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A IMPORTÂNCIA DA GENÉTICA
A civilização moderna teve em suas origens uma mutação genética natural. O trigo. Significou a
mudança do nomadismo dos caçadores e coletores para o sedentarismo da agricultura. Isto
propiciou o surgimento de comunidades fixas no espaço geográfico e a constituição de territórios
patrimoniais.
As indicações arqueológicas dão como origem da domesticação do trigo o chamado crescente fértil
que inclui os atuais Síria, Jordânia, Turquia, Iraque, Palestina e Egito.
Há 10.000 anos atrás surgiu a variedade de trigo emmer, com vinte e oito cromossomos, um híbrido
do trigo selvagem com outra gramínea. Nova hibridização natural gerou o trigo moderno com
quarenta e dois cromossomos. As sementes dos híbridos primitivos espalhavam-se naturalmente ao
vento, mas o trigo moderno não tem esta característica por serem suas espigas muito compactas,
portanto precisa ser semeado para se propagar. Desta forma, como descreve Jacob Bronowski em
“A escalada do homem”: (Martins Fontes, 1992):
Crescente fértil
James Dewey Watson Maurice Hugh Frederick Wilkins Francis Harry Compton Crick Kary Banks Mullis
(1928). Foto de 2004. (1916 – 2004) (1916 – 2004) (1944)
O primeiro organismo geneticamente modificado pelo homem, em 1973, foi uma bactéria
recombinante – E. coli com um gene de Salmonella. Tal fato preocupou a comunidade científica
devido aos riscos potenciais da recém criada engenharia genética.
Em fevereiro de 1975, por iniciativa do cientista americano Paul Berg, foi realizada a “Conferência
sobre o ADN recombinante” em Asilomar na Califórnia reunindo cerca de 150 cientistas,
advogados, biólogos e médicos. Deste evento surgiram recomendações visando à segurança destes
produtos e sugeriu-se ao governo que controlasse a pesquisa sobre recombinantes até que a
tecnologia fosse dominada de forma segura.
As preocupações referidas na Conferência de Asilomar sobre segurança dos OGM repercutem até
hoje no público em geral. A aceitação dos transgênicos não tem sido tranqüila havendo numerosos
oponentes à biotecnologia que ganham cada vez mais credibilidade junto ao público consumidor.
Tais fatos têm levado ao abandono inúmeras iniciativas na produção dos transgênicos.
Dez maiores áreas de plantio de transgênicos no mundo por país em 2004 e 2005 (Km2)
As descobertas e invenções na área da biologia celular abrangem uma grande gama de organismos
e moléculas no conjunto até agora conhecido e são praticamente ilimitadas as possibilidades futuras.
Muito desta perspectiva deve-se a uma incrível descoberta ocorrida em 1975 quando o cientista
americano Carl Woese descreveu uma nova categoria de seres biológicos a Archea, que, de tão
original e surpreendente, gerou a criação de uma nova divisão taxonômica: o Domínio.
wikipédia – 2007
Carl Woese
http://www.life.uiuc.edu/micro/faculty/faculty_woese.htm
Em 2005 o mercado norte americano para produtos derivados da biotecnologia era de 50 bilhões de
dólares, a Europa 20,5 bilhões e o resto do mundo com menos de 15 bilhões, perfazendo um total
mundial estimado em 90 bilhões de dólares anuais.
A grande polêmica sobre a utilização de produtos derivados da manipulação genética concentrou-se
nas aplicações agrícolas e pastoris, mas o fato é que praticamente todos os aspectos da vida
moderna serão de um jeito ou de outro afetados pelas novas tecnologias.
A área de especial importância é a da produção de combustíveis a partir da biomassa que substitua
os combustíveis fósseis (petróleo, carvão) de forma comercialmente vantajosa através de meios
criados pela biotecnologia. Os países maiores consumidores de energia estão patrocinando
fortemente a pesquisa desta tecnologia. Estas iniciativas também criaram um novo campo de
conhecimento chamado “Biotecnologia do meio ambiente” que pode ser definida como o
“desenvolvimento, uso e regulação de sistemas biológicos visando a remediação de
ambientes contaminados (solo, ar e água) e processos não agressivos ao meio ambiente
(tecnologias “verdes” e desenvolvimento sustentável).
País Mercado
E.E.U.U. 7.080
China 4.000
França 1.915
Japão 1.500
Brasil 1.500
Índia 1.300
Alemanha 1.000
Argentina 850
Itália 670
Canadá 550
O mercado mundial de sementes é avaliado em aproximadamente 34 bilhões de dólares anuais
DECRETOS
Além destas normas superiores há inúmeras outras ditas subalternas regulamentando a matéria,
contudo, como recentemente foi conhecido, no âmbito do próprio governo federal não há consenso
sobre quem de fato regulamenta o assunto e qual a precedência na decisão: a saúde pública ou o
comércio.
(http://www.visbrasil.org.br/Comentario/Coment%E1rioVisBrasil_55.pdf).