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Faculdades Santo Agostinho

3º período - Matutino

Maria Clara Loesch

Vitor Veloso

Antonio Edvaldo

Gabriel Borges

Gabryella Yasmim

Fabrícia Ferraz

Jaheb Castro

Janaina Araujo

Marcella Castro

Polliana Antunes

Laura Almeida

Trabalho de Teoria Geral do Processo

Oficiais de Justiça

Montes Claros, 26 de maio de 2011.


Faculdades Santo Agostinho

Trabalho de Teoria Geral do Processo

Oficiais de Justiça

Trabalho sobre Oficial de Justiça como


nota parcial da disciplina Teoria Geral
do Processo, das Faculdades Santo
Agostinho, 3º período de Direito
Matutino. Tendo como professora e
orientadora: Helen Cristiany Pimenta de
Oliveira

Montes Claros, 26 de maio de 2011.


O OFICIAL DE JUSTIÇA

O Oficial de Justiça, no Brasil, é o servidor público auxiliar permanente da justiça,


devidamente concursado e nomeado, sendo diretamente vinculado ao Tribunal de Justiça.
Tem como atribuição, a execução de mandados judiciais, ou seja, as ordens emanadas
dos magistrados.

O Oficial de Justiça deve cumprir estritamente as ordens do juiz, não lhe cabendo
entender-se diretamente com a parte interessada no desempenho de suas funções; percebe o
vencimento fixo e mais os emolumentos correspondentes aos atos funcionais praticados.1

• As Atividades

Suas atividades são definidas pela Constituição da República, e, em especial,


pelo Código de Processo Civil, Código de Processo Penal e demais leis esparsas. Pode-se
também mencionar, como fonte secundária, as normas administrativas editadas
pelas corregedorias de justiça de cada estado, que tendem a regular situações peculiares, com
relação à forma pela qual as normas legais devem ser observadas.

O artigo 143 do Código de Processo Civil Brasileiro enumera as funções do Oficial de


Justiça:

Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça:

I - fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do


seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A
diligência, sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas;

1
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;

III - entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;

IV - estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.

V - efetuar avaliações. (Acrescentado pela L-011.382-2006)

É comum se dizer, no âmbito jurídico, que o Oficial de Justiça é a longa


manus do Magistrado, ou seja, as mãos do juiz. Isso porque é ele quem executa, de forma
efetiva e material, as determinações que o juiz registra no papel.

Trata-se do cargo mais importante na classe dos serventuários da justiça, uma vez que,
se o Oficial de Justiça não cumpre bem o seu dever, ou por qualquer motivo deixa de fazê-lo, o
processo não ganha a efetividade que nos tempos atuais se busca em caráter de extrema
obsessão. Afinal de contas, de que adianta haver uma ordem se não existe quem a possa
cumprir?

Deve haver um respeito muito grande entre os oficiais de justiça e os juízes, uma vez
que juntos, ambos formam o alicerce de efetivação do direito, fato que contribuirá para que o
conflito de interesses deduzido em juízo possa ser satisfatoriamente elucidado.

• Projetos de Lei

A Câmara federal aprovou o Projeto de Lei 6782/06 do Dep. Cezar Silvestri (PPS-PR)
que exige formação universitária (Direito) para ocupar o cargo de Oficial de Justiça.

Está no Senado o Projeto de Lei 30/2007, que libera o porte de armas para oficiais de
Justiça e defensores públicos. Já aprovado na Câmara e na Comissão de Constituição de
Justiça do Senado, o texto segue para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Especialistas entendem a necessidade de dar mais segurança a esse tipo de profissional, mas
não acreditam que liberar o porte de arma possa resolver o problema. De acordo com o
projeto, a arma será concedida pelo órgão de trabalho do servidor e poderá ser carregada
mesmo fora do seu horário de trabalho. A justificativa é que esses profissionais têm corrido
risco de morte devido suas funções.
A título de exemplo, é possível mencionar alguns dos atos mais corriqueiros praticados
por este servidor:

1 - as citações, atos pelos quais se dá ciência ao réu, de que uma ação foi ajuizada contra ele;

2 - as intimações, atos pelos quais se dá ciência a uma das partes do processo, de algum
acontecimento nele ocorrido (uma audiência designada pelo juiz, por exemplo);

3 - as penhoras, atos de constrição judicial onde o Oficial de Justiça suprime um dos direitos
inerentes à propriedade, de forma que ele possa ser utilizado como garantia de efetivação do
direito material dentro do processo;

4 - os arrestos, atos semelhantes às penhoras, mas que ocorrem quando o Réu não é
encontrado para ser citado. Em outras palavras, o arresto é feito à revelia do Réu, apenas para
evitar que ele dilapide seu patrimônio para obstar o direito do autor;

5 - as prisões de caráter civil, ou seja, aquelas decorrentes do inadimplemento da obrigação de


pagar pensão alimentícia. Ressalte-se, por fim, que as prisões de caráter penal são
hodiernamente realizadas pela polícia, e não pelos oficiais de justiça. Todavia, é comum nos
plantões judiciais, conhecidos como habeas corpus e medidas urgentes, nos mandados de
medidas protetivas ou mesmo quando se têm ordens judicias para a soltura de detentos
(alvarás de soltura), surgirem ordens de prisão criminal a serem cumpridas pelos oficiais. Um
grande exemplo é quando o diretor do estabelecimento prisional se nega a cumprir uma ordem
judicial (alvará de soltura). Geralmente, o Juiz de Direito manda o Oficial de Justiça
(incumbido de levar o alvará) proceder à prisão do próprio diretor por se tratar de crime de
desobediência. Mas isto é uma exceção à regra.

6 - as conduções coercitivas, ato pelo qual o Oficial de Justiça conduz ao Fórum uma parte
ou testemunha do processo que se recusa a espontaneamente comparecer, apesar de ter sido
previamente intimada para tal finalidade. Ressalte-se que há a obrigatoriedade de
comparecimento, mas não de manifestação sobre os fatos, ou seja, a parte é obrigada a
comparecer perante o Juiz, mas, não é obrigada a falar, e isso não pode ser utilizado em seu
desfavor;
7 - as buscas e apreensões de bens ou pessoas que o Juiz indicar.

Os Oficiais de Justiça serão designados para servirem nas diversas regiões, conforme
escala elaborada pela Central de Mandados, submetendo-se disciplinarmente à direção do
foro.

• Oficiais em exercício, carga horaria e remuneração

Atualmente em Montes Claros, trabalham cerca de 28 oficiais de justiça, com carga


horária de 6h e piso salarial de aproximadamente 1.071,04.

Referências:

Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Oficial_de_justiça> Acesso em: 23 de maio de


2011.

CINTRA, Antônio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini. DINAMARCO, Cândido


Rangel. Teoria geral do processo. 25º. ed. São Paulo: Malheiros, 2009.

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