You are on page 1of 3

CESUPA

DISCIPLINA: TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES

PROFESSORA: SUZY ELIZABETH CAVALCANTE KOURY

ALUNA: YASMIN NOOBLATH CHASE – DI3TA

TRABALHO INDIVIDUAL – 2º BIMESTRE DE 2011

Leia o artigo do Professor RENATO MONTANS DE SÁ, fornecido pela


professora, e responda, com base nele, as seguintes perguntas. A nota
máxima será 1,5 (um ponto e meio) e serão consideradas na correção a
ortografia e a capacidade de síntese.

1- Descreva os mecanismos processuais existentes em nosso


ordenamento jurídico para permitir a efetivação do direito das
obrigações. Primeiramente, destaque a obrigação e esclareça no que
ela consiste. Em seguida, aponte que tipo de tutela o ordenamento
jurídico prevê para obter o cumprimento, na prática, dos direitos
obrigacionais. (1, 0 ponto)

As obrigações podem ser dividas em positivas, de dar e fazer e negativas, de


não fazer. Nas primeiras, o devedor sai do seu estado de inércia para cumprir o
que foi pactuado com o credor. Já nas segundas a situação é inversa, o
devedor se priva de cumprir com uma faculdade. A obrigação de dar consiste
na entrega de uma coisa, a fim de lhe transferir a propriedade. Essa obrigação
se distingue da obrigação de restituir, na qual a propriedade já e do credor e
ele apenas cedeu ou emprestou. Na obrigação de dar caracteriza-se apenas
por um vínculo obrigacional de direito real ao crédito e não de direito real em si.
O direito real se configura pela tradição ou pelo registro. Na obrigação de dar
coisa certa se tem uma individualização da coisa, sendo distinta e inconfundível
com outra. É importante ressaltar em relação se a coisa se perdeu ou se
deteriorou em razão da culpa do devedor. No art. 234 CC diz que se a coisa se
perde antes da tradição, sem culpa por parte do devedor, cabendo ao credor
devolver o que lhe foi já pago. Se houve a culpa o devedor, respondera pela
coisa mais perdas e danos. No caso da deterioração diz o art. 235 CC prevê
que nesse caso o credor tem a faculdade de escolher como quer resolver o
negócio. Na obrigação de dar coisa incerta, ela deve ser determinada ou
indeterminável. Essa obrigação pode ser denominada também como genérica,
pois é identificada pelo seu gênero e espécie e versa sobre bem fungível.
Aquele que poderá vir a ser trocado por outro de mesmo gênero. A obrigação
de fazer o objeto da prestação e toda e qualquer atividade pessoal do devedor
de dar ou entregar alguma coisa. Trata-se de uma obrigação infungível. Nas
obrigações de não fazer, a prestação do devedor tem como negativo o
conteúdo apresentado. É o não cumprimento de um ato. Uma característica
dessa obrigação seria quando uma vez não cumprida, não é possível ao credor
conseguir esse adimplemento ao devedor. Um exemplo é uma pessoa que se
compromete a participar de um concurso, mas no fim não comparece.
Isto acaba sendo irremediável. Ainda podem ser divididas em instantâneas e
permanentes. Nas obrigações de fazer e não fazer o juiz concederá a tutela
especifica da obrigação. Se proceder ao pedido, tomará providências que
resulte ao adimplemento. A obrigação somente se converterá em perdas e
danos se o autor requerer a tutela específica, se possível. A sentença
declaratória apenas aponta a existência ou não de uma relação jurídica ou do
modo de uma relação, que tem por fim eliminar uma situação incerta existente
em uma relação jurídica. A tutela constitucional serve para todas as
obrigações, além de declarar, criam, modificam ou extinguem uma relação
jurídica. A tutela constitucional em si basta entender o direito substancial. Tem
por característica a criação de um estado jurídico distinto do anterior. Deste
modo, sua eficácia e ex tunc, não produz efeitos antes da sentença. A tutela
condenatória são sentenças não limitadas à existência do direito em favor do
autor, mas possibilita a ele o direito de ação em favor de selar da sanção
executiva. A sentença condenatória também tem o efeito ex tunc, isto é, seus
efeitos retroagem a dada da propositura da demanda. Em regra só produz esse
efeito a partir do transito em julgado. A tutela mandamental tem como premissa
a existência do Estado no pólo passivo da demanda. Isto, atualmente, perdeu
todo o sentindo sendo que outros autores se aprofundaram mais no estudo em
relação à tutela mandamental. Esta tutela visa eliminar quaisquer alternativas
mais compensatórias para o devedor ao próprio cumprimento da obrigação. Ela
ocorre mais no âmbito psicológico do devedor aos fatos propriamente ditos, já
que, se espera um ajustamento no direito material. Nela, parte do principio o
juiz não poder intervir na esfera jurídica do individuo, condenando-o a cumprir
uma sentença e por ultimo a tutela executiva que tem certa oposição, onde
parte da doutrina não aceita exatamente a sentença executiva, da qual tem
natureza condenatória. O que difere uma da outra é que na condenatória ela
exorta o devedor a cumprir. Na executiva, já efetiva a tutela, que tem incidência
nas obrigações de fazer de natureza fungível.

2-Explique no que consiste a tutela ressarcitória, na forma específica e pelo


equivalente. (0,5 ponto).

Se um ato ilícito produziu um dano utiliza-se a tutela ressarcitória. Esta visa à


reparação do dano decorrente do ilícito, sendo necessária a existência da
responsabilidade pelo o mesmo. Tendo a culpa que seria a ação ou omissão
pela ocorrência do dano, como característica principal. Em relação ao
ressarcimento de danos poderá ser feito por uma forma específica ou em
pecúnia (dinheiro). O nosso sistema jurídico tem duas formas de tutela: o
ressarcimento em dinheiro e o ressarcimento específico. O segundo sempre foi
admitido no direito material mais lhe faltava técnica, que foi acrescentada pelos
artigos 461,461-A do CPC e 84 do CDC. No art. 461, § 1º faz alusão de que a
“obrigação” leva consigo o dever de reparar perdas e dano e esta regra não é
só aplicada às obrigações contratuais, já que sua aplicação é mais ampla. A
tutela ressarcitória em dinheiro, dá ao lesado o valor equivalente ao da
diminuição patrimonial sofrido ou o valor equivalente ao do custo para a
reparação do dano, ou ainda poderá elaborar uma resposta contra o dano
acarretado a um dinheiro não patrimonial. Já a tutela de modo, específica, deve
conferir ao lesado a situação que existiria se o dano não tivesse ocorrido.
Não basta somente o restabelecimento da situação que era anterior ao dano
causado. É necessário que se estabeleça uma situação equivalente àquela que
existiria caso o dano não tivesse ocorrido. O ressarcimento não se resume
apenas em pecúnia. Levando isto em consideração, o lesado poderá pedir em
juízo se possível diante de uma situação concreta o ressarcimento na forma
específica. Desta maneira se quer um resultado equivalente, seja por dinheiro
ou entrega de bens, se faz essa diferença em relação ao ressarcimento
específico, visando que este se atinge a situação e o outro atinge os danos
decorrentes dessa transgressão. Compete ao lesado a escolher a melhor forma
de ressarcimento, seja pelo dano patrimonial, ou não.

You might also like