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São Luis
2004
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações 2
Leonardo de Arruda Delgado
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4
2 APTIDÃO: SIGNIFICADOS E APLICAÇÕES................................................... 6
3 CONCEITOS BÁSICOS ................................................................................. 13
3.1 Testes ..................................................................................................... 13
3.2 Protocolos ............................................................................................... 14
3.3 Medidas .................................................................................................. 14
3.4 Análise .................................................................................................... 16
3.5 Avaliação ................................................................................................ 16
4 TIPOS DE AVALIAÇÕES............................................................................... 18
4.1 Avaliação diagnóstica ............................................................................. 18
4.2 Avaliação formativa................................................................................. 18
4.3 Avaliação somativa ................................................................................. 19
5 PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS E AVALIAÇÕES.............................................. 20
6 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ......................................... 23
6.1 Técnicas de avaliação............................................................................. 23
6.1.1 Observação...................................................................................... 23
6.1.1.1 Anedotário ................................................................................ 24
6.1.1.2 Lista de checagem.................................................................... 25
6.1.1.3 Escala de classificação............................................................. 26
6.1.2 Inquirição ......................................................................................... 26
6.1.2.1 Questionário ............................................................................. 27
6.1.2.2 Entrevista.................................................................................. 28
6.1.2.3 Sociograma............................................................................... 28
6.1.3 Testagem ......................................................................................... 29
7 PLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DA AVALIAÇÃO ............................. 30
7.1 Fase de preparação ................................................................................ 31
7.1.1 Avaliar o que? .................................................................................. 31
7.1.2 Avaliar quem? .................................................................................. 33
7.1.3 Avaliar com o que? .......................................................................... 35
7.1.4 Para que avaliar? (objetivos) ........................................................... 37
7.1.5 Quando e onde avaliar?................................................................... 39
7.1.6 Como avaliar?.................................................................................. 41
7.1.6.1 Critérios para a seleção dos testes........................................... 41
7.1.6.2 Conhecimento do teste ............................................................. 42
7.1.6.3 Precisão das medidas .............................................................. 42
7.1.6.4 Preparação das fichas de registro ............................................ 44
7.2 Fase de aplicação dos testes.................................................................. 44
7.2.1 Estruturação da avaliação funcional ................................................ 45
7.2.1.1 Avaliação médica...................................................................... 46
7.2.1.1.1. Exame médico ......................................................................... 46
7.2.1.1.2. Exames complementares......................................................... 47
7.2.2 Avaliação da aptidão física .............................................................. 48
7.3 Fase de análise....................................................................................... 49
8 AVALIAÇÃO DO RISCO CORONARIANO .................................................... 50
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações 3
Leonardo de Arruda Delgado
1 INTRODUÇÃO
alegre e etc.
dos conceitos de habilidade motora e de aptidão, nos anos 20, ênfases diversas
próprio sentido que a educação física e o movimento vêm tendo ao longo dos
anos.
na esportiva.
afirmação política das nações e visão de homem como ser dual: corpo e mente,
treinamento, com técnicas e táticas que lhes são impostam para um melhor
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metade dos anos 50, a ênfase na aptidão física voltada para a saúde, numa
pela atividade. Enfatizaram-se a aptidão física, mesmo entre não atletas, surgindo
fisiológica, e que ganhou terreno entre nós a partir de 1968 quando COOPER
publicou o livro “Aeróbics”, traduzido para o português com o título “Aptidão Física
em Qualquer Idade”, onde ele desafia as pessoas a tomarem conta de seus estilos
vida moderna.
centros.
Correr havia virado panacéia: era bom para tudo. Todos corriam mesmo
quem não podia, por contra-indicação médica, resultando deste hábito, em abusos
época do “mexa-se“, do “esporte para todos”, dos circuitos, das corridas de longa
anaeróbico.
Futebol em 1968, na Copa da Suécia, mas que, nos anos 70, foi assumida por
FERNANDES FILHO (op. cit.,p.234), definiu a aptidão como total, afirmando que
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que tinha, por sua vez, e em decorrência, uma aptidão também total.
seguida por Jane Fonda, Phyllis Jacobson, Richard Simon com outros programas
de condicionamento físico.
levados para casa. O agasalho de ginástica e o tênis, antes restritos aos atletas,
movimento humano passa então a ser cada vez mais valorizado, de modo
ambiente que me cerca, e no qual vive o meu “eu”, em convívio com outros “eus”.
atividade física não existe para trazer sofrimento, mas para ser prazerosa e
física, fica aquém do estado de saúde. O movimento humano, hoje, é meio para
reflexos da aptidão total sejam sentidos. O ser apto é o sujeito de sua existência
autodeterminar-se” como disse WEINECK (1994, p.54). Este conceito difere dos
é justificável “como meio de levar o ser humano a melhor realizar-se como tal”. É
assim que o homem torna-se capaz de construir sua vida através do seu próprio
escalonamento de valores.
são “valores” que se vive, através de uma vida ativa, em seus múltiplos aspectos,
saúde, em seu contexto multifatorial; é gerar seres que ainda que portadores de
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limitações (os que nós rotulamos como deficientes, em seus diversos tipos e
graus, fatores que, de algum modo, todos temos) sejam pessoas aptas, e
aptidão, com este enfoque atual, mais do que nunca se abre espaço e se encontra
apto é, em última análise, ter boa qualidade de vida, avaliar para melhorar com
segurança, para manter ou mesmo para readquirir a aptidão, quando se perde por
uma medicação, em seus múltiplos enfoques, que deve ser entendida hoje a
saúde.
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3 CONCEITOS BÁSICOS
3.1 Testes
técnica usada para se obter uma informação”. Já CARNAVAL (1997, 11) diz que é
determinadas substâncias”.
peso? Quanto tempo leva? Quantas são as repetições? Sem questionamento não
3.2 Protocolos
3.3 Medidas
obtidos, e medidas que não se apresentem de forma clara, não devem ser
utilizadas.
deste tipo a resposta pode, contudo ser qualificada de forma gradativa: muito,
MONTEIRO (op. cit), enfatiza que medidas objetivas como força e velocidade são
FARINATTI & MONTEIRO (op. cit), ao ressaltar que para perfeita aplicação da
medida, deve-se conhecer a resposta para três questões básicas que são
apresentadas a seguir:
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- O que medir?
- Como medir?
3.4 Análise
indivíduo com as medidas padrões e as medidas relativas dele com ele mesmo e
ocasiões diferentes.
3.5 Avaliação
apreciação de alguém ou alguma coisa, tendo como base uma escala de valores.
conhecimentos.
- Objetivos propostos;
- Condições de trabalho;
classe, ou que o percurso realizado pelo aluno, de acordo com o seu sexo e faixa
4 TIPOS DE AVALIAÇÕES
certo.
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medidas e avaliações:
integrando.
et ai, 1980).
os objetivos propostos.
medido.
teste possível, mas ter sempre em mente que podem existir erros.
decisão
informar onde eles estão naquele espaço de tempo, isto é, não irá
gol, tendo por objetivo que a bola entre na meta. O teste deve ser
um alvo.
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psíquicos e sociais.
6.1.1 Observação
comportamentos que não são considerados como sendo normais; estes devem
6.1.1.1 Anedotário
21/03/95 — Hoje começou nossa unidade em ginástica. Pedro, que está além do
seu peso ideal, foi ridicularizado pelos demais elementos da equipe por não
conseguir fazer puxadas na barra. Logo após este episódio pediu para ser
25/04/95 — Pela segunda vez Pedro pediu para ser dispensado, desta vez com
Nenhuma ( )
Pouca ( )
Razoável ( )
Boa ( )
Ótima ( )
6.1.2 Inquirição
informações:
c) Interesse do indivíduo.
6.1.2.1 Questionário
quais concorda.
6.1.2.2 Entrevista
6.1.2.3 Sociograma
6.1.3 Testagem
substâncias.
divididos em dois tipos: Testes de escolaridade (não serão tratados aqui por não
cardiorrespiratórios.
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filosofia, seus princípios, sua estrutura e sua finalidade, deve anteceder, sempre,
respondidas: Avaliar o que? Quem avaliar? Com que avaliar? Para que? Quando
• Variáveis Médicas
- Histórico médico
• Variáveis Cineatropométricas
- Composição corporal
- Somatotipo
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- Proporcionalidade
- Estado nutricional
- Crescimento e desenvolvimento
• Variáveis Neuromusculares
- Força
- Potência
• Variáveis Psicomotrizes
- Velocidade
- Coordenação
- Ritmo
- Agilidade
- Equilíbrio
- Descontração
• Variáveis Técnicas
- Biomecânica do movimento
- Eficiência técnica
• Variáveis Psíquicas
- Ansiedade
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- Motivação
- Inteligência
- Personalidade
homem que, pela sua situação atual, pode revelar diversas condições que, para o
que devem ser respondidas: se há atividade prévia ao teste que possa alterar a
fisiologia normal; uso de medicamentos, álcool, fumo o outras drogas; hora e tipo
e outras.
- De um sedentário?
(1995, p.6), realizou a seguinte analise do perfil do perfil das pessoas que
cita os seguintes:
convívio social”.
de gordura.
almejado prazer.
apresentar um bom nível de aptidão inicial devido a sua carga genética. Portanto,
- Força reduzida;
Muitos são os fatores que irão interferir para realização de uma boa
avaliação e o primeiro passo é fazer uma boa medida. VICTOR MATSUDO (1999)
aptidão física precisamos medir o maior número de suas variáveis, dentro de uma
Esteira Rolante), nos parece suficiente para uma avaliação funcional em uma
balança mal calibrada poderá por todo seu trabalho por terra.
podemos citar:
processo de treinamento;
seguintes questões:
treinamento;
corretamente;
respeitados;
avaliada.
avaliação?
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- Temperatura: 21 a 24° C
exigirão a presença de rede elétrica. Por outro lado, quando possível a medida de
avaliações. Para que se possa fazer uma seleção adequada dos testes que irão
medir o que se quer eles meçam, alguns pontos importantes devem ser levados
em consideração:
• Validade: quão bem um teste mede o que se quer medir. Diz-se que
idêntico.
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SAFRIT (1981) apud MARINS (op cit., 28) sugere a seguinte tabela:
instrumentos. Quanto mais refinado ele for melhor será o resultado da medida.
contido nas normas do teste, uma bateria que deveria ser aplicada
nas primeiras horas da manhã, ter-se-á uma medida, se for realizada à tarde
onde existe uma diminuição, ocasionando a diferença de estatura obtida nas duas
medidas.
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teste.
ser coletivos.
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seu propósito. Ele é o aspecto fundamental do sistema, pois fixa suas expectativas
participar com segurança, envolvem geralmente sua história clinica, a analise dos
avaliação médica.
pé; ausculta pulmonar com atenção especial para a uniformidade dos sons
palpação do impulso cardíaco apical; ausculta cardíaca com atenção especial para
enquadram-se os exames:
são:
alunos.
somatotipologia.
e RML.
anaeróbica.
de morte no Brasil, vitimam 300.000 brasileiros ao ano são 820 óbitos por dia 34
por hora um evento fatal a cada dois minutos. São a principal causa de gastos em
mortalidade. Além disso, muitos que sobrevivem com esses problemas têm
cardiopatia reumática.
que resulta uma estenose das artérias coronarianas, ou seja, das artérias que
hipertensão nada mais é do que uma condição na qual a tensão arterial encontra-
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presentes estes fatores, colocam aquele indivíduo específico sob um maior risco
manifestação da doença.
tornando-o doente.
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influência.
que nem estava listado sob nenhuma categoria de risco, são agora classificados
uma dieta alta em gordura ou o fibrinogênio alto são fatores de risco primário, e
8.2.1 Tabagismo
probabilidade de morte por doenças cardíacas nos fumantes é quase duas vezes
mais freqüentemente nos fumantes que nos não fumantes. O risco de sofrer
infarto é 7 vezes maior nos jovens fumantes, quando comparados com pessoas da
mesma idade.
de 26% maior que a mortalidade média estatística; nos fumantes com 10-19
cigarros por dia, 116%; e os fumantes com mais de 40 cigarros por dia, cerca de
142%.
doenças do coração (84%), dos quais 77% somente de doenças dos vasos
(2%).
notícia é que, ao parar de fumar, o HDL pode retornar aos níveis normais.
8.2.2 Hiperlipidemia
com idade superior a 20 anos conheçam seu perfil lipídico (colesterol total,
anos.
cardíaco para aproximadamente duas vezes aquele de uma pessoa com 180
(mg/dl) e níveis acima dos quais os adultos devem receber tratamento, de acordo
Tabela 3 Níveis de Colesterol sanguíneo Total e sua Classificação. Fonte SCOTT GRUNDY, 1989,
apud DOMINGUES FILHO, 2002, 104.
Tabela 4 Níveis de Colesterol Total e Risco Coronariano. Fonte: National Institutes of Consensus
to Prevent Heart Development Conference Statement, 1985, apud McARDLE (1992, 460)
Idade Objetivo Risco moderado Alto risco
20-29 < 180 mg/dl 200-220 mg/dl >220 mg/dl
30-39 < 200 mg/dl 200-240 mg/dl > 240 mg/dl
> 40 < 200 mg/dl 240-260 mg/dl > 260 mg/dl
risco, que estejam atuando, bem como o nível HDL baixo, decide-se
exercer dentro do sistema arterial durante um ciclo cardíaco. WEINECK (1991, 94)
bombeamento do coração que oscila entre pressão sanguínea sistólica (16 kPA =
arterial é definida como sendo uma pressão sanguínea sistólica elevada, igual ou
Paulo, no seu Manual de Condutas Médicas (2002, p.276), revisou esse critérios
temperatura agradável;
- Palpar o pulso radial, inflar o manguito até seu, para estimar o nível
frente;
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da pressão sistólica;
maior que para os indivíduos mais ativos. Tanto para homens como para
merecem ser incluídos com a mesma ênfase nos fatores de risco primários
tradicionais.
(AVCs) e etc.
consenso geral entre as investigações mais recentes que preceitua uma relação
cardiopatia.
(1986, 1991 & 1999), McARDLE (1991), GOMES (1995), LEITE (1996) &
Heart Association (1980) que foi estabelecida a partir de indivíduos sadios não
Tabela 7 Nível de Aptidão Física do American Heart Association para Homens e Mulheres em
VO2MÁx em ml(kg.min)-1. Fonte: A.C.S.M, 1980
Mulheres em ml/Kg.min
F. Etária Muito Fraca Fraca Regular Boa Excelente
20-29 < 24 24-30 31-37 38-48 >48
30-39 < 20 20-27 28-33 34-44 >44
40-49 < 17 17-23 24-30 31-41 >41
50-59 < 15 15-20 21-27 28-37 >37
60-69 < 13 13-17 18-23 24-34 >34
Homens em ml/Kg.min
F. Etária Muito Fraca Fraca Regular Boa Excelente
20-29 < 25 25-33 34-42 43-52 >52
30-39 < 23 23-30 31-38 39-48 >48
40-49 < 20 20-26 27-35 36-44 >44
50-59 < 18 18-24 25-33 34-42 >42
60-69 < 16 16-22 23-30 31-40 >40
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8.2.6 Diabetes
120mg% são consideradas normais; as taxas que ultrapassam 140 mg% devem
e a hiperiuricemia.
também é maior, chegando a ser 2-3 vezes maior que nas pessoas normais,
8.3.1 Obesidade
peso normal estabelecido. RAMOS (1999, 92) complementa este dois autores ao
diz que o excesso de peso é uma classificação muito ampla, uma vez que o
componente responsável pelo peso elevado pode ser: massa corporal magra,
citados.
Tabela 9 Valores para gordura corporal estimada. Dados de LOHMAN (1992, 80), apud
HEYWARD (2000, p.5)
CLASSIFICAÇÃO HOMENS MULHERES
Risco < 4% < 8%
Abaixo da Média 5 a 8% 9 a 14%
Na Média 9 a 16% 15 a 22%
Acima da Média 17 a 24% 23 a 29%
Risco > 25% > 30%
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Corporal (IMC) ou índice de Quetelet IMC (kg/m2) = PC (em kg)/ AL2 (em m). Para
população apresenta valores elevados de IMC podemos afirmar que isso ocorre
pessoas que apresentam excesso de massa isso não ocorre por excesso de
massa magra.
Tabela 10 Classificação do sobrepeso e obesidade pelo IMC, adaptado de Whro (1997), apud
Costas 2001, p.40)
Classificação de Obesidade IMC(kg/m²)
Baixo Peso < 18,5
Normal 18,5-24,9
Sobrepeso 25,0-29,9
I 30,0-34,9
Obesidade
II 35,0-39,9
Obesidade Mórbida III > ou = 40,0
Tabela 11 Normas para a proporção entre Circunferência da Cintura e do Quadril (RCQ) para
Homens e Mulheres. Fonte: HEYWARD & STOLARCYK (op.cit, 91)
Risco Estimado
Sexo
Idade Baixo Moderado Alto Muito Alto
20-29 <0,83 0,83-0,88 0,89-0,94 >0,94
30-39 <0,84 0,84-0,91 0,92-0,96 >0,96
O papel da VLDL não esta muito claro até, agora, mas é crítica a
situação, que a VLDL pode ser transformada em LDL no plasma e, por fim,
cardíaca, eleva a pressão arterial, os músculos ficam tensos e o resultado pode ter
anexo I p. 84.
8.4.1 Hereditariedade
cardíacos na juventude.
pertencem a famílias nas quais esses ataques só ocorrem raramente. Até hoje
este fator de risco só foi pesquisado cientificamente num âmbito muito restrito e
também é muito difícil ser pesquisado. Assim, por exemplo, é muito difícil
transmissão hereditária.
8.4.2 Idade
avançada for a idade, maior será o risco de ataque cardíaco, as pessoas com
8.4.3 Sexo
cardíaca entre mulheres jovens parece está relacionada com o hormônio sexual
comportamento Tipo A.
fumo, assim como com a falta de exercícios. Com esse padrão de comportamento
ilustram esse padrão parecem estar comprometidos com uma luta crônica,
atormentado por desejos de obter cada vez mais, ou de participar coisas no menor
tempo possível. Ele pode ter as mesmas ambições do Tipo A, mas seu caráter é
menos (porque eles não têm tempo!!!), comem mais alimentos ricos em colesterol,
8.4.5 Raça
raça, ou seja, quando pessoas de duas raças vivem sob as mesmas condições de
9 ANAMNESES
recordação é verbalizada através de dados que são referidos pelo avaliado como
voltado para diagnosticar alguns dos principais aspectos que poderão selecionar
atividades preferidas.
relevante relatar.
parâmetros para a partir daí estabelecer o tipo de avaliação a ser feita, bem como
inventários dos riscos atribui valores diferentes aos diferentes aspectos do estilo
estilo de vida. Assim sendo, esses inventários dos riscos devem ser usados e
Entre os principais testes que podem ser utilizados para nos fornecer
a um jogo, denominado RISKO, que pode ser usado para estimar seu risco de
é que uma anamnese, contendo 8 fatores de risco coronariano, onde cada fator
possui uma resposta e cada resposta possui um valor numérico, essa anamnese
sua posterior classificação de acordo com a tabela de risco relativo (ver anexo II).
duas décadas, o PAR-Q foi administrado com sucesso em diversos países, e mais
parâmetros, a saber:
forma:
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apropriados.
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ativo.
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Assinale a freqüência com que você vivenciou nos últimos dois meses cada um dos itens abaixo:
Você sente dores de cabeça freqüentemente?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Você tem tido problemas de insônia?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Você como em excesso?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Sente dor na parte inferior das costas (região lombar)?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Problemas com úlcera ou gástrico?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Problemas como nervosismo?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Pesadelos?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Problemas com pressão arterial?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Mãos e pés frios e suados?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Ingestão de álcool ou remédios sem receita médica?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Palpitações cardíacas (taquicardia)?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Falta de apetite?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Dificuldades sexuais?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Preocupações excessivas?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Náuseas, vômitos?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Irritabilidade?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Perda do apetite ou diarréia?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Dores nos músculos do pescoço e ombros?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Períodos de depressão?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Pequenos acidentes?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Sentimento de raiva?
( ) Não - 0 ( ) Ocasionalmente - 1 ( ) Freqüentemente -2
Pontuação:
Sem estresse – Menos de 4 pontos
Estresse Moderado – de 4 a 20 pontos
Estresse intenso – de 20 a 30 pontos
Estresse muito intenso – Acima de 30
pontos
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1 Idade
( ) 10 a 20 anos (1)
( ) 21 a 30 anos (2)
( ) 31 a 40 anos (3)
( ) 41 a 50 anos (4)
( ) 51 a 60 anos (6)
( ) 61 a 70 anos (8)
2 Hereditariedade
( ) Nenhuma história conhecida (1)
( ) 1 parente com mais de 60 anos com doença cardiovascular (2)
( ) 2 parente com mais de 60 anos com doenças cardiovasculares (3)
( ) 1 parente com menos de 60 anos com doença cardiovascular (4)
( ) 2 parentes com menos de 60 anos com doença cardiovascular (6)
( ) 3 parentes com menos de 60 anos com doença cardiovascular (8)
3 Peso
( ) mais de 2,3 kg baixo do peso padronizado (0)
( ) –2,3 a+2,3 kg do peso padronizado (1)
( ) Excesso de peso de 2,5 a 9 kg (2)
( ) Excesso de peso de 9,1 a 15,8 kg (3)
( ) Excesso de peso de 16,2 a 22,6 kg (5)
( ) Excesso de peso de 23 a 29,5 kg (7)
4 Fumo
( ) Não-fumante (0)
( ) Charuto e/ou cachimbo (1)
( ) 10 cigarros ou menos por dia (2)
( ) 20 cigarros por dia (4)
( ) 30 cigarros por dia (6)
( ) 40 cigarros ou mais por dia (10)
5 Exercício
( ) Esforço ocupacional e recreativo intenso (1)
( ) Esforço ocupacional e recreativo moderado (2)
( ) Trabalho sedentário e esforço recreativo intenso (3)
( ) Trabalho sedentário e esforço recreativo moderado (5)
( ) Trabalho sedentário e esforço recreativo leve (6)
( ) Ausência completa de qualquer exercício (8)
6 Colesterol ou % de gordura na dieta
( ) Colesterol total de 180 mg% ausência de gorduras animais ou sólidas na dieta(1)
( ) Colesterol de 181-205 mg 10% de gordura animal ou sólida na dieta (2)
( ) Colesterol de 206-230 mg% 20% de gordura animal ou sólida na dieta (3)
( ) Colesterol de 231-255 mg% 30% de gordura animal ou sólida na dieta (4)
( ) Colesterol de 256-280 mg% 40% de gordura animal ou sólida na dieta (5)
( ) Colesterol de 281-330 mg% 50% de gordura animal ou sólida na dieta (7)
7 Pressão arterial
( ) Limite superior de 100 (1)
( ) Limite superior de 120 (2)
( ) Limite superior de 140 (3)
( ) Limite superior de 160 (4)
( ) Limite superior de 180 (6)
( ) Limite superior de 200 (8)
8 Sexo
( ) Mulher com menos de 40 (1)
( ) Mulher com 40-50 (2)
( ) Mulher com mais de 50 (3) Se sua nota for:
( ) Homem (5) 6-11 Risco bem baixo da média
( ) Homem atarracado (6) 12-17 Risco abaixo da média
( ) Homem careca e atarracado (7) 18-24 Risco na média geral
Nota:________________ 25-34 Risco moderado
32-40 Risco no nível perigoso
41-62 Perigo urgente. Consulte seu médico
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações 85
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2 Eletrocardiograma de Repouso
( ) Negativo (0) ( ) Duvidoso (1) ( ) Positivo (3)
3 Eletrocardiograma em Exercício
( ) Negativo (0) ( ) Duvidoso (4) ( ) Positivo (8)
8 Nível de Triglicérides
( ) 80 (0) ( ) 81-115 (1) ( ) 116-150 (2)
( ) 151-250 (3) ( ) > 251 (4)
10 Nível de Stress
( ) Normal (0) ( ) Muito Leve (1) ( ) Moderado (2)
( ) Alto (3) ( ) Muito Alto (4)
11 Pressão Arterial
( ) 120/80 (0) ( ) 121-130/81-86 (1) ( ) 131-140/87-96 (2)
( ) +140/+97 (3)
1 Alguma vez um médico lhe disse que você possui um problema do coração e
recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão médica?
( ) Sim ( ) Não
5 você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a
prática de atividade física?
( ) Sim ( ) Não
Se Você Respondeu
- Sim, para uma ou mais perguntas: você deve procurar um médico
recentemente, consulte seu médico por telefone ou pessoalmente antes de
aumentar sua atividade física e/ou fazer uma avaliação de
condicionamento. Diga a seu médico a que perguntas você respondeu sim
no PAR-Q ou apresente sua cópia do PAR-Q
- Não, para todas as perguntas: se você respondeu o PAR-Q
precisamente, você possui razoável garantia de sua adaptação para um
programa de exercícios progressivos e uma avaliação de condicionamento.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações 87
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INTENSIDADE
( ) Muito Leve (1)
( ) Leve (2)
( ) Discreta Respiração e Freqüência Cardíaca (3)
( ) Moderada Respiração e Freqüência Cardíaca (4)
( ) Intensa respiração e Freqüência Cardíaca (5)
FREQÜÊNCIA
( ) Nenhuma ou raramente (1)
( ) Algumas vezes por Mês (2)
( ) De uma a duas vezes por semana (3)
( ) De 3 a 5 vezes por semana (4)
( ) Diariamente ou quase diariamente (5)
DURAÇÃO
( ) Menos de 10 minutos (1)
( ) De 10 a 20 minutos (2)
( ) De 20 a 30 minutos (3)
( ) Acima de 30 minutos (4)
CLASSIFICAÇÃO
Pontuação Categoria Avaliação
1 a 20 Muito Pobre Sedentário
21 a 40 Pobre Insuficiente
41 a 60 Razoável Aceitável - deve melhorar
61 a 80 Médio Aceitável
81-100 Ótimo Estilo de Vida Muito Ativo
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA: Projeto de elaboração de sistema de informações 90
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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1998.
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Janeiro: Fórum, 1974.
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1979.
GOMES, Antônio Carlos & FILHO, Ney Pereira de Araújo. Cross training: uma
abordagem metodológica. Londrinas: APEF, 1992.
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