito. Rel. Min. Luiz Fux, em 24/3/2010.
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Direito Administrativo
MSZP ainda sustenta que se os efeitos do fato jurídicos não dizerem respeito
ao direito administrativo será chamado fato da administração.
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Direito Administrativo
O silencio não é ato, pois não há declaração de vontade. Diz ser fato
administrativo, pois produz conseqüência no direito administrativo.
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Direito Administrativo
1.28.1.1 Características
Obrigatoriedade
Irrenunciável
Imodificável
Não admite transação
É imprescritível
Improrrogável
Delegação / Avocação (consideradas editadas pelo delegado)
Desde que justificadas; Não elimina competência do delegante,
surge competência cumulativa. Na delegação pode haver
delegação para estranhos à hierarquia o que não ocorre com a
avocação.
• Vedadas em:
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Direito Administrativo
o Competência Exclusiva
o Ato normativo
o Decisão em recurso administrativo
1.28.1.2 Vícios
1.28.1.2.1 Excesso de poder
1.28.1.2.2 Função de fato – o cargo era efetivo, mas está provido
sem concurso. É agente de fato. O ato praticado pelo agente público de fato reputa-se
válido perante terceiro de boa-fé.
1.28.1.2.3 Usurpação da competência – é considerado ato
inexistente.
Existem ainda os vícios previstos no direito civil (dolo, coação...), bem como a
presença de suspeicao e impedimento previsto na lei 9874/99.
Pela lei não há impedimento do julgador e seu filho.
Em regra, sanável
1.28.2 Forma (em regra, sanável)
Motivação integra o conceito de forma, pois é a exposição dos fatos e do
direito que serviram de fundamento para a prática do ato. Motivo não é motivação. O
primeiro é elemento, o segundo é a justificação do ato.
Predomina-se que em regra o ato administrativo deve ser motivado (e não só
aqueles do art. 59, 9784), salvo quando a lei a dispensa, ex. exoneração do cargo em
comissão.
Conjunto de providencias que atestam a validade do fato
1.28.3 Objeto/Conteúdo
O que o ato produz, gera. Efeito imediato do ato.
O vício é insanável
1.28.4 Motivo
Pressuposto de fato e direito que motivaram o ato. (causa).
Motivo não é motivação, que engloba o conceito de forma.
1.28.5 Finalidade
Efeito jurídico mediato que o ato produz. O que se busca com a prática
deseja. Em sentido amplo, a finalidade é o interesse público. MSZP entende que a
finalidade em sentido publico abarca determianda carga de discricionariedade, pois a
ela cabe limitar o interesse publico.
1.28.5.1 Vicio
Desvio de finalidade
Vinculado Discricionário
Competência V V
Finalidade V V
Forma V V
Motivo V V/D
Objeto V V/D
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Direito Administrativo
1.31 CLASSIFICAÇÃO
1.31.1 Simples / complexo / composto
Simples -1 órgão (independente de quantos integrantes. Ex. tribunal)
Complexo – 2 órgãos – os atos intermediários não podem ser atacados
isoladamente. Constitui-se decisão única, mediante ponderação de dois órgãos. (1
ato)
Composto – 1 necessitando ratificação de outro. O segundo ato não
afere o conteúdo do primeiro, mas apenas lhe confere validade e eficácia. A
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Direito Administrativo
manifestação do segundo ato pode ser antes ou posterior ao primeiro ato apenas
aprova (depois). Havendo a manifestação do primeiro órgão, surge a necessidade do
segundo manifestar-se a respeito. Diz-se daí constituir efeito prodrômico do ato
administrativo. (2 atos)
1.32 CLASSIFICAÇÃO
1.32.1 Atos normativos
1.32.2 Atos ordinatórios
1.32.3 Atos negociais
1.32.3.1 LICENÇA
Ato administrativo vinculado
1.32.3.2 AUTORIZAÇÃO
Ato administrativo discricionário. (OBS Vicente Alexandrino dispõe que a
lei geral de telecomunicação preconiza uma espécie de autorização vinculada.)
1.32.3.3 PERMISSÃO
Constitui ato administrativo (permissão de SP é contrato por forca de
mandamento constitucional). Ex. permissão de uso de bem publico. Possui natureza
precária, no entanto, se onerosa ao particular, a revogação pode ser passível de
indenização.
enunciativos, certidão da divida ativa, por exemplo, pode gerar determinados efeitos.
(titulo executivo judicial) apto a inaugurar uma execução.
1.32.4.1 Parecer
Tipicamente, ostentam cunho orientador, não vinculante. Há pareceres,
todavia, que após aprovados pela autoridade competente, revestem-se de carga
ordinatória (vinculante) e normatividade, razão pela qual a doutrina os classifica em:
Vinculante (ordinatório)
Normativo
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Direito Administrativo
1.35 CONVERSÃO
É a busca do aproveitamento do ato administrativo inválido, a fim de amoldá-
lo em nova situação juridica que o torne regular, com efeitos ex tunc. Ex. permissão
de serviço público sem licitação vício conversão em autorização regular
mediante mero ato administrativo validade.
JSCF entende ser espécie de convalidação (não predomina)
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Direito Administrativo
AGENTES PÚBLICOS
1.36 CONCEITO
É a expressão mais ampla utilizada para se referir a qualquer pessoa física
que exerca função pública, a titulo permanente ou temporário, com ou sem
remuneração.
1.37 CLASSIFICAÇÃO
1.37.1 Agentes políticos
Compõem a estrutura constitucional do Estado e são encarregados de
exercer a função politica, ou seja, a função de governo, chefe do poder executivo e
vices, ministros e secretários do Estado, Parlamentares.
Para Hely, agente político tem suas atribuições previstas na CF e as
exerce com autonomia constitucional. Assim, Magistrados
(jurisprudência do STF) e MP.
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Direito Administrativo
Espécies
CARGO
EM COMISSÃO POSTO ATRIBUIÇÃO RESPONSABILIDADE
FUNÇÃO
DE CONFIANÇA X ATRIBUIÇÃO RESPONSABILIDADE
AGENTE
ADMINISTRATIVO
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Estatutário Celetista Servidor de
P. J. DIREITO PÚBLICO
(funcionário P. J. DIREITO PRIVADO
ente
público) (empregado
público
governament
Direito Administrativo
1.38 MILITARES
Possuem regramento próprio. Não existe mais distinção entre servidor
publico civil e servidor publico militar. Atualmente, fala-se em servidor e militar.
1.39.1 Espécies
Agente de fato necessário - situação de emergência
Agente de fato putativo
1.39.2 Consequencia
Seus atos presumem válidos perante terceiros de boa fé.
O salario recebido pelo que desempenhou não deve ser reembolsado.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
LEI 8.112/90
1.41 NOMEACAO
1.41.1 Efetivo
1.41.2 Comissao – art. 37, II, CF
Posse (30) – nasce o vinculo
Exercicio (15d)
1.42.2 CF/88
Instituiu o RJU para a administração direta, autarquia e fundações. EP e SEM
celetista. Não há imposição qual seja o regime, mas que seja único. Súmula 390, TST.
Súmula nº 390 - TST - Res. 129/2005 - DJ 20, 22 e 25.04.2005 -
Conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 229 e 265 da SDI-1
e da Orientação Jurisprudencial nº 22 da SDI-2 Estabilidade -
Celetista - Administração Direta, Autárquica ou Fundacional -
Empregado de Empresa Pública e Sociedade de Economia
Mista
I - O servidor público celetista da administração direta, autárquica
ou fundacional é beneficiário da estabilidade prevista no art. 41 da
CF/1988. (ex-OJ nº 265 da SDI-1 - Inserida em 27.09.2002 e ex-OJ nº
22 da SDI-2 - Inserida em 20.09.00)
II - Ao empregado de empresa pública ou de sociedade de economia
mista, ainda que admitido mediante aprovação em concurso público,
não é garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988. (ex-OJ
nº 229 - Inserida em 20.06.2001)
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.42.3 EC 19/98
Retirou a obrigatoriedade do regime jurídico único, mas não proibiu.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
conselho de política de administração e remuneração de pessoal,
integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998
Assim, o regime jurídico único apenas estava regulamentado pela lei 8112. A
Lei 9986/00 buscou, no âmbito federal, criar um cargo celetista para autarquia.
Contudo, na Adin 2310, julgou prejudicada, uma vez que lei posterior a revogou.
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Direito Administrativo
Conceito cíclico uma vez que remete ao outro conceito. Segundo a lei,
servidor é aquele dotado de regra estatutária (conceito não aceita pela doutrina). Para
se referir à celetista, denomina-se de emprego público. Direitos sociais obrigatórios
aos estatutários. Não são todos os instituídos pela CLT.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
Cuidado, O congresso Nacional poderá criar alguns cargos, cada casa por
resolução, nos termos do art. 51, IV e 52, XIII da CF
Camara IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia,
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da
respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias;
1.42.10.1 Diferenças
Quanto à possibilidade de aquisição de estabilidade
Quanto ao ingresso (art. 37, II, CF)
Pode a lei que cria o cargo de comissão limitar o ingresso, como, p.
ex, bacharel e direito. Outro exemplo, súmula vinculante 13
A NOMEAÇÃO DE CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE EM LINHA
RETA, COLATERAL OU POR AFINIDADE, ATÉ O TERCEIRO GRAU,
INCLUSIVE, DA AUTORIDADE NOMEANTE OU DE SERVIDOR DA
MESMA PESSOA JURÍDICA INVESTIDO EM CARGO DE DIREÇÃO,
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Direito Administrativo
O STF, na Rcl 6650, diz que não se aplica a sumula vinculante 13 aos cargos
de alto escalão (agentes políticos):
AGRAVO REGIMENTAL EM MEDIDA CAUTELAR EM RECLAMAÇÃO.
NOMEAÇÃO DE IRMÃO DE GOVERNADOR DE ESTADO. CARGO DE
SECRETÁRIO DE ESTADO. NEPOTISMO. SÚMULA VINCULANTE Nº 13.
INAPLICABILIDADE AO CASO. CARGO DE NATUREZA POLÍTICA.
AGENTE POLÍTICO. ENTENDIMENTO FIRMADO NO
JULGAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 579.951/RN.
OCORRÊNCIA DA FUMAÇA DO BOM DIREITO. 1. Impossibilidade de
submissão do reclamante, Secretário Estadual de
Transporte, agente político, às hipóteses expressamente
elencadas na Súmula Vinculante nº 13, por se tratar de
cargo de natureza política. 2. Existência de precedente do
Plenário do Tribunal: RE 579.951/RN, rel. Min. Ricardo Lewandowski,
DJE 12.9.2008. 3. Ocorrência da fumaça do bom direito. 4. Ausência
de sentido em relação às alegações externadas pelo agravante
quanto à conduta do prolator da decisão ora agravada. 5. Existência
de equívoco lamentável, ante a impossibilidade lógica de uma
decisão devidamente assinada por Ministro desta Casa ter sido
enviada, por fac-símile, ao advogado do reclamante, em data
anterior à sua própria assinatura. 6. Agravo regimental improvido.
(Rcl 6650 MC-AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno,
julgado em 16/10/2008, DJe-222 DIVULG 20-11-2008 PUBLIC 21-11-
2008 EMENT VOL-02342-02 PP-00277)
Quanto à destituição
Ad nutum – comissão
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Direito Administrativo
1.43.1 Gerais
Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
E o emancipado?!
Divergente. Da interpretação literal dos requisitos, verificamos que o texto
não nos remete à maioridade civil, e sim 18 anos de idade, ou seja, mesmo
emancipado não poderia, em tese, ingressar na carreira pública. Contudo, ao se
proceder à analise sistêmica, o diploma civil dispõe que a carreira público é motivo
para emancipação. É de se analisar.
1.43.2 Específicos
§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros
requisitos estabelecidos em lei. (NÃO É DECRETO,
REGULAMENTO...)
Assim, para que haja qualquer outro requisito deve ser estabelecido em lei
em sentido formal. Nesse sentido, o Supremo já se manifestou:
SÚMULA 14: NÃO É ADMISSÍVEL, POR ATO ADMINISTRATIVO,
RESTRINGIR, EM RAZÃO DA IDADE, INSCRIÇÃO EM CONCURSO PARA
CARGO PÚBLICO
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Direito Administrativo
Para que haja tal proteção jurídica, a deficiência não pode ser tão pequena
que não a mereça, nem tão severa que comprometa o serviço. Decreto 3298/99. Exige
patamar minimo de 5% (Max 20%). O STF em construcao sistemática entende que se
haver duas vagas, não se faz necessária a indicacao de nenhum deficiente, sob pena
de ultrapassar o maximo (no caso 50%)
O STJ decisão que visão monocular é causa, conforme Súmula 377, STJ:
Súmula 377, STJ: O portador de visão monocular tem direito de
concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos
deficientes. (Súmula 377, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 22/04/2009,
DJe 05/05/2009)
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
IX - recondução.
ASCENÇÃO E TRANSFERÊNCIA;
Súmula 685, STF - É INCONSTITUCIONAL TODA MODALIDADE DE
PROVIMENTO QUE PROPICIE AO SERVIDOR INVESTIR-SE, SEM PRÉVIA
APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO DESTINADO AO SEU
PROVIMENTO, EM CARGO QUE NÃO INTEGRA A CARREIRA NA QUAL
ANTERIORMENTE INVESTIDO.
1.45.2 Espécies
1.45.2.1 Nomeação
A administração publica convoca, pelo diário oficial, o aprovado em concurso
público para a sua posse. Segundo o STJ, num caso, após três anos e meio, o DOU não
é efetivo. RMS 27495
1.45.2.1.1 Efeitos
1.45.2.1.2 Posse
Desempenho de atividades
1.45.2.2 Promoção
Maior grau de responsabilidade e complexidade nas suas atribuições dentro
da mesma carreira. Não se confunde com transferência ou ascensão
Súmula 685, STF - É INCONSTITUCIONAL TODA MODALIDADE DE
PROVIMENTO QUE PROPICIE AO SERVIDOR INVESTIR-SE, SEM PRÉVIA
APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO DESTINADO AO SEU
PROVIMENTO, EM CARGO QUE NÃO INTEGRA A CARREIRA NA QUAL
ANTERIORMENTE INVESTIDO.
1.45.2.3 Readaptação;
É um caso que mesmo não investido, pode realizar função diversa a fim de se
readaptar que não existe. Assim, exerço a função em disponibilidade. Assim, é errada
61
Direito Administrativo
a afirmativa que “em nenhum caso o servidor pode atuar sem que legalmente
investido”
1.45.2.4 Reversão
Da Aposentadoria – Volta do inativo
(junta médica)
No interesse –
II - no interesse da administração (ato DISCRICIONARIO), desde que:
a) tenha solicitado a reversão;
b) a aposentadoria tenha sido voluntária;
c) estável quando na atividade;
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à
solicitação;
e) haja cargo vago.
1.45.2.5 Aproveitamento;
Se não entrar no prazo, será cassada a sua disponibildiade. (natureza de
penalidade administrativa)
1.45.2.6 Reintegração;
Segundo a lei, somente aos servidores estáveis. Se não estável, retorna pelos
efeitos ex tunc dos atos administrativos.
1.46.2 Demissão
Pressupõe pena. Os dois, no entanto, pressupõem processo administrativo.
Súmula 21, STF. RMS 20934
1.46.3.1 Modalidades
De oficio
No interesse da administração
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Direito Administrativo
A pedido
A critério da administração
Independente da administração
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.49.2 Estabilidade
É o direito de permanecer no cargo público (e não no serviço).
1.49.2.1 Espécies
1.49.2.1.1 Ordinária (Art. 41, CF)
É a estabilidade do efetivo.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em
virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho,
na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável,
será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável,
reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao
67
Direito Administrativo
1.49.2.2 Perda
PAd;
processo judicial transitado em julgado
reprovação na avaliaao periódica de desempenho
Limite global de despesa, desde que 20% comissionados todos os
efetivos em EP Estáveis. Consequencia: 4 anos contratar
1.50 GREVE
À falta da lei específica (ordinária), o STF deu efeitos concretos aos
mandados de injunção, determinando aplicação da Lei 7783/89, no que couber, até o
advento de lei específica. Militar não pode sindicalizar nem exercer o direito de greve.
Art. 142 §3, IV, CF
Art. 142 §3, IV, - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
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Direito Administrativo
Valor máximo que qualquer agente público pode auferir, seja a título de
vencimento, remuneracao ou subsídio, incluindo a hipótese de acumulação
remunerada.
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-
sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos
1.54.1.4.3 Tetos
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Direito Administrativo
Na união R$ STF
P. Executivo R$ Governador
1.54.2 INDENIZACOES
1.54.2.1 AJUDA DE CUSTO
Pago em razão da mudança do servidor por interesse público. O valor
máximo compreenderá 3 remunerações do servidor.
É incabível nas carreiras eletivas, bem como em cargos efetivos, eis
que, quando do ‘ingresso’ possuíam conhecimento da mudança do
cargo. Contudo, é cabível ao comissionista que não integrava o
cargo na administração.
72
Direito Administrativo
1.54.2.2 DIÁRIAS
Dada em razão de dia de afastamento. Visa a tão somente ressarcir os gastos
com habitação, alimentação, etc. Não cabe à Administração a fiscalização se houve,
de fato, gasto, eis que é presumido, não podendo, destarte, exigir notas fiscais.
1.54.3 GRATIFICAÇOES
1.54.3.1 Chefia, direção e assessoramento
Apenas para função de confiança (não se aplica a cargo em comissão)
1.54.3.2 Natalina
Remuneração de Dezembro, salvo quando exonerado, que será a
remuneração do ato exoneratório. Será pago até o dia 20/12.
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Direito Administrativo
Raio x – 10%
1.54.4.3 Noturno
22h a 5h – 25%
1.54.5 Férias
30/ano. Acumulação ate 2 periodo, parceláveis em 3x. (salvo Raixo x
20/semestre). Se acumular por mais de 2 periodos, não perde o direito de usufruí-la.
STJ
A Seção, ao consignar que o art. 77 da Lei n. 8.112/1990 busca preservar a
saúde do servidor público, decidiu que o acúmulo de mais de dois períodos
de férias não gozadas não resulta em perda do direito de usufruí-los.
Ressaltou-se, ainda, que o gozo das férias está condicionado à conveniência
e interesse da Administração Pública, mesmo que haja mais de dois períodos
acumulados. Precedente citado: REsp 865.355-RS, DJe 16/6/2008. MS
13.391-DF, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 27/4/2011
Resp 494702 – STJ pode gozar férias no cargo antigo, desde que não houve
interrupção.
ADMINISTRATIVO - RECURSO ESPECIAL - MANDADO DE SEGURANÇA
- SERVIDOR PÚBLICO - VACÂNCIA - POSSE EM NOVO CARGO
INACUMULÁVEL - GOZO DE FÉRIAS - DIREITO MANTIDO.
1 - É pacífico na jurisprudência deste Tribunal Superior o
entendimento no sentido de que havendo vacância pela posse do
servidor público em outro cargo inacumulável, sem interrupção no
tempo de serviço, o direito à fruição das férias não gozadas
transfere-se para o novo cargo. Inteligência do art. 100 da Lei nº
8.112/90. 2- Precedentes (REsp nºs 154.219/PB, 166.354/PB e
181.020/PB).3 - Recurso conhecido, porém, desprovido.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
1.56.6 Capacitacao
Cada 5 anos, 3 meses para capacitação – discricionário. Com R$. (não
acumuláveis)
Aborto – 30 dias
1.58 PROIBICOES
Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº 2.225-45,
de 4.9.2001)
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
qualquer documento ou objeto da repartição;
III - recusar fé a documentos públicos;
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento
e processo ou execução de serviço;
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto
da repartição;
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua
responsabilidade ou de seu subordinado;
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a
associação profissional ou sindical, ou a partido político;
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau
civil;
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de
outrem, em detrimento da dignidade da função pública;
X - participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na
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Direito Administrativo
1.58.1.1 Penas
Advertencia
Supensao – Max 90 (salvo 15 dias no caso de não se submeter a exame
medico)
Demissão
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Direito Administrativo
1.58.3 Procedimento
Inquérito administrativo compreende indiciacao instrução e relatório.
1.58.3.1 Sindicância 30+30
1.58.3.2 PAD 60+60
Segundo o STF, não se inclui o prazo para decidir (20 dias). A abertura do PAd
interrompe o prazo que voltara a corRer após 140 dias (60+60+20) STF.
Fases
Comissão Processante – 3 servidores estáveis
Instrução
Decisão – 20 dias.
HIPÓTESES
Abandono de cargo
Inassiduidade Habitual
FASES
Comissão Processante – 2 servidores estáveis
• Indiciação
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Direito Administrativo
• Defesa
• Relatório
No PAD, há, por lei, vinculação, salvo quando for contrário às provas dos
autos. Segundo o STJ, o julgamento pode adotar pena diversa da indicada no relatório,
ainda que mais grave:
O recorrente, policial civil, foi demitido em razão de apuração de
falta grave a ele atribuída. Aponta ofensa ao disposto no art. 168 da
Lei n. 8.112/1990 por falta de motivação do ato administrativo,
incompetência absoluta do diretor-geral de Polícia para instaurar
processo disciplinar e dissídio jurisprudencial quanto à
impossibilidade de demissão de servidor, quando a comissão
disciplinar sugere pena diversa da aplicada. Por fim, pede sua
reintegração ao cargo. No caso, o policial se envolveu em discussão
de trânsito com terceiro; durante a contenda, efetuou disparos de
arma de fogo ocasionando troca de tiros entre ambos, sendo que
um dos projéteis atingiu condutor de veículo diverso, fato que
ensejou a instauração de inquérito policial. Para o Min. Relator, não
há ofensa ao art. 168 da Lei n. 8.112/1990; conforme se extrai da
leitura das disposições do mencionado dispositivo, a lei exige,
expressamente, que a aplicação da penalidade disciplinar a servidor
público federal seja motivada, mas não vincula a autoridade às
conclusões tecidas no relatório, podendo, dele discordando,
modificar a conclusão, aplicando-lhe, inclusive, sanção mais severa,
a qual passa a prevalecer por força da hierarquia funcional. Na
hipótese, o relatório expõe adequadamente a conduta ilícita do
servidor e indica os fundamentos que embasaram a aplicação da
penalidade, o que concorre para a constatação de sua validade
jurídica. Não há qualquer vício no ato de demissão por falta
de motivação. Outrossim, ao decidir de forma mais gravosa,
ressaltou o Min. Relator que a motivação do governador no
caso concreto não foi ausente: baseou-se nas faltas
cometidas pelo ora impetrante e constantes do relatório do
parecer da Comissão, o qual adotou, bem como houve a
especificação da legislação na qual amparou a majoração da
pena, em similitude com os julgados do STF no MS 23.201-RJ,
DJ 19/8/2005 e MS 22.724-MG, DJ 7/11/1997. Inexiste, no
aspecto jurídico, qualquer desproporcionalidade no ato disciplinar
aplicado pelo então governador. Quanto à violação do art. 53 da Lei
n. 4.878/1965, entende o Min. Relator que, de acordo com as
informações prestadas pela Procuradoria do DF, o diretor-geral de
Polícia é a autoridade competente para instaurar o processo
disciplinar. A legislação a ser aplicada deverá ser a mencionada lei
conjuntamente com a Lei n. 8.112/1990. Em razão disso, a Turma,
por maioria, negou provimento ao recurso, vencido o Min. Nilson
Naves, que lhe dava provimento. Precedentes citados do STF: MS
20.999-DF, DJ 25/5/1990; do STJ: RMS 13.008-SP, DJ 2/2/2004; MS
9.384-DF, DJ 18/8/2004, e MS 10.470-DF, DJ 18/6/2007. REsp 706.655-
DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 11/12/2009.
81
Direito Administrativo
1.58.3.3 HC e pad
Para o STF, HC não se presta para trancar PAD
Habeas corpus não é a via adequada para trancamento de processo
administrativo, uma vez não estar em jogo a liberdade de ir e vir
(CF, art. 5º, LXVIII). Esse o entendimento da 1ª Turma ao extinguir,
sem julgamento de mérito, writ impetrado com o fim de sustar o
andamento de processo administrativo disciplinar instaurado contra
o paciente.
HC 100664/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 2.12.2010. (HC-100664)
1.59 RESPONSABILIDADE
1.59.1 Independência das instâncias
A regra é da independencia, exceto:
1.59.1.1 Nos casos do Crime funcional, se a justiça penal:
Condenar Administrativa condena
Caso contrario é possível, sumula 18, STF, pois a excludente penal será
reconhecida no cível, mas necessariamente não acarertara absolvicao, porquanto
pode não levar à isenção nessa seara.
SÚMULA Nº 18 PELA FALTA RESIDUAL, NÃO COMPREENDIDA NA ABSOLVIÇÃO PELO
JUÍZO CRIMINAL, É ADMISSÍVEL A PUNIÇÃO ADMINISTRATIVA DO SERVIDOR PÚBLICO
82
Direito Administrativo
1.60 REVISÃO
Busca a Inocência do punido ou inadequação da pena aplicada, desde que
surgirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou
inadequação da pena. A alegação de injustiça/inconformismo não sustenta o pleito.
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não
constitui fundamento para a revisão, que requer elementos novos,
ainda não apreciados no processo originário
1.60.1 Legitimidade
Servidor
Curador, se interditado
Familiar
§ 1o Em caso de falecimento, ausência ou desaparecimento do
servidor, qualquer pessoa da família poderá requerer a revisão do
processo.
§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão
será requerida pelo respectivo curador.
1.62 APOSENTADORIA
Lembrar do texto original da CF 88 tem como requisito somente o tempo de
serviço, não importando a idade, se estava ou não contribuindo com a previdência.
Não podemos esquecer que existem 2 regimes de previdência:
Regime geral de OS (estudado pelo direito previdenciário);
Regime próprio de OS (que é o que nos interessa) previsto no art. 40 da
CF.
Quem tem direito a esse regime são os servidores de cargos efetivos e de
cargos vitalícios. No mais, todos os demais se aposentam pelo regime geral de
Previdência Social. EC n 20 é de Dez/98 afasta o requisito tempo de serviço por
(tempo de contribuição + limite de idade). Não importa se ele está trabalhando
ou não, esta contribuindo, tem idade, então pode aposentar. É o chamado regime
contributivo.
1.62.2.2 Compulsória:
Também chamada de expulsória. Quando o servidor completar 70 anos
sendo homem ou mulher. Em regra aposentará com P.Proporcionais. Existe uma EC
tramitando para alterar a aposentadoria compulsória de 70 para 75 anos. Ele poderá
receber integral desde que ele tenha adquirido todos os benefícios possíveis. (é bem
provável que esse aumento da idade é para um precedente para aumentar a idade da
voluntária que é hoje de 60 anos).
Não se aplica a notarios.
1.62.2.3 Voluntária:
10 anos no serviço público + 5 anos no cargo. Terá direito a PI desde que, se
Homem ele tiver 60 anos de idade e 35 anos de contribuição, se mulher ela tiver 55
anos de idade e 30 anos de contribuição. Terá direito a PP quando adquirir a idade
para aposentadoria (homem 65 anos e mulher 60 anos) vai receber proporcional ao
que ele contribuiu até o tempo da aposentadoria.
85
Direito Administrativo
1.62.2.4 Especial:
Professor (prevista da CF) e a EC 47 acrescenta, quem exerce atividade de
risco, atividade que compromete a saúde e integridade física e deficiente,
dependendo de Lei complementar regulamentando. (não tem ainda). O STF, no MI,
entendeu pela aplicação da lei 8.213/91 aos servidores que atuarem em atividades de
risco ou insalubres, até que seja editada lei complementar regulamentando o termo.
1.62.2.5 Professor:
Exclusividade de magistério lei 11301 afasta essa exigência, ainda não está
resolvido. Professor do ensino infantil, médio e fundamental, os professores de
universidade estão excluídos. Só tem direito a PI e tem que preencher, se homem, 55
anos de idade e 30 anos de contribuição, se mulher, 50 anos de idade e 25 anos de
contribuição. Se o professor quiser se aposentar com proventos proporcionais ele
deverá ir para a regra geral.
Súmula 726, STF. Para efeito de aposentadoria especial de professor
não se computa o tempo de serviço prestados fora da sala de aula.
Regra de transição:
- Art. 2 EC 41 regra art. 8 EC 20, para os que entraram antes de 98
86
Direito Administrativo
Não existe.
87
Direito Administrativo
1.65 PRESCRIÇÃO
Aplica-se o prazo prescricional de 5 anos para se devolver os valores
condenados em razão do PAD.
A servidora foi condenada a restituir à Administração valores
que recebeu indevidamente em razão de contrato celebrado
com ente público. A sentença transitou em julgado, mas, só após
transcorridos mais de cinco anos, foi proposta sua execução. Vem
daí a discussão sobre qual prazo prescricional aplicar: o vintenário
do art. 177 do CC/1916 (então vigente à época) ou o quinquenal do
Dec. n. 20.910/1932. Quanto a isso, a Turma, ao prosseguir o
julgamento, entendeu, por maioria, incidir o prazo de cinco
anos previsto no referido decreto; pois, em se tratando de
relação decorrente de Direito Público, afasta-se a aplicação
da legislação civil, tributária ou trabalhista. Aplica-se o decreto
devido ao necessário respeito que se deve dar ao princípio da
igualdade. Precedentes citados: REsp 648.953-DF, DJ 16/3/2007;
REsp 429.868-SC, DJ 3/4/2006; REsp 623.023-RJ, DJ 14/11/2005;
AgRg no Ag 889.000-SP, DJ 24/10/2007; REsp 855.694-PE, DJe
29/5/2008, e REsp 751.832-SC, DJ 20/3/2006. REsp 781.601-DF, Rel.
originária Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Nilson
Naves, julgado em 24/11/2009.
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Direito Administrativo
1.66 CONCEITO
É o designativo técnico para corrupção administrativa e, manifesta-se em
atos dissonântes com a ética e moral admin\istrativa, próprios para lesar princípios,
acarretar préjuízo ou proporcionar enriquecimento ilicitamente às custas da
administração publica.
Éspecie de Ação civil Públic MSZP
91
Direito Administrativo
1.72 ESPÉCIES:
1.72.1 ENRIQUECIMENTO ILÍCITO (material)
1.72.2 PREJUÍZO AO ERÁRIO(material)
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências,
bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das
entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das
formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça
ilicitamente;
1.73 SANÇÕES
92
Direito Administrativo
1.74.1 COMPETÊNCIA
O Supremo manifestou entendimento que as ações cíveis devem tramitar em
primeira instancia, não podendo o magistrado determinar a desinvestidura, se
prevista constitucionalmente. O STF disse que não se aplica aos ministros do STF,
havendo foro por prerrogativa. O STJ, em julgado de 12/2009, sustentou que se o ato
ímprobo também é crime de responsabilidade, deve a ação civil ser julgado pelo órgão
que competiria o julgamento da questão penal. Competência implícita (forçou d+).
Trata-se de reclamação proposta por governador para extinguir,
ante a suposta usurpação da competência deste Superior Tribunal,
ação civil pública por improbidade administrativa referente a atos
praticados durante sua gestão como prefeito. Sustenta que as
condutas que lhe são atribuídas estão descritas no DL n.
201/1967 como crimes de responsabilidade de prefeito, que
não cabe ação de improbidade tendente a aplicar sanções
por atos que, como no caso, também configuram crimes de
responsabilidade e, como atualmente ocupa o cargo de
governador, a competência para apreciar os fatos que lhe
são imputados é do STJ. Isso posto, a Corte Especial julgou a
reclamação procedente em parte ao entendimento de que,
excetuada a hipótese de atos de improbidade praticados pelo
presidente da República (art. 85, V, da CF/1988), cujo julgamento se
dá em regime especial pelo Senado Federal (art. 86 da mesma
94
Direito Administrativo
RITO: Ordinário
LEGITIMADO: MP ou pessoa jurídica interessada
PRAZO: 30 dias após cautelar
O réu será notificado para oferecer manifestação por escrito – não há
processo.
Não se aplica ao ressarcimento civil
ADMINISTRATIVO. PROCESSO CIVIL. CONCESSÃO IRREGULAR DE
VANTAGENS A SERVIDORES PÚBLICOS. AÇÃO DE
RESPONSABILIDADE CIVIL, COM PEDIDO DE ANULAÇÃO DOS ATOS
CONCESSIVOS E DE RESSARCIMENTO DOS DANOS. 1. Não se pode
confundir a típica ação de improbidade administrativa, de que trata
o artigo 17 da Lei 8.429/92, com a ação de responsabilidade civil
para anular atos administrativos e obter o ressarcimento do dano
correspondente. Aquela tem caráter repressivo, já que se destina,
fundamentalmente, a aplicar sanções político-civis de natureza
pessoal aos responsáveis por atos de improbidade administrativa
95
Direito Administrativo
(art. 12). Esta, por sua vez, tem por objeto conseqüências de
natureza civil comum, suscetíveis de obtenção por outros meios
processuais.
2. O especialíssimo procedimento estabelecido na Lei
8.429/92, que prevê um juízo de delibação para recebimento
da petição inicial (art. 17, §§ 8º e 9º), precedido de
notificação do demandado (art. 17, § 7º), somente é
aplicável para ações de improbidade administrativa típicas.
3. Recurso especial improvido. Acórdão sujeito ao regime do
art.543-C do CPC.
A partir de então, 30 dias para o juiz receber ou não a inicial (do recebimento
cabe agravo) O réu será citado para oferecer contestação. Em qualquer fase do
processo cabe julgamento sem apreciação de mérito.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos
políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença
condenatória.(N É AUTOMÁTICO, ao contrário da lei de tortura.)
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente
poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a
medida se fizer necessária à instrução processual.
96
Direito Administrativo
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
O prazo de 5 anos se conta da ciência daquele que ostenta poder para impor
penalidade
Insurge-se o impetrante contra a instauração de processo administrativo disciplinar (PAD)
para investigar convênio firmado entre ministério e centro educacional, pois, na qualidade de
procurador, teria aprovado aditivos a ele sem a devida licitação, apesar de vários outros PADs
instaurados com o mesmo fim já estarem extintos em razão da prescrição. Diante disso, a
Seção, ao prosseguir o julgamento, entendendo que a lesão a direito líquido e certo surgiu
com o advento do último PAD, fez incidir a prescrição à hipótese, visto a fluência do prazo
quinquenal (art. 142, I, da Lei n. 8.112/1990), porquanto a falta tida como ilícito penal não
sofreu denúncia em relação ao impetrante, o que afasta a aplicação do prazo prescricional
previsto na legislação penal. Contudo, apesar de todos os Ministros integrantes da Seção
estarem acordes com a incidência da prescrição, a maioria entendeu que o prazo prescricional
deve ser contado a partir da ciência do fato pela Administração (na pessoa de
autoridade de hierarquia superior, com poder decisório na estrutura administrativa),
enquanto os votos minoritários entendiam que a data da ciência dos fatos pela autoridade
competente para a instauração do PAD deve ser tida como termo inicial para a fluência do
prazo de prescrição estipulado no referido artigo de lei. Precedentes citados: RMS 20.337-PR,
DJe 7/12/2009; MS 12.090-DF, DJ 21/5/2007, e MS 11.974-DF, DJ 7/5/2007. MS 14.446-DF,
Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 13/12/2010.
1.75.2 Casuística
Instalação de refletores para iluminar propaganda eleitoral (outdoor) em
favor da candidatura do ex-presidente da empresa a deputado estadual por empresa
elétrica configura improbidade administrativa Resp 1074090
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Direito Administrativo
LICITAÇÃO
1.76 CONCEITO
Procedimento administrativo pelo qual a administração chama os possíveis
interessados em com ela contratada, para que apresente suas propostas, visando ao
fim a celebração de contrato, observado o interesse público.
1.77 FINALIDADE
A licitação tem finalidade mediata o art. 3, da Lei 8.66693.
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da
isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e A
PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NACIONAL, e será processada e julgada
em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade,
da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da
vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são
correlatos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 495, de 2010)
105
Direito Administrativo
106
Direito Administrativo
1.79 COMPETÊNCIA
Norma geral – Uniao: 8666/93 e 10520/02
Norma Específica – demais entes. (no âmbito federal, cabe à união
legislar): Dec Federais 3555/00 e 5504/05 – Pregao Eletronico – apenas à Uniao e Reg.
Preço.
107
Direito Administrativo
• Paraestatais.
1.80 PRINCÍPIOS
LIMPE
Igualdade
Probidade / moralidade
Vinculação ao instrumento convocatório
Julgamento objetivo das propostas
Outros correlatos
Adjudicação forcada
Eficiência
1.81 SUJEITOS
Administração direta
108
Direito Administrativo
Administracao indireta
Fundos especiais (Rubrica orçamentária cujo numerário está vinculada
a um fim específico previsto em lei). Em verdade quem licita não é o fundo, mas o
ente administrador dos recursos do fundo. Ex. fundo de saúde.
Demais entidades controladas pelo poder publico.
Subsidiárias (art. 37, XX, CF)
1.81.1 Exceções
1.81.1.1 SEM e EP Exploradoras de atividade econômica
Haverá procedimento simplicado, nos termos de Lei especifica (ainda
inexistente), fazendo incidir a Lei 8.666/3, com as particularidades interpretativas
tecidas pelo TCU.
1.81.1.3 OS
A classificação como “OS” não necessita de licitação, salvo contrato de
gestão, (prevalece). Para contratar terceiro, a Lei 9.637 não exige licitação. É possível
a contratação direta com OS, nos termos do art. 24, XXIV, Lei 8666/93:
Art. 24, XXIV - para a celebração de contratos de prestação de
serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das
respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no
contrato de gestão.
1.81.1.4 Petrobrás
Procedimento simplificado.
Art. 67. Os contratos celebrados pela PETROBRÁS, para aquisição de bens e
serviços, serão precedidos de procedimento licitatório simplificado, a ser definido em
decreto do Presidente da República.
109
Direito Administrativo
1.82.1 Dispensa
É a contratação direta fundada na dispensa legal da licitação, em rol
exaustivo.
1.82.1.1 Hipóteses
1.82.1.1.1 Valor
1.82.2 Inexigibilidade
É a contratação direta fundada na inviabilidade da competição.
1.82.2.2 Requisitos
112
Direito Administrativo
1.84 MODALIDADES
Concorrência
Tomada de preço
Convite
Concurso
Leilão
Consulta (agencias reguladoras)
Pregão - Decreto 5450/2005 no art. 6º exclui do pregão eletrônico,
somente as obras de engenharia. Logo os serviços de engenharia podem ser feitos
113
Direito Administrativo
através do pregão. Acórdão 2482 TCU. Pela letra da lei não se aplica a serviços de
engenharia, locação imobiliária e alienações em geral.
1.84.1.1 Consulta
É modalidade de licitação exclusiva das agências reguladoras. Surgiu na lei
geral de telecomunicações (era só para ANATEL) e a Lei 9986/00 estendeu essa
modalidade para as demais agências reguladoras. Na ADI 1668, o STF entendeu pela
constitucionalidade.
COMUNICAÇÕES - LEI GERAL Nº 9.472/97 - CONTROLE
CONCENTRADO. Admissibilidade parcial da ação direta de
inconstitucionalidade e deferimento em parte da liminar ante
fundamentos retratados nos votos que compõem o acórdão (ADI
1668 MC, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado
em 20/08/1998, DJ 16-04-2004 PP-00052 EMENT VOL-02147-01 PP-
00127)
Sevem para obras e serviços não comuns. Não abrange obras e serviços de
engenharia (apesar de também serem obras e serviços não comuns). Temos um júri
de 3 pessoas de elevado padrão moral, servidores ou não da agência
regulamentadora. Envolve ao menos 5 pessoas físicas ou jurídicas, na qualidade de
licitantes que tenham que ter elevada qualificação para conseguirem participar.
114
Direito Administrativo
1.86 GARANTIA
Configura ato discricionário da administração, salvo em se tratando de
serviço público ou PPP.
1.88 PROCEDIMENTO
1.88.1 Habilitação
115
Direito Administrativo
Tecnica
Juridica
Financeira
Fiscal
Para as microempresas, as condições podem ser provadas no momento da
assinatura do contrato, podendo, assim, participar da licitação com pendências, desde
que as sane até a data da assinatura do contrato.
I - produzidos ou prestados por empresas I - produzidos no País; (Redação dada pela Medida
brasileiras de capital nacional; Provisória nº 495, de 2010)
116
Direito Administrativo
117
Direito Administrativo
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1.92.1.1.1 Subrrogação
119
Direito Administrativo
1.92.2.5 Prazo
57 – normalmente 12 meses (prazo da lei orçamentária), salvo se previsto no
plano plurianual. (4 anos); No caso de prestação continua – que val e apena prorrogar
pelo desconto - (pode chegar a 60 meses, prorrogável por excepcional interesse
público por mais 12 meses). Certo, máximo 12 meses, salvo
PPA – 4 anos
Preço melhor, serviço periódico 60 meses
Se interesse publico (60+12)
Informática 48 meses
MSZP dispõe:
Em caso de concessão e permissão de serviço tem prazo
determinado, não se aplica o art. 57, pois não traz custos à
administração, de modo que a lei do serviço pode dispor de prazo
maior.
120
Direito Administrativo
1.92.3 Comutativo
1.92.4 Adesao
A administração define as regras do contrato. Tem monopólio das clausulas.
121
Direito Administrativo
1.93.1.2 Requisitos
1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos órgãos ou entidades da
Administração Pública depende de prévia aprovação de competente plano de trabalho
proposto pela organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as seguintes
informações:
I - identificação do objeto a ser executado;
II - metas a serem atingidas;
III - etapas ou fases de execução;
IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da
conclusão das etapas ou fases programadas;
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia,
comprovação de que os recursos próprios para complementar a
execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o
custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão
descentralizador.
122
Direito Administrativo
123
Direito Administrativo
124
Direito Administrativo
1.93.3.1 CARACTERÍSTICAS
Gestão associada de serviço público;
Só podem ser celebrados por entes federados (A união não pode celebrar
diretamente com município, sem que o Estado faça parte do contrato)
Protocolo de Intenções, que deve ser ratificado por lei
§ 2o O protocolo de intenções deve definir o número de votos que
cada ente da Federação consorciado possui na assembléia geral,
sendo assegurado 1 (um) voto a cada ente consorciado.
Contrato
Criação de Pessoa Jurídica, o Consórcio Público, que será, por opção dos
entes:
Direito Privado =
Art. 6° § 2o No caso de se revestir de personalidade jurídica de
direito privado, o consórcio público observará as normas de direito
público no que concerne à realização de licitação, celebração de
contratos, prestação de contas e admissão de pessoal, que será
regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
Disciplinados pela regra da Associação privada
Pode cobrar tarifa.
Poderá delegar ao particular por permissão ou concessão.
1.93.3.3 Recursos
Art. 8o Os entes consorciados somente entregarão recursos ao
consórcio público mediante contrato de rateio.
Art. 2, VII, Decreto 6017/07 VII - contrato de rateio: contrato
por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a
fornecer recursos financeiros para a realização das
despesas do consórcio público;
126
Direito Administrativo
1.94.3.2 Requisitos
Indenizacao + prazo de 2 anos.
127
Direito Administrativo
1.94.4.1 Efeitos
DECLARAÇÃO. INIDONEIDADE. EFEITO EX NUNC.
A declaração de inidoneidade só produz efeitos para o futuro
(ex nunc). Ela não interfere nos contratos preexistentes e em
andamento. Dessa forma, esse efeito da sanção inibe a sociedade
empresarial de licitar ou contratar com a Administração Pública (art.
87 da Lei n. 8.666/1993), sem, contudo, acarretar,
automaticamente, a rescisão de contratos administrativos já
aperfeiçoados juridicamente e em curso de execução, notadamente
os celebrados diante de órgãos administrativos não vinculados à
autoridade coatora ou de outros entes da Federação. Contudo, a
falta de efeito rescisório automático não inibe a Administração de
promover medidas administrativas específicas tendentes a rescindir
os contratos nos casos autorizados, observadas as formalidades
contidas nos arts. de 77 a 80 da referida lei. Precedente citado: MS
13.101-DF, DJe 9/12/2008. MS 14.002-DF, Rel. Min. Teori Albino Zavascki,
julgado em 28/10/2009.
1.95 RESPONSABILIDADE
Sumula 331, TST responde pelas dividas trabalhistas subsidiaria.
Re 603397 (repercussão geral reconhecida)
Lei 8666 responsabilidade previdenciária solidaria apenas (art.
72, com redação dada pela lei 9.032/05), REsp 506647
STJ A ADMINISTRAACA PUBLICA SÓ RESPONDE SOLIDARIAMENTE
PELAS CONTRIBUICOES PREVIDENCIÁRIAS DECORRENTES DA
EXECUÇÃO DO CONTRATO APÓS A EDICAO DA LEI 9.032/95
1.98.2 Rescisão
1.98.2.1 Unilateral Por interesse público
Com indenização dos prejuízos causados. Se concessão de serviço público –
Encampação.
129
Direito Administrativo
1.98.3 Anulação
À vista de irregularidade, a administração devera anular a licitação, que por
sua vez, induz a do contrato. Todavia, se o contratado não deu causa à anulação, faz
jus a percepção dos danos emergentes (o que despendeu para a execução da
obra). A lei não faz previsão aos lucros cessantes. Todavia, a jurisprudência tem
admitido.
1.98.4 Revogação
Não há, em regra, revogação de contrato administrativo, mas em rescisão.
Todavia, por impropriedade legislativa, fala-se em revogação de contrato de
permissão de serviço publico.
130
Direito Administrativo
131
Direito Administrativo
132
Direito Administrativo
133
Direito Administrativo
ideia que, havendo dano oriundo de serviço publico, deve analisar a responsabilidade
à luz da teoria publicista.
134
Direito Administrativo
1.103.1.2 Fundamentos
Principio da repartição dos encargos ou da solidariedade social
Teoria do risco
OBJETIVA SUBJETIVA
135
Direito Administrativo
SUBJETIVA OBJETIVA
Depende de uma conduta ilícita Tanto na conduta ilícita quanto na
lícita
Elementos: Elementos:
a) conduta a) conduta
b) dano b) dano
c) nexo causal entre os 2 c) nexo causal
elementos
a excludente da resp.objetiva é
d) culpa ou dolo: do na ausência de qq um dos 3
agente; do serviço (para o elementos.
direito administrativo, culpa é
ilícito)
-> excludente
Teoria da Culpa no serviço. Teoria da resp. civil objetiva ou risco
administrativo
137
Direito Administrativo
1.104.2.1 Fundamento
Só haverá regresso se o agente praticou com dolo ou culpa. É dizer que só
haverá acao de regresso em responsabilidade subjetiva.
1.104.2.2 Prazo
Prevalece que é imprescritível.
138
Direito Administrativo
139
Direito Administrativo
140
Direito Administrativo
141
Direito Administrativo
1.109 PRINCIPIOS
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de
regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
o PODE:
142
Direito Administrativo
1.109.1.5 ESSENCIALIDADE
PRÓPRIO/ESSENCIAL OU PROP. DITO. Indelegável Ex. Segurança Nacional.
IMPRÓPRIO/ UTILIDADE PÚBLICA – não essencial, secundário, delegável
TAL CONCEITO FOI FEITO POR HELY, QUE FALECEU ANTES DAS DELEGACOES.
1.110 CONCEITO
1.110.1 Objetivo
Determinada atividade
1.110.2 Subjetivo
Conjunto de órgãos e entidades que desempenham a atividade
administrativa. vh
1.110.3 Amplo
Atividade publica em sentido material
1.110.4 Restrito (prevalece)
MSZP - Todas as prestações de utilidades ou comodidades materiais
efetuadas diretamente à populacao, pela administacao ou pelos delegatários e
também as atividades internas ou ativiade meio da administracao voltadas apenas
aos interesse ou necessidade dos administrados.
143
Direito Administrativo
Fomento
Imposição de sanções
Obras públicas
1.113 ESPÉCIES
1.113.1 PRIVATIVO (EXCLUSIVO) DO ESTADO
1.113.1.1 Direto – Serviço Postal, Correio Aéreo Nacional
1.113.1.2 Indireto – Radio e TV – Obrigado a prestar mediante
concessão/permissão.
1.114.1.1.1 Remuneracao
144
Direito Administrativo
1.114.1.1.3 Extinção
1.114.1.2 Subconcessão
Basicamente é uma espécIe de subcontratação. Todavia, a lei de serviço
publico estabelece que deve ser feita por concorrência (enquanto que 8666 é feita por
contrato privado e subcontratante). outra distinção é que existe vinculo entre o
subconcedente e a administracao (ao contrario da 8666).
Alexandrino sustenta que quem celebra a subconcessao é a propria
administração.
145
Direito Administrativo
146
Direito Administrativo
147
Direito Administrativo
1.115.3 Casos
Tarifa básica – é legal.
Cobrança pela discriminação de pulsos é legal. Súmula 347. (sumula
superada)
Tarifa progressiva – se tiver por finalidade a instituição de política pública
é possível. Ex. Água, quem consome mais deve pagar mais; Apagão. RESP 873647/RJ
ADMINISTRATIVO – SERVIÇO PÚBLICO – TAXA DE ÁGUA – COBRANÇA
DE TARIFA – PROGRESSIVIDADE – LEGALIDADE – PRECEDENTES. 1. É
lícita a cobrança de tarifa de água, em valor correspondente ao
consumo mínimo presumido mensal. 2. A Lei n. 8.987/95, que trata,
especificamente, do regime de concessão e permissão da prestação
de serviços públicos autoriza a cobrança do serviço de fornecimento
de água, de forma escalonada (tarifa progressiva), de acordo com o
consumo. Cuida-se de norma especial que não destoa do art. 39,
inciso I, do CDC que, em regra, proíbe ao fornecedor condicionar o
fornecimento de produtos ou serviços a limites quantitativos . Tal
vedação não é absoluta, pois o
legislador, no mesmo dispositivo, afasta essa proibição quando
houver justa causa. Agravo regimental improvido.
148
Direito Administrativo
149
Direito Administrativo
150
Direito Administrativo
Prescricao – 10 ou 20 anos, CC
151
Direito Administrativo
152
Direito Administrativo
BENS PÚBLICOS
Hely Lopes trouxe duas acepções de bens públcios, quais seja: a) Domínio
Público - Conjunto de bens pertencentes ao Estado (restrito) + os bens que
pertençam a terceiras que estão sendo utilizados pelo estado (amplo) e Domínio
Eminente - Bens privados e públicos estão sob a vigilância do Estado (públicos e
privados), como, por ex., em caso de desapropriação, limitação administrativa.
O Código Civil adotou a teoria subjetiva, de sorte que são bens públicos
aqueles pertencentes à pessoa jurídica de direito público (interno ou externo), não
importando, a priori, a destinação do bem. Os demais, conceito por exclusão, é bem
privado
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que
pertencerem.
.
A doutrina administrativista minoritária entende que bens, ditos particulares
pela linha civilista, merecerão tratamento diferenciado (assemelhado ao público)
quando afetados ao serviço público. Em sentido contrário: Celso Bandeira de Mello
entende que o critério a ser adotado é o funcional e não o objetivo, assim, se afetado
a interesse público não é privado com prerrogativas públicas, mas público.
(majoritária). Nesse sentido, manifestou-se o STF no AI 243250:
EMENTA: 1.Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: execução
(CF, art. 100; C.Pr.Civil, arts. 730 e 731): recepção pela Constituição
de 1988 do art. 12 do Decreto-Lei 509/69, que estendeu à Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos os privilégios conferidos à
Fazenda Pública, dentre eles o da impenhorabilidade de seus
bens, rendas e serviços, devendo a execução fazer-se mediante
precatório, sob pena de vulneração do disposto no artigo 100 da
Constituição da República: precedente
153
Direito Administrativo
11) Ilhas – pertencem à União as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes
com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras.
Pertencem aos respectivos Estados as ilhas fluviais e lacustres não
pertencentes à União – art. 20, IV e art. 26, III.
155
Direito Administrativo
MUNICIPAIS –
• os que atualmente lhe pertencem e os que vierem a ser atribuídos;
• ruas, praças e áreas dominiais;
156
Direito Administrativo
retribuído. Logo, a contraprestação pelo uso do bem não lhe retira a natureza de
bem de uso comum.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou
retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a
cuja administração pertencerem.
157
Direito Administrativo
Não tem forma nem requisitos especiais para sua efetivação, pois
visa apenas a atividades transitórias e irrelevantes para o Poder
Público.
Exemplos.: autorizações para a ocupação de terrenos baldios, para a
retirada de água em fontes não abertas ao uso comum do povo.
Observações:
1. A revogação faz-se, em geral, sem indenização, salvo se em contrário se
dispuser, pois a regra é a revogabilidade sem ônus para a Administração.
2. O ato da revogação deve ser idêntico ao do deferimento da permissão e
atender às condições nele previstas.
3. Qualquer bem público admite permissão de uso especial a particular,
desde que a utilização seja também de interesse da coletividade que irá fruir certas
vantagens desse uso, que se assemelha a um serviço de utilidade pública.
4. Se não houver interesse para a comunidade, mas tão-somente para o
particular, o uso especial não deve ser permitido nem concedido, mas simplesmente
autorizado, em caráter precaríssimo.
c) concessão de uso:
158
Direito Administrativo
Observações:
1. Sua outorga não é nem discricionária nem precária, pois obedece a
normas regulamentares e tem a estabilidade relativa dos contratos administrativos,
gerando direitos individuais e subjetivos para o concessionário;
2. Tal contrato confere ao titular da concessão de uso um direito pessoal de
uso especial sobre o bem público, privativo e intransferível sem prévio consentimento
da Administração, pois é realizado intuitu personae, embora admita fins lucrativos.
3. O que caracteriza a concessão de uso e a distingue dos demais institutos
assemelhados – autorização e permissão de uso – é o caráter contratual e estável da
outorga do uso do bem público ao particular, para que o utilize com exclusividade e
nas condições convencionadas com a Administração.
159
Direito Administrativo
Art. 1º Aquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e
cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado em área
urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, tem o
direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação
ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou
concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 2º Nos imóveis de que trata o artigo 1º, com mais de duzentos
e cinqüenta metros quadrados, que, até 30 de junho de 2001,
estavam ocupados por população de baixa renda para sua moradia,
por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for
possível identificar os terrenos ocupados por possuidor, a concessão
de uso especial para fins de moradia será conferida de forma
coletiva, desde que os possuidores não sejam proprietários ou
concessionários, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
Características:
1. Gratuita;
Art. 1º § 1º A concessão de uso especial para fins de moradia será
conferida de forma gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos,
independentemente do estado civil.
2. Recai sobre o bem objeto da posse, salvo os casos dos arts. 4º e 5º dessa
MP;
Art. 4º No caso de a ocupação acarretar risco à vida ou à saúde dos
ocupantes, o Poder Público garantirá ao possuidor o exercício do
direito de que tratam os artigos 1º e 2º em outro local.
Art. 5º É facultado ao Poder Público assegurar o exercício do direito
de que tratam os artigos 1º e 2º em outro local na hipótese de
ocupação de imóvel:
I – de uso comum do povo;
II – destinado a projeto de urbanização;
III – de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da
proteção dos ecossistemas naturais;
IV – reservado à construção de represas e obras congêneres; ou
V – situado em via de comunicação
160
Direito Administrativo
4. É transferível
161
Direito Administrativo
A concessão de direito real de uso pode ser outorgada por escritura pública
ou termo administrativo. Desde a inscrição o concessionário fruirá plenamente o
terreno para os fins estabelecidos no contrato e responderá por todos os encargos
civis, administrativos e tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas.
Exige autorização legislativa e licitação.
e) Enfiteuse ou aforamento:
É o instituto civil que permite ao proprietário atribuir a outrem o
domínio útil de imóvel, pagando a pessoa que o adquire (enfiteuta) ao
senhorio direto uma pensão ou foro, anual, certo e invariável. Consiste, pois,
na transferência do domínio útil de imóvel público a posse, uso e gozo
perpétuos da pessoa que irá utilizá-lo daí por diante.
• Em linguagem técnica, aforamento ou enfiteuse é o direito real de posse,
uso e gozo pleno da coisa alheia que o titular (foreiro ou enfiteuta) pode alienar e
transmitir hereditariamente, porém, com a obrigação de pagar perpetuamente uma
pensão anual (foro) ao senhorio direto.
• Domínio útil consiste no direito de usufruir o imóvel do modo mais
completo possível e de transmiti-lo a outrem, por ato entre vivos ou por
testamento.
• Domínio direto, também chamado domínio eminente, é o direito à
substância mesma do imóvel, sem as suas utilidades.
• Foro, cânon ou pensão é a contribuição anual e fixa que o foreiro ou
enfiteuta paga ao senhorio direto, em caráter perpétuo, para o exercício de seus
direitos sobre o domínio útil do imóvel.
162
Direito Administrativo
As enfiteuses sobre bens privados não pode mais ser instituídas, mas
permanecem as que já existiam até o advento do CC/02:
Art. 231, CF. São reconhecidos aos índios sua organização social,
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre
163
Direito Administrativo
Resumo:
bens de uso comum do povo – são os bens que todos podem usar, como
as ruas e praças;
bens de uso especial – são destinados às instalações e aos serviços
públicos, como os prédios das repartições ou escolas públicas;
bens dominicais – são os que pertencem ao acervo do poder público, sem
destinação especial.
164
Direito Administrativo
165
Direito Administrativo
1.123.1.1.1 IMPRESCRITÍVEIS
166
Direito Administrativo
1.123.1.1.2 INALIENÁVEIS
1.124 ALIENAÇÃO
Para se poder alienar, deve desafetar o bem, tornando-o dominical.
1.124.1 Requisitos
1.124.1.1 Bens imóveis estranhos a procedimentos judiciais ou dação de
pagamento de propriedade da administração direta e indireta (autarquia e
fundação publica, apenas)
Interesse público
Autorização legislativa*
Licitação (concorrência)
Interesse público
Avaliação previa
Licitação (concorrência)
Não precisa autorização legislativa
168
Direito Administrativo
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade
da administração pública, de qualquer esfera de governo,
ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i;
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis residenciais construídos, destinados ou
efetivamente utilizados no âmbito de programas
habitacionais ou de regularização fundiária de interesse
social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
administração pública;
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de
direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens
imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até
250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos
no âmbito de programas de regularização fundiária de
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou
onerosa, de terras públicas rurais da União na Amazônia
Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze)
módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para
fins de regularização fundiária, atendidos os requisitos
legais; (Incluído pela Lei nº 11.952, de 2009)
garantem àqueles tidos como proprietários apenas o direito de, por exemplo,
ser notificados pessoalmente para fazer parte do procedimento de
demarcação da linha preamar e fixação do domínio público. Asseverou,
ainda, ser o mandado de segurança a via adequada para o debate de tais
questões. Precedentes citados: AgRg no REsp 1.066.073-RS, DJe 3/2/2009;
REsp 693.032-RJ, DJe 7/4/2008; REsp 1.019.820-RS, DJe 7/5/2009, e REsp
798.165-ES, DJ 31/5/2007. REsp 1.183.546-ES, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, julgado em 8/9/201
171
Direito Administrativo
INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE
1.129 ESPÉCIES
1.129.1 Restritivas
Continuo titular do domínio do bem, ex, tombamento, limitação
administrativa, servidão, requisição administrativa
1.129.2 Supressiva
O Estado aniquila a propriedade alheia, Ex. desapropriação.
1.130 MODALIDADES
1.130.1 Limitação Administrativa
Normas gerais e abstratas sobre proprietários indeterminados. Não há
indenização.
1.130.1.1 Limitação x servidão
Limitacao Servidão
172
Direito Administrativo
1.130.3 REQUISIÇÃO
Atinge o caráter exclusive da propriedade de bens ou serviços . Exigência
do iminente perigo. Se houver dano indeniza. Só é possível enquanto durar o perigo.
Se tratar-se de bens moveis e possíveis, (frangos para desabrigados),
ainda que não posso devolver o mesmo bem, ou seja, o poder público detenha a
propriedade desses bens, continua a tratar de requisição. Contudo, tratando de bens
infungíveis, meus bens, o instituto seria de desapropriação. (MSZP sustenta continuar
173
Direito Administrativo
1.130.5.2 COMPETÊNCIA
Concorrente da União, Estado, DF. Os municípios não de tem competência
legislativa, mas, segundo o art. 30, CF, devem promover a proteção, na forma
estatuída na lei federal e estadual.
1.130.5.3 FUNÇÃO
Um dos instrumentos à conservação de identidade de um povo, quer por
aspectos Históricos, artísticos, culturais e paisagísticos. Configura Limitação perpétua,
inadmitindo desfazimento, salvo se desaparecido o bem. O Decreto 3.866/41 preve
que o presidente da republica pode, de ofício, ou mediante recurso cancelar o
tombamento.
Atinge o caráter absoluto da propriedade. Se o tombamento for restrição
total será desapropriação indireta, pois o tombamento é restrição parcial da
propriedade.
1.130.5.4 OBRIGACOES
174
Direito Administrativo
1.130.5.5 OBJETO
MÓVEIS
IMÓVEIS
IMATERIAIS
MATERIAIS
PÚBLICOS
PRIVADOS
Inclui-se paisagem, monumentos naturais, comidas típicas. Não
são:
Obras estrangeiras
1.130.5.6 MODALIDADES
1.130.5.6.1 Quanto à constituição: Ofício (sobre bens públicos,
mediante simples notificação), voluntário e compulsório. (particulares)
175
Direito Administrativo
1.130.5.8 PROCEDIMENTO
Manifestação do órgão técnico notificação do proprietário impugnação
manifestação do órgão decisão do órgão homologação pelo ministro da cultura
inscrição no livro do tombo.
A averbação no cartório não faz parte do procedimento. Tanto é que
mesmo não averbado produz efeitos entre as partes, mas não
perante terceiros.
1.130.5.9 CANCELAMENTO
O Decreto 3.866/41 prevê que o presidente da republica pode, de ofício, ou
mediante recurso cancelar o tombamento.
1.130.5.10 CONSEQÜÊNCIAS
Servidão automática dos prédios vizinhos. Não pode os prédios vizinhos
prejudicar a visibilidade do prédio tombado. Tem se entendido que o conceito de
visibilidade é amplo, de modo a abarcar a respeitabilidade do local. Ex. proibição de
construir academia ao lado do convento (ABSURDO!)
Problema prático: licença para construir – municipal.
Competência para aferir irregularidade – federal IPHAN. Há casos
em que embora aprovada pela prefeitura, vem a ser demolida pelo
IPHAN. Defende-se a reparação civil em face do município.
O bem móvel tombado não pode sair do pais, salvo por curto espaço de
tempo.
Art. 14. A. coisa tombada não poderá saír do país, senão por curto
prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio
cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio
Histórico e Artistico Nacional.
Art. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no artigo anterior,
a exportação, para fora do país, da coisa tombada, será esta
sequestrada pela União ou pelo Estado em que se encontrar
176
Direito Administrativo
1.131 DESAPROPRIACAO
1.131.1 Espécies
1.131.1.1 Direta
É processo administrativo que visa a transferência compulsória como modo
originário de transmissão de propriedade de um bem público ou particular em favor do
patrimônio publico ou ao aproveitamento particular (reforma agrária, p. ex), mediante
indenização em dinheiro ou títulos da dívida pública ou de forma não indenizada. (art.
243, CF)
Em geral, utiliza-se os vocábulos desapropriação e expropriação como
sinônimos, no entanto, parcela minoritária da doutrina diferencia a desapropriação -
que seria indenizável – da expropriação – não indenizável
1.131.1.2 Indireta
Apossamento, esbulho, esgotamento do conteúdo econômico da propriedade
que o poder público indevidamente realiza sem realizar o prévio processo
expropriatório. Prazo para propor indenização. Súmula 119
Sumula 119, STJ A ação de desapropriação indireta prescreve em
vinte anos.
177
Direito Administrativo
178
Direito Administrativo
179
Direito Administrativo
1.131.1.5 Tributação
Não cabe IR em processo de desapropriação:
No recurso representativo de controvérsia (art. 543-C do CPC e Res.
n. 8/2008-STJ), a Seção reiterou que não incide o IMPOSTO de
renda sobre indenização decorrente de desapropriação, seja
por necessidade (utilidade pública), seja por interesse social,
visto que não representa acréscimo patrimonial. Precedentes
citados: AgRg no Ag 934.006-SP, DJe 6/3/2008; REsp 799.434-CE, DJ
31/5/2007; REsp 674.959-PR, DJ 20/3/2006; REsp 673.273-AL, DJ
2/5/2005; REsp 156.772-RJ, DJ 4/5/1998, e REsp 118.534-RS, DJ
19/12/1997. REsp 1.116.460-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 9/12/2009.
1.131.2 COMPETENCIA
1.131.2.1 Legislativa – União
1.131.2.2 Executar – Todos os entes, em regra.
As concessionárias podem fazer fases da desapropriação, não podendo,
todavia, participar da fase expropriatória.
(art. 3, Dec. 3365) Art. 3º - Os concessionários de serviços públicos e
os estabelecimentos de caráter público ou que exerçam funções
delegadas de poder público poderão promover desapropriações
mediante autorização expressa, constante de lei ou contrato.
1.131.3 OBJETO
MÓVEIS e IMÓVEIS
180
Direito Administrativo
Município só de particulares.
O MUNICIPIO DESAPROPRIOU BEM DO ESTADO É VICIO DE OBJETO
E NÃO DE COMPETÊNCIA.!!!!!!!!!
1.132 ESPÉCIES
1.132.1 Comum/Ordinária (art. 5, XXIV, CR)
São ordinárias porque:
não tem caráter punitivo
Indenizacao: justa prévia e em dinheiro
Não há restrição quanto aos entes que podem realizá-las.
181
Direito Administrativo
183
Direito Administrativo
1.133 COMPETÊNCIA
1.133.1 Para declarar o fundamento da desapropriação:
A competência material, ou seja, competência para declarar o fundamento da
desapropriação, é, em regra, dos entes da federação (Administração Direta).
Essa declaração dar-se-á por meio de DECRETO DO CHEFE DO EXECUTIVO (art. 6º do
DL) ou por LEI EXPROPRIATÓRIA (art. 8º do DL). Essa lei é formalmente é lei, mas
materialmente é um ato administrativo, porque é uma lei de efeitos concreto.
No entanto, há casos excepcionais em que pessoas administrativas
(Administração Indireta) possam dar a declaração de fundamento (ex.: art. 10 da
lei 9074/95 – lei ANEEL). Nesse caso a declaração de fundamento é feita por
PORTARIA.
184
Direito Administrativo
1.134 PRAZOS
Caducidade período após a declaracacao do fundamneto da
desapropriação, em que o poder publico deve indenizar ou valer-se de ação. Operada
a caducidade, o fundamento da desapropriação poderá ser renovado após um ano.
Prazo que sejam tomadas medidas concretas Incorporado o bem ao
patrimônio publico, inicia-se o prazo para que seja dada a destinação constante do
decreto/lei fundamento da desapropriação, sob pena de retrocessão (retorno do bem,
pelo preço atual, ao antigo proprietário). Entende o STJ que, desde que mantido o
interesse publico, a mudança da destinação, não operará retrocessão. Fala-se em
tredestinacao. A jurisprudência, ainda, diferencia tredestinacao licita de ilícita,
consistindo a segundo na destinação a interesses estranhos à coletividade.
185
Direito Administrativo
186
Direito Administrativo
Depósito
O depósito vai ser feito nos termos da perícia feita anteriormente. O valor do
depósito poderá ser levantado, nos termos do art. 33,caput,§2º do DL 3365/41, salvo
as seguintes hipóteses
1.136 DEFESA
Art. 20. A contestação só poderá versar sobre vício do processo
judicial ou impugnação do preço; qualquer outra questão deverá
ser decidida por ação direta.
187
Direito Administrativo
1.137 INDENIZAÇÃO
Pode ser menor do que a oferta inicial.
Em desapropriação direta, não constitui julgamento ultra petita a fixação de valor
indenizatório em patamar inferior à oferta inicial se isso decorrer da adoção pelo
juízo da integralidade do laudo do perito oficial. A oferta inicial do Incra, para
reforma agrária, nem sempre reflete o valor real do imóvel e, a fortiori, sua justa
indenização (art. 5º, XXIV, da CF/1988). Assim, na hipótese, não se pode cogitar a
carência de fundamentação, porque a sentença, ao acolher os fundamentos do
laudo pericial, fixou um montante razoável como indenização. Precedentes citados:
REsp 780.542-MT, DJ 28/8/2006, e REsp 886.258-MT, DJ 2/4/2007. REsp 848.787-SC,
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 20/5/2010.
1.137.1 Juros
Súmula 12 do STJ: Em desapropriação, são cumuláveis juros
compensatórios e moratórios.
Ainda assim cabível. (STJ), embora haja vedacao dos §§ 1º e 2º do artigo 15-A
do DL n. 3.365/1941. Tais dispositivo estão suspensos pela cautelar na ADI 2.332-DF
(DJ 13/9/2001).
A Seção, ao prosseguir o julgamento, entre outras questões, ao julgar o recurso
sobre o regime do art. 543-C do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, entendeu que a
eventual improdutividade do imóvel não afasta o direito aos juros
compensatórios, pois eles restituem não só o que o expropriado deixou de ganhar
com a perda antecipada, mas também a expectativa de renda, considerando a
possibilidade de o imóvel ser aproveitado a qualquer momento de forma racional e
adequada, ou até ser vendido com o recebimento do seu valor à vista. Afirmou,
ainda, que são indevidos juros compensatórios quando a propriedade mostrar-se
impassível de q ualquer espécie de exploração econômica seja atual ou futura, em
decorrência de limitações legais ou da situação geográfica ou topográfica do local
onde se situa a propriedade. Considerou também que as restrições contidas nos §§
1º e 2º do art. 15-A do DL n. 3.365/1941, inseridas pelas MPs ns. 1.901-30/1999 e
2.027-38/2000 e reedições, as quais vedam a incidência de juros compensatórios
em propriedade improdutiva, serão aplicáveis, tão somente, às situações ocorridas
após a sua vigência. Assim, publicada a medida liminar concedida na ADI 2.332-DF
(DJ 13/9/2001), deve ser suspensa a aplicabilidade dos §§ 1º e 2º do artigo 15-A
do DL n. 3.365/1941 até o julgamento de mérito da demanda. Na hipótese, os
juros compensatórios são devidos sobre o imóvel improdutivo desde a
imissão na posse até a entrada em vigor das citadas MPs, as quais
suspendem a incidência dos referidos juros. A partir da publicação da MC na
ADI 2.332-DF (DJ 13/9/2001), tais juros voltam a incidir sobre a propriedade
improdutiva até a data da expedição do precatório original, segundo a dicção do §
12 do art. 100 da CF/1988, com a redação dada pela EC n. 62/2009, salvo se
houver mudança de entendimento do Pretório Excelso quando do julgamento de
mérito da referida ação de controle abstrato. Segundo a jurisprudência do STJ, a
MP n. 1.577/1997, que reduziu a taxa dos juros compensatórios em desapropriação
de 12% para 6% ao ano, é aplicável no período entre 11/6/1997, quando foi
editada, até 13/9/2001, quando foi publicada a decisão liminar do STF na ADI
189
Direito Administrativo
2.332-DF, suspendendo a eficácia da expressão “de até seis por cento ao ano”,
do caput do art. 15-A do DL n. 3.365/1941, introduzida pela referida MP. Nos
demais períodos, a taxa dos juros compensatórios é de 12% ao ano, como prevê a
Súmula n. 618-STF. Precedentes citados: EREsp 453.823-MA, DJ 17/5/2004; REsp
675.401-RO, DJe 10/9/2009; REsp 984.965-CE, DJe de 4/8/2009; REsp 1.099.264-
PA, DJe 19/8/2009; REsp 1.034.014-CE, DJ 26/6/2008; REsp 1.090.221-PE, DJe
29/9/2009; REsp 1.066.839-SP, DJe 31/8/2009; EREsp 519.365-SP, DJ
27/11/2006, e REsp 1.118.103-SP, DJe 8/3/2010. REsp 1.116.364-PI, Rel. Min.
Castro Meira, julgado em 26/5/2010.
1.137.1.2 Moratórios
1.137.1.2.1 TERMO INICIAL
Primeiro dia seguinte àquele que o pagamento deveria ser feito. (superou-se
a súmula 70 STJ)
Trata-se de entendimento assentado na jurisprudência do STJ e
compatível com a recente orientação traçada pela Súmula
vinculante n. 17 do STF, qual seja, ser o termo inicial dos juros
moratórios na desapropriação o dia 1º de janeiro do
exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser
feito (art. 100 da CF/1988 e art. 15-B do DL n. 3.365/1941).
(...)Precedentes citados do STF: RE 305.186-SP, DJ 18/10/2002; do
STJ: EREsp 615.018-RS, DJ 6/6/2005; EREsp 586.212-RS, DJ
26/11/2007; REsp 873.449-RJ, DJ 12/11/2007; REsp 1.111.829-SP,
DJe 25/5/2009; REsp 675.598-RJ, DJ 2/5/2005; REsp 810.642-SC, DJ
8/6/2006; AgRg no REsp 892.351-SC, DJ 9/4/2007; REsp 791.205-SC,
DJe 26/6/2008; REsp 433.514-MG, DJ 22/11/2004; REsp 578.992-SP,
DJ 28/2/2005; REsp 811.437-SC, DJe 5/11/2008; REsp 437.577-SP, DJ
6/3/2006, e EREsp 650.727-TO, DJe 4/9/2009. REsp 1.118.103-SP, Rel.
Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 24/2/2010.
1.137.2 Honorários
Compreendido entre 0,5% a 5% da diferença entre a oferta e o valor da
indenização.
Súmula 617 do STF: A base de cálculo dos honorários de
advogado em desapropriação é a diferença entre a oferta e a
indenização, corrigidas ambas monetariamente.
190
Direito Administrativo
1.137.5 Julgados
Abrange a mais completa recomposição inclusive matas existentes,
inclusive aquelas oriundas da área de preservação permanente.
(CESPE)
Art. 2º, §4º: Não será considerada, para os fins desta Lei, qualquer
modificação, quanto ao domínio, à dimensão e às condições de uso
do imóvel, introduzida ou ocorrida até seis meses após a data da
comunicação para levantamento de dados e informações de que
tratam os §§ 2º e 3º.
RMS 24573:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. REFORMA AGRÁRIA. DESAPROPRIAÇÃO.
MANDADO DE SEGURANÇA. LEGITIMIDADE DO CO-HERDEIRO PARA
IMPETRAÇÃO [ART. 1º, § 2º, DA LEI N. 1.533/51]. SAISINE. MÚLTIPLA
TITULARIDADE. PROPRIEDADE ÚNICA ATÉ A PARTILHA.
ALTERAÇÃO DE JURISPRUDÊNCIA. ART. 46, § 6º, DO
ESTATUTO DA TERRA. FINALIDADE ESTRITAMENTE
TRIBUTÁRIA. FINALIDADE DO CADASTRO NO SNCR-INCRA.
CONDOMÍNIO. AUSÊNCIA DE REGISTRO IMOBILIÁRIO DE PARTES
CERTAS. UNIDADE DE EXPLORAÇÃO ECONÔMICA DO IMÓVEL RURAL.
ART. 4º, I, DO ESTATUTO DA TERRA. VIABILIDADE DA
DESAPROPRIAÇÃO. ART. 184, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 2.
Qualquer dos co-herdeiros é, à luz do que dispõe o art. 1º, § 2º, da
Lei n. 1.533/51, parte legítima para a propositura do writ. 3. A
saisine torna múltipla apenas a titularidade do imóvel rural,
que permanece uma única propriedade até que sobrevenha a
partilha [art. 1.791 e parágrafo único do vigente Código Civil]. 4. A
191
Direito Administrativo
1.138.2 Intervenção do MP
LC 76/93
Art. 18. As ações concernentes à desapropriação de imóvel rural, por
interesse social, para fins de reforma agrária, têm caráter
preferencial e prejudicial em relação a outras ações referentes ao
imóvel expropriando, e independem do pagamento de preparo ou de
emolumentos.
§ 2º O Ministério Público Federal intervirá, obrigatoriamente,
após a manifestação das partes, antes de cada decisão
manifestada no processo, em qualquer instância.
193
Direito Administrativo
194
Direito Administrativo
CONTROLE DA ADMINISTRACAO
1.141 CONCEITO
Conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos, por meio dos quais se
exerce o poder de fiscalização e de revisão da atividade administrativa em qualquer
das esferas de poder.
Coordenação
Descentralização
Delegação de competência
Controle (V)
195
Direito Administrativo
1.144.1.1 oficio
1.144.1.2 provocacao
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Direito Administrativo
1.149 CARTÓRIO
O stj decidiu possível a divisão dos cartórios em distritos.
ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE
SEGURANÇA. MUNICÍPIO DE SERRA/ES. CARTÓRIOS DE REGISTRO DE
IMÓVEIS. LIMITES TERRITORIAIS. DECISÃO ADMINISTRATIVA DO TJ/ES
BASEADA EM PERÍCIA TÉCNICA QUE DELIMITOU O DISTRITO
JUDICIÁRIO. COMPETÊNCIA. INCIDÊNCIA DOS LIMITES PREVISTOS NA
LEI ESTADUAL N. 1.919/63. INAPLICABILIDADE DA LEI MUNICIPAL
001/2001, QUE SE REFERE APENAS AOS DISTRITOS
ADMINISTRATIVOS.
1. Hipótese cujo cerne é a discussão acerca dos limites territoriais
entre os distritos da Sede e de Carapina, ambos da Comarca de
Serra, aquele pertencente à circunscrição geográfica do Cartório de
Registro Geral de Imóveis da 1ª Zona e este pertencente à área de
atribuição do Cartório de Registro Geral de Imóveis da 2ª Zona, de
titularidade da recorrente.
2. A decisão administrativa, cuja nulidade a recorrente pretende ver
declarada, fundamentou-se em prova técnico-pericial no sentido de
que a área em conflito situa-se no distrito de Serra-Sede, cabendo a
efetivação dos registros dos imóveis nele localizados ao Cartório do
1º Ofício da 1º Zona da Serra, de titularidade da litisconsorte passiva
Elizabeth Bergami Rocha.
3. A recorrente alega, em suma, que o distrito de Carapina teve seus
limites estabelecidos pelo Município da Serra no exercício de sua
competência funcional (Lei Complementar n. 001/2001), os quais
devem reger as serventias delegadas.Argumenta, ainda, que "a
fixação dos limites interdistritais não é de competência do Poder
Judiciário, mas, a teor do art. 30, inc. IV, da Constituição Federal, é
do Município da Serra" (fls. 714).
4. Consoante bem asseverou o acórdão atacado, não há como
prevalecer os limites fixados pela Lei Complementar n. 001/2001,
promovida pelo município da Serra com esteio no art. 30, IV, da CF,
porquanto tal norma possui natureza meramente administrativa,
voltada para o ente municipal, enquanto que os distritos judiciários
fazem parte da divisão judiciária para fins de administração da
justiça, para a qual tem iniciativa legal o atual Tribunal de Justiça do
Estado, nos termos do artigo 125, §1º, da CF.
5. Por conseguinte, não se pode dizer que o poder judiciário
invadiu a autonomia do Município na delimitação de seus
limites administrativos, pois não promoveu a alteração
desses, mas apenas dirimiu conflito acerca da divisão
judiciária da municipalidade, a fim de delimitar a área de
atuação dos Cartórios envolvidos na lide, utilizando-se, para
tanto, das confrontações fixadas na Lei Estadual n. 1.919/63,
as quais, diga-se de passagem, foram confirmadas por
perícia.
6. Sob esse enfoque, afasta-se a alegada violação ao princípio da
independência dos
poderes, tendo em vista que a divisão judiciária de que trata a
decisão atacada pela impetração não se confunde com a divisão
administrativa, cuja competência atribui-se ao Poder Executivo.
7. Desta forma, não se vislumbra ilegalidade no ato atacado,
devendo a impetrante atuar somente nos limites judiciários do
distrito de Carapina, delimitado pela Lei Estadual n. 1.919/63,
208
Direito Administrativo
1.150 INFORMATIVOS
Não se exige o pagamento das multas e despesas para a liberação do
automóvel em caso de transporte irregular de passageiro. Todavia, o STJ, o exigiu no
caso de veiculo sem licenciamento.
A Seção, ao apreciar o recurso representativo de controvérsia (art.
543-C do CPC e Res. n. 8/2008-STJ), reafirmou que a liberação do
veículo retido por transporte irregular de passageiros, com
base no art. 231, VIII, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
não está condicionada ao pagamento de multa e despesas.
Anotou-se que a questão não se confunde com a julgada no REsp
1.104.775-RS (DJ 1º/7/2009), que, também sujeito ao regime dos
recursos repetitivos, cuidou da necessidade de pagamento de
encargos em caso de remoção de veículo conduzido sem
licenciamento (art. 230, V, do CTB). Isso posto, a Seção negou
provimento ao recurso. Precedentes citados: REsp 1.129.844-RJ, DJe
2/12/2009, e AgRg no REsp 1.027.557-RJ, DJe 26/2/2009. REsp
1.144.810-MG, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 10/3/2010.
209